Missão, Caráter, Essência, Grail Triptych /Tryptychon Graal, Sonia von Homrich

https://soniavonhomrich.blogspot.com/2019/11/missao-carater-vida-sonia-von-homrich.html

28 novembro 2021

Roberto Motta. A questão da maconha.

 

A questão da maconha, que muitos classificam de menor, é muito mais grave hoje do era antigamente.

Só entre 1995 e 2015 o conteúdo de THC - o componente psicoativo da maconha - aumentou 212%.

Isso é gravíssimo.

De acordo com o estudo Monitorando o Futuro de 2014 (A), a maconha é de longe a droga mais consumida por adolescentes.

Desde a legalização da maconha no Colorado, o uso de maconha em adolescentes e pessoas até 25 anos tem aumentado constantemente, ultrapassando a média nacional.

De ​​acordo com o Departamento de Saúde Pública do Colorado, em 2015 o condado de Pueblo teve a maior prevalência de uso de maconha por alunos do ensino médio: 30% dos alunos usam a erva.

A questão central é essa: está bem documentado que, quando as drogas são percebidas como prejudiciais, o uso delas diminui, como aconteceu com o uso de tabaco por adolescentes.

Como o Colorado "normalizou" a maconha,  criou-se a percepção de que ela é "orgânica" e "saudável" e que não há nada de errado com ela. O uso entre e adolescentes explodiu.

Mas existem consequências significativas produzidas pelo uso prolongado ou intenso de maconha a partir da adolescência.

A adolescência é uma época de significativo desenvolvimento do cérebro, que é estimulado a aprender,  explorar e agir - é como se o cérebro pisasse no acelerador e tivesse problemas com o freio  - o controle de impulso e julgamento.

As razões pelas quais os adolescentes correm um risco tão grande de desenvolver dependência de drogas ou álcool é porque a adolescência é um período com aumento de tendências de base neurobiológica para assumir riscos, e com diminuição simultânea do controle supressor e regulatório.

Ao mesmo tempo, a adolescência é um período de diminuição da supervisão dos pais e do aumento da socialização - é uma "tempestade perfeita".

A maconha de antigamente costumava ser classificada como um alucinógeno, e pensava-se que ela não causava dependência porque não havia nenhuma síndrome de abstinência identificada.

Isso mudou. Com o aumento da potência do THC há uma síndrome de abstinência claramente reconhecida que inclui aumento da raiva, irritabilidade, depressão, inquietação, dor de cabeça, perda de apetite, insônia e desejos intensos de maconha.

Estima-se que 9% dos aqueles que experimentam maconha ficarão viciados; 17% dos que começam a usar maconha na adolescência se tornam dependentes; e 25-50% daqueles que usam diariamente ficarão viciados (😎

Um estudo de 2015 realizado no Reino Unido descobriu que o uso de cannabis de alta potência está associado ao aumento da gravidade da dependência, especialmente em jovens (C)

Numerosos estudos demonstraram que o uso de cannabis antes dos 15-18 anos de idade aumenta significativamente o risco de desenvolver sintomas psicóticos (D)

Vários estudos documentaram uma relação entre o uso de cannabis e o suicídio. Um grande estudo feitol na Austrália e na Nova Zelândia com mais de 2.000 adolescentes encontrou um aumento de quase sete vezes nas tentativas de suicídio em usuários diários de maconha em comparação com não usuários (E)

Maconha não é brincadeira.

A não ser para os traficantes.

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Fontes:

"O problema da maconha com THC de alta potência de hoje na perspectiva de um psiquiatra especializado em vício", Missouri Medicine - The Journal of The Missouri State Medical Association, da US National Library of Medicine National Institutes of Health: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6312155/

(A) University of Michigan. Estudo Monitorando o Futuro. 2014. http://www.monitoringthefuture.org/.../mtf-overview2014.pdf

(😎 Volkow ND, et al. Adverse Health Effects of Marijuana Use. N Engl J Med. 2014;370:2219–2227: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4827335/

