26 janeiro 2020

Epidemias, Pandemias sob o ponto de vista da Noûs. Sonia von Homrich (US, BR)

Epidemias, Pandemias sob o ponto de vista da Noûs-Sonia von Homrich (US, BR)


Epidemias, Pandemias. (US, BR)

A entrevista do Ministério da Saúde  confirmação do primeiro caso de Coronavirus em São Paulo, Brasil, trouxe à tona nas palavras do Dr. Luiz Henrique Mandetta, Ministro da Saúde em suas considerações finais que devemos saber enfrentar o medo. Abaixo várias considerações.

Artigo original: Vírus, Bactérias e a Medicina Antroposófica por  Dr. Kelly Sutton, tradução de Sonia von Homrich

Cem anos atrás quando Rudolf Steiner vivia, o mundo lidava com a Primeira Guerra Mundial e ocorreu uma pandemia de gripe.  Em nossas guerras atuais, tivemos a explosão do Ebola, hoje do Coronavirus.  As afirmações do Steiner a respeito da natureza da infecção e epidemias podem aprofundar nosso entendimento e sugerir abordagens.
GERMES E FANTASMAS
“as pessoas hoje estão assombradas pelo medo, o que se compara ao medo medieval de fantasmas. O medo dos germes... A era moderna perdeu sua crença no mundo espiritual: esta acredita em coisas materiais. Então se tem medo de coisas materiais, mesmo elas sendo muito pequenas... Germes surgem mais intensamente quando mantemos conosco apenas pensamentos materialistas ao dormir ... ou vivemos no centro de uma doença epidêmica ou endêmica e temos a tendência de pensar em nada mais do que a doença em torno de nós, mergulhados no medo de também nos infectarmos... se este medo puder ser reduzido, mesmo um pouco, por exemplo através do amor ativo e, enquanto tendendo à doença, esquecendo por um momento que alguém possa ser infectado, as condições são menos favoráveis para os germes... se as pessoas permitem que seus pensamentos sejam afastados do materialismo, estimulando-se o amor ativo a partir do espírito, isto serve melhor ao futuro da humanidade.” (Presença dos Mortos no Caminho Espiritual, 05/05/1914)

A INFECÇÃO INICIA NA ALMA
“Nos domínios espirituais o perigo de infecção é infinitamente maior que em qualquer domínio físico”. Rudolf Steiner (Metamorfoses Cósmicas e Humanas: Metarmofoses das forças da alma 13/02/1917. A origem da infecção numa epidemia,  ocorre a nível da alma-espírito (isto é, do Corpo Astral, Alma). O estado emocional é a primeira coisa que espalha-se entre as pessoas (por exemplo a imprensa criando o pânico à infecção).

FORMA SUTIL DE IMITAÇÃO
A Infecção se deve à pessoa tornar-se um imitador. Realmente, existe a muito delicada sensibilidade envolvida nesta imitação... Ocorre,  porque no organismo humano, pela virtude de sua tendência imitativa, encontra-se o problema, ajustando a si mesmo numa forma receptiva, imitativa tão logo ele “percebe” o envenenamento (no caso, a difteria). Daí a repreensão psicológica, quando é possível nos estágios iniciais e o suporte psicológico através do encorajamento  pode bem ter um efeito favorável.” (Ciência Espiritual Antroposófica e Terapia Médica: Palestra V, Dornach 15/04/1921.

 IDADE MÉDIA
“Quando os mongóis atacaram os Germânicos e outros povos da Europa Central,   eles criaram uma onda de medo e pânico. Estas emoções pertencem ao corpo astral, e sob certas condições de decaimento do astral,  substâncias podem florescer.  Os corpos astrais dos Europeus então,  tornaram-se infectados e em gerações posteriores a infecção ocorreu em seu corpo físico, afetando não meramente indivíduos mas grande grupos de povos. Ela ressurgiu como lepra, a doença terrível,  em plena Idade Média,  forjando de forma devastadora.  Esta foi a consequência física da influência no corpo astral.” (No Limiar da Ciência Espiritual, Palestra 7: Trabalhos da lei do carma na vida humana.)

PROCURANDO POR AMBOS OS LADOS: O ESPIRITUAL E O MATERIAL
“Então ambos os conceitos – a origem primária da infecção – são justificados,” (Rudolf Steiner em Ciência Espiritual e Medicina, Palestra 2).  E naturalmente: “Nós devemos ver que é razoável tanto pesquisar as causas das doenças, como também é razoável, a partir da consciência comum promover medidas higiênicas contra a infecção, dificultando as causas das doenças.” (Rudolf Steiner em Manifestações do Carma: Efeitos cármicos de nossas experiências como homens e mulheres. Morte e Nacimento em Relação ao Carma, Palestra 9)

DANDO SUPORTE AO SISTEMA IMUNOLÓGICO INATO
A defesa fundamental construída no ser humano para lutar contra o contato com algum germe é o seu sistema imunológico. Este primariamente depende da nutrição e do estilo saudável de vida.
·        Cultivar  “o amor ativo” positivamente ao invés de focar na existência de uma epidemia do medo; ser independente, não imitativo, em seus objetivos de vida, como uma “censura psicológica” ao fantasma-germe, e criar o “encorajamento” como um ato positivo; o  humor é parte desta medicina da alma. (Sonia von Homrich, transformando o medo em coragem)
·        Vista-se de forma aquecida assim qualquer batalha viral que aconteça em seu corpo é trazida à superfície, não é carregada profundamente nos órgãos.
·        Evite alimentos altamente processados e açúcar em excesso. Ingira alimentos orgânicos (Demeter) sempre que possível. Evite alimentos GMO que são ricos em pesticidas por definição e matam as boas bactérias intestinais.
·        Use alimentos fermentados diariamente para dar suporte saudável à flora intestinal,  uma parte de nosso sistema de defesa.

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One hundred years ago when Rudolf Steiner lived, the world endured World War I, and a pandemic of influenza occurred. In the setting of today’s wars, we have the Ebola outbreak. (See Resources:  Pray the Devil Back to Hell, the film.) Steiner’s statements about the nature of infection and epidemics can deepen our understanding and suggest approaches. All quotes are from Rudolf Steiner.

GERM GHOSTS
In 1914, Rudolf Steiner said
“people today are haunted by a fear we can compare with the medieval fear of ghosts. It is the fear of germs. … The modern age has lost this belief in the spiritual world; it believes in material things. It therefore has a fear of material beings, be they ever so small….Germs flourish most intensively when we take nothing but materialistic thoughts into sleep with us…(or) live in the center of an epidemic or endemic illness, and (tend) to think of nothing but the sickness all around, filled only with a fear of getting sick….If this fear can be reduced, even a little by, for example, active love and, while tending the sick, forgetting for a time that one might also be infected, the conditions are less favorable for the germs….If people were given thoughts that lead them away from materialism and spur them on to active love out of the spirit, it would serve the future of humanity better.” (Presence of the Dead on the Spiritual Path, May 5, 1914) (italics and emphasis added)

SOUL-INFECTION COMES FIRST
In Spiritual domains the danger of infection is infinitely greater than in any physical domain,” Steiner explains (in Cosmic and Human Metamorphoses: Metamorphoses of soul forces February 13, 1917). (italics and emphasis added)
We can see that the origin of infection in an epidemic occurs on the soul-spiritual level. An emotional state is the first thing that spreads among people.

SUBTLE FORM OF IMITATION
Steiner goes on to explain in discussing diphtheria:
Infection is due to a person becoming an imitator. Indeed, there is a very delicate sensitivity involved in this imitating. … This is because the human organism, by virtue of its imitative tendency, comes to meet the trouble, adjusting itself in an imitative, receptive way as soon as it ‘perceives’ the diphtheric poison. Hence a psychological rebuke, when it is possible in the initial stages, and psychological support by encouragement may well have a favorable effect.” (Anthroposophical Spiritual Science and Medical Therapy: Lecture V, Dornach April 15, 1921) (italics and emphasis added)

MIDDLE AGES
“When the Mongols fell upon the Germans and other Central European peoples, they created a wave of fear and panic. These emotions belong to the astral body, and under such conditions decaying astral substances will flourish. Thus the astral bodies of Europeans became infected and in later generations the infection came out in the physical body, affecting not merely individuals but whole groups of peoples. It emerged as leprosy, that terrible disease which wrought such devastation in the Middle Ages. It was the physical consequence of an influence on the astral body.” (in At the Gates of Spiritual Science, Lecture 7: Workings of the law of karma in human life.) (italics and emphasis added)

LOOKING AT BOTH SIDES, SPIRITUAL AND MATERIAL
“Thus both concepts — of primary origin and of infection — are justified,” (Rudolf Steiner in Spiritual Science and Medicine, lecture 2). (italics and emphasis added)
And naturally:
“We shall see that it is both reasonable to seek out causes of illness, and reasonable too, out of the ordinary consciousness to take hygienic measures against infection, thus hindering the causes of illness.” (Rudolf Steiner in Manifestations of Karma: Karmic Effects Of Our Experiences As Men and Women. Death and Birth In Relationship to Karma, Lecture 9) (


SUPPORT THE INNATE IMMUNE SYSTEM
Neither conventional medicine nor complementary medicine can claim proven prevention or treatment for Ebola.
The fundamental defense built into the human being for fighting contact with any new germ is our Innate immune system. This is primarily dependent on nutrition and healthy lifestyle, such as:
  • Cultivate ‘active love’ that focuses positively instead of focusing on the existence of a fearful epidemic; be independent, not imitative, in your life purpose, as a ‘psychological rebuke’ to the germ-ghost, and create ‘encouragement’ as a positive act; humor can be part of this soul medicine.
  • Dress warmly so any viral battle taking place in your body is drawn to the surface, not carried out in the deeper organs
  • Avoid highly processed foods and excessive sugar. Eat organic as much as possible. Avoid GMOs which are pesticide-rich by definition and kill the good gut bacteria.
  • Use fermented foods daily to support healthy gut flora, a part of our defense system. Take probiotics if you have known dysbiosis (abnormal gut bacteria) or have recently used antibiotics.

