VISÕES DE UM MUNDO PÓS-HUMANO: UMA
INTERPRETAÇÃO ANTROPOSÓFICA DO FILME DE STEVEN SPIELBERG "A.I.:
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL" NO LOCAL DO 11 DE SETEMBRO.
Tradução Sonia von Homrich
Na cosmologia de Steiner, existem três “ Seres” centrais que têm uma notável influência e um papel a desempenhar no desenrolar da vida humana e no destino da Terra: Lúcifer, Cristo e Ahriman. Todos os três são seres espirituais, invisíveis para os sentidos físicos. Eles só podem ser percebidos por meio da visão espiritual suprasensível.
Evolução espiritual
Os seres luciféricos começaram a influenciar os seres
humanos talvez no período pré-histórico
conhecido como Lemúria, muitos eons/ aeons atrás (eons períodos de tempomuito
longos que se subdividem em eras).
Os seres ahrimanicos começaram a influenciar os seres humanos na Atlântida, em algum tempo do passado cósmico mais recente.
Cerca de 3000 A.C. Lúcifer encarnou no corpo de um homem na terra. Ele habitava na China, ou ao redor da China. Lúcifer trouxe o poder do pensamento abstrato e o mundo de ideias. Ele é de certa forma semelhante ao Prometeu da mitologia grega. Lúcifer era um anjo de luz e ofereceu à humanidade um grande presente se nós chegarmos a conhecer a Cristo: Ele nos guia através do reino da vida entre a morte e o renascimento.
Jesus de Nazaré, em seu trigésimo ano, foi batizado por João Batista. Naquele momento, o espírito daquele Ser conhecido como Cristo entrou em seu corpo astral (alma) e encarnou na terra. Até aquele momento, a humanidade havia começado a descida ao mundo dos sentidos a partir de estado espiritualizado anterior (ou seja, sem um corpo físico).
Não se tratava de uma corrupção da alma, no entanto. Na Antroposofia, o mundo espiritual é alimentado pelo mundo físico e visto versa; eles precisam um do outro para o desenvolvimento. A alma humana solidificou -se, por assim dizer, e começou a experimentar a morte e o renascimento na vida na Terra. Tudo o que a ciência confirmou sobre a evolução física é baseada em fatos, é claro, mas o que a ciência física pode ver é apenas uma pequena lasca da história. O fato é que civilizações humanas existiam muito tempo antes e juntamente com aquelas do homem primitivo, apenas estas civilizações, não eram físicas.
Em graus variados, as almas humanas foram atraídas para a Terra para assumir formas sólidas. As pessoas primitivas que foram descobertas são descendentes de uma parte da raça humana anterior, aqueles que foram excessivamente atraídos pelo físico. Quando chegaram a esse estado, suas formas solidificaram rapidamente em extremo e eles faleceram. Os primeiros humanos também tinham compreensão clarividente.
Os Atlantes eram apenas parcialmente físicos e possuíam memória ilimitada. Eles se comunicavam telepaticamente. Eles também tinham controle sobre os elementos da natureza - podiam controlá-los com suas próprias mentes. Eles foram, no entanto, corrompidos por esse controle sobre a natureza e pela sexualidade e causaram o grande cataclismo (o dilúvio bíblico), como resultado. Talvez esse evento também tenha acontecido em paralelo ao asteroide, que se diz ter atingido a Terra há 60 milhões de anos.
Marte?
Nestes tempos (como sempre, de acordo com a história oculta), a raça humana era e foi guiada por grandes almas e seres espirituais. Esses Seres eram conhecidos como "Iniciados". Eles protegeram, praticaram e transmitiram o conhecimento espiritual esotérico dos antigos. Esse conhecimento foi levado a partir da Atlântida (para a qual não existe evidência arqueológica) para o que era uma forma antiga da Índia. Uma nova civilização foi formada. A isto se seguiu a Antigo Pérsia e a Egípcio-Caldea. Cada nova civilização “transacionou” por assim dizer, forças espirituais no ser humano para diferentes formas de domínio (mastery) e atração pela Terra.