(C) Examining the profile of high-potency cannabis and its association with severity of cannabis dependence, Freeman TP, Winstock AR Psychol Med. 2015 Nov; 45(15):3181-9: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26213314/

(D) Pierre JM. Risks of increasingly potent Cannabis: the joint effects of potency and frequency. Current Psychiatry. 2017;16:14–20: https://scholar.google.com/scholar_lookup?journal=Current+Psychiatry&title=Risks+of+increasingly+potent+Cannabis:+the+joint+effects+of+potency+and+frequency&author=JM+Pierre&volume=16&publication_year=2017&pages=14-20&

(E) Young adult sequelae of adolescent cannabis use: an integrative analysis. Silins E, Horwood LJ, Patton GC, Cannabis Cohorts Research Consortium. Lancet Psychiatry. 2014 Sep; 1(4):286-93: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26360862/

Martim Afonso de Souza. Thales Veiga

 

ENTRE NAUFRÁGIOS E BATALHAS: A VIAGEM DE MARTIM AFONSO NA FUNDAÇÃO DE SÃO VICENTE

Entre 1531 e 1532, uma expedição de exploradores europeus chegou no litoral de São Paulo e deu início à história paulista moderna, sendo os responsáveis por tornar a aldeia de São Vicente uma vila oficial e pela realização das primeiras eleições da América. Mas a viagem foi desafiadora, e por muito pouco não terminou em tragédia...

Diários de bordo são livros mantidos pelos capitães de embarcações onde registram todos os dados de navegação tais como direção seguida e condições do mar e do vento, Num tempo em que as facilidades modernas como internet e GPS estavam a séculos de ser inventado, tais registros eram importantíssimos para ajudar a guiar outras viagens com destino aos mesmos lugares. Da armada de Martim Afonso, composta por diversos navios, chegou a nossos dias o diário de bordo escrito por Pero Lopes, seu irmão e capitão de uma das embarcações - e que se tornou um dos mais importantes documentos da história de São Paulo.

"Na era de 1530, sábado três dias do mês de dezembro, parti desta cidade de Lisboa, debaixo da capitania de Martim Afonso de Sousa, meu irmão, que ia por capitão de uma armada e governador da terra do Brasil: com vento leste saí fora da barra, fazendo caminho do sudoeste." - assim começa o diário, contando em geral com curtos registros sobre a navegação em si; infelizmente, não conta com outras informações que enriqueceriam nosso conhecimento, tais como tripulação, passageiros e carga.

Uma semana depois, a esquadra passou em alto mar pelas primeiras porções de terra no Oceano Atlântico: os arquipélagos de Madeira e Canárias. Seguindo a partir daí paralelos ao continente africano, os exploradores cruzaram com um barco de pesca português no dia 20 do mesmo mês, e por ele mandaram uma carta a Portugal para avisar que tudo havia corrido bem na partida.

Na noite do dia 24 de dezembro, véspera de Natal, a esquadra chegou no arquipélago de Cabo Verde, onde pretendiam parar para abastecer os navios de suprimentos para a longa travessia do Atlântico Sul. Entretanto, o mau tempo estava presente, e Martim Afonso ordenou que Baltazar Gonçalves, capitão da caravela Princeza, fosse na frente para indicar o melhor caminho até o porto. Subitamente, um intenso nevoeiro toma conta da região, e todos os navios da esquadra perderam-se uns dos outros. Tais coisas eram comuns de acontecer num tempo em que nem rádio existia, mas certamente sempre causavam certa apreensão na tripulação, pois num eventual naufrágio não haveria socorro por perto.

Com a melhora no tempo no dia 28, parte dos navios conseguiu se reunir novamente e saiu em busca dos demais pelos arredores das ilhas do arquipélago. Durante as buscas, Pero Lopes e Martim Afonso avistaram dois navios espanhóis que também estavam por ali para reabastecer; quando questionados sobre o destino da viagem, os castelhanos informaram que iriam para o Maranhão, e Martim Afonso ordenou que não fossem para lá, pois, de acordo com o Tratado de Tordesilhas mantido entre os dois países, ali era sua jurisdição. Somente no dia 29 conseguiram encontrar novamente a caravela Princeza na localidade de Ribeira Grande, e por lá ficaram durante as festividades de Ano Novo reabastecendo as embarcações para a etapa mais difícil da jornada.