20 janeiro 2020

Juiz de Garantias vai ser uma tragédia. José Paulo Cavalcanti Filho


‘Juiz de garantias vai ser uma tragédia’ diz José Paulo Cavalcanti Filho
 jamildo
Publicado em 11/01/2020 às 16:16
De férias das páginas do JC, o advogado José Paulo Cavalcanti Filho escreveu artigo sobre o juiz de garantias para a revista Será. Vale a pena a leitura.
Por José Paulo Cavalcanti Filho
1. A VERDADE DA VERDADE. Quando João Rego (em nome de Aécio Matos, Clemente Rosas, Sergio Buarque e todos os crentes no futuro que fazem a Revista Será?) pediu opinião sobre o Juiz das Garantias, criado pela Lei 13.964 (de 24/12/2020), pensei (a cabeça tem seus mistérios) logo num curioso diálogo de Alice no País das Maravilhas:
“Rainha: Você conhece a falsa tartaruga?
Alice: Eu nem sei o que é uma falsa tartaruga.
Rainha: É aquilo de que são feitas as falsas sopas de tartaruga”.
A arte de sugerir sem explicar, de enganar sem enganar, de dizer quase tudo como um quase nada, é próprio desse professor de Oxford e maior matemático inglês do Século XIX – que se assinava só pelo sobrenome, Dodgson. Autor, entre outros, do Tratado Elementar dos Determinantes ou Euclides e seus Rivais Modernos. O mesmo que a partir de 1856, na literatura, passou a ser Lewis Carroll. Sendo, o L e C desse como que heterônimo, um anagrama imperfeito e invertido das iniciais, C e L, dos seus dois primeiros nomes, Charles Lutwidge. Assim também se deu com Charles Dickens, que escreveu David Copperfield. O autor, CD, convertido em seu personagem, DC. Em inglês, LC é também o próprio som (pronunciado naquela língua) do nome de seu personagem, Alice. Ele era ela. Cumprindo lembrar que se chamava Alice (Liddell) uma jovem amiga do autor. Seja como for, seu livro acabou sendo o mais citado na literatura universal. Depois da Bíblia.
E é como se o personagem fosse, a um só tempo, ele próprio e seu oposto. Não por acaso. Que o autor era homem e Alice, mulher. Ele velho, ela jovem. Ele culto, ela inocente. Ele reverendo da Igreja Anglicana, ela “praticamente leiga”. Ponto e contraponto. Transpondo, para os diálogos do romance, um jogo sutil e provocante de linhas e entrelinhas. Deixando entrever as muitas faces do que, para cada um de nós, poderia ser a verdade. Tanto que o livro que lhe dá sequência, Alice Através do Espelho, funciona como uma chave para entender a trama. Sugerindo que a verdade está do outro lado do espelho. Agora, melhor por de lado esses devaneios literários para tratar do tema solicitado pela Revista. Valendo, o texto que se segue, como uma tentativa de entrever a verdadeira verdade sobre o tema. Pensando no leitor comum, não iniciado em textos jurídicos. E tudo a partir de uma frase dita com frequência por outro personagem de Alice, o Dodó: “A melhor maneira de explicar isso é fazê-lo”.
2. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. Tudo começa com o Tratado Internacional de Direitos Civis e Políticos, mais conhecido como Pacto de San José da Costa Rica. Um texto que passou a valer como legislação brasileira, bom lembrar, faz bastante tempo. Desde o Decreto Legislativo 27/1992. E a preocupação faz sentido. Que, nas democracias modernas, condenados vão à cadeia logo após o julgamento em apenas uma Instância. Assim se dá nos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha, França, Espanha. Só para lembrar, todos os 193 países da ONU têm prisão em Primeira ou Segunda Instância. Itália e Portugal merecem exames à parte, no tanto em que alguns (poucos) delitos específicos requerem outras instâncias. Mas, como regra geral, único país do mundo em que criminosos não vão presos em Primeira ou Segunda Instância, hoje, é mesmo só o Brasil. Em 4 instâncias. Isso antes do Juiz das Garantias. Que, agora, são 5. Algo novo. Decorrência do Mensalão e da Lavajato, quando ilustres membros de nossas elites políticas e econômicas começaram a ver o sol quadrado.
Prisões por aqui, bom lembrar, sempre se deram em Primeira Instância. E não apenas até o Código de Processo Penal de 1941, como é usual ler nos jornais. Passando a ocorrer em Segunda Instância, na verdade, só a partir da Lei Fleury (5.941/73). Uma boa lei. Em plena Ditadura, quem diria? Quando foi admitida, limitadamente ainda assim, apenas para réus primários e de bons antecedentes. A ideia de mais uma instância, que não consta de nenhuma lei, nasceu não para beneficiar pessoas possivelmente inocentes. Mas como proteção a um torturador relés. Nascendo mais tarde, essa prisão em Segunda Instância, como uma construção do Supremo.
Voltemos ao Pacto de San José. No tanto em que considera não ser razoável que alguém vá à prisão pelas mãos de apenas um juiz. Por isso proclamou ser democrático, e necessário, o Duplo Grau de Jurisdição. Que se dá, segundo o Pacto, pelo “direito de recorrer da sentença para juiz ou tribunal” (art. 8,2,4). “Juiz ou Tribunal”, é bom reter essa regra. Com o duplo grau podendo se dar na própria Primeira (Juiz) como, também, na Segunda Instância (Tribunal). Nos Estados Unidos, França e Itália, um juiz prepara o processo que, depois, é decidido pelo juiz do feito. Semelhante ao sistema criado agora no Brasil. Como se fossem duas instâncias. Sendo a sentença, posteriormente ao trabalho do Juiz das Garantias, prolatada por juízes de Primeira Instância – que, com a nova lei, passaram a se chamar Juízes de Instrução e Julgamento. Mas não há consenso nas democracias, sobre ele. Tanto que não se vê algo assim em numerosos países culturalmente maduros. Sendo bom lembrar que Alemanha, Holanda e Itália, que já tiveram Juízes de Garantias, decidiram não mais preservá-los. Renunciaram a eles. Por considerá-los uma inutilidade absoluta.
3. O DUPLO GRAU JÁ EXISTE NO BRASIL. Ocorre que sistema como esse de um Duplo Grau de Jurisdição, agora criado, já existe no Brasil. E em outros países, com estruturas judiciárias semelhantes à nossa. É inacreditável que isso não seja dito, e reiterado, pelos jornais. Operado, o Segundo Grau, pelos Tribunais. “Juiz ou tribunal”, bom lembrar, como dispõe o Pacto de San José.
A razão de haver já uma espécie de Duplo Grau, antes da adoção do tal Juiz das Garantias, se dá porque o recurso nas decisões em Primeira Instância, Apelação, tem aqui efeitos Suspensivo (a decisão monocrática não produz, provisoriamente, nenhum efeito, até decisão dos Tribunais); e, também, Devolutivo (fazendo com que o assunto deva ser rediscutido por Tribunal). Enquanto os recursos subsequentes, Especial e Extraordinário, contra decisão já desse Tribunal, apenas têm efeito Devolutivo. Determinando seja o caso reexaminado por Tribunais Superiores – STJ e Supremo. Sem interferir nas condenações. Que deveriam ser imediatamente executadas, para evitar o risco das prescrições. E sem que se possa rediscutir provas, por conta das Súmulas 7 (do STJ) e 279 (do Supremo). A sistemática não foi alterada com a Constituição de 1988. Suspensa em breve interlúdio (no Mensalão, quando alguns políticos muito ligados ao poder começaram a ser condenados), em razão do HC 84.048, em 2009; voltou a ocorrer em Segunda Instância, com o do HC 126.292, em 2016 (por 7 votos a 4); passando mais recentemente, nas ADs 43, 44 e 45 (em 07/11/2019), a se dar em Quarta Instância (por 6 votos a 5).
Vale a pena explicar isso com mais vagar. Tudo vale a pena. É que, no sistema criado agora, o Juiz das Garantias prepara o processo; dando-se, um julgamento definitivo, só com o Juiz de Instrução e Julgamento. Fosse uma inovação séria, e a prisão deveria se dar já nessa decisão em Primeira Instância. Como numerosos outros países. Quando se tem performado, nos contornos do Pacto de San José, o Segundo Grau de Jurisdição. “Juiz ou Tribunal”. Como todas as democracias culturalmente maduras. No Brasil, a decisão de Primeira Instância ainda vai ser novamente discutida, nos tribunais. Que podem solicitar novas provas, novos depoimentos, novas perícias e mais o que quiserem, ao juiz de Primeira Instância que proferiu a sentença. Da mesma forma que o Juiz de Instrução e Julgamento pode requerer o mesmo, ao Juiz das Garantias. Na sistemática que foi agora criada, o tal Juiz das Garantias funciona como uma instância a mais. Uma Quinta Instância, pelas regras de hoje. O mestre Modesto Carvalhosa tem também essa opinião. Levando enorme número de processos à prescrição. Sobretudo no caso de réus que podem pagar advogados caros. Que têm compulsão por usar todos os recursos disponíveis no Código de Processo Penal. Muitas e muitas vezes.
As consequências práticas de um sistema como esse resultam devastadoras, no combate ao crime. Sobretudo porque não é necessário. Como se pode comprovar de estudo recente da Coordenadoria de Gestão da Informação (01/01/2009 a 19/04/2016) do STJ. Absolvições, pelo STJ, correspondem apenas a 0,62% dos casos. E, no Supremo, a somente 0,035%. Repetindo, 0,035% dos casos. Só 9 absolvições, em 25.707 recursos. Cabendo ainda em tais situações, para corrigir eventuais injustiças, o recurso ao Habeas Corpus. Sobretudo quando o julgamento anterior afronte a jurisprudência dos Tribunais Superiores. E não se trata, nesses raríssimos casos, de réus que possam ser considerados inocentes. Longe disso. Quase sempre se dando, nesses casos, em razão de prescrição ou detalhes meramente formais. Como limitação ao direito de defesa. Sobre a tragédia que vai ser essa alteração de entendimento, por conta de tão poucas absolvições, passo a palavra ao Ministro Luiz Roberto Barroso: “Subordinar todo o sistema de justiça a índices deprimentes de morosidade e ineficiência, para produzir este resultado, é uma opção que não passa em nenhum teste de razoabilidade ou de racionalidade”. E assim se dá, por enquanto, em nosso atual Supremo.
4. QUAL O PAPEL REAL DO JUIZ DAS GARANTIAS? Mas então, se assim passou a ser, qual o papel real do tal Juiz das Garantias? A resposta é simples. Apenas o de impor mais uma instância, em benefício dos réus. Aquele que pratica crimes. Porque suas atividades já são hoje exercidas pelos juízes de Primeira Instância. Enquanto os países da ONU, todos, julgam em uma ou duas instâncias, o Brasil, que já tinha quatro, agora passará a julgar em cinco instâncias. Nossos Deputados e Senadores conseguiram essa façanha. E o Presidente da República, que tem um filho investigado (27ª Vara Criminal do Rio, com o juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau), não vetou a rega. É lamentável.
Os problemas começarão desde sua implantação. A partir de dados do Conselho Nacional de Justiça – CNJ (confirmados pela Associação de Juízes Federais – AJUF), se vê que o Brasil, hoje, funciona com 18.100 juízes. Déficit de 4.400 vagas. Das 2.700 comarcas da Justiça Estadual, 1.800 tem apenas um magistrado. Sem contar as muitas que não têm um único Juiz. Mesmo vigente regra de ser maior remuneração do país a de Ministro do Supremo (R$ 39.293,32), o salário médio de cada juiz estadual é bem maior, de R$ 47.400,00. Um escândalo, dirão muitos. Ainda sendo necessário contratar, imediatamente, mais 1.800 novos juízes. Em resumo, não há estrutura para que isso funcione. E os custos irão à estratosfera. Para quê? Aqui, lembro poema de Ascenso Ferreira (O Gaúcho),
“Riscando os cavalos!
Tinindo as esporas!
Través das cochilhas!
Sai de meus pagos em louca arrancada!
— Para quê?
— Pra nada!”
E, assim, a resposta do problema está na literatura – que imita a vida. Vai servir para quê? Pra nada!
5. PROBLEMAS TÉCNICOS. Os jornais passaram ao largo de enormes problemas técnicos que se darão na aplicação da Lei. Redigida com o propósito, evidentíssimo, de sobretudo beneficiar os réus. Apenas para referir, seguem alguns poucos pontos: Art. 3–B. XV: Pelo qual o investigado terá acesso a todas as “provas produzidas no âmbito da investigação criminal”. Antes mesmo de completado o inquérito. Abrindo um grande conjunto de possibilidades para a defesa Art. 3–B, § 2º: Dispondo que o inquérito poderá ser prorrogado “uma única vez”, e por “até 15 dias no máximo. Após o que a prisão será imediatamente relaxada”. Sem qualquer razão aparente para isso. Sendo previsível um enorme contingente de investigados que serão libertados muito antes do que ocorre hoje. Art. 3º C–, § 2º. Aqui, vênia para transcrever toda a regra: “Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada”. Significando que, caso haja provas posteriores que venham de ser produzidas, e não mais poderão ser aproveitadas no processo. Beneficiando, sem nenhuma razoabilidade, quem pratica crimes.
6. FINAL. A Associação dos Magistrados Brasileiros–AMB intentou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADIN contra a medida, em 27/12/2019. Fundamento principal é que “a jurisdição é una e indivisível”. Com “violação ao princípio do juiz natural (CF art. 5º, III). O Ministro Fux, que dia 20 de janeiro assumirá o plantão no Supremo, vai decidir se concede liminar suspendendo sua implantação, até julgamento dessa ADIN pela Corte. Os jornais dizem que já manifestou ser contrário à regra. Mas dificilmente se conseguirá isso do Supremo. Afinal, trata-se (ao menos segundo penso) de regra processual. Dentro da competência do Congresso. E o Supremo jamais vai considerar o Juiz das Garantias inconstitucional.
Em resumo, o novo juiz vai ser um atraso no combate ao crime. Especialmente de corrupção. O professor argentino Alberto Binder considera, essa nova regra, “inimiga da reforma” verdadeira. Por isso não houve debate sobre o tema, no Congresso. Nenhum especialista foi ouvido. Nem órgãos de classe, de advogados ou juízes. Só uma pequena parcela da Câmara dos Deputados votou. Uma câmara que, segundo os jornais, tem 284 Deputados processados ou investigados. Provavelmente, apenas coincidência. Que Deus nos proteja.
Para encerrar, e apesar de tudo, prefiro usar palavras de esperanças. No sentido de que, um dia, tudo poderá mudar. Espero que mude, ainda. Na disposição de sonhar com dias melhores. E já que começamos esse pequeno texto com Alice, bom findar também com ela. Quando relata que sonhou. Após o que, diz: “No fim de contas eu não estive sonhando. A não ser… a não ser… que todos façamos parte do mesmo sonho”.

