Brasil é um país único onde nos limites de nossas
fronteiras, desenvolvemos plenamente o internacionalismo, devido ao fato que
somos um país formado por pessoas de vários países, culturas, línguas, etnias,
no qual todos fazem questão de falar fluentemente a língua português brasileiro
e as pessoas se mesclam numa intensidade imensa, por amor. Inexistem guetos,
separações por raça, cor, etnia. Obviamente partidos políticos contrários ao
real desenvolvimento da nação querem nos dividir, nos despedaçar, nos fazer
racistas. Mas como ser racista num país onde não se pode medir a quantidade de
mesclas entre pessoas de diferentes países e culturas existiram?
Existem pessoas que defendem a globalização entendendo que
essa é uma internacionalização onde conhecendo outras nações, crescemos em
entendimento e conhecimento, e consequentemente aprendemos a amar e compreender
as pessoas de outras nacionalidades. Um amor mergulhado na compreender;
aprendemos a amar a humanidade em seus diversos povos, de vários países, daí a
internalização dentro da própria nação, como um contínuo.
Mas esse é o engano. A Globalização em nenhuma hipótese
promove entendimento e conhecimento pelo contrário a tendência é dissolver o
nacionalismo, a soberania em nome de governos centrais internacionais.
Porque algo é Global e cosmopolita não é necessariamente
Michaélica no sentido espiritual (Arcanjo/Arqueu Michael), ou seja, não
significa que realmente esteja motivando o desenvolvimento para individualidade
espiritual e a espiritualização do pensar
- impulsos que para Rudolf Steiner, são
inspirados pelo Arcanjo do Sol, Michael.
O Islam, o Comunismo, o Capitalismo – estes são todos
impulsos cosmopolitas, supranacionais, mas eles não são em sua essência
'impulsos Michaélicos' porque não são espirituais ou individualistas no sentido
que usamos aqui.
No Movimento Antroposófico antes do referendo da União
Europeia o escritor Terry Boardman conta que se deparou com um grande número de
pessoas que alegavam que a União Europeia era cosmopolita e antinacionalista e,
portanto, de fato, 'Michaélica'.
Ledo engano do Movimento Antroposófico. O objetivo dos
“eurocratas” sempre foi a criação de um Estado-nação único novo chamado
'Europa', sempre pressionado para "mais Europa", mais centralização
da União Europeia. «Europa» e a União Europeia, no entanto, não são a mesma
coisa. A Europa existe por milênios; é uma questão de terra, clima, geografia,
povos, línguas, culturas, história compartilhada, tudo evoluiu organicamente ; o
projeto em curso da União Europeia, contrasta pois se trata de uma construção
totalmente artificial e intelectual criada por um pequeno número de elitistas
(burocratas globalistas) para servir o seu próprio auto-interesse, inclusive com a presença de genuínos
supra-nacionalistas que sonham com a União dos Estados federados da Europa.
O Globalismo, a Nova Ordem Mundial está se desfazendo em mil
pedaços; não é mais estável como costumava e queria ser. Os custos domésticos
desta Ordem Mundial em perda de empregos, crime, vício em drogas, decaimento da
infraestrutura física, decaimento dos valores morais e da coesão social levaram
à vitória do Trump de do Bolsonaro. Os cidadãos americanos e brasileiros
tornaram-se crescentemente frustrados pela inabilidade das sucessivas
administrações em solucionar problemas nacionais e no caso do Brasil, o esquecimento da nação por parte dos
dirigentes em seus crescentes e constantes compromissos totalmente arruinados
no exterior, investindo em ditaduras socialistas. Este mesmo processo de
esvaziamento afetou negativamente o Império Romano, levando-o à queda.
Você anseia por mais colaboração, comunidades mais
fraternas, você sonha com o brotherhood? Na verdade já estamos irmanados pelo
patriotismo e não sendo globalistas, somos soberanistas. Pessoas incultas,
mesmo quando se auto-intitulam muito desenvolvidas espiritualmente queriam
enxergam nobreza no cosmopolitanismo praticado na União Européia – e exatamente
aí está o ponto nevrálgico da questão. Não existe nobreza nesse
cosmopolitanismo. Não existiu nobreza em construir grandes obras em ditaduras
socialistas no exterior, nem tampouco constituiu nobreza influenciar através do
Foro de São Paulo e massivas campanhas de marketing a eleição da esquerda na
América do Sul, Central e África. Por que não existe respeito a cada nação, à
soberania de cada nação. E isso evidencia que o que se pratica sob a alcunha de
cosmopolitanismo não o é pois não é nobre e nada tem a ver com a inteligência
michaélica de que fala Rudolf Steiner – enganados estão os que enxergam nobreza
onde ela inexiste. Não é nobre pois destrói a soberania das nações. Pessoas
dotadas de bom senso sabem que somente através do profundo desenvolvimento da
individualidade ética do ser humano, a individualidade que cresce em sabedoria,
somente desta forma cresce o ser humano criativamente para a fraternidade, o
brotherhood, onde a compaixão social é cultivada sem hipocrisias, sem
dá-lá-toma-cá, sem compra de votos.
No Brasil atual estamos,
muitos de nós, irmanados defendendo o Brasil dos destruidores de
soberanias, quer seja a nível individual, quer seja a nível de nação e isso
nada tem a ver com o nacionalismo criticado por Rudolf Steiner. A situação
atual do Brasil e do mundo é outra. Pessoas retrógradas confundem a situação
atual com o nacionalismo, erroneamente pois essa soberania realmente quer
afastar todo e qualquer nazi-socialismo, todo e qualquer fascismo do ranço
socialista, seja leninista ou maoísta. Queremos que os cidadãos brasileiros
triunfem através de sua soberania individual ética e sua soberania como
defensores da pátria amada Brasil.
Sonia von Homrich, 24 Jun 2020, revisado em 20 Ago 2020