A travessia do Atlântico era sempre desafiadora. Eram vários dias em alto mar sem avistar terra onde os navegadores tinham que seguir aproximadamente a direção sudoeste, porém, sem bússolas para guiá-los, visto que este instrumento só foi inventado mais tarde. Os cálculos de direção eram feitos quase sempre baseados nas estrelas, motivo pelo qual os navegadores deveriam ter grande conhecimento do céu; Martim Afonso estudou durante anos matemática e cosmografia com Pedro Nunes, uma das maiores autoridades do assunto na época.

No dia 3 de janeiro de 1531 finalmente partiram de Cabo Verde, e apesar de um pequeno contratempo na partida, quando um vento forte causou pequenas avarias nas embarcações, a travessia ocorreu sem maiores problemas. Cerca de 20 dias depois, passaram a aproximadamente 86 quilômetros da Ilha de Fernando de Noronha, mas ainda não avistavam terra. Somente no dia 30 tiveram uma boa notícia: como não avistaram peixes ao redor das embarcações, significava que estavam próximos a costa. Dito e feito: finalmente, no dia seguinte, a expedição de Martim Afonso avistou pela primeira vez a América.

Mas a euforia pouco durou: junto de terra, avistaram também uma nau navegando para o norte. Martim Afonso ordenou que dois de seus navios fossem na direção para onde ela ia, enquanto os outros dois a cercariam pelo sul; vendo-se cercados, a tripulação da nau abandonou a embarcação e fugiu para terra firme. A nau, que descobriram ser francesa, estava repleta de armas, munições e um enorme carregamento de pau-brasil; logo após, outra nau repleta de madeira foi encontrada e tomada por Martim Afonso, passando a fazer parte da expedição. Os poucos tripulantes que nela ficaram informaram ainda que havia mais duas naus da França pelas redondezas, e no dia seguinte, Pero Lopes saiu a caça delas. Os franceses eram as principais ameaças para os navegadores portugueses da época, pois, como a França não fora contemplada com terras no novo continente pelo Tratado de Tordesilhas, buscava explorá-las à sua maneira dentro dos domínios de Portugal e Espanha.

Martim Afonso, comandando a caravela São Miguel, foi juntamente com o galeão São Vicente e a nau capturada em direção ao Cabo de Santo Agostinho, ponto de referência para os navegadores da época, enquanto Pero Lopes (e provavelmente a Princeza) continuavam à caça dos franceses. No dia 1 de fevereiro, subitamente ao fim da tarde, o navio de Pero recebeu dois tiros: eram os franceses, que ao contrário dos encontrados no dia anterior, estavam dispostos ao combate. Pero Lopes atirou de volta, porém com a distância e a escuridão da noite só restava aguardar pelo dia seguinte. Às 7 horas da manhã do dia 2, a nau francesa se aproxima e efetua 32 tiros contra a embarcação de Pero Lopes, danificando vários equipamentos mas, por sorte, não deixando feridos. Martim Afonso e os demais navios chegaram para auxiliar e numa manobra técnica de pilotagem abalroaram os franceses, que se renderam pois ficaram sem pólvora. Toda a carga de pau-brasil e armamento foi capturada, e a tripulação (incluindo os seis feridos no combate) feita de prisioneira.

Passadas as animosidades, no dia 3 finalmente chegaram nas praias perto do Cabo de Santo Agostinho (proximidades da atual cidade de Recife). E pela primeira vez tiveram contato com nativos do continente: "Este dia vieram de terra, à nado, às naus, índios a perguntar-nos se queríamos brasil" (pau-brasil). Ao contrário do que muitos pensam, em geral, os índios do litoral eram receptivos aos navegadores pois descobriram que era possível fazer comércio com eles. Os índios então passavam a montar estoques de pau-brasil nas praias e quando avistavam alguma embarcação iam até ela oferecer madeira; em troca, recebiam produtos da metrópole como roupas e armas.

