CORAÇÃO ETÉRICO E GRAAL
TRADUÇÃO E REVISÃO
SONIA VON HOMRICH
16 DE ABRIL DE 2023
A formação do Novo Órgão Etérico do Coração à Luz da Cultura de Mistérios
Michaélica do presente como Rudolf Steiner requer para a nossa Era em suas
Palestras
“A Missão de Michael e a Revelação dos Mistérios do Ser do Homem”
“Die Sendung
Michaels und Die Offenbarung der eigentlichen
Geheimnisse des Menschenwesens”
Ruth Haertl, Michaelmas 2000 - Arquivos não mais disponíveis no RS
Archive.org
https://www.rsarchive.org/RelArtic/HomrichSonia/coracao_eterico.html
Tradução Inglês Monica Gold
Iniciamos com o
breve sumário do desenvolvimento do órgão Etérico do coração. Rudolf Steiner
descreveu o processo em grandes detalhes falando sobre a formação do órgão
etérico do coração das crianças.
Antes do nascimento as forças etéricas são “trazidas”,
“atraídas” e unem-se para criar um corpo individual etérico. As forças etéricas
mantêm em si substâncias que são tiradas de todo o cosmos.
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Desenhando um coração etérico Rudolf Steiner nos mostra a
periferia das estrelas, o coração entre o sol e a lua, enquanto abaixo a terra
é indicada. “É importante compreender que quando descendendo ao mundo da terra
nós trazemos em nós a imagem do cosmos”. Esta primeira configuração do coração
etérico de Rudolf Steiner tem um aspecto provisional ou hereditário. Permanece
com a criança até a perda dos dentes de leite. Em torno dos 7 anos decai.
Rudolf Steiner diz com estas palavras “ele decai”. É rejeitado exatamente como
os dentes são descartados na idade dos 7 anos. As maravilhosas configurações
cósmicas das imagens estelares esvaem-se mais e mais à aproximação do
aniversário dos 7 anos. Isto ocorre à época quando o próprio corpo etérico da
criança nasce.
Raios de configuração do éter iniciam uma nova forma e se
esforçam da periferia ao centro. Ali acumulam em torno do coração físico e como
crescem juntos, um segundo coração etérico nasce. É o órgão etérico
individualizado do jovem que cresce e amadurece na idade dos 7 aos 14 anos.
Isto ocorre através de um processo onde passo a passo o novo
coração etérico repõe tudo que morre do coração hereditário. O novo coração é
condensado da esfera do mundo integral (como um todo).
Em outra passagem das palestras de Steiner, lemos que na
puberdade o corpo astral é reestruturado numa nova configuração. Na mesma área
do corpo na qual o segundo coração Etérico foi formado como um reflexo das
estrelas, sol e lua, as forças do corpo astral estabelecem um órgão central
adicional. Estes dois órgãos tecem interna e externamente de si mesmos, como um
órgão central único, e dentro deste são inscritas todas as ações, todas as
motivações morais, as intenções humanas e as idéias.
Em uma de suas palestras Rudolf Steiner fala de uma caixa
pequena na qual tudo que é concernente à nossa vida é gravado. Como estudantes
no caminho de iniciação nós damos gradualmente um significado, tornando-nos
aptos a ler e interpretar nossas ações cármicas do passado, nós assumimos
crescer em direção ao entendimento, à compreensão de tudo que está inscrito no
coração etérico. Foi no dia 27 de Fevereiro de 1925 em seu 63° aniversário que
Rudolf Steiner deu à Dra. Ita Wegman a meditação relacionada ao tema, que se
segue:
“Corações interpretam o Carma
Quando corações aprendem a ler
A Palavra,
Que cria na Vida Humana;
Quando corações aprendem a
Falar a Palavra
Que cria no
Ser Humano”
Na estrutura acima mencionada da reestrutura do corpo astral
está a imagem de tudo que o ser humano vivencia no mundo espiritual entre a
morte e o renascimento. Grandes segredos estão inscritos no corpo astral nesta
ocasião. Durante a juventude do ser humano estes segredos emergem pouco a pouco
com os órgãos físicos e etéricos, os quais mantêm agora profundos segredos
cósmicos, como que aprisionados numa enseada que os nutrem. A partir do “Eu” [Nota 1] o qual em compreensão em boa
disposição conecta-se com o nosso corpo astral, estes segredos com as intenções
(positivas e menos positivas) e as motivações são gravados (como imagem
estampada) no órgão do coração etérico, na pequena caixa citada. Por esta
razão, Rudolf Steiner fala que ocorre uma união conjunta do Eu com o coração
etérico e astral. E isto significa um total ajustamento do carma individual com
as leis cósmicas.
Assim podemos visualizar um processo dinâmico interior,
ativamente dando forma ao físico humano através do trabalho criativo do Logos.