Segundo Steiner, as civilizações gregas e romanas foram o pico desta linha de desenvolvimento, muito orientada para o mundo físico. No entanto, o fluxo de mistério (o conhecimento dos Iniciados) foi preservado em segredo. O objetivo era re-despertar os órgãos espirituais de percepção que permitiam a visão dos mundos superiores (mundos espirituais). A vida, a morte e a ressurreição de Cristo entretanto, foram uma promulgação pública (como um decreto) dos ritos secretos fazendo-os públicos para que estes pertencessem à raça humana e à terra, o que anteriormente pertencia apenas aos iniciados. Assim, o cristianismo foi a inauguração da visão espiritual para a humanidade.
A morte de Cristo transformou a experiência humana da morte,
permitindo-nos levar os frutos de nossas vidas conosco para o mundo entre a
morte e o renascimento. Também isto, de acordo com Steiner, redirecionou o
curso da evolução cósmica. Depois de Cristo, a força dos mistérios poderia
ser tocada pela alma de todos quantos que levantaram seus corações para o
Cristo. Este "evento de Cristo" sinalizou o retorno ao mundo
espiritual - não através de uma regressão à Era de Ouro passada, mas uma transformação
em direção de uma natureza recém-espiritualizada, na qual os seres humanos reteriam
a autoconsciência a qual estava ausente na Lemúria e Atlântida. Hoje avançamos em
direção ao nosso destino humano coletivo, que é evoluir nos espíritos do amor e
servir como anjos para outros seres se levantarem (ascenderem) abaixo de nós.
Cristo também totalmente desperto, em todos que nasceram depois, o que Steiner chama de "EU", a individualidade da alma. Os seres humanos evoluíram as diferentes “bainhas” de seu corpo espiritual total em diferentes encarnações da terra.
O primeiro corpo físico, seguido, evoluiu em uma encarnação anterior do planeta Terra chamada Saturno (não o planeta físico). Ambos estes corpos e este ser conhecido como Saturno foram não físicos.
A próxima encarnação da terra chamada "Sol" onde evoluiu o corpo etérico humano (energia). É isso que dá vida.
O terceiro chamado de "Lua" desenvolveu o corpo astral humano (a parte que sonha e sente prazer e dor: a alma).
A quarta encarnação é a atual terra física, que somente gradualmente solidificou-se. Como a terra solidificou-se, assim também a alma humana. Essa solidez trouxe vida física e permitiu que a alma humana aprendesse com o mundo físico e levasse este conhecimento de volta ao mundo espiritual após a morte. Depois de Cristo, nossa tarefa é espiritualizar a terra e a nós mesmos conscientemente. Após a morte de Cristo, era como se a Terra estivesse a partir de então, banhada por uma nova luz espiritual que acordou novas forças nos seres humanos. O humano "EU" estava em ascensão.
A Igreja (isto é, o catolicismo até o Renascimento e a Reforma) eram uma espécie de cristianismo grosseiro e primitivo. Esse período podia ser simbolizado pela fé de Santo Agostinho e culminou na síntese do Cristão de São Tomás de Aquino, e a chamada antiguidade pagã (ou seja, Aristóteles). O "EU” só realmente chegou em seu todo com o período renascentista. A chegada deste estágio foi incorporada em São Francisco de Assis e seus semelhantes.
Mas com o "eu" veio a crescente influência de Ahriman. A tendência de Lúcifer quando ele influencia a humanidade é nos encorajar a rejeitar a terra e o físico, a nos retirarmos e/ ou buscar transcendência na força da mente. É uma energia leve e arejada. Por outro lado, a influência de Ahriman encoraja a humanidade a ser mais atraída pelo elemento físico da terra e em si mesmos. Em vez de espiritualizar a terra, sob a influência de Ahriman, tentamos nos fundir nela e acabamos aumentando nosso apego a formas solidas que solidificam a alma. Um impulso sob esta influência envolve o desejo à imortalidade de forma física; para tornar inteiramente “fisico” o elemento humano.
Podemos potencialmente aprender com Lúcifier e Ahriman (que também é tradicionalmente chamado de Satanás). Nenhum deles é Mal por natureza. No entanto, nossos encontros com eles podem produzir o mal, dependendo em como os recebemos, sobre como é a nossa vida da alma , como seres humanos.
A ciência sempre esteve conectada ao poder, da pólvora à
bomba atômica, corporações privadas lutando hoje por peças do genoma humano. Steiner
sentiu que a linha de ciência alternativa, passava por cientistas como
Parcelsus até Goethe, providenciando uma contra corrente da ciência que
trabalhava com a natureza, e não contra ela. Com o passar do tempo, o
materialismo passou a dominar.
