(Atenção, esse artigo em desenvolvimento ainda será acrescido de muitas informações. Sonia von Homrich, 31 de Outubro de 2020.)
Homrich,
von Homrich, Hommrich, Homerich, Hümmarig
O rei celta Hümmerich, a origem do nome?
As descobertas arqueológicas tornadas públicas em 12 de
Dezembro de 2007 ( a pesquisa vem desde a década de 1950), sabe-se que a Lenda
conhecida há muito tempo do rei celta Hümmerich (a montanha) é real. Júlio
César, o primeiro imperador romano, com ele fez um acordo, já que ele
controlava todo o comércio de sal da região, do sul da Europa, região da
Alsácia-Lorena até o Mar do Norte..
Carl (Karl) Homrich, legionário Brummer, major, lutou de
1851 a 1857 pelo estabelecimento das fronteiras no Sul do Brasil e fez parte do
Grupo de Voluntários da Guerra do Paraguai, sendo conhecido em nossa família
como “Major”. Sabemos que era costume entre os herdeiros sem fortuna das
famílias reais, no caso a da Prússia, criar um pequeno grupo de grandes
guerreiros que não respondiam ao exército assim constituído e que por ser
formado de profissionais liberais, comerciantes, professores, eram pessoas de
inegável coragem e determinação. Esse grupo não se chamava Brummer antes de vir
ao Brasil.
Carl (Karl) Homrich de Wuppertal-Eberfeld, hoje Nordheim-Westfalen,
com os estados Saarland e Rheinland-Pfalz Alemanha) constituem as
regiões de origem dos Homrich (von Homrich, Hommrich, Homerich, Hommerich) e
dos domínios de Huemmerich (Hümmerich, Hummarich, Humarich, Humerick) que se
estendiam até Alsácia-Lorena, hoje França, Luxemburgo, Bélgica e Alemanha, onde
Hom-rich, rich ou rig em celta significava Berg, montanha. A região de
"Bergischen Land", terra das montanhas, existe histórica e
geograficamente. Homrich-hausen, a casa dos Homrich, os Hom-rich das montanhas.
Também temos vários achados arqueológicos da região de Saarland.
O nome von-Homrich, Homerich, Hummerich, na Holanda
van-Homrich é um antigo nome que designa colina/montanha na Europa Central. Em
várias regiões da Alemanha encontra-se geograficamente esta designação.
Traduzido pode o nome significar: - “Úmido“ (o nome para bom
chão úmido, Mãe-Terra, “Humus“ consequentemente aqui juntos), pode também
significar “fonte, nascente”.- “Venerável“, “Santa“ (curadora) Montanha/Colina”,
no sentido que Montanha/Colina é sempre a morada dos deuses, especialmente
quando nela encontra-se uma fonte (quem sabe mesmo fonte de forças curativas) para
abastecer-se e curar-se. Existem interpretações que nada tem a ver com
genealogia mas estão divulgadas na internet, a saber: Francês: “Homme“, Homem (ser humano). Inglês “Home“
casa, lar. Com imaginação, quem sabe “Homer“
dos escritores gregos.
Celtas e Portugal
Os antepassados dos portugueses, na forma como se aprende na
escola, foram os lusitanos celtíberos (celtas ibéricos). Entre Douro (Porto
hoje) e Tejo (Lisboa, hoje), a Lusitânia é um cadinho onde vários povos, os
"antigos europeus", os Turdulo Veteres, povos orientais, e o
povo celta de maneira dominante. Ao
norte do Douro (Porto) , a principal componente étnica, genética e cultural é
celta, sem ocultar a pequena presença anterior à idade de bronze de algumas
colônias orientais e mediterrâneas. Com as diferentes invasões, outros povos
uniram-se por submissão e conquista, mas a especificidade geo-morfológica
manteve protegida a natureza étnica e cultural do povo galego (Gallia). Além
disso, os povos originários uniram-se entre si. Algumas pesquisas recentes
comprovam esses dados, mesmo existindo divergências quanto às datas e em que
grau a cultura celta predominou em cada região.
À influência da cultura de "La Tène",
expandindo-se rapidamente em muitas regiões da Europa na época, acresce-se outra teoria – a da “celtização” da
Península Ibérica.
Desde a Idade do Bronze ( 1.700-800 a.C.) um núcleo de
povoamento celta instala-se nas regiões centrais da península ibérica. Esse
núcleo celta ocupa as regiões ocidentais e forma um grupo autônomo em termos
culturais, em relação às culturas celtas
na arqueologia “Hallstatiana” e de "La Tène", pelo menos friso, do ponto de vista arqueológico. Várias similaridades
observam-se nos domínios religiosos e na organização social, similaridades que indicam
tratar-se de mesmo grupo celta.