18 janeiro 2020

Brasil, Hy Breazil.SvH. US.BR


BRASIL, Sonia von Homrich

Brasil já era conhecido pelos fenícios, gregos, vikings e celtas irlandeses. Estes, inclusive, denominavam Hy Breazil ou "descendentes do vermelho-pau-brasil" (referência ao vermelho do pau-brasil). Eschenbach, autor do livro Parsifal, escrito em 1200, na Idade-Média (portanto, antes de Cabral), cita literalmente o "pau-brasil". Segundo antiga lenda, o corpo do rei Arthur teria sido transladado à "Ilha Afortunada", situada no ocidente extremo, "lá onde o sol se põe"... Talvez isso possa justificar a inspiração que vive nos corações brasileiros: "Brasil, país do futuro".

Brazil was already known by the Phoenicians, Greeks, vikings and Celts Irish. These included, called Hy Breazil or "descendants of red-pau brasil" (referring to the Red of the pau-brasil). Eschenbach, author of Parsifal, written in 1200, middle-age (so And Brazil? Here was already known by the Phoenicians, Greeks, vikings and Celts Irish. These included, called Hy Breazil or "descendants of red" (referring to the Red of the pau-brasil). Eschenbach, author of Parsifal, written in 1200, middle-age (so before Cabral), quoting literally the "Redwood". According to ancient legend, the body of King Arthur would have been moved to the "Lucky" Island, situated in the West end, "where the sun goes down". Maybe that can justify the inspiration which lives in the hearts of Brazil: "Brazil, country of the future".

HyBreasil, Hy Brysail (em Celta, Gente do Brasil), Ilha do Brasil, Hy Brysail, Brasil,
Brasil, do celta bress que deu em inglês bless, abençoar.
Brasil (Bresail, Brazie, Bracil, Verzino, Barcino),
todas derivadas da tonalidade rubra e da árvore de miolo cor de brasa (pau brasil) que fornecia a púrpura vegetal tão em voga no Renascimento. Era a tintura para os tecidos dos tronos e para os mantos reais, símbolo de opulência e dignidade.
No imaginário náutico e na cartografia medieval, desde meados do século XIV, já se mencionam ilhas míticas e paradisíacas em diversos pontos do Atlântico. Aparentemente inspiradas nas lendárias aventuras de São Brandão, o irlandês que buscava o Éden. Como "Hy Brysail" que significa em celta "Gente do Brasil" e, por extensão, os eleitos.

HyBreasil, Hy Brysail (in Celtic, People of Brazil), Island of Brazil, Brazil, of the Celtic bress in English bless, bless. Brazil (Bresail, Brazie, Bracil, Verzino, Barcino), all derived from the red tone and the red-colored crumb tree Brazilwood tree that provided purpura plant so in vogue in the Renaissance. It was the dye for the fabrics of thrones and for the royal robes, symbol of opulence and dignity. In the nautical imaginary and medieval cartography, since the mid-fourteenth century, mythical and paradisiacal islands are mentioned in various parts of the Atlantic. Apparently inspired by the legendary adventures of St. Brendan of Clonfert the Irishman who was looking for Eden. Like "Hy Brysail" which means in Celtic "People of Brazil" and, by extension, the elected.