Podemos dizer que o ser humano nasce a partir da profunda sabedoria cósmica.
Forças criativas trabalham através do fortalecimento da Palavra nos invólucros,
nas bainhas (de proteção do Eu) do ser humano. O Logos no coração humano
torna-se um órgão do destino criativamente trabalhando em harmonia com as
“bainhas” do etérico e do astral e com o Eu do ser humano. É a criação de nosso
“respeito-à-inspiração” do órgão do coração que foi introduzido na
adolescência. Agora um milagre posterior da criação do ser humano se segue.
Um processo contínuo ocorre no qual a humanidade torna-se
co-criadora. Através da pesquisa para o trabalho espiritual ativo o ser humano
individual torna-se co-criador de seu próprio destino num nível bem mais alto.
O ser humano não é mais passivo, o Logos não mais cria no corpo físico sozinho.
O fato é que a qualidade do “tornar-se” depende do esforço com objetivos e no
forte ampliar de forças da vontade em cada ser humano. Nós mesmos podemos
constatar como isto acontece de sua maneira própria.
Podemos permanecer em respeito e admiração enquanto
realizamos inteiramente a extensão das possibilidades que são colocadas em
nossas próprias mãos. Em total liberdade podemos trabalhar na configuração
estrutural de nosso próprio coração etérico; o novo coração que iniciou o
processo atual de separação do coração físico em 1721 (Veja o desenho). O fato
importante é que a perfeição desta nova criação depende de um objetivo
orientado e auto-direcionado rígido, assim como o mais ativado e fortalecido
desabrochar (em desenvolvimento, em evolução) da força de vontade. Deve surgir
a partir de uma “fisiologia da liberdade” dada pelo Logos para a transformação
de nosso próprio ser. A frase “fisiologia da liberdade” foi dada pelo Dr. Peter
Selg, um jovem medico que escreveu o livro “Do Logos ao Físico Humano” – “Vom
Logos Menschlicher Physis” (Verlag Goetheanum 2000).
A profundidade espiritual de Peter Selg, embora estritamente
dentro do modo de pensar do caminho das ciências naturais, seu não usual conhecimento
como um médico moderno, permite-o olhar para o corpo humano de uma forma nova.
Encontrou Peter Selg, que dentro da estrutura do corpo físico criada pelo Logos
existe um “espaço livre” e isto prontamente o levou a cunhar a frase
“Fisiologia da Liberdade”. No livro acima citado ele olha para aquelas partes
do corpo que apontam o “espaço livre”.
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O desenho que se segue foi tirado da GA 190 de 5 de Abril de
1919. Este desenho aponta o coração físico como ele nada no saco do ambiente
separado do coração etérico. Considerando estas idéias com muito cuidado surge
diante de nosso olho interior, de Rudolf Steiner, a “Filosofia da Liberdade” (Filosofia da
Atividade Espiritual)” (capitulo 9) [Nota 2]. Neste livro Steiner fala da
emergência da consciência do Eu através do corpo físico e a possibilidade desta
consciência do Eu evoluir porque o Eu faz parte do todo — no pensar espiritual.
Adiante ele diz no capítulo 9 que a organização física não faz parte na
essência do pensar e que ao contrário o que realmente ocorre é que o físico se
retira e cria um espaço para o pensar. O pensar do ser humano é livre! A
vontade, no entanto, é apenas acessível através do corpo humano. Ela pode ser
liberta se a atividade do pensar for fortalecida de tal forma que o Eu é solto
vagarosamente das profundezas da vontade. O leitor pode ver como o majestoso
processo da criação em liberdade está profundamente conectado com o trabalho
milagroso e criativo do ser humano individual como ele se liberta do que o
impede da correta expansão da compreensão, do entendimento, do conhecimento do
coração etérico. Estamos falando do coração etérico como um órgão para as vidas
futuras (em desenvolvimento agora), um órgão com um olhar para a cognição
cármica. Isto tem sido verdadeiramente colocado nas mãos do ser humano porque
de acordo com Rudolf Steiner, no ano de 2100 este processo está destinado a
atingir lentamente a sua conclusão.
Embora por um lado, o que foi descrito faz parte de um
processo normal evolucionário, existe por outro lado, o pré-requisito que não
pode deixar de ser examinado. De acordo com Rudolf Steiner, é importante que a
humanidade crie a compensação espiritual, o contrapeso do passado, quando o
coração era uma Dádiva-divina, um órgão protegido por Deus. Os seres humanos devem
conectar o coração etérico separado do mundo espiritual através de uma vida de
pensamento e sentimento transformados. Em nossa época (contemporânea, Sardes) [Nota 3] os seres humanos necessitam
encontrar um novo caminho michaélico no qual eles procuram a verdade, [Nota 4] então eles encontrarão o caminho
correto para este terceiro coração etérico criado còsmicamente. Este novo
caminho dinâmico espiritual dá ao ser humano a possibilidade de estruturar
ainda mais seu órgão do coração etérico como um órgão do sentido, na maior
diversidade possível. Como o terceiro coração é criado pelo Logos na liberdade
Michaélica [Nota 5] em conjunção com o ser humano, este
cresce em tamanho tanto quanto o organismo inteiro do sangue. É um órgão
invisível dos sentidos, um olho interior cognitivo do coração revelando a
corrente cármica de eventos através das encarnações.
