19 março 2022

Carma, Alegria, Dor. Rudolf Steiner

 Carma, Alegria, Dor. Rudolf Steiner


Reencarnação e Carma, Sofrimento e Dor. 


Na vida humana, a alegria é usualmente algo que alguém não mereceu através de ações prévias. Quando investigamos Carma por meios ocultos, sempre descobrimos que na maioria dos casos, a alegria não foi ganha, e devemos aceitar com gratidão como nos enviada pelos deuses, como um presente dos deuses, e dizer a nós mesmos: "Que a alegria  que vem nos encontrar hoje deva acenda em nós a vontade de trabalhar de tal forma a levar as forças se transmitem em nós através dessa alegria, e aplicá-las de forma útil. Devemos olhar para a alegria como uma espécie de pagamento adiantado por conta do futuro.

No caso da dor, por outro lado, geralmente a merecemos, e sempre encontramos a causa em nossa vida atual ou em vidas anteriores. E devemos então realizar com a maior clareza que muitas vezes não conseguimos nos conduzir em nossa vida externa de acordo com esse humor cármico. Não somos capazes de nos conduzir sempre na vida externa na presença do que nos leva a dor de tal maneira que nossa conduta pareça ser uma aceitação do nosso destino. Nós geralmente não temos uma visão de tal coisa de uma só vez - na lei do destino. Mas, mesmo pensando que não somos capazes de nos conduzir externamente de tal maneira, o principal é que fazemos isso interiormente.

E mesmo se nos conduzimos no exterior, de acordo com esse humor cármico, ainda deveríamos dizer a nós mesmos nas profundezas de nossas almas que nós mesmos temos sido a causa de todas essas coisas. Suponha, por exemplo, que alguém nos atinja, que nos bata com um bastão. Nesse caso, é geralmente característico para uma pessoa perguntar: 'Quem é esse que me atinge?' Ninguém diz em tal caso: "Sou eu quem me bateu". Apenas muito raramente as pessoas dizem punir-se. E, no entanto, é verdade que nós mesmos levantamos o bastão contra outra pessoa em dias distantes no passado. Quando temos que nos livrar de um obstáculo, isso é carma. É carma quando os outros guardam algo contra nós. Somos nós mesmos a causa do acontecimento conosco como recompensa por algo que fizemos. E assim chegamos a uma atitude certa em relação à nossa vida, para uma ampliação de nosso self, quando dizemos: "Tudo o que acontece conosco vem de nós mesmos. Nossa própria ação é preenchida externamente, mesmo quando parece que outra pessoa a realiza.

 

Fonte: Rudolf Steiner. GA130. Jeshu Ben Pandira. Cristianismo Esotérico e a Missão de Cristian Rosacruz. Palestra 2.  Leipzig, 5 Nov 1911.

Tradução Sonia von Homrich

 

Jeshu Ben Pandira. https://rsarchive.org/GA/GA0130/19111105p01.html



KARMA AND REINCARNATION, SUFFERING AND PAIN


In human life joy is usually something one has not deserved through previous actions. When we investigate karma by occult means, we always discover that in most cases joy has not been earned, and we should accept it gratefully as sent to us by the gods, as a gift of the gods, and to say to ourselves: The joy which comes to meet us today ought to kindle in us the will to work in such a way as to take into ourselves the forces streaming to us through this joy, and to apply these usefully. We must look upon joy as a sort of prepayment on account for the future.

In the case of pain, on the other hand, we have usually merited this, and we always find the cause in our present life or in earlier lives. And we must then realise with the utmost clarity that we have often failed to conduct ourselves in our external life in accordance with this karmic mood. We are not able to conduct ourselves always in external life in the presence of what causes us pain in such a way that our conduct shall seem to be an acceptance of our destiny. We do not generally have an insight into such a thing at once — into the law of destiny. But, even though we are not able to conduct ourselves outwardly in such a way, yet the principal thing is that we shall do this inwardly.

And even if we have conducted ourselves outwardly in accordance with this karmic mood, yet we should say to ourselves in the depths of our souls that we ourselves have been the cause of all such things. Suppose, for instance, that someone strikes us, that he beats us with a stick. In such a case it is generally characteristic for a person to ask: ‘Who is it that strikes me?’ No one says in such a case: ‘It is I that beat myself.’ Only in the rarest cases do people say that they punish themselves. And yet it is true that we ourselves lifted the stick against another person in days gone by. Yes, it is you yourself who then raised the stick. When we have to get rid of a hindrance, this is karma. It is karma when others hold something against us. It is we ourselves who cause something to happen to us as recompense for something we have done. And thus we come to a right attitude toward our life, to a broadening of our self, when we say: ‘Everything that befalls us comes from ourselves. Our own action is fulfilled outwardly even when it seems as if someone else performed it.’

And even if we have conducted ourselves outwardly in accordance with this karmic mood, yet we should say to ourselves in the depths of our souls that we ourselves have been the cause of all such things. Suppose, for instance, that someone strikes us, that he beats us with a stick. In such a case it is generally characteristic for a person to ask: ‘Who is it that strikes me?’ No one says in such a case: ‘It is I that beat myself.’ Only in the rarest cases do people say that they punish themselves. And yet it is true that we ourselves lifted the stick against another person in days gone by. Yes, it is you yourself who then raised the stick. When we have to get rid of a hindrance, this is karma. It is karma when others hold something against us. It is we ourselves who cause something to happen to us as recompense for something we have done. And thus we come to a right attitude toward our life, to a broadening of our self, when we say: ‘Everything that befalls us comes from ourselves. Our own action is fulfilled outwardly even when it seems as if someone else performed it.’

Source: Rudolf Steiner. GA 130. Jeshu Ben Pandira. Esoteric Christianity and the Mission of Christian Rosenkreutz. Lecture 2. Leipzig, 5th November 1911

Translated by Pauline Wehrle

 https://rsarchive.org/GA/GA0130/19111105p01.html

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