11 janeiro 2020

Sobre a lei do Destino. Rudolf Steiner SvH


Sobre a lei do Destino. Rudolf Steiner. Tradução Sonia von Homrich

Em relação ao carma, tudo que é bom, inteligente e verdadeiro realizado por um ser humano está no lado do crédito; atos malignos ou tolos estão do lado do débito. A cada momento o ser humano é livre para fazer novas entradas no cármico livro da vida. Nunca se deve nunca imaginar que a vida está sob domínio de uma lei imutável do destino; a liberdade não é prejudicada pela lei do carma. Ao estudar a lei do carma, portanto, o futuro deve estar em mente tão fortemente quanto o passado. Tendo dentro de nós os efeitos de atos passados, nós somos os escravos do passado, mas também somos os mestres do futuro. Se quisermos ter um futuro favorável, temos de fazer o maior número possível de boas entradas no livro da vida.


02 janeiro 2020

A Consciência do Eu. Sonia von Homrich

Consciência do Eu (1)
Tradução e adaptação Sonia von Homrich

Saindo do abstrato e entrando no concreto, com a ajuda de ideias e sentimentos que adquiri em meu sincero, profundo e amoroso estudo sobre ‘ Conflitos E Vida ‘, enfoco a evolução, o desenvolvimento da humanidade em seus diversos Períodos. Para entender seu progresso – que não consiste somente nas descrições externas da História, tal qual conhecemos, ou por ex., no atual e célere desenvolvimento da tecnologia. Sonia von Homrich

Em cada um dos grandes períodos de tempo das civilizações, encontramos que os sentimentos e emoções, todos os conceitos e ideias do ser humano alteraram e se renovaram durante o curso do desenvolvimento da humanidade. Qual seria o uso de advogar a ideia de reencarnação ou re-corporificação, que nosso espírito volta novamente aqui se não soubéssemos disso? Qual a utilidade da reencarnação para nosso espírito e nossa alma d este retornar mais de uma vez a um corpo físico, a não ser que nós aprendamos algo novo a cada novo período de tempo  - não somente novas experiências, vivências, mas aprendemos realmente a sentir de forma diferente? No que concerne às capacidades dos seres humanos, suas habilidades – no mais íntimo da vida da sua alma, em cada período de tempo são as capacidades renovadas e alteradas. A alma faz mais do que meramente ascender estágio por estágio (como se imagina, uma série de degraus) porque cada vez que este ser humano encontra novas oportunidades e através delas ele altera suas condições de vida, então nosso espírito (Eu) e nossa alma (Astral) alteram suas condições para adquirir algo novo, na terra. Nosso espírito e nossa alma não são meramente guiados de uma encarnação a outra por nossos pecados e erros como muitos afirmam. A Terra se altera em cada uma de suas condições de vida, então nossas almas e espíritos podem a cada vez,  adicionar algo novo vindo de fora. Desta forma a alma e o espírito progridem de encarnação a encarnação e também progridem de um período da civilização para o outro. Para se estar apto a progredir e desenvolver, existem Seres que já atingiram altíssimos níveis de desenvolvimento e estão de uma ou outra forma num nível superior à humanidade – estes Seres cuidam para que algo novo sempre flua dentro da civilização terrestre, em cada época. Não poderíamos avançar sem que um grande professor , um Mestre estivesse atuando. Devido ao seu alto desenvolvimento o Mestre também está apto a receber as vivências, as experiências  do mundo superior e carregá-las abaixo na esfera de ação da vida na cultura da terra. Sempre existiram estes Seres no desenvolvimento de nossa terra, neste desenvolvimento do pós-Atlântida, e estes Seres eram em certos aspectos,  Mestres dos outros. Só conseguiremos compreender a natureza destes Mestres da humanidade se conseguimos compreender claramente o caminho no qual a humanidade progride.
Não podemos descansar satisfeitos enquanto unilateralmente nos rendemos a certas particularidades conectadas com o mundo superior, no que concerne à ideia geral sobre os Bodhisattvas e sua missão. Isso é que eu chamo de sair do abstrato e chegar ao concreto e tentar penetrar nestes sublimes assuntos. Assim não meramente aceitamos os fatos que nos são comunicados, mas  tentamos em grande extensão,  compreendê-los. Depois da grande catástrofe da Atlântida, em nosso progressivo curso de evolução humana, passamos por vários Períodos até o atual Quinto Período de Civilização pós-Atlântida, vide o esquema abaixo.

Atlântida, Grande Catástrofe



Períodos de Civilização



1 Antiga Índia (Rishis)
7.227 AC
Câncer
Corpo Etérico
2 Antiga Pérsia
5.067 AC
Gêmeos
Corpo Sensciente
3 Egito-Caldeu
2.907 AC
Touro
Alma Sensciente ou Emoção
4 Greco-Latino
747 AC
Aries
Alma do Intelecto ou Razão
5 Europa
1.414 AC
Peixes
Alma da Consciência/Espiritual
6 Rússia-Eslava ou Brasileira (3)
3.574 AC
Aquarius