Rudolf Steiner indicou como o “estudante do espírito” [Nota 6] pode aprender a pensar com este
coração etérico e como ele pode proteger e cuidar deste conhecimento. Quando o
pensamento Michaélico é verdadeiramente ativado, o conhecimento espiritual é
coletado, congregado, através do coração separado, não através da nobre cabeça
a qual descarta tanto o subjetivo como os sentimentos humanos; sim, Michael irá
abrir o caminho do pensar da cabeça para o coração, e os corações e não as
cabeças começarão a ter pensamentos. Tudo isto se segue naturalmente à grande
revelação do “criando” [Nota 7] (do processo criativo) do terceiro
coração, após o soltar-se do novo formado coração etérico.
É a intenção de Michael que no futuro, a inteligência possa
fluir através do coração dos seres humanos e que esta será conectada às mesmas
forças divino-espirituais que ajudaram a criar o ser humano no início dos
tempos.
Em relação à quinta câmara do coração fui encaminhada à
autobiografia de Ehrenfried Pfeiffer (Perseus Verlag, Basel.) O autor toca
brevemente nas profundidades deste segredo oculto não apontando para as
referências de Steiner. Simplesmente ele indica a meditação do ponto/círculo,
dada por Steiner no curso curativo. [Nota 8]
Sumarizando podemos dizer que através da separação do
coração etérico e sua posterior expansão sobre a circulação sanguínea como um
todo, o pólo oposto é colocado em movimento. Torna-se possível às almas
conectarem-se com Michael a engajarem-se na escola “orientada ao ideal” de
iniciação. Em conseqüência, entrar em estreita conexão com as hierarquias e o
Cristo Etérico [Nota 9] — o qual revela a Si mesmo hoje,
como um anjo. É objetivo de Michael que a disciplina espiritual leve ao
“conhecimento-no-coração” e que o olho etérico se torne um órgão de cognição.
Lemos nas Cartas-Michaélicas:
- “A
força do Cristo imprime as imaginações humanas no éter cósmico”.
- “O
que o ser humano vivencia como fortalecimento da imaginação consciente
torna-se o conteúdo do mundo”.
- “Corações
iniciam a ter pensamentos, este é o novo caminho do
‘pensando-com-o-coração’”.
- “O
novo órgão-do-coração desenvolvido lentamente transforma-se em um olho ou
melhor, num órgão do sentido do coração-olho”.
- “Cada
um que se esforça tremendamente na luz da ciência spiritual e conecta-se
com o Logos-Mundo criativo através de pensamentos sentidos no coração,
cedo ou tarde aprenderá a ler o carma. Ao fazê-lo o ser humano acrescenta
à substância da juventude-etérica ou ser angélico através do “como” revela
a Si mesmo hoje, o Cristo Etérico”.
Para os discípulos espiritualmente ativos na corrente
michaélica, o terceiro coração etérico torna-se:
- um
olho de auto-cognição, de reconhecimento, de descoberta do verdadeiro Eu
como o Ser Eterno do ser humano,
- ao
mesmo tempo ele torna-se o olho do sentido-do-Eu, o qual percebe o outro
em seu verdadeiro Ser,
- um
olho de cognição para os seres supra-sensíveis e para o próprio Cristo
Etérico, protegido e nutrido na cultura de mistérios Michaélica da vontade
como é destinado em nossa época cultural,
- será
também possível perceber o carma de outros assim como a sua própria
corrente carmática.
Tudo isto cresce dos frutos de uma vontade treinada.
Refiro-me ao verso de Setembro do Calendário da Alma:
Oh, Natureza, sua vida maternal
Carrego dentro da essência de minha vontade.
E em minha energia de fogo da vontade
Devo revestir meu esforço espiritual,
Aquele auto-sentido daí brota
Para manter-me em mim mesmo.
Natureza, tua existência materna
Eu carrego em minha entidade volitiva;
E o poder do fogo de minha vontade
Acera os impulsos de minha mente,
Para que gerem um sentimento de mim mesmo,
A fim de sustentar-me dentro de mim. [Nota 10]
Quando o Dr. Kaelin, [Nota 11] o
cientista-pesquisador e médico perguntou a Rudolf Steiner o porque da tendência
a problemas cardíacos ele explicou que de fato o coração etérico está se soltando
do físico. Isto foi mencionado antes.