A primeira “celtização” deu-se à enorme mobilidade dos povos
celtas. Strabo ou Estrabão (1) exemplifica a expedição militar de um grupo
Celta no sul do Alentejo levando à conclusão que estes celtas
instalaram-se ao norte do cabo Finisterra, atual Cabo Torrinhão.
Além da migração organizada e expedições armadas, deslocações regulares ocorriam
por emigração periódica dos rebanhos. Os cacos arqueológicos de hospitalidade
(kortika karuo) indicam pactos de hospitalidade realizados entre reis de
lugares remotos, demonstrando a
mobilidade celtas.
Quando os Celtas-Gauleses ultrapassam os Pirineus, as
influências La-Tène (latenianas) aumentam.
As tropas de Cartágena e Romanas usavam como escravos ou
mercenários os celtas pelo seu alto valor militar. A explosão do “mercerário”
militar explica estes movimentos populacionais.
Na história portuguesa denomina-se esta a cultura dos
castros, onde Castros significa celtas.
Após o domínio romano, mais povos celtas chegaram atravessando
a Bretanha francesa (celtas bretões) no séc. 6 com o bispo Maeloc em Galiza.
Instalaram-se na atual área da Bretanha e na marinha de Lugo.
A Galiza é por muitos considerada território português e não
espanhol. E existe um sentimento de independência pela identidade cultural ser de
galegos, portugueses, celtas, europeus e na verdade, cidadãos do mundo.
Os celtas emigraram, viajaram por todo o mundo antigo,
(estiveram no Brasil bem antes do descobrimento em 1.500) impondo sua língua,
ideias; ao mesmo tempo de assimilaram e integraram influências diversas.
Estavam muito avançados em termos de tecnologia, na produção de espadas, na
agricultura, na criação de comunidades e na administração (gestão).
Foi como uma herdeira celta que Portugal se entregou às
grandes navegações, expandindo a língua, ideias e enriquecendo Portugal com o
que trazia. Foi como a continuação dos Templários, reunindo em Tomas sob a
proteção dos reis de Portugal que todo o conhecimento celta, fenício, redundou
nas Grandes Navegações e Descobrimentos. (Na verdade, na posse do Brasil sob a bandeira da Ordem de
Cristo de Portugal, a tradição dos Templários.)
O arqueólogo e pesquisador francês Venceslas Kruta afirma que
os celtas da península Celto-ibérica que "O dinamismo e a capacidade de impor sua
língua e ideias a outros povos, de assimilar e integrar num sistema homogêneo e
original as múltiplas influências de diversas origens, atestadas claramente nos
textos e no material arqueológico, são da mesma natureza das qualidades que
deram aos outros celtas um papel imenso, na formação da Europa. O povoamento
celta marcou com a mesma importância a área peninsular como outras regiões da
Europa onde as raízes tinham a mesma origem.
Sua herança não foi completamente apagada nem pela ocupação
romana, nem pelas vicissitudes sucessivas de povoação. Trata-se de elemento
constitutivo da personalidade dos habitantes modernos das vastas regiões que os
celtas ocuparam ao entrar na história da civilização e são estes rastros
indiscutíveis, permanecendo até os dias presentes nas tradições populares e
rurais."
A independência dos Brummer
A Legião dos Brummer era totalmente independente e autônoma
do Estado Prussiano (A Alemanha estava em crescente formação) e sujeito
unicamente à autoridade do Kaiser, que se tornou o Kaiser Wilhelm. Muitos da
Legião dos Brummer defendiam a união ao Império Prussiano-Alemão. Sujeitaram-se
ao Império Brasileiro mantendo a sua independência e total autonomia do Estado
Brasileiro sujeitos apenas e tão somente à autoridade do Imperador Dom Pedro
II, filho da Imperatriz Leopoldina. Esta Legião de maneira alguma pode ser
confundida com outras Legiões formadas por mercenários no sentido que
conhecemos o uso da palavra atualmente. É necessário conhecer a História e
compreender como esta sujeição ao Kaiser acontecia e como era a disciplina
desta Legião – que se destacava por sua qualidade e eficiência do próprio
exército militar da Prússia, que era sim também conhecido por sua excelência. A
Legião dos Brummer era uma tropa de elite não sujeita ao exército prussiano ou
brasileiro.