7 América
5.743 AC
Capricórnio


A ESFERA DOS BODHISATTVAS
Atualmente falamos na forma do pensar-puro (pensamento puro) a respeito do Eu do Ser humano, do Ego e não Ego. Há 2.500 anos seria impossível falar desse assunto, na forma do pensar-puro, em qualquer parte da Terra. Existiu de fato um progresso real e uma alteração do desenvolvimento da civilização que permite que hoje a humanidade compreenda as ideias do Eu e do Ego. E para tornar isso possível não só uma individualidade resolveu encarnar num corpo humano, mas foi também necessário que a nossa terra,  em sua evolução produzisse um corpo humano capaz,  com um particular tipo de cérebro, assim as verdades, as quais nos mundos superiores são de natureza diversa, pudessem naquele particular tipo de cérebro tomar a forma do que chamamos de “pensar-puro”.  Assuntos eram impossíveis de se falar  2.500 anos atrás quando inexistiam cérebros humanos capazes de ser um instrumento para “traduzir” estas verdades em tais pensamentos.  Os Seres que queriam descer para a nossa Terra deveriam usar os corpos disponíveis que aquele ciclo-terrestre em si mesmo produzia. Nossa terra, todavia, através de diferentes períodos de civilização sempre ‘forneceu’ corpos com organizações bem diversas; somente nesta Quinta época de Civilização Pós-Atlântida (na qual vivemos) é que tornou-se possível falar na forma do pensar-puro – a raça humana passou a produzir os corpos necessários, com cérebros específicos.  Mesmo na Era Greco-Latina teria ainda sido impossível falar de forma semelhante entre as linhas da Teoria do Conhecimento, pois inexistiam os instrumentos naquele período para traduzir tais pensamentos em linguagem humana. Essa é precisamente a tarefa deste nosso Quinto Período Pós-Atlântida – a de  gradualmente formar a organização física do ser humano em instrumento através do qual estas verdades que em outras Eras eram compreendidas numa forma totalmente diversa,  para que estas ideias possam fluir cada  vez mais no pensar-puro.  Considerando a questão do Bem e do Mau nos tempos presentes,  quando hesitando em atuar desta ou daquela forma, o ser humano fala como se uma voz interior lhe dissesse “Você não deve fazer isso. Você deve fazer aquilo”. Mas isso nada tem a ver com alguma lei exterior. Ao ouvirmos a voz interior, distinguimos nela um certo impulso, um incitamento para atuar de uma certa forma num caso específico. Chamamos essa voz interior, de consciência. Se um ser humano for da opinião que todos os diferentes períodos de desenvolvimento do ser humano eram exatamente os mesmos, ele facilmente acreditará que desde que o ser humano habita a Terra a consciência sempre existiu. Isso é totalmente incorreto.  Podemos historicamente provar que existiu um início do tempo quando o ser humano começou a falar de consciência. Quando isso existiu, tornou-se evidente através dos períodos de dois poetas trágicos: Æschylos/ Ésquilo, que nasceu no século 6 AC e Eurípides 5 AC.  Inexiste menção à consciência previamente. Mesmo em Ésquilo ainda não se encontra totalmente o que seria chamado de voz da consciência; o que ele fala ainda toma a forma de uma aparição astral, pictórica quando Fúrias ou Eríneas seres vingadores, apareciam ao ser humano. Adveio o tempo,  todavia,  quando a percepção astral da Fúria foi alterado pela voz interior da consciência. Mesmo no período Grego-latino, no qual uma fraca percepção astral ainda estava presente, o ser humano que cometia um erro percebia que a cada ato errado criavam-se formas astrais no ambiente, cuja presença o preenchia de ansiedade e medo quanto ao que ele tinha realizado. Estas formas eram as educadoras do ser humano daqueles tempos; deram seus impulsos a eles. Quando os humanos perderam os vestígios de sua clarividência astral, sua percepção foi alterada para a voz invisível da consciência; isto significa que o que antes era externo, entrou na alma e tornou-se uma das forças interiores existentes nela,  agora. A alteração que ocorreu no ser humano devida ao curso do desenvolvimento,  adveio do fato que o instrumento externo do ser humano, no qual ele procurava incorporar, mudou.  Há 600 anos,  quando a alma humana cometia um erro as Fúrias eram percebidas; não se podia então ouvir a Voz da Consciência. Desta forma aprendeu-se a estabelecer uma relação interior em relação ao Bem e ao Mal. Esse mesmo espírito nasceu novamente e novamente e finalmente nasceu num corpo possuindo uma organização na qual a qualidade da consciência pode aproximar-se. Num futuro ciclo do desenvolvimento humano outras formas e outras capacidades serão vivenciadas pelo espírito e a alma. Entender claramente a Ciência Espiritual permite não desenvolver uma atitude dogmática e afirmativa de que a forma que nos é dada hoje será permanente e que será suficiente para a humanidade no futuro que virá. Da mesma forma que há 2.500 anos as mesmas verdades eram reveladas de outra forma, de acordo com os instrumentos que então existiam. Mantendo isso em mente, fica claro que a humanidade falou de maneira diversa em cada era sucessiva e que a atitude dos grandes Mestres em relação às capacidades e qualidades do ser humano também diferiram, da mesma forma. Isso significa que os grandes Mestres também passam, eles mesmos,  por um desenvolvimento de um ciclo a outro, de uma Era à outra. Nas eras através das quais a humanidade progride, encontramos acima do ser humano a atividade de uma evolução progressiva dos grandes Mestres da humanidade. Da mesma forma como o ser humano passa por certos estágios e então chega a um turning-point, da mesma forma o fazem os grandes Mestres.
Vivemos hoje no Quinto Período de nossa época de civilização pós-Atlântida. Este período é uma recapitulação do terceiro, o período Egito-caldeu, de uma certa forma. O sexto período semelhantemente irá recapitular o período da Antiga Pérsia e o sétimo recapitulará a Antiga Índia.  Os vários ciclos se sobrepõe uns aos outros.  Menos o quarto período que não será recapitulado; ele permanece no meio – suficiente em si mesmo, podemos assim o dizer. O que isso significa? Significa que aquilo que os seres humanos experimentaram no período Greco-latino e só precisaram passar (por ele)uma vez em uma época de civilização; não que eles só encarnaram uma vez nele, mas sim que eles só experimentaram esse período de uma forma. O que foi experimentado no Período Egito-Caldeu está sendo recapitulado agora; assim, será experimentado de forma dupla. Há certas fases de desenvolvimento que indicam uma espécie de crise enquanto outros períodos são em certos aspectos como o outro, o que recapitula o outro, não da mesma forma, mas de uma forma diferente. A maneira de desenvolvimento do ser humano na era pós-Atlântida é esta: o ser humano passou por um certo número de encarnações no período da Velha Índia - e vai passar por um certo número de encarnações no sétimo período, e estas posteriores irão se assemelhar à anterior. A semelhança existe entre o segundo e o sexto – e entre o terceiro e o quinto período. Entre estes, o quarto período, existem um número de encarnações,  que não se assemelham uma à outra, e que, portanto, não significam uma transição. O homem passa por um desenvolvimento descendente e ascendente. Os grandes professores da humanidade também passam por um período que descendente e um que ascende e,  diferem absolutamente nos diferentes períodos.
No entanto,  o ser humano no primeiro período  pós-Atlântida teve capacidades totalmente diferentes das que foram adquiridas posteriormente, ele era instruído numa total e diferente maneira. Ao que devemos este fato de que em nosso tempo atual a sabedoria esteja ‘vestida’ nas formas concisas do pensar-puro?  Devemos isso às circunstâncias atuais.  Em nosso período de desenvolvimento a qualidade principal  que está sendo desenvolvida é a da Alma da Consciência/Espiritual (Desde 1923, chamada pelo Dr. Steiner de "A Alma Espiritual"). No Período Greco-latino era formada a Alma Intelectual ou da Razão (alma ou mente intelectual),  no período Egito-Caldeu a Alma Sensciente (traduzida por alguns como Alma da Emoção o que leva a interpretações errôneas), na Antiga Pérsia, o Corpo Sensciente e na Antiga Índia o corpo Etérico. Estes eram o fato principal em cada cultura, naturalmente. O que a Alma-da-Consciência /Alma Espiritual é para nós, o corpo etérico era para os habitantes da Antiga Índia. Eles então tinham uma maneira totalmente diversa de apreender e compreender. Se você falasse em formas de pensar-puro na Antiga Índia, eles não teriam a menor ideia de seu significado.  Para eles estas palavras eram meros sons, sem significado. Os grandes Mestres não ensinavam os Antigos Indianos comunicando a sabedoria à eles na forma do pensar-puro, nem poderiam explicá-la através das palavras faladas.  Para os Antigos Indianos os Mestres diziam muito pouco já que era a fase do corpo etérico e as pessoas não eram receptivas à palavra que encerrava o pensar.  É bem difícil para as pessoas de nosso tempo imaginar como o ensinar acontecia nestas condições.
Na realidade,  muito pouco era falado; em vez disso, a alma ouvinte reconhecia nos nuances do som, na forma como uma palavra era pronunciada, o que fluía do mundo espiritual para a terra.  Isso no entanto, não era o principal. A palavra era, digamos somente para chamar a atenção, um sinal que o relacionamento deveria agora ser estabelecido entre o Mestre e o ouvinte. Nos tempos antigos no Período da Antiga Índia a palavra era dificilmente mais do que um soar de sino como um sinal que algo estava para começar. Era um ponto cristalizado em torno do qual teciam as indescritíveis correntes espirituais que passavam do Mestre para seu discípulo.  Era de suma importância o que o Mestre via em sua personalidade interior. Não importava o que ele dizia; as qualidades de sua alma eram de grande importância; pois uma espécie de inspiração passava do Mestre para o discípulo. O discípulo desenvolvendo em particular o corpo etérico, o Mestre endereçava a si especialmente para este desenvolvimento; e era muito mais fácil entender o que o Mestre era em si,  do que algo falado. Antes que o ser humano pudesse compreender a palavra falada, ele passou através de subsequentes períodos da civilização. Era desnecessário que os grandes Mestres da Antiga Índia particularmente tivessem desenvolvido a Alma do Intelecto ou a Alma da Consciência pois estas teriam sido naquele tempo o instrumento para o qual ele não teria uso a fazer. Uma coisa,  no entanto, era necessária nestes grandes Mestres: seus próprios corpos etéricos teriam que estar num estágio super avançado de desenvolvimento do que o corpo etérico das pessoas. Se um grande Mestre permanecesse no mesmo estágio de desenvolvimento das pessoas, ele jamais produziria efeito nelas; não comunicariam mensagens do mundo superior, nem dariam impulso ao progresso. Num certo sentido o que o ser humano teria que crescer no futuro, primeiro  teria que ser trazido pelo Mestre. O Mestre Indiano teria que antecipar,  o que as pessoas somente estariam aptas a adquirir em subsequente períodos da civilização, a dos Antigos Persas. O que o homem comum no período da Antiga Pérsia traria através do corpo sensciente,  o grande Mestre dos Indianos teve que comunicar através do corpo etérico. Isto significa que o corpo etérico de tal Mestre não funciona como os de outros seres humanos, funcionava como um corpo sensciente que era o que se deveria alcançar na civilização persa. Se um clarividente no sentido presente da palavra entrasse em contato com um dos grandes professores indianos, ele diria: “Que tipo de corpo etérico é esse?” Pois aquele corpo etérico seria semelhante ao corpo astral do Período da Antiga Pérsia.