Apreende-se da resposta de Rudolf Steiner que nós, no início
do século 21 permanecemos no ponto principal concernente ao processo de
desenvolvimento do coração etérico. Não podemos falhar na pesquisa de todos os
fatos concernentes com a maior clareza possível, não podemos falhar na prática,
no exercício e na purificação de nós mesmos enquanto procurando pela verdade.
Sim, podemos contribuir para a formação correta do novo órgão do coração
etérico; Michael nos deixa livres, porém, ele tem expectativas e nos observa.
Hoje muitas pessoas não praticam, é sua omissão, uma trágica perda que ocorre
devido à falta de conhecimento a qual traz danos ao coração físico. Muito mais
devemos trabalhar em expandir nosso órgão do coração e isto nos permite
ascender à imaginação e à inspiração e às formas de cognição onde nós
vivenciamos nosso próprio olho cognitivo do coração etérico no Logos-do-Sol.
Os raios poderosos do Espírito-do-Sol vivem no novo órgão do
coração etérico (GA 212 [Nota 12]).
O ser humano um dia estará apto a galgar infinitas alturas espirituais. Muito
mais aspectos do tema devem ser pesquisados. Em Basel, (Oct.
1, 1911 GA 130 [Nota 13])
Rudolf Steiner falou sobre a eterização do sangue, fatos que são bem conhecidos
pelos estudantes de Antroposofia. Doenças do coração podem predominantemente
ser oriundas da ausência de atividade espiritual. Características morais afetam
a contração e a expansão dos vasos capilares, e nossa vida da alma moral também
influencia a composição de nosso sangue.
Nosso sangue, visto de uma perspectiva espiritual, é
submetido a um constante processo de eterização, criando a fundação para a
saúde e a vida. Quando a atividade espiritual é suficientemente desenvolvida
isto tem um efeito positivo no sangue porque a substância usada pode ser
eterizada. Esta substância de éter tem a sua fonte oculta no sangue etérico do
Logos. É o sangue-do-coração do crucificado e subseqüente ascensão do Logos.
Ele está unido com o éter do Sol. Internamente conectando-se o ser humano com o
Ser de Cristo, vive nele verdadeiramente, na substância eterizada de seu
coração etérico e em sua corrente sangüínea etérica a corrente sanguínea do
crucificado. [Nota 14]
Quando o ser humano não se conecta internamente com o Cristo, se ele O rejeita,
o sangue etérico do Cristo é expulso da corrente de sangue etérica deste ser
humano. Esta é uma profunda verdade oculta, o pré-requisito para a estupenda
expansão do processo de desenvolvimento do novo coração etérico. (A
Eterização do Sangue, uma palestra dada em Basle, 1 Out. 1911).
A cada batida cardíaca certa quantidade de substância é
absorvida, extraída, da pressão arterial e adicionada à substância etérica.
Esta substância etérica principia o irradiar no em torno, de tal forma que nos
tornamos conscientes do processo numa imagem. Para começar, temos o ser humano
na cruz física de seu corpo. Raios etéricos fluem do centro de seu coração. Do
coração de Cristo pregado na cruz da Árvore da Vida flui Seu sangue na terra
moribunda e nos corpos que morrem, dos seres humanos. Como raios de sol
etéricos eles irradiam longe, no cosmos. Nós também tomamos em nós mesmos estes
raios e baseados no pequeno Sol etérico de nosso novo órgão de coração etérico
semelhantes correntes podem fluir longe no cosmos. Nós ancoramos e abrigamnos
em nosso coração etérico o criativo e ativo sol interior que irradia calor e
luz ao meio ambiente, até as longínquas partes do cosmos. É o éter de calor que
está predominantemente ativo no coração etérico.
Encontramos importantes indicações da palestra de Rudolf
Steiner dada em 2 de Julho de 1921,
GA 205: [Nota 15]
“Quando olhamos o coração interior, encontramos que existem
forças coletadas do sistema metabólico e membros. O que é conectado com as
forças do coração etérico sabemos que foi espiritualizado. Então, o que tem a
ver com a nossa vida exterior e nossas ações também é espiritualizado e tecido
nele. Aquilo que vem sendo preparado no coração como forças torna-se em
predisposição e tendências carmática. ‘É simplesmente escandaloso falar de uma
bomba no coração ...’” [Nota 16]
“Veja, quando alguém conhece esta organização e aprende a
diferenciá-la então tudo parece como que conectado num todo integrado. A pessoa
precisa olhar para esta integralidade, para a vida que se encontra entre o
nascimento e a morte. Desta forma pode-se olhar para a mais íntima estrutura do
ser humano. Não podemos falar da cabeça porque simplesmente a cabeça é
eliminada: aquelas forças que são preenchidas com esta encarnação, são as
forças transformadas da última encarnação. As atividades metabólicas que
ocorrem não são somente processos químicos que alguém pode examinar fisiológica
ou quimicamente. Existe outra nuance importante onde a moralidade acontece.