Júlio Cesar
Caio Júlio César Otaviano Augusto 23 Setembro 63 A.C. – 19
Agosto de 14 D.C., foi o primeiro
Imperador Romano e segundo relato de um historiador romano à época, negociou
seus conflitos fazendo um acordo com o rei Hümmerich que controlava todo o
comércio de sal da região (compreende o que hoje é Alemanha, França, Luxemburgo
e parte da Bélgica, até o mar do Norte) que passou a fazer parte Império Romano.
Alsácia, os celtas e história
Em tempos pré-históricos, a Alsácia era habitada por tribos
nômades de caçadores. Em torno de 1.500 A.C, os Celtas se estabeleceram na
região, desmatando e cultivando a terra. Por volta de 58 A.C, Júlio César (Caio
Júlio César Otaviano Augusto), imperador romano invadiu e estabeleceu um centro
de viticultura e construíram fortificações para proteger as vinhas, e campos militares
que se transformaram nas comunidades (vilas) habitadas até hoje. Com o declínio
do Império Romano, a Alsácia tornou-se um território controlado pelos Alamanos
(germânicos ocidentais) termo romano e que significa o povo de todos os homens,
na verdade os suábios. Através da resistência dos Francos à conquista dos
suábios através da fronteira romana Reno-Danúbio, estes se concentraram nas
atuais regiões da Alsácia-Lorena, Baden-Würtemberg e Suíça. O Reno tornou-se a
fronteira entre a Gália romana e a Germânia tribal. Germanos e Celtas ali se
fixaram, com os romanos estabelecidos em dois distritos, Germânia Inferior e
Superior, no baixo e alto Reno respectivamente. Campos Decumates, Os Decumates
são povos ainda mais antigos, de proveniência desconhecida. Unidos, os Alamanos-Suábios
atacaram a Germânia Superior e deslocaram-se para os Agri Decumates (Floresta
Negra). Lá eles se tornaram uma confederação ocupando a atual Alsácia se
expandiram para o Palatinado (região ao sul da Alemanha, mais tarde expandida
no Palatinado do Reno ao sul de Rheinland-Pfalz, e para a atual Baviera
e Áustria. (Abrangendo muitas regiões: rio Reno, o Lago Constance (Bodensee).
Esta região extensa e dispersa compreendia diferentes distritos devido à
variada origem. O código de leis do ducado da Alamânia, Suábia, foi de Carlos Magno. Os descendentes dos
Alamanos hoje se dividem em 4 nações: França (Alsácia), Alemanha (Suábia),
Suíça e Áustria. Nestas regiões fala-se diferentes dialetos alemães e alsaciano.
Os francos expulsaram os Alamanos no séc. 5 e a Alsácia
passou a fazer parte da Austrásia até 843 com o Tratado de Verdun quando o
reino franco foi dissolvido. Fez então parte do Sacro Império Romano Germânico
sob a administração dos Habsburgos da Áustria, cedida à França após a
Guerra dos 30 anos em 1648. No século 12 e 13 prosperou muito sob a administração
dos Hohenstaufen e decaiu no século 14 devido à péssimas
colheitas, rigorosos invernos e à peste bubônica. Muito de seu insucesso foi injustamente
atribuído aos judeus, o que levou aos horríveis pogroms entre 1.336-39. A
prosperidade retornou no renascimento sob a administração dos Habsburgos.
Saliento que a nossa Imperatriz Leopoldina pertencia à Casa
dos Habsburgs/Habsburgos e quem se tornou o Kaiser da Prússia e incentivou a
formação da Legião para apoiar as fronteiras do Brasil sob a orientação direta
de Dom Pedro II, foi a Casa dos Habsburgs/Habsburgos que está em nossa Bandeira
Imperial e nas cores da Bandeira do Brasil.
A Alsácia e a Lorena, disputadas pela França e Alemanha
foram anexadas à França sob a administração de Louis 14 de França. Desde os
anos 500, de povoamento germânico lutou contra a imposição da língua e costumes
franceses. A região da Alsácia-Lorena reunificada à Alemanha após a Guerra
Franco-Prussiana de 1.870 causou, a emigração (estimada) de 50.000 pessoas para
a França, e a Alsácia permaneceu parte da Alemanha até o final da I Grande
Guerra quando a Alemanha cedeu-a à França no Tratado de Versalhes.