No entanto,  não era uma matéria simples este corpo etérico trabalhar como um corpo astral num período posterior. Não seria trazido naquele tempo por nenhum estágio mais avançado de desenvolvimento. Seria apenas possível através da descida de um Ser que já tinha alcançado um estágio posterior,  entre os outros, e que encarnava num corpo humano que nem era realmente adequado nem tampouco bem adaptado para ele, mas no qual ele era obrigado a entrar para se fazer compreendido pelos outros. Exteriormente,  ele era visto como qualquer outro ser humano, mas interiormente era totalmente diferente. Julgar este indivíduo pelo seu aspecto exterior significaria enganar-se totalmente; pois enquanto a aparência externa das pessoas comuns harmoniza com seu ser interior, no caso desses Professores estava em completa contradição. Aqui tínhamos uma individualidade que não tinha mais nenhuma necessidade de descer à terra,  de nenhuma forma,  mas descia num certo estágio e tomava seu lugar entre o povo dos Antigos Indianos, para ensiná-los.  Ele descia voluntariamente, e encarnava em forma humana, embora o Mestre fosse um Ser completamente diferente.  O Mestre era um individuo de tal natureza que o destino ao qual o ser humano normal está sujeito, porque é um ser humano, o destino não o afetava. Um Mestre que teria um corpo e um destino externo mas que de fato, ele não tomava parte neste destino externo; ele vivia naquele corpo como numa casa. Quando aquele corpo morria, a morte para ele era uma experiência bem diversa do que as de outros seres humanos. O nascimento também era muito diverso para o Mestre assim como as experiências entre o nascimento e a morte eram bem diversas para ele. Então este Ser trabalhava numa forma bem diferenciada neste instrumento humano. Vamos imaginar como esta individualidade usava por exemplo, o seu cérebro. Mesmo estando ele apto a perceber através do corpo astral, seu cérebro estava organizado de outra forma e ainda tinha que ser usado como um instrumento para observar as imagens através das quais as percepções eram recebidas.  Existiam dois tipos de humanos; um o que usava seu cérebro como um ser humano comum e o que era um Mestre, que não usava o seu cérebro nunca de forma ordinária, mas em um certo sentido o deixava sem uso.  Um grande Mestre não precisava usar o cérebro com todos os seus detalhes; ele sabia de coisas que outras pessoas só poderiam aprender através dos instrumentos do cérebro. Não se tratava de uma real encarnação terrestre como a de outrem, no sentido comum.  Apresentava uma espécie de dupla natureza; um ser espiritual vivia nesta organização. Existiram também Seres como estes nos períodos da Antiga Pérsia e no Egito. Foi sempre o caso de que, na sua individualidade, eles se erguiam muito acima da estatura da sua organização humana.  Eles não se encontravam totalmente contidos dentro desta organização. Por essa razão, eles foram capazes de trabalhar sobre as pessoas naqueles tempos antigos.  Este estado de coisas continuou até o tempo do período Greco-Latino onde uma importante crise ocorreu no desenvolvimento da humanidade.
Agora, na Idade Greco-latina a Alma Intelectual ou da Razão/Mente (Mente no sentido de que eu tenho uma razão específica para fazer algo) começa gradualmente a formar faculdades interiores. Enquanto em tempos precedentes essas coisas principais fluíam a partir de fora, como vimos no exemplo das Fúrias quando o ser humano via seres vingadores em torno dele,  mas nada dentro dele – no Período Greco-latino algo começa a fluir de dentro, direcionando-se aos Grandes Mestres. Desta forma, uma totalmente nova condição foi estabelecida.   Anteriormente, Seres dos Mundos Altíssimos (Superiores) desciam e encontravam um estado de coisas que possibilitava-os dizer: “ Não é necessário para nós entrar totalmente na organização humana; podemos fazer o nosso trabalho trazendo aos seres humanos o que eles não podem obter por si mesmos e fazemos isto fluir neles a partir dos Mundos Superiores”.  Naquele tempo ainda não era necessário ao ser humano contribuir com algo, não existia a necessidade para o ser humano trazer algo e encontrar os Grandes Mestres.  Ocorre que se os grandes Mestres continuassem com essa política, o que ocorreria com certeza, a partir do Quarto Período em diante, é que uma destas grandes individualidades teria descido para uma das partes da Terra e encontrado algo que inexistia acima (no Cosmos). Enquanto as Fúrias – os espíritos vingadores eram visíveis, o ser humano poderia voltar a sua atenção fora do que poderia ser encontrado na Terra. Agora, todavia, algo novo veio – a consciência.  Os Mestres sabiam que inexistia a possibilidade de observar a partir de cima.  Em outras palavras, na civilização do Quarto Período de civilização pós-Atlântida surgiu a necessidade para que estes Grandes Mestres realmente descessem ao estágio do ser humano, para saber então o que surgia e encontrá-los a partir das almas humanas.  Então inicia o tempo quando não seria mais possível para eles compartilharem em alguma extensão as qualidades inerentes ao ser humano. Permita-nos agora trazer as observações sobre o Ser que conhecemos como Gautama Buddha por sua encarnação terrestre. Gautama Buddha era um Ser que sempre esteve apto a encarnar em corpos terrestres em diferentes períodos da civilização, sem ter que usar toda a organização humana. Não era necessário para esse Ser passar através de uma real encarnação humana. No entanto, chegou-se a um importante turning-point para o Bodhisattva; tornou-se necessário para ele se fazer familiarizado com todos os destinos da organização humana num corpo da terra no qual ele teria que entrar.  Ele vivenciaria algo que somente poderia experimentar num corpo humano; e porque ele era essa altíssima individualidade, uma só encarnação era suficiente para ele ver tudo que um corpo humano pode desenvolver.  Outras pessoas tiveram e terão que evoluir as capacidades interiores gradualmente, através dos Períodos da Quarta, Quinta, Sexta, e Sétima; mas Buddha era capaz de vivenciar em uma única encarnação tudo que era possível evoluir.  Em sua encarnação como Gautama Buddha ele viu antecipadamente o primeiro germe do que surgiria no ser humano como consciência, que se tornaria maior e maior ao longo do tempo. Ele estava no entanto,  apto a re-ascender para o mundo espiritual diretamente após aquela encarnação ; inexistia a necessidade para ele passar por outra encarnação. O que o ser humano em uma certa esfera irá evoluir a partir de si mesmo durante ciclos futuros, Buddha estava apto a dar nesta única encarnação, como uma imensa força direcional.  Isto teve lugar através do evento que é descrito como “sentado sob a árvore-Bodhi.”  Ele então passou adiante, com sua especial missão, os ensinamentos da compaixão e amor contidos nos oito passos do caminho. Essa grande Ética da Humanidade a qual o ser humano adquirirá durante civilizações a advir, foi estabelecida como uma força básica na mente (razão) de Buddha o qual desceu naquele tempo.  De Bodhisattva ele se tornou Buddha, o que significa que ele realmente ascendeu a um estágio ainda mais superior, pois aprendeu através do descer (à terra).  Isso em palavras diversas descreve o grande evento da Civilização Oriental conhecido como o de “Bodhisattva tornando-se Buddha.” Quando esse Bodhisattva  que nunca tinha encarnado realmente (inteiramente) estava com 29 anos de idade, sua individualidade entrou totalmente no filho de Suddhodana; não tendo (até então)uma possessão integral dele. Ele então vivenciou o grande ensinamento da compaixão e do amor. Porque esse Bodhisattva que tornou-se Buddha encarnou nesse povo? Porque não no povo Greco-latino? Este Bodhisattva deveria tornar-se Buddha no Período da Quarta Civilização pós-Atlântida, ele deveria trazê-lo em algo novo para o futuro.
Quando a Alma da Consciência ou Espiritual estiver totalmente desenvolvida, o ser humano irá, por seus próprios meios gradualmente tornar-se suficientemente maduro para reconhecer em si mesmo,  o grande ímpulso dado por Buddha.  Numa época quando o ser humano somente desenvolvia a Alma do Intelecto, era necessário que Buddha já estivesse com a Alma Espiritual desenvolvida.  Ele tinha que usar o instrumento físico do cérebro e ter maestria nisso; e isso na forma totalmente diversa do que teria sido possível por alguém que tivesse progredido adiante do período da civilização Greco-latina.  O cérebro Greco-latino seria muito ‘duro’ para ser usado o que somente o habilitava a desenvolver a Alma do Intelecto e da Razão/mente (mente no sentido de ter razão em fazer algo) onde ele teria que desenvolver a Alma Espiritual. Para isso ele requeria um cérebro que tivesse permanecido ‘macio/delicado/suave’ (não duro). Ele usou a Alma que seria só desenvolvida posteriormente num instrumento usado por seres humanos de tempos anteriores e que tinha sido retida no povo Hindu/ Indiano. Aqui novamente uma recapitulação: Buddha repetiu na organização humana pertencente a tempos anteriores, junto com a capacidade da Alma Espiritual pertencente a tempos que ainda adviriam. Os eventos que tiveram lugar na evolução da humanidade são nessa extensão, da natureza da necessidade. Nós séculos 5 e 6 BC, Buddha teve a tarefa de introduzir a Alma Espiritual na organização do ser humano.  Como um único indivíduo, ele não poderia, no entanto, assumir a tarefa de fazer integralmente tudo que era necessário para que a Alma Espiritual pudesse preparar para si mesma,  o caminho correto a partir do século 5 em diante. Sua missão em particular consistia só em parte daquela tarefa; a de trazer para o ser humano a doutrina do Amor e da Compaixão. Outros Mestres da humanidade teriam outras tarefas. Essa parte da Ética da Humanidade, a ética do Amor e da Compaixão, foi primeiro introduzida por Buddha, e suas vibrações permanecem; mas a humanidade deve no futuro desenvolver inúmeras outras qualidades além dessa, como por exemplo, a do pensar-puro, o pensar claro, cristalino.  Não cabia à missão de Buddha a construção do pensar, adicionar um claro pensar a outro. Sua tarefa era formar e estabelecer o que lidera o ser humano a partir de sua concordância,  a encontrar o caminho de 8 passos.
