Missão, Caráter, Essência, Grail Triptych /Tryptychon Graal, Sonia von Homrich

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20 agosto 2020

Internacionalismo. SvH.

 Brasil é um país único onde nos limites de nossas fronteiras, desenvolvemos plenamente o internacionalismo, devido ao fato que somos um país formado por pessoas de vários países, culturas, línguas, etnias, no qual todos fazem questão de falar fluentemente a língua português brasileiro e as pessoas se mesclam numa intensidade imensa, por amor. Inexistem guetos, separações por raça, cor, etnia. Obviamente partidos políticos contrários ao real desenvolvimento da nação querem nos dividir, nos despedaçar, nos fazer racistas. Mas como ser racista num país onde não se pode medir a quantidade de mesclas entre pessoas de diferentes países e culturas existiram?

Existem pessoas que defendem a globalização entendendo que essa é uma internacionalização onde conhecendo outras nações, crescemos em entendimento e conhecimento, e consequentemente aprendemos a amar e compreender as pessoas de outras nacionalidades. Um amor mergulhado na compreender; aprendemos a amar a humanidade em seus diversos povos, de vários países, daí a internalização dentro da própria nação, como um contínuo.

Mas esse é o engano. A Globalização em nenhuma hipótese promove entendimento e conhecimento pelo contrário a tendência é dissolver o nacionalismo, a soberania em nome de governos centrais internacionais.

Porque algo é Global e cosmopolita não é necessariamente Michaélica no sentido espiritual (Arcanjo/Arqueu Michael), ou seja, não significa que realmente esteja motivando o desenvolvimento para individualidade espiritual e a espiritualização do pensar  - impulsos que para Rudolf Steiner, são  inspirados pelo Arcanjo do Sol, Michael.

O Islam, o Comunismo, o Capitalismo – estes são todos impulsos cosmopolitas, supranacionais, mas eles não são em sua essência 'impulsos Michaélicos' porque não são espirituais ou individualistas no sentido que usamos aqui.

No Movimento Antroposófico antes do referendo da União Europeia o escritor Terry Boardman conta que se deparou com um grande número de pessoas que alegavam que a União Europeia era cosmopolita e antinacionalista e, portanto, de fato, 'Michaélica'.

Ledo engano do Movimento Antroposófico. O objetivo dos “eurocratas” sempre foi a criação de um Estado-nação único novo chamado 'Europa', sempre pressionado para "mais Europa", mais centralização da União Europeia. «Europa» e a União Europeia, no entanto, não são a mesma coisa. A Europa existe por milênios; é uma questão de terra, clima, geografia, povos, línguas, culturas, história compartilhada, tudo evoluiu organicamente ; o projeto em curso da União Europeia, contrasta pois se trata de uma construção totalmente artificial e intelectual criada por um pequeno número de elitistas (burocratas globalistas) para servir o seu próprio auto-interesse, inclusive  com a presença de genuínos supra-nacionalistas que sonham com a União dos Estados federados da Europa.

O Globalismo, a Nova Ordem Mundial está se desfazendo em mil pedaços; não é mais estável como costumava e queria ser. Os custos domésticos desta Ordem Mundial em perda de empregos, crime, vício em drogas, decaimento da infraestrutura física, decaimento dos valores morais e da coesão social levaram à vitória do Trump de do Bolsonaro. Os cidadãos americanos e brasileiros tornaram-se crescentemente frustrados pela inabilidade das sucessivas administrações em solucionar problemas nacionais e no caso do Brasil,  o esquecimento da nação por parte dos dirigentes em seus crescentes e constantes compromissos totalmente arruinados no exterior, investindo em ditaduras socialistas. Este mesmo processo de esvaziamento afetou negativamente o Império Romano, levando-o à queda.

Você anseia por mais colaboração, comunidades mais fraternas, você sonha com o brotherhood? Na verdade já estamos irmanados pelo patriotismo e não sendo globalistas, somos soberanistas. Pessoas incultas, mesmo quando se auto-intitulam muito desenvolvidas espiritualmente queriam enxergam nobreza no cosmopolitanismo praticado na União Européia – e exatamente aí está o ponto nevrálgico da questão. Não existe nobreza nesse cosmopolitanismo. Não existiu nobreza em construir grandes obras em ditaduras socialistas no exterior, nem tampouco constituiu nobreza influenciar através do Foro de São Paulo e massivas campanhas de marketing a eleição da esquerda na América do Sul, Central e África. Por que não existe respeito a cada nação, à soberania de cada nação. E isso evidencia que o que se pratica sob a alcunha de cosmopolitanismo não o é pois não é nobre e nada tem a ver com a inteligência michaélica de que fala Rudolf Steiner – enganados estão os que enxergam nobreza onde ela inexiste. Não é nobre pois destrói a soberania das nações. Pessoas dotadas de bom senso sabem que somente através do profundo desenvolvimento da individualidade ética do ser humano, a individualidade que cresce em sabedoria, somente desta forma cresce o ser humano criativamente para a fraternidade, o brotherhood, onde a compaixão social é cultivada sem hipocrisias, sem dá-lá-toma-cá, sem compra de votos.

No Brasil atual estamos,  muitos de nós, irmanados defendendo o Brasil dos destruidores de soberanias, quer seja a nível individual, quer seja a nível de nação e isso nada tem a ver com o nacionalismo criticado por Rudolf Steiner. A situação atual do Brasil e do mundo é outra. Pessoas retrógradas confundem a situação atual com o nacionalismo, erroneamente pois essa soberania realmente quer afastar todo e qualquer nazi-socialismo, todo e qualquer fascismo do ranço socialista, seja leninista ou maoísta. Queremos que os cidadãos brasileiros triunfem através de sua soberania individual ética e sua soberania como defensores da pátria amada Brasil.

Sonia von Homrich, 24 Jun 2020, revisado em 20 Ago 2020

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