Esta nuance moral é verdadeiramente guardada (arquivada) no coração e
transferida para a próxima encarnação. Estudar o ser humano integral significa
encontrar nele as forças que alcançam além da vida na terra.”
Na GA 205, 2 Jul. 1921, pág. 110 Rudolf Steiner diz: “Você
pode imaginar a tremenda diferença que existe entre o que vive em nosso coração
durante esta encarnação e a condição na qual encontramos a nós mesmos numa
próxima nova vida após termos passado por um longo período de desenvolvimento
no tempo entre a morte e o novo nascimento. Quando ainda você olha em seu
coração interior você acessa muito bem, naturalmente, apenas num caminho
oculto, não numa imaginação amplamente desenvolvida, o que você fará em sua
próxima vida. Pode-se dizer, veja você, não apenas numa maneira abstrata, que a
minha próxima vida é preparada hoje em todos os detalhes carmáticos, mas
pode-se também apontar para a “pequena caixa” na qual o carma repousa,
esperando o futuro.”
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Outra importante palestra dada em 1 Maio 1915, GA 161, [Nota 17]
onde Rudolf Steiner fala sobre o coração etérico em relação com sua nova
posição atrás da cabeça fora do corpo físico. Ver o desenho. É de extrema
importância que isto seja levado em conta. É necessário estudar como
conseqüência e pesquisar o coração etérico e sua posição olhando [Nota 18] —
“O Conhecimento
dos Mundos Superiores” especialmente a parte “Alguns resultados da Iniciação”
— “Alguns Resultados da Iniciação”. A parte de sombras escuras
atrás da cabeça na imagem será o primeiro início do novo coração etérico. Surge
como uma poderosa rede de sangue eterizado que cria uma pele individual fina
separando-a do éter cósmico. Com isto nós damos um outro passo na compreensão
do tamanho e na posição do coração etérico.
Finalmente devemos direcionar nosso olhar para as
possibilidades que o novo coração etérico como um órgão dos sentidos ou
Olho-Solar está apto a se desenvolver para o futuro. Eu já indiquei. Ouvimos na
palestra de 6 Maio 1922 — quando olhamos em nós mesmos, vivenciamos nosso olho
etérico como um olho cognitivo. Torna-se um órgão que direcionamos para nossas
próprias profundezas. Aqui vivenciamos as emoções em flamas, devastadoras e
ardentes, os desejos, as paixões e os “drives” [Nota 19] e
por outro lado o que em nós não se conecta com estes porque é o nosso ser
eterno. Estes vivem par a par com aquele. Então podemos dizer que o novo órgão
etérico torna-se cognitivo para nosso ser eterno nas profundezas da organização
metabólica e da vontade. Enquanto a nossa cabeça sustenta a nossa alma como que
sepultada por dentro, nós compreendemos a nós mesmos, nosso ser eterno, nas
escuras profundezas da vontade purificada de emoções e “drives”. [Nota 20]
“Agora entramos nos domínios onde a alma e o espírito se tornam um”, diz Rudolf
Steiner em sua palestra de 6 Maio, 1922, GA212. [Nota 21]
“Na cabeça ou cérebro o ser humano é físico. O que é semelhante à alma foi
enterrado ali, é como um cadáver. Este cadáver é a área na qual presentemente
toda a pesquisa científica natural olha diretamente para a alma. Mas na
realidade, a alma é verdadeira para si e conectada ao espírito abaixo do
coração. O novo e lindíssimo órgão dos sentidos o qual é tão amplo quanto o
organismo sangüíneo, encontra o eterno ser do homem próximo de tudo que surge das
profundezas da vontade como impulsos (drives) e emoções.”
Quando o discípulo de iniciação ascende para a cognição
imaginativa e inspirativa o que surge, então, como impulsos baixos e instintos,
não pode falar. Surge uma somatória de pensamentos em imagens majestosas,
revelando o que o ser humano era antes do nascimento. O discípulo é
transportado no tempo antes do nascimento.