Então deveria existir outro Mestre da humanidade com outras qualidades diversas, alguém que trouxesse uma corrente diversa de vida espiritual a partir dos altíssimos mundos espirituais, para a terra. A essa outra individualidade foi dada a tarefa de trazer a faculdade do pensar lógico,  de carregar descendendo o que gradualmente foi mostrando a si mesmo no ser humano atual. Um Mestre teria que ser encontrado, apto a carregar descendendo o que faz possível ao ser humano expressar a si em formas do pensar puro; pois o pensamento lógico somente foi desenvolvido ao longo do tempo. O que Buddha realizou deveria ser carregado dentro da Alma do Intelecto ou da Razão. Essa Alma devido à sua posição entre a Alma Sensciente e a Alma Espiritual ou da Consciência, possui o atributo peculiar de não ter que recapitular nada.  A Antiga época da Índia será repetida na sétima, a Antiga Persa na sexta e a Egípcia se repete em nossa época, a quinta; mas justamente a quarta época permanece sozinha, afastada das outras, assim como a Alma do Intelecto ou da Razão.  As forças necessárias para nossas faculdades intelectuais que só apareceram na Alma Espiritual, não poderiam ser desenvolvidas na Alma do Intelecto; embora estas devessem apenas aparecer posteriormente, elas tinham que estar previstas em estado germinal e,  estimuladas num período anterior.
Em outras palavras: o impulso do pensar lógico deveria ser dado antes que Buddha desse seu impulso para a Consciência.  A Consciência era para ser organizada no ser humano na Quarta Época; o pensar consciente, o puro pensar era para se desenvolver na Alma da Consciência ou Espiritual na Quinta época, mas tinha que estar prevista na terceira época da civilização, como um germe para o qual, hoje, evoluímos. Por isso que outro grande Mestre teve a tarefa de instilar na Alma Sensciente as forças que hoje aparecem como o pensar puro. É fácil, portanto, perceber as diferenças entre esse Mestre e um ser humano normal.  Algo deveria surgir na Alma Sensciente que ainda nem existia num ser humano vivente. Ideias e conceitos não ajudariam nesse desenvolvimento; consequentemente embora esta Individualidade tivesse como tarefa deitar o germe de certas faculdades, ela não pode – ela mesmo, fazer uso delas. Isso teria sido impossível. Esta individualidade teria que empregar forças totalmente diversas.
Certas forças trabalhando através do poder da visão na Alma Sensciente,  num estágio superior tornam-se forças conscientes e aparecerão em forma de pensamentos. Aquela Individualidade, aquele Mestre estava apto a estimular as forças da Alma Sensciente de forma que as forças de pensar pudessem nela penetrar e, de forma semelhante a vida subconsciente penetrava-a através do ato da visão, sem no entanto perceber minimamente que o Mestre poderia então atingir algo. Isso somente poderia ser realizado em uma forma. Para estimular a Alma Sensciente e instilá-la por assim dizer com o poder do pensar, essa Individualidade teria que trabalhar numa forma muito especial. Ele teria que dar suas instruções, não em conceitos – mas através da música! A música engendra forças que libertam algo na Alma Sensciente as quais então surgem na Consciência e são trabalhadas sobre a alma espiritual, tornando-se em pensar lógico. A música vem de um Ser muito superior, o qual ensinou através da música. Você pensará que isso é estranho, e poderá não acreditar ser possível, mas em verdade esse é o caso. Antes da Idade Greco-Latina, em certas partes da Europa existia uma cultura anciã entre aqueles povos que permaneceram atrasados em relação às qualidades fortemente desenvolvidas no Oriente. Naquelas partes da Europa as pessoas não estavam aptas a pensar muito, pois o seu desenvolvimento era de uma natureza totalmente diversa; eles tinham poucas forças da Alma do Intelecto. Sua Alma Sensciente,  no entanto, era muito receptiva ao que procedia dos impulsos de uma qualidade especial de música que não consistia na música atual. Nós então retornamos para um tempo na Europa quando existia o que podemos chamar de uma anciã “cultura musical” – um tempo quando não somente os “Bardos” eram professores, como se tornaram posteriormente, quando estas coisas já tinham entrado em decadência, mas quando a música totalmente encantada passava através daquelas partes da Europa. Na Terceira época de civilização (Egípcia) existia uma cultura musical profunda na Europa e as mentes daqueles povos que esperavam silenciosamente por aquilo que estavam destinados a carregar  posteriormente, eram receptivos numa forma bem particular aos efeitos da música.  Estes efeitos trabalharam a Alma Sensciente na forma similar a que a  substância do pensar trabalha sobre os olhos. Então a música trabalhou no plano físico; mas a Alma Sensciente como sentimento subconsciente: “Isso vem da mesma região da Luz”.  Música – a canção do reino da Luz!
Houve uma época para um Primeiro Mestre na parte civilizada da Europa, nesse sentido  um Bardo, o pioneiro da todos os Bardos e menestreis. Ele ensinava no plano físico através da música e de tal forma que algo era em verdade comunicado à Alma Sensciente, semelhante ao nascer e brilhar do sol. O que a tradição reteve concernente a esse Grande Mestre (mais tarde reunida pelos Gregos). Os gregos eram influenciados por esse Mestre a partir do Ocidente, e eram ta,bém influenciados de forma diversa pelo Oriente. Incorporado na concepção de Apolo que era o deus-Sol e ao mesmo tempo o deus da música. A figura de Apolo origina-se naquele primeiro  grande Mestre, o da primeira época, que colocou na alma humana a faculdade que aparece hoje como o poder do claro pensar.
Os gregos também ensinavam sobre um discípulo deste Grande Mestre da Humanidade , sobre alguém que tornou-se um discípulo muito especial. Como poderia alguém tornar-se discípulo deste Ser?
Naquela época da bigorna, quando este Ser estava trabalhando na forma descrita, ele não era, naturalmente abrangido na organização física; ele transcendia o que caminha na terra como o homem físico. Um ser humano com uma Alma Sensciente comum poderia ser receptivo aos efeitos da música, mas não as teria  despertado em outrem. Uma altíssima Individualidade teve que descer à Terra e irradiava como tudo que vive no cosmos afora.  Tornou-se necessário, no entanto, que na Quarta civilização pós-Atlântida, no período Greco-latino que ele descesse novamente - ele deveria descer ao estágio humano usando então todas as faculdades que estavam no ser humano. No entanto, embora ele tenha feito uso, por assim dizer, de todas as faculdades humanas, ele não conseguia descer integralmente. Para conseguir trazer o que eu descrevi,  isso exigia faculdades que transcendiam daquelas possuídas por uma organização humana no quarto período pós-Atlântida.  Os efeitos de sua música mesmo então incluíam o que deveria ser encontrado no mundo espiritual; e naquela época não poderia viver uma individualidade organizada somente para a Alma do Intelecto. Assim, embora encarnado naquela forma, ele ainda tinha que segurar algo, restringir, manter algo atrás. Sua encarnação na Quarta época foi tal que embora ele preenchesse a forma humana inteiramente, já como ser humano, habitando dentro dessa forma, ele tinha dentro dele algo que se estendia em grandes distâncias,  além dele; ele sabia algo do mundo espiritual, mas não podia fazer uso daquele conhecimento. Ele tinha uma alma que se estendia além de seu corpo.  Humanamente falando, existia algo trágico no fato de que esta Individualidade que atuava como um grande Mestre na Terceira época de civilização, devesse encarnar novamente numa forma na qual a sua alma estava em grande parte fora, extravasada,  e que ainda ele não pudesse fazer nenhum uso de sua nada usual faculdade da alma superior. Nesse tipo de encarnação ele era chamada de “Filho de Apolo” pois aquilo que habitara na terra antes, estava reencarnado numa forma muito complicada e não direta.  O Filho de Apolo trazia consigo como alma o que o Misticismo designa como o símbolo do elemento ‘feminino’; ele não podia carregar tudo dentro dele. Pois isso estava em outro mundo. Seu próprio elemento da alma feminina estava em outro mundo ao qual ele não tinha acesso e ao qual ele ansiava, pois parte dele estava lá. Essa maravilhosa tragédia interior do Mestre reencarnado de tempos antigos foi de forma sublime preservada na Mitologia Grega sob o nome de ‘Orfeu’ – o nome dado ao Apolo reencarnado, ou “Filho de Apolo”.
Essa tragédia da alma é representada de uma maneira maravilhosa nas figuras de ‘Orfeu e Eurídice’. Eurídice foi logo arrancada de Orfeu. Ela habitava um outro mundo; mas Orfeu permanecia com o poder, através de sua música, ensinando os seres do mundo dos mortos. Ele obtivera permissão deles para trazer Eurídice de volta a ele. Mas ele não deveria olhar em torno o que significaria morte interior; - em todos os eventos isto traria uma perda do que ele anteriormente era e que ele não podia agora tomar em si mesmo.
Assim nesta encarnação de Apolo como Orfeu, temos novamente o descer de um Bodhisattva, usando o termo oriental – à condição de Buddha.  Podemos citar uma série de seres que se destacam de era em era como sendo os grandes Professores da humanidade e que sempre tiveram uma experiência muito especial no momento de sua descida mais profunda. As experiências de Buddha, a felicidade de inspirar toda a humanidade. Aquele Bodhisattva cuja memória é preservada externamente sob o nome ‘Apolo’ teve uma experiência individual: ele estava preparando na individualidade, a qualidade do Eu da humanidade. Ele vivenciou as tragédias do Ego, vivenciou o fato que o ego está não inteiramente com o ser humano. O ser humano se esforça na direção do Eu-Superior. Isto foi indicado para os Gregos pelo Buddha ou Bodhisattva no Orfeu.
Estes detalhes fornecem-nos as caracterizações dos grandes Mestres da Humanidade e então criamos uma imagem em nossas mentes.  Resumindo o que eu disse, descobriremos que eu tenho falado o tempo todo daqueles seres que formaram a Alma Sensciente e a Alma Espiritual de uma forma bem particular como faculdades interiores que devem  desenhar-se dentro do homem a partir do seu interior. Como estamos agora investigando este período, só podemos, no momento, considerar dois desses Seres, os que formaram Alma Sensciente.  Mas há muito, sendo que na natureza interior do ser humano a evolução foi gradual, estágio por estágio.