Steiner rejeitou o marxismo tão cedo quanto na década de 1890 como um dogma materialista. O perigo, alertou Steiner, era que se os humanos cedessem totalmente a uma maneira materialista de ser e de consciência - o Marxismo reduzia o significado humano à economia e ao 'materialismo histórico' - corremos o risco real de realmente nos reduzir a meros seres físicos. O Espírito deve ser alimentado para permanecer vivo e crescer mais forte. Essa mudança em direção ao materialismo (ou seja, que os humanos não são diferentes dos animais e, além disso, que toda a vida é apenas uma conglomeração sofisticada de atividades bioquímicas) é o que Steiner chama de "engano Ahrimânico".
Ahriman destrói o “EU” individual e o troca por uma mera consciência da espécie. Ele é o ser referido no Novo Testamento como "o Anticristo", e como Lúcifer (e Cristo antes dele), Ahriman também encarnará em um ser humano na terra e prosseguirá a influenciar a raça humana em direção a uma visão físico-materialista futura que pode ser dominada por uma oligarquia dos "deuses" humanos: os Mestres.
Alguns porém, preveem que Ahriman pode sim aparecer na forma
de Inteligência Artificial (um computador ou biocomputador), ou uma combinação
da IA e elites humanas. Conhecedores disto ou não, Kubrick e Spielberg
apresentam um futuro tão ahrimanizado em "A.I.", embora compassivo.
"A.I.: Inteligência artificial" é, para mim, o exemplo clássico de
B.F. Skinner de um cenário da humanidade que vive "além da liberdade e da
dignidade", uma espécie de Walden revisado dois (Walden por Henry D.
Thoreau).
Vivendo como vivemos no umbral da sobrevivência aguda, certas elites parecem estar desenvolvendo a visão de que toda a vida é maleável, e muito lamentavelmente descartável. É por isso que a globalização está transformando gradualmente o estado-nação em todo o mundo em três grandes blocos comerciais que reduzem a sociedade principalmente à soma das transações econômicas. A corporação - que parecia ser o modelo social ascendente antes do 11/09 - talvez agora seja o segundo apenas para um governo mundial totalmente integrado, modelado no exemplo dos EUA.
Muitos deles estão evidentemente despreocupados se centenas de milhões de humanos morrerem no processo de turbulência planetária, econômica e política. Eles concordam com a visão de que mesmo os seres humanos estão envolvidos em uma luta pelo mais apto, mas enfatizam a própria espécie, em vez de qualquer outra pessoa, raça ou nação, como a entidade lutando justamente pela sobrevivência. Os padrões de estilo de vida, economia e consumo das nações desenvolvidas não podem ser estendidas realisticamente a todos no globo, portanto estão formando um governo mundial único que garantirá a segurança de recursos e mercados. Um que deverá necessariamente ser diretamente valioso no futuro, e outro que estará sujeito ao que Susan George chama de "exclusão radical". (Susan George, a Guerra da Exclusão).
Isso pode ser parcialmente alcançado tentando mesclar a humanidade com a tecnologia para eliminar as “fraquezas” do corpo físico. Isto, ou permitir que uma minoria cada vez mais encolhida de elites humanas se alimente do planeta e do trabalho de seus irmãos e irmãs humanos, enquanto se esta encolhida elite se esforça para desenvolver uma segunda natureza, uma natureza bio-tecnológica, crescentemente governada por desejos humanos irracionais e fins estreitos e crescentemente divorciados das forças e ciclos naturais da natureza.
Se tivéssemos uma janela para a Terra em 2000 anos, poderíamos encontrar uma pequena comunidade de seres humanos vivos em um mundo amplamente povoado por seres IA. É difícil dizer, no entanto, se os humanos se tornam uma mera curiosidade para os I.A., que provavelmente desenvolveriam grande inteligência e coordenariam mais recursos do que os humanos. O mundo também seria bastante alterado pela genética. Uma vez que a elite revolta-se e entrega sua responsabilidade tradicional à humanidade, não há como dizer o que pode ser feito em nome do progresso e preservação das espécies.
Steiner também falou da besta dos dois chifres do Apocalipse. O primeiro chifre apareceu na história em 1933. Era Hitler e os nazistas e, o cataclismo da Segunda Guerra Mundial. O segundo chifre deveria aparecer na história aproximadamente 1998. Estamos (estávamos) começando a ver seu esboço após o 9/11 – o que não era tão claro antes desse evento.