Aquilo que vemos como uma visão através do coração, que se
tornou um órgão do sentido, este é nosso próprio ser eterno. Vivenciamos nosso
próprio Eu [Nota 22]
de nosso eterno ser. Enquanto continuamos a apressar, a empurrar em nosso
próprio ser, as qualidades semelhantes ao Sol, mudam. Chegamos ao ponto
definido onde encontramos conhecimento inspirado e onde tecemos com a
inspiração cognitiva numa imagem verdadeira do mundo. Agora em total
consciência através de um repentino solavanco interior em nossa alma espiritual
sente-se como se nos fundíssemos com o próprio Sol e no mesmo instante quando
chegamos à cognição inspirada, quando o nosso sentido do coração torna-se um
órgão cognitivo, subitamente sentimos como o nosso coração é transplantado para
o sol, sentimos como se nós fossemos o sol, o sol é em nós, pertence a nós. [Nota 23] O
Sol torna-se o nosso olho, nosso ouvido e o nosso órgão do calor. Em
solavancos, nos encontramos assemelhados ao Sol. “Permanecemos com a luz,
tocamos seres espirituais com nossos órgãos de luz.” Aqui o conhecimento
supra-sensível atinge um outro estágio, um pequeno passo adiante é dado. Então
não apenas sentimos nós mesmos dentro do Sol, mas percebemos nós mesmos “do
outro lado do Sol” . Agora nos movemos totalmente no Sol, sentimos fazer parte
do Sol com o nosso ser mais interior ser e vivenciamos o mundo dentro de nosso
ser; previamente ele estava fora, em torno de nós. Estas são palavras de Rudolf
Steiner. É uma vivência que temos enquanto inconscientes no sono.
Agora precisamos atingir além da esfera do Sol e isto
somente ocorre através da inspiração e posteriormente da intuição. Aqui o Sol
físico nos separa do lugar no qual vivemos entre a morte e o novo nascimento. O
Sol físico nos impede de ver o espiritual. Através do degrau adicionado, no
entanto, agora conscientemente vivenciamos o espírito do Sol e sentimos como se
estivéssemos dentro do Sol perambulando entre os caminhos do mundo. Alcançamos
fora, a semelhança ao Sol como “o Sol tem um Ser Espiritual”, algo como um
Super-Sol. Assim como a Lua exerce uma poderosa influência no ser humano
físico, assim o Sol tem uma enorme influência em sua alma.
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Algo que foi dito no passado, através da clarividência
instintiva, conhecia-se que pessoas especialmente inclinadas espiritualmente
são não apenas o que são devido ao Sol e da Lua, mas que elas são o que são através
do Grande Ser Solar. Esta é a razão do porque no passado pessoas eram pintadas
com auras douradas. Assim, demonstrava-se que a pessoa estava apta a alcançar
não apenas os domínios da alma mas os domínios do espírito e adiante, de tal
forma que a extensão tornava-se visível no etérico.Veja o desenho de Rudolf
Steiner. Impulsos, paixões, desejos não fluem do que está conectado com o
super-sol, mas sim à alma da terra. Vivencia-se um calor interior e um
entusiasmo interior, mas em pura forma espiritual, não através de impulsos e
paixões. É calor o que vem do mundo, do Grande Ser-do-Sol. [Nota 24]
Sumarizando, esta é a coroação do que um dia se percebe e
conhece espiritualmente, o novo órgão do coração etérico como o olho-Solar,
quando o Sol como Super-Sol espiritual torna-se olho cognitivo no coração
etérico.
Tudo que foi mencionado aqui, especialmente as possibilidades
estupendas para o coração etérico, é de grande significado porque como sua
fundação reside o ato Michaélico livre e criativamente tomado pelas mãos do
discípulo.
É o poderoso chamado esotérico para cada discípulo de
Michael, para ajudar na criação da nova Terra-Sol. Este co-trabalho pode ser
assumido quando o corpo etérico e o coração etérico tornam-se amplamente
cristianizados a partir das novas faculdades do “coração-etérico-olho-solar”,
enquanto o coração aprende a interpretar os eventos cármicos através do ler,
dentro do Logos criativo e ativo.
Aprender a falar a Palavra que estrutura a vida humana
requer que a cultura Michaélica acordada nas forças da vontade, fortaleça a
vontade. Estas misteriosas e mágicas capacidades irão surgir para o ser humano
do futuro. Cedo ou tarde, o novo coração etérico do ser humano tornar-se-á um
órgão ativo que através de “insights” [Nota 25]
cármicos torna-se crescentemente apto a curar e ajudar na esfera social. Ao
pilar da cognição, o pilar da vontade deve ser acrescido, como a coluna do
sangue cristianizado.
Desta forma, o segredo do Graal vive na magnificência do
ampliar a alma espiritual oculta do coração etérico. O novo coração etérico
como um olho-espiritual cognitivo do ser eterno humano é o local onde a Taça do
Graal, o órgão etérico, acende como a força real, como o sangue do
Redentor. Christian Morgenstern pronuncia:
“Eu ergo meu coração a ti como o verdadeiro vaso do Graal
...”
É a vivência de estar totalmente imbuído com o espírito da
eternidade o qual preenche a alma receptiva do jovem Graal no cúltico evento
espiritual do altar do Sol. Aqui, espírito e alma se unem. É o
caminho Michaélico para a cidade celestial – a Nova Jerusalém.