O presidente dos USA, Woodrow Wilson, acreditava que esta
região deveria permanecer independente e autônoma, pois sua Constituição
definia que estava sujeita unicamente à autoridade do Kaiser e não do Estado
Alemão (muitos alsacianos defendiam a anexação ao Império Alemão que na época
havia se tornado uma república). Após a Primeira Guerra Mundial, os habitantes
que tinham vindo de outras partes da Alemanha foram expulsos. A identidade
germânica foi reprimida com a política sistemática de proibição do uso do
alemão e seus dialetos, a obrigação do uso do francês como língua vernácula.
Isso humillhou os alemães, trazendo o revanchismo da II Guerra Mundial.
Curiosamente, a região não foi obrigada a reconhecer as leis promulgadas na
França entre 1870-1918, como a de separação entre a Igreja e o Estado. Anexada
à Alemanha durante a II Grande Guerra, foi a Alsácia absorvida pela região
alemã de Baden, e a Lorena pela região de Saarland ou Sarre.
Na região do Saarland encontram-se os achados arqueológicos
da Família Homrich, von Homrich, van Homrich, Homerich, Hommrich, Hümmarig.
Curiosamente para nós, as regiões não foram ocupadas pela Alemanha como o resto
da França. Como consequência foram os alsacianos obrigados a se alistar nas
forças armadas alemãs, como qualquer cidadão alemão. Muitos alsacianos foram
enviados à frente russa, a fim de distanciá-los da região natal e coibir as
tentativas de deserção. Os desertaram, tiveram suas famílias severamente
punidas.
A região trocou de mãos novamente em 1.944, voltando ao
domínio francês, que restaurou a velha política de repressão, do período entre guerras.
Por exemplo, a de 1.945, restringindo jornais na língua alemã a 25%. Nos
últimos anos, com a diluição da consciência nacionalista, a liberdade cultural
foi gradualmente restabelecida.
Saliento aqui que fica nessa região do lado francês, o Museu
de Unterlinden com a belíssima obra de Mathias Grünewald próximo a Colmar,
próximo a Günsbach no Alto Reno, próximo a Strasburg/Estraburgo, região essa
que pertenceu como eu disse acima à Saarland, onde se localizam os achados
arqueológicos dos Homrich. (Em Gunsbach, temos a casa de verão de Albert
Schweitzer).
Elberfeld/Wuppertal – cidade de Nascimento de Carl Homrich
À época do nascimento de Carl Homrich mais precisamente em
1815 Elberfeld, pelo congresso de Viena,
foi designada como Grão-ducado de Berg, e anexada à Prússia, com sua
prosperidade rapidamente desenvolvida sob a soberania prussiana, da Família dos
Habsburg/ Habsburgo.
Os Brummer
Carl Johann Homrich, Carl Homrich ou Karl Homrich legionário
dos Brummer chegou ao Brasil em 1851.
Os Legionários "Brummer" de 1851
A Lei do Orçamento nº: 586 de 06 de novembro de 1850, em seu
parágrafo 4º do artigo 17, autorizou o Poder Executivo do Brasil a contratar
estrangeiros para a 1º Linha do Exército, com a condição de somente serem
utilizados somente nas fronteiras.
Esta providência fazia parte dos preparativos na mobilização
para a Guerra contra Oríbe e Rosas, do Uruguai e Argentina, e de forma
consistente elevar o efetivo de 26.000 homens do Exército.
Contratação dos Legionários Alemães
O deputado de Pernambuco e capitão de Engenheiros Sebastião
Rego Barros, ex-ministro da guerra em 1.837, foi incumbido de contratar alemães
para o nosso Exército. Tinha por missão paralela adquirir o equipamento e
material bélico necessários para equipar essa tropa.
A missão de Rego Barros, coincidiu com a desmobilização do
Exército do condado de Schleswig - Holstein, organizado no início de 1.851 para
guerrear a Dinamarca, o que facilitou o recrutamento de cerca de 1.800 soldados
para o Brasil, de alto nível cultural e técnico, sob a promessa de terras em
nosso país ao final de quatro anos de serviço, ou de prêmio em dinheiro, para
retornarem à Alemanha ao fim daquele prazo.
A grande maioria radicou-se em definitivo no Rio Grande do
Sul onde prestou, durante meio século, vigoroso concurso ao Desenvolvimento e
Segurança do Brasil, no Sul.
NOTAS
(1)
Strabo, Estrabão, Estrabo historiador, geógrafo
e filósofo grego. Foi o autor da Monumental Geografia, tratado de 17 livros, com
a história e descrição de povos e locais de todo conhecido à época.
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