No final do "I.A" de Spielberg, David e sua mãe passam para um lugar "onde os sonhos são feitos" - tecnicamente, o reino do cinema, mas também se referindo, eu acho, ao reino do Espírito e a Alma. Meu palpite é que Spielberg sugere que o amor humano poderia e deve, transcender esse cenário futuro e permitir que a consciência em evolução de Davi - e a de sua mãe - passasse ao mundo espiritual, como se tivessem morrido uma morte humana. Como isso é possível permanece totalmente encoberto, mas presume-se que esse mundo espiritual seja fabricado de alguma forma, uma espécie de realidade virtual não corporal.
Espiritualizando a nós mesmos e a Terra
Ao espiritualizar a terra, a civilização humana é trazida à harmonia com o mundo espiritual e a verdadeira natureza do ser humano, de modo que removemos conscientemente os impedimentos ao desenvolvimento livre e sem restrições da alma na terra. Pode -se dizer que o cenário analisado acima é um mundo Ahrimânicamente espiritualizado.
Um dos objetivos da iniciação é obter conhecimento da consciência após a morte, sem morrer. É por isso que desenvolvemos os altos órgãos espirituais da percepção e por que seguimos o caminho da iniciação. O caminho acelera nosso desdobramento espiritual imensamente. Ao fazer isso, ativamos o elemento de liberdade e responsabilidade, pois em todos os momentos um alto conhecimento deve ser usado desinteressadamente (sem egoísmo) para a salvação do amor no universo. A espiritualização da terra também significa espiritualização de nossos corpos.
O "EU" é o quarto corpo humano (acima dos material, etérico e astral). No entanto, existem sete corpos para desenvolver (e doze órgãos da percepção). Os três últimos estão apenas em seus estágios germinais e apenas dicas/sugestões delas em nossas encarnações atuais. Através da espiritualização, ocorrendo ao longo de muitas vidas na Terra, nós transformamos gradualmente nossos próprios corpos físicos, não nos corpos da Idade de Ouro dos Atlantes, mas em uma nova forma espiritual que gradualmente se libertará do apego aos elementos mais grossos do Físico (ou seja, aperfeiçoamos o corpo astral, ou seja, aprendemos a controlar nossos desejos). Este processo eventualmente levará à ressurreição da humanidade - aqueles que desenvolvem esta consciência - da mesma maneira que Cristo Jesus.
Como o Cristo, um tempo virá em um futuro distante quando o corpo humano deixará de morrer e começará a desdobrar os três corpos espirituais que ainda estão a ser desenvolvidos. Quando chegar essa hora (o que agora é conhecido como o arrebatamento), saberemos que estamos nos movendo em direção à nova terra. No entanto, o caminho do renascimento na Terra é e será severamente afetado por quaisquer desenvolvimentos que se desenrolarem na Terra física nos próximos dois mil anos. Gradualmente - longe no futuro cósmico - dois fluxos literalmente diferentes da humanidade avançarão. Um se espiritualizará. O outro (com as gradações do curso intermediário) provavelmente levará adiante o domínio físico na forma de uma civilização tecnológica refinada, incorporando a consciência humana na matéria para escapar da liberdade e da energia dinâmica de Cristo, que é altruísta (não egoísta), total amor e infinitamente fluida e mutável.
Fonte:
Um mundo pós humano - Hamilton Public Inquiry em 11 de
setembro, Recursos de Pesquisa (30 de julho de 2002). Editado por John A.
McCurdy
E -mail: atilan2001b@yahoo.com
Índice
1. Introdução
2. Proposta de inquérito original: "Rumo a uma
investigação pública de Hamilton em 11 de setembro" "
3. Sites de pesquisa
4. Textos e vídeos completos relacionados a 9-11
5. Cronologia histórica concisa de 11 de setembro
6. 9/11 Cronologia Histórica – Na íntegra
7. Uma interpretação pessoal dos fenômenos de 11 de
setembro e seu significado humano mais profundo
8. Arquivo de artigos
Visions of a Post-Human World: An Anthroposophical Interpretation of Steven Spielberg's Film "A.I.: Artificial Intelligence" in Lieu of September 11
By: John
A. McCurdy, August, 2001
There are scientists, intellectuals, politicians, philanthropists, philosophers, military experts, and corporate CEOs who not only believe such a future is possible, but also desire it. Afterall, A.I. might succeed where humans - with their foibles - seem to fail: in building sustainable, equitable, and conflict-free civilizations. Such a vision - a temptation really - points to an Ahriminized future for humanity and the planet, according to the terms of "spiritual science", or Anthroposophy.