Leituras: (Referências)
A Missão do
Arcanjo Michael “The Mission of
the Archangel Michael” https://rsarchive.org/Lectures/MissMich/MisMic_index.html
A Revelação do Mistério Único do Ser
Humano. Novembro 21–30, 1919, Dornach. Rudolf Steiner: GA 161, 190, 205, 212,
10. https://rsarchive.org/Lectures/GA161/English/UNK1944/ProDea_index.html
https://rsarchive.org/Lectures/GA190/
https://rsarchive.org/Lectures/GA205/
https://rsarchive.org/Lectures/GA212/
https://rsarchive.org/Books/GA010/
https://www.amazon.com.br/How-Know-Higher-Worlds-Ga10/dp/0880103728
GA10/1 – O caminho da Iniciação https://rsarchive.org/Books/GA010/English/HR1960/GA010a_index.html
GA10/2 – Iniciação e seus resultados https://rsarchive.org/Books/GA010/English/MAC1909/GA010b_index.html
Ehrenfried Pfeiffer, “Uma vida para o spiritual — Ein Leben fuer den Geist”
1999 Perseus Verlag, Basel.
Peter Selg, “ Do Logos para o físico humano, o desdobramento da fisiologia
humana antroposófica no trabalho de Rudolf Steiner — Vom Logos der Menschlicher
Physis, die Entfaltung einer anthroposophischen Humanphysiologie im Werk Rudolf
Steiners.” Goetheanum August 6, 2000.
Heinz Herbert Schoeffler, „ A formação do tempo dos corações“ — “Die
Zeitgestalt des Herzens.” 1974 Verlag Freies Geistesleben, Stuttgart
Ruth Haertl, “ À procura da importância do conhecimento no Pensar do Coração da
Antropos-Sofia à Luz do Santo Graal — Auf der Suche nach der Wirklichkeit der
Erkenntnis im Denken des Herzens aus Anthropos-Sophia im Lichte des Heiligen
Graal.” Verlag Ch.
Moellmann, ISBN 3-931156-84-2
Arquivo não mais disponível
http://www.rsarchive.org/RelArtic/GoldM/etheric_heart.html
GA 194 Sendung
Michaels, Die. Die Offenbarung der eigentlichen Geheimnisse des Menschenwesens.
12 V Dornach 21/11–15/12/19.
RUDOLF
STEINER - THE MYSTERIES OF LIGHT, OF SPACE, AND OF THE EARTH - GA 194 - https://rsarchive.org/Lectures/GA194/English/AP1945/MystLt_index.html
Quatro palestras em Dornach, Dezembro de 1919, compõe as
Palestras Essência Espiritual e seu Trabalho, ao todo 12 palestras do volume, A
Missão de Michael. A Revelação do Segredo Intrínseco do Ser Humano. Publicadas em alemão: Die Sendung
Michaels. Die Offenbarung der eigentlichen Geheimnisse des
Menschenwesens.Traduzidas para o Inglês por Frances E. Dawson
1 O dualismo na vida do tempo presente. 12 Dez 1919
2 O desenvolvimento da arquitetura. 13 Dez 1919
3 Ocorrências históricas do último século. 14 Dez 1919
4 Os antigos mistérios da Luz, Espaço e Terra. 15 Dez 1919
NOTAS
Nota 1 Eu – Corpo físico, etérico,
astral e Eu onde astral corresponde à alma e Eu ao Espírito, diferindo de Ego
que dá uma conotação ligada a conceitos de psicologia e psiquiatria e diferem
do que queremos aqui transmitir. “Eu”, na medida em que o espírito é
independente da alma, não se mistura confundindo-se com esta e é eterno, sendo
a individualidade eterna do ser humano a que está em contínua evolução; esta pode
ser retrógrada ou direcionada ao futuro.
Nota 2 https://rsarchive.org/ Em
Português, veja A Filosofia da Liberdade da Editora Antroposófica http://www.antroposofica.com.br
Nota 3 Era, ou época. Segundo Jacira
Cardoso (nota 29, pág. 65) em “O Apocalipse de João”, 2003, Editora
Antroposófica, os termos — era, período e época — são utilizados de acordo com
a classificação geológica embora esta não se aplique. Rudolf Steiner usa sem
distinção a terminologia. Assim, eras refere-se a eras planetárias, períodos
refere-se ao período atlântico ora em curso e épocas refere-se à época
contemporânea, Sardes, ou à próxima, russa ou Filadélfia.
Nota 4 Procurar a verdade: no cosmos e
na terra ao mesmo tempo.
Nota 5 Micaélica ou Michaélica –
prefiro a expressão Michaélica pois mantém-se assim o nome do Arcanjo-Arqueu
Michael.
Nota 6 Estudante ou discípulo do
espírito, da ciência espiritual ou antroposofia.