Vamos comparar agora outro Ser com o qual afeta-se a natureza interior do Ser Humano. Porque realmente só podemos dizer para nós mesmos: se existiu uma constante sucessão de Mestres que forneceram o progresso e o desenvolvimento de faculdades interiores do ser humano como alimento espiritual a partir das mais altas/superiores regiões devem existir outras individualidades que realizam outro trabalho e acima de tudo fazem parte das mudanças na terra em si mesma e no que ela evolui de uma era para outra.
Quando Buddha influenciou a Alma do Intelecto a partir de dentro, por assim dizer, através da Alma Espiritual ou da Consciência no Quarto período da civilização, isso deve também deveria ser influenciado de fora. Algo deveria se aproximar da alma do intelecto, de fora.
Este Ser deveria aproximava-se por um outro caminho e trabalhar de uma maneira bem diversa. Um Mestre  como os que estamos descrevendo quando aparecia entre os seres humanos tinha que derramar em seu seres interiores o que ele trazia abaixo das grandes e superiores regiões.  Ele era um Mestre. O que deveria esse outro Ser fazer, quem deveria fazer a terra evoluir adiante de tal forma que se desenvolvesse de uma geração à outra? Ele deveria ir além do influenciar o ser interior do ser humano a desenvolver essa ou aquela qualidade dentro dele.  Ele Mesmo como Ser, teria que descer à Terra. Ele que estava para descer, não deveria meramente ensinar a Alma Intelectual, mas formá-la.  Alguém teria que aparecer para formar aquela alma e este Ser seria em Si Mesmo esta expressão direta no Quarto Período, esse eminente período que permanece só no meio. Este Ser deveria vir de um lado totalmente diverso. Esse alguém teria que desenhar a natureza humana ela mesma, para nela encarnar. Os Bodhisattvas transformavam a natureza interior do ser humano; esse Ser transformava a natureza do ser humano,  de forma integral.  Ele tornou possível para os Mestres encontrar um solo adequado no qual trabalhar o futuro. Esse Ser transformava o ser humano integralmente. Devemos relembrar como as diferentes almas no ser humano construíram a si mesmas em diferentes corpos: a Alma Sensciente no Corpo Sensciente (Astral), a Alma Intelectual no corpo etérico e a Alma Espiritual no corpo físico.  O campo de ação do Bodhisattva está onde a Alma Espiritual constrói a si mesma no corpo físico.  É aí que ele está configurando e segurando,  de um lado. Lá, onde a Alma do Intelecto ou da Razão trabalha no corpo etérico, outro Ser, no quarto período, influenciou o ser humano vindo de outro lado bem diverso. Quando ele fez isso? Foi realizado no momento em que o corpo etérico no homem poderia ser afetado diretamente - quando aquele Ser que descrevemos mais de perto como Jesus de Nazaré, abandonou o seu corpo físico no momento do Batismo no Rio Jordão.  Quando aquele corpo integral mergulhou, imergiu, no qual ocorreu o que descrevemos como um "choque", o Ser-de-Cristo mergulhou naquele corpo etérico. Esta é a Individualidade QUE vem de um lado totalmente diverso e é de uma natureza totalmente diversa. Enquanto no caso dos outros grandes Líderes da humanidade tem, num sentido, tudo a ver com altamente evoluídos seres humanos, seres humanos que estiveram sujeitos ao todo do destino do ser humano – de Cristo isso não se pode dizer. Qual é o princípio inferior do Ser-de-Cristo? Contando de baixo para cima, é o corpo etérico. Isso significa que um dia, o ser humano, através de seu Self-Espiritual deve ter transformado seu corpo astral inteiramente e colocará em trabalho seu corpo etérico, quando ele então estará trabalhando no elemento no qual Cristo uma vez trabalhou da mesma forma. Cristo dá o mais poderoso impulso, o qual continuará trabalhando no futuro e ao qual o ser humano só alcançará quando ele começar a trabalhar na transmutação de seu corpo etérico de uma maneira consciente.
Nesta jornada através da vida, todo ser humano inicia no nascimento, ou mesmo a partir da concepção e caminha  até a morte; da morte para seu próximo nascimento é outra jornada. Em seu caminho da morte para o novo nascimento ele primeiro passa através do mundo astral e depois através do que chamamos a parte inferior do mundo devachânico (Devachan)  e após este através do mundo do Alto (Superior) Devachan. Ou usando termos europeus, chamamos de mundo físico o pequeno mundo ou o mundo dos poderes mentais, da Inteligência; o mundo astral é chamado de mundo elementar; o baixo Devachan o mundo celestial e o Alto Mundo (Devachan) é o mundo da Razão, do Discernimento, da Discrição. A mente europeia somente está gradualmente evoluindo de um ponto onde as verdadeiras expressões devem ser encontradas em sua linguagem. Todavia, ao que reside além no Mundo Devachânico  foi dada uma coloração religiosa e é chamado de ‘Mundo da Providência’ – o qual é o mesmo que o plano Buddhi. O que está além novamente e que realmente poderia ser visto pela antiga visão clarividente, uma antiga tradição nos fala sobre isso; nas linguagens europeias inexiste um nome que possa ser formado para isso – somente no tempo presente pode aquele que vê mais uma vez trabalhar seu caminho ascendendo àquele mundo que está acima e além do mundo da Providência. As linguagens europeias não podem verdadeiramente dar um nome a esse mundo.  Esse mundo verdadeiramente existe; mas o pensar ainda não está suficientemente avançado para ser capaz de descrevê-lo. Para o que é chamado de Nirvana e reside além do ‘Mundo da Providência’, a pessoa pode dar o nome que lhe dê mais prazer.
Então entre a morte e o renascimento, o ser humano ascende ao Alto Devachan ou o mundo da Razão. Quando está lá ele olha os mundos superiores, mundos nos quais ele mesmo nem pode entrar e vê neles os Seres Superiores trabalhando.  Enquanto o ser humano dispender sua vida nos mundos que se estendem entre o plano físico e o Devachan, é normal para os Bodhisattvas estenderem até o plano Buddhi ou o que a Europa chama, o Mundo da Providência. Este é um bom nome,  essa é precisamente a tarefa dos Bodhisattvas guiar o mundo como uma ‘boa providência’ de período a período (épocas). Agora o que aconteceu quando o Bodhisattva incorporou no Gautama Buddha? Quando ele atinge um certo estágio, ele pode ascender para o plano superior próximo – para o Plano Nirvana. Essa é a próxima esfera. É característica dos Bodhisattvas que quando eles se tornam Buddhas, eles ascendem ao Plano do Nirvana. Tudo que é trabalhado no interior do ser humano habita aquela esfera que se estende àquele Plano. Ora, o Ser de Cristo trabalha na natureza do ser humano por um lado bem diverso. Ele também trabalha a partir desse outro lado, naqueles mundos nos quais os Bodhisattvas ascendem quando eles deixam a região do ser humano; de forma que os Mestres, eles mesmos aprendem – de forma que eles possam se tornar os Mestres da Humanidade. Lá eles encontram -  descendo sobre eles vindo de cima, vindo de outro lado – o Ser – Cristo. Então eles se tornam discípulos de Cristo. Um Ser como Ele, é rodeado pelos 12 Bodhisattvas; nós nem podemos falar realmente de mais que 12; pois quando os 12 Bodhisattvas tiverem completado a sua missão nós teremos completado o período da existência terrestre.
Cristo esteve uma vez na Terra; Ele desceu à Terra, habitou na terra, ascendeu. Ele veio de um outro lado; Ele é o Ser que está no meio dos 12 Bodhisattvas, e eles recebem d’Ele o que eles devem carregar abaixo na terra. Então entre duas encarnações de Seres Bodhisattvas que ascendem para o Plano Buddhi; lá eles encontram o Ser de Cristo como Mestre, e eles estão totalmente conscientes d’Ele. Ele em seu Ser se estende àquele Plano. O encontro entre os Bodhisattvas e  Cristo ocorre no Plano Buddhi. Quando o ser humano progredir, avançar mais e tiver desenvolvido qualidades instiladas nele pelos Bodhisattvas, eles tornar-se-ão mais e mais dignos em si mesmos para penetrar naquela esfera. Enquanto isso é necessário que os seres humanos devam aprender que o Ser-de-Cristo encarnou na forma humana de Jesus de Nazareth, e isso de forma a alcançar o verdadeiro Ser da individualidade de Cristo. Primeiro o ser humano tem que permear a forma humana com entendimento/compreensão desse fato.
Então os 12 Bodhisattvas pertencem a Cristo, e eles preparam e posteriormente desenvolvem o que Ele trouxe como o máximo impulso na evolução da civilização humana. Vemos os 12 e em seu meio o décimo terceiro. Nós tendo ascendido para a esfera dos Bodhisattvas e entrado no círculo das 12 estrelas vemos em seu meio o Sol, iluminando, aquecendo-os; a partir deste Sol eles desenham/forjam aquela fonte da vida a qual eles depois devem carregar para a terra. Como é a imagem do que ocorre representada na terra? É projetada na terra em tal sabedoria que nós devemos nos render nas seguintes palavras: Cristo, O qual viveu na terra uma vez, trouxe para a evolução da terra um impulso para o qual os Bodhisattvas tiveram que preparar a humanidade e eles (seres humanos) então tiveram que desenvolver adiante o que Ele deu à evolução da terra. Então a imagem na terra é algo como: Cristo no meio da evolução da terra; os Bodhisattvas como Seus mensageiros antecipados e Seus seguidores, que devem trazer Seu trabalho perto das mentes e dos corações dos seres humanos.
Um número de Bodhisattvas teve então que preparar a humanidade, fazer o ser humano maduro para receber a Cristo. Embora o ser humano estivesse maduro o suficiente para ter Cristo nele, ainda decorrerá um longo tempo antes que os seres humanos amadureçam  suficientemente para reconhecer, sentir e para querer tudo que Cristo é. O mesmo número de Bodhisattvas será requerido para desenvolver no ser humano a maturidade para o que foi derramado sobre ele,  através de Cristo, como foi necessário preparar o ser humano para a Sua vinda. Pois existe muito n’Ele que exigem que as forças e faculdades do ser humano devem continuar  crescendo muito,  antes que eles estejam aptos a compreendê-lO.  Com as faculdades existentes do ser humano, Cristo pode somente ser compreendido na extensão de um minuto. Superiores faculdades surgirão no ser humano, e a cada nova faculdade os seres humanos estarão (tornar-se-ão) aptos a ver Cristo sob uma nova luz. Somente quando o último Bodhisattva pertencendo a Cristo completar seu trabalho, a humanidade realizará o que Cristo na verdade é; o ser humano então será preenchido com a vontade na qual o Cristo Ele mesmo, vive. Ele mergulhará no ser humano em seu Pensar, Sentir e Querer, e o ser humano então verdadeiramente será a externa expressão de Cristo na terra.  
Notas:
- Principles of Spiritual Science by Carl Unger. Ego and Non-Ego https://www.amazon.com/Principles-Spiritual-Science-Carl-Unger/dp/0910142696
- O impulso de Cristo e o Desenvolvimento da Consciência do Ego por Rudolf Steiner GA 116, Palestra 1 https://wn.rsarchive.org/Lectures/GA116/English/APC1926/19091025p01.html




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