In Steiner's cosmology there are three central beings that have an outstanding influence on and role to play in the unfolding of human life and the destiny of the Earth: Lucifer, Christ, and Ahriman. All three are spiritual beings, invisible to the physical senses. They can only be perceived by means of supersensible spiritual sight.
Spiritual Evolution
The
Luciferic beings started to influence humans perhaps in the pre-historical
period known as Lemuria, many eons ago.
The
Ahrimanic beings started to influence human beings on Atlantis, some time is
the somewhat more recent cosmic past.
In about 3000 B.C. Lucifer was incarnated in the body of a man on the earth. He lived in or around what is now China. Lucifer brought the power of abstract thought and the world of ideas. He's somewhat akin to Prometheus in Greek mythology. Lucifer was an angel of light and offers humanity a great gift if we come to know the Christ: he guides us through the realm of life between death and rebirth.
Jesus of Nazareth, in his thirtieth year, was baptised by John the Baptist. At that moment the spirit of the being known as the Christ entered his astral (soul) body and incarnated on the earth. Up to that point humanity had begun a descent into the world of the senses from a prior spiritualized (ie. without a physical body) state.
This was not about a corruption of the soul, however. In Anthroposophy the spiritual world is fed by the physical world and visa versa; they need each other to develop. The human soul solidified, so to speak, and started to experience death and rebirth and life on the earth. All that science has confirmed of physical evolution is based on fact, of course, but what physical science can see is only a small sliver of the story. The fact is that human civilizations existed long before and alongside those of primitive man, only these civilizations were non-physical.
To varying
degrees human souls were drawn down to the earth to assume solid forms. The
primitive people who have been discovered are descendents of a portion of the
early human race, those who were excessively drawn to the physical. Once they
reached this state their forms solidified extremely quickly and they died out.
Early humans also had clairvoyant understanding.
The Atlanteans were only partly physical and possessed limitless memory. They communicated telepathically. They also had control over the elements of nature - could control them with their own minds. They were, however, corrupted by this control over nature and by sexuality and caused a great cataclysm (the biblical flood) as a result. Perhaps this event was also parallel with the astroid that is said to have hit the earth 60 million years ago.
In these times (as always, according to occult history) the human race was and has been guided by great souls and spiritual beings. These beings were known as "Initiates". They protected, practiced, and passed on the esoteric spiritual knowledge of the ancient ones. This knowledge was carried away from Atlantis (for which no archaeological evidence exists) to what was an ancient form of India. A new civilization was formed. This was followed by an ancient Persian one, and an Egyptian-Chaldean one. Each new civilization roughly traded off, so to speak, spiritual forces in the human being for different forms of mastery and attraction to the earth.
According to Steiner, the Greek and Roman civilizations were the peak of this line of development, pretty much entirely oriented toward the physical world. Yet the mystery stream (the knowledge of the Initiates) was preserved in secret. The point was to reawaken the spiritual organs of perception that allowed for sight into higher worlds (spiritual worlds). Christ's life and death and resurrection, however, was a public enactment of the secret rites and make them public so that they belonged to the human race and the earth, where formerly they belonged only to the inititates. Thus Christianity was the inauguration of a spiritual vision for humanity.
Christ's
death transformed the human experience of death, allowing us to carry the
fruits of our lives with us into the world between death and rebirth. It also,
according to Steiner, redirected the course of cosmic evolution. After
Christ the force of the mysteries could be touched by the soul by all who
lifted their hearts up to the Christ. This "Christ Event"
signalled the return to the spiritual world - not through a regression to past
Golden Age, but rather a transformation toward a newly spiritualized
nature, in which humans would retain self- consciousness, which was
absent in Lemuria and Atlantis. Today we move forward toward our
collective human destiny, which is to evolve in spirits of love and serve as
angels for other beings rising up below us.
Christ also fully awakened, in all who were born afterward, what Steiner calls the "I", the individuality of the soul. Humans have evolved the different sheaths of their total spiritual body on different incarnations of the earth..