Nota 7 “Criando” ao invés de “criar”
no sentido de que a relação temporal é a do tempo presente, está acontecendo
agora, está em processo de criação.
Nota 8 Rudolf Steiner. Curso de
Pedagogia Curativa, GA 317, Palestras para médicos e pedagogos curativos,
Dornach, 25 Junho–7 Julho, 1924. Curso de education Curativa, Curative Education, Rudolf Steiner Press,
London, 1972.
Nota 9 Cristo em sua Segunda Vinda, no
Etérico da Terra, sendo vivenciado por várias pessoas da atualidade, em várias
localidades da Terra a partir de 1933, com intensidade.
Nota 10 Rudolf
Steiner. Disposição Anímica de Michael. Verso 26, 29 de Setembro – 5 de
Outubro, Calendário Antroposófico da Alma. Tradução Sonia Setzer/Rudolf Lanz.
Nota 11 Criador
do método Kaelin de dinamólise capilar do sangue. Realizado no Brasil na
Clínica Vivenda Sant’Anna em Juiz de Fora, coordenado em termos mundiais por
Dra. Norma Priemer.
Nota 12 Rudolf Steiner. Menschliches Seelenleben uns Geistesstreben im
Zuzammenhahge mit Welt- und Erdentwickelung. Dornach 29 April – 17 Juni,
1922. GA 212
Nota 13 Rudolf
Steiner. A Eterização do Sangue. A Intervenção do Cristo Etérico na Evolução
Terrestre. Uma palestra. 1 Outubro de 1911. GA 130 Basel 01/10/11. The
Etherization of the Blood.
Nota 14 Deve-se
ter em mente as descrições de Rudolf Steiner do profundo significado do
fenômeno supra-sensível que aconteceu diante dos olhos de alguns iniciados, a
passagem de um deus do Sol através do portal da morte, e sua conquista de um
corpo na luta travada no Hades com as forças do mal, abrindo caminho para
nossas compensações carmáticas ocorrerem em liberdade.
Nota 15 Rudolf Steiner. Menschenwerden, Weltenseele und Weltengeist – Erster
Teil: Der Mensch als leiblich-seelische Wesenheit in Seinem Verhältnis zur
Welt. 13 Palestras, Stuttgart 16 Jun, Bern 28 Jun Dornach 24 Juni – 17 Juli
1921.
Nota 16 O
prof. Manteufel pai de Barbara Manteufel, arquiteta, ambos falecidos, realizou uma pesquisa na qual demonstrou que o
coração não é uma bomba. Ver: Friedrich Husemann, Otto Wolff. A imagem do homem
como base da Arte Médica. Ed.
Resenha Universitária, 1978. The Anthroposophical Approach to Medicine, 1989,
Anthroposophic Press.
Nota 17 Rudolf Steiner GA 161. Wege der geistigen Erkenntnis und der
Erneuerung künstlerischer Weltanschauung. 13 palestras Dornach, 9 Jan. –
2 Mai, 1915.
Nota 18 Editora
Antroposófica https://www.antroposofica.com.br/
Nota 19 Sentimos
como se a nossa vontade fosse torcida e espremida, virada do avesso, podendo
até sentir tonturas e câimbras na região, fazendo literalmente a vivencia “das
tripas, coração”. Nosso coração se dilacera, se choca, se surpreende, dói em
muitos pontos, parece que em certos momentos até para nas vivências da
separação do etérico e do físico, criando o ponto do “nada” através da
vivências do dia a dia. Em cognição consciente da vontade e dos sentimentos.
Nota 20 “Drive”
é o impulso, o incontrolável desejo que nos dilacera para possuirmos algo, como
a droga o é para o viciado.
Nota 21 Rudolf Steiner. GA 212. Menschlisches Seelenleben und Geistesstreben
in Zuzammenhange mit Welt- und Entwickelung. 9 Palestras. Dornach 29 Ab
– 17 Jun 1922.
Nota 22 Nosso
próprio Eu, nosso próprio “self”. Evitando similitudes com a linguagem da
psicologia e da psiquiatria, prefiro usar o termo Eu, que é mais abrangente e
integral, para a compreensão do texto.
Nota 23 Nós
em Deus, Deus em nós.
Nota 24 Várias
pessoas interpretam que a vida sem entusiasmo, sem paixões significa uma vida
sem o verdadeiro entusiasmo espiritual – e é exatamente neste ponto que reside
o engano.
Nota 25 Discernimento,
introvisão/Visão interior.
FONTES DAS IMAGENS - palestra 6. A formação do Coração Etérico e Astral.
The Formation of the Etheric and the Astral Heart. GA 212.
https://rsarchive.org/Lectures/GA212/English/AP1984/19220526p02.html
GA 212, 26 Maio 1922. https://rsarchive.org/Lectures/GA212/
A alma humana em relação à evolução do mundo. 9 palestras.