The first body followed physical and evolved on a previous incarnation of the planet earth called Saturn (not the physical planet). Both these bodies and this being known as Saturn would have been non-physical.
The next
incarnation of the earth was called "Sun" and evolved the human
etheric (energy) body. That's the thing that gives life.
The third was called "Moon" and developed the human astral body (the part that dreams, and feels pleasure and pain: the soul).
The fourth incarnation is the present physical earth, which only gradually solidified. As the earth solidified so did the human soul. This solidity brought about physical life and allowed the human soul to learn from the physical world and take this knowledge back to the spriitual world after death. After Christ, our task is to spiritualize the earth and ourselves consciously. After Christ's death it were as if the earth were thereafter bathed in a new spiritual light that awakened new forces in human beings. The human "I" was on the ascendency.
The church (ie. Catholicism till the Renaissance and the Reformation) were a sort of crude and primitive Christianity. This period could be symbolized by St. Augustine's faith and culminates in St. Aquinas synthesis of Christian and so called Pagan antiquity (ie. Aristotle). The "I' didn't really come into its own until the Renaissance period. The coming of this stage was embodied in the likes of St. Francis of Assissi.
But with
the "I" came the increasing influence of Ahriman. Lucifer's
tendency when he influences humanity is to encourage us to reject the
earth and the physical, to withdraw and or seek transcendence in the force of
the mind. It is a light and airy energy. In contrast, the influence of Ahriman
is to encourage humanity to be further drawn to the physical element in the
earth and in themselves. Instead of spiritualizing the earth, under Ahriman's
influence we attempt to merge with it, and end up increasing our attachment to
solidifying forms that solidify the soul. One impulse under these influences
would involve the desire to immortality in a physical form; to entirely
physicalize the human element.
We can potentially learn from Lucifier and Ahriman (who is also that being that is traditionally called Satan). Neither are evil by nature. However, our encounters with them can produce evil, depending on how we receive them, on how our soul life is as human beings.
Science has
always been connected with power, from gunpowder to the atomic bomb, to private
corporations scrambling to own pieces of the human genome today. Steiner
felt that the line of alternative science, running through such scientists as
Parcelsus up to Goethe, provided a counter current of science that worked with
nature, rather than against it. As time passed materialism came to dominate.
Steiner
rejected Marxism as early as the 1890's as a materialistic dogma. The danger,
Steiner warned, was that if humans fully indulged a materialistic way of being
and consciousness - Marxism reduced human meaning to economics and 'historical
materialism' - we ran the real risk of actually reducing ourselves to mere
physical beings. The spirit must be fed to remain alive and to grow stronger.
This shift toward materialism (ie. that humans as no different than animals,
and moreover, that all of life is merely a sophisticated conglomoration of
biochemical activities) is what Steiner calls an "Ahrimanic
deception."
Ahriman would obliterate the individual "I", and replace it with a mere species consciousness. He is that being referred to in the New Testament as "the Antichrist", and like Lucifer and Christ before him, Ahriman will also incarnate in a human being on the earth and proceed to influence the human race toward a vision of a physical/materialistic future that may be dominated by an oligarchy of human "gods": The Masters.
But some predict that Ahriman may appear in the form of Artificial Intelligence (a computer or biocomputer), or a combination of the A.I. and human elites. Knowingly or not, Kubrick and Spielberg present just such an Ahrimanized future in "A.I.", albeit one that is compassionate. "A.I.: Artificial Intelligence" is, for me, a classic example of a B.F. Skinner scenario of humanity living "beyond freedom and dignity", a kind of revised Walden Two.
Living as
we do on an acute survival threshold, certain elites appear to be developing
the view that all life is malleable, much of it regrettably disposable. This is
why globalization is morphing the nation-state worldwide into three great
trading blocks that reduce society primarily to the sum of economic
transactions. The corporation - which appeared to be the ascendant social model
prior to 9/11 - will perhaps now be second only to a fully integrated world
government, modelled on the U.S. example.
Many of them are evidently unconcerned if hundreds of millions of humans die in the process of planetary, economic and political turmoil. They concur with the view that even human beings are involved in a struggle for the fittest, but emphasize the species itself, rather than any one person, race, or nation, as the entity rightfully struggling for survival. The lifestyle, economy and consumption patterns of developed nations cannot realistically be extended to everyone on the globe, so they are forming a one world government that will ensure security of resources and markets. One would likely need to be directly valuable in the future, or one will be subject to what Susan George calls "radical exclusion".
This may partly be acheived by attempting to merge humanity with technology to eliminate the 'weaknesses' of the physical body. Either that, or allow an ever shrinking minority of human elites to feed off the planet and the labour of their human brothers and sisters as they strive to develop a second nature, a bio-technological nature, increasingly governed by irrational human desires and narrow ends, and increasingly divorced from the natural forces and cycles of nature.
If we then had a window on the earth in 2000 years' time, we might then find a small community of living humans and a world largely populated by A.I. beings. It is difficult to say, however, whether the humans become a mere curiosity to the A.I.'s, who would likely develop great intelligence and coordination of resources than humans possess. The world would also be greatly altered by genetics. Once the elite revolts and surrenders their traditional responsibility to humanity, there is no telling what can be done in the name of progress and preservation of the species.
Steiner
also spoke of the Two Horned Beast of the apocalypse. The first horn was to
appear in history in 1933. This was Hitler and the Nazis and the cataclysm of
the Second World War. The second horn was to appear in history in roughly 1998.
We are beginning to see its outline after 9-11 - it was not as clear prior to
that event.
At the end of Spielberg's "A.I.", David and his mother are said to pass over to that place that is "where dreams are made" - technically, the realm of the cinema, but also referring, I think, to the realm of the spirit and the soul. My guess is Spielberg suggests that human love could, and did, transcend this future scenario and allowed David's evolving consciousness - and that of his mother -to pass on to the spiritual world, as though they had died a human death. How this is possible remains totally unclear, but one presumes this spiritual world is somehow manufactured, a kind of non-corporeal virtual reality.
Spiritualizing Ourselves and the Earth
In spiritualizing the earth, human civilization is brought into harmony with the spiritual world and the true nature of the human being, so that we consciously remove impediments to the free and unfettered development of the soul on earth. The scenario analyzed above could be said to be an Ahrimanically spiritualized world.
One of the goals of initiation is to gain knowledge of consciousness after death without dying. This is why we develop the higher spiritual organs of perception and why we follow the path of initiation. The path quickens our spiritual unfolding immensely. In doing so we activate the element of freedom and responsibility, for at all times higher knowledge must be used selflessly for the sake of love in the universe. Spiritualization of the earth also means spiritualization of our bodies.
The "I" is the fourth human body (above the material, etheric, and astral bodies). There are, however, seven bodies to develop (and twelve organs of perception). The last three are only in their germinal stages and we only intimations of them in our present incarnations. Through spiritualization, taking place over many lifetimes on the earth, we will gradually transform our own physical bodies, not into the Golden Age bodies of the Atlanteans, but into a new spiritual form that will gradually release itself from attachment to the grosser elements of the physical (ie. we will perfect the astral body, ie. learn to control our desires). This process will eventually lead to the resurrection of humanity - those who develop this consciousness - in the same manner as Christ Jesus.
Like the Christ, a time will come in the distant future when the human body will cease to die and will begin to unfold the three as yet to be developed spirit bodies. When such a time comes (what is now crudely known as the rapture), we will know that we are moving toward the new earth. Nevertheless, the path of rebirth on the earth will be severely affected by whatever developments unfold on the physical earth over the next two thousand years. Gradually - far in the cosmic future - two literally different streams of humanity may go forward. One may spiritualize itself. The other (with of course gradations in between), will likely carry forward the physical realm in the form of a refined technological civilization, embedding human consciousness in matter to escape from freedom and the dynamic energy of the Christ, which is selfless, all loving, and infinitely fluid and changeable.
Source:
A Post Human World - Hamilton Public Inquiry Into Sept. 11, Research Resources (July 30, 2002). Edited by John A. McCurdy. email: atilan2001b@yahoo.com
Table of Contents
1.
Introduction
2.
Original Inquiry Proposal: "Toward a Hamilton Public Inquiry Into Sept.
11"
3.
Research Websites
4.
Full-Length Texts and Videos Relating to 9-11
5.
Concise 9/11 Historical Chronology
6. 9/11
Historical Chronology - Full Length
7. A
Personal Interpretation of the September 11 Phenomena and Its Deeper Human
Significance
8. Articles Archive
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