Entretanto, depois de mais de um mês navegando sem parar, restava pouca água potável nas embarcações. Procuraram em terra, mas não acharam, e Martim Afonso decidiu ir sozinho com a caravela Rosa a Recife para buscá-la. Mais de uma semana depois, não retornaram, e Pero Lopes, numa situação já emergencial, conseguiu achar um rio onde seus tripulantes pudessem beber água; foram então a Recife onde se reuniram com o resto da frota, exceto, justamente, o de Martim Afonso. Estaria o capitão desaparecido? As notícias negativas também não paravam de chegar: em Recife, ficaram sabendo que a feitoria (entreposto comercial) existente no local fora saqueada dois meses antes por navios franceses, e não havia nada ali que pudesse reabastecer a frota; como se não bastasse, sete homens da tripulação morreram afogados enquanto nadavam ao redor dos navios.

Somente no dia 19 Martim Afonso reapareceu. Com o princípio de confusão tomando conta da expedição, o capitão decide reorganizá-la: mandou todos os doentes (inclusive os prisioneiros franceses feridos) para a feitoria de Recife, onde seriam tratados; mandou as duas caravelas para o Maranhão; uma das naus francesas capturadas de volta para Portugal para enviar notícias deles; e colocou fogo na outra nau francesa par que não pudesse ser reaproveitada por ninguém. Reabasteceu e partiu para o resto da viagem com três embarcações: a nau capitânia, o galeão São Vicente (tendo como capitão Pedro Lobo Pinheiro) e a primeira nau capturada dos franceses, comandada agora por Pero Lopes e rebatizada com o nome de "Nossa Senhora das Candeias".

No dia 13 de março, após várias tempestades pelo caminho, chegaram em Salvador, onde reabasteceram água e lenha e efetuaram reparos nas embarcações durante os próximos cinco dias. Nos conta ainda Pero Lopes: "Nesta bahia achamos um homem português, que havia 22 anos que estava nesta terra; (..). Os principais homens da terra vieram fazer obediência ao capitão e nos trouxeram muito mantimento, e fizeram grandes festas e bailes, amostrando muito prazer por sermos aqui vindos." Conta ainda que os índios do local eram de pele branca e dispersos em aldeias espaçadas de duas em duas léguas, que frequentemente guerreavam entre si; os perdedores eram mortos e comidos pelos vencedores. Martim Afonso deixou lá dois homens de sua tripulação com algumas sementes para fazer experiências na terra e ver o que poderia ser cultivado ali.

Na semana seguinte, durante o caminho, cruzaram com uma pequena embarcação que levava Diogo Dias, o feitor de Recife que ainda estava fugindo dos franceses. Martim Afonso o resgatou e ordenou que voltassem para deixá-lo em Salvador juntamente com todos os presos franceses, que ganharam liberdade.

No dia 30 de abril, e expedição chegou ao Rio de Janeiro, onde Martim Afonso ordenou que fosse construída uma casa-forte; ali ficaram por mais de três meses enquanto quatro homens da tripulação adentraram pelo sertão para explorar a região. Estes homens, segundo narra Pero Lopes, encontraram em algum local ignorado um grande rei indígena, "senhor de todos aqueles campos", e que os acompanhou na volta ao Rio de Janeiro, onde entregou cristais a Martim Afonso e contou que no Rio Paraguai havia muito ouro e prata. Seria este cacique Tibiriçá? É possível, pois o tempo de estada é compatível com uma viagem de ida e volta a pé à São Paulo, e somente os índios paulistas poderiam ser tão bem informados sobre a existência de metais preciosos no Paraguai devido à existência do caminho do Peabiru e seu comércio com os incas e guaranis.

Pretendiam fazer uma próxima parada justamente em algum dos três portos que davam acesso à trilha de Peabiru: São Vicente, Cananeia e Florianópolis. Ao passar por São Vicente, entretanto, foram tomados por uma cerração e não conseguiram encontrar ninguém em terra firme; desembarcaram na Ilha de Alcatrazes e se alimentaram das aves que lá estavam. Em 12 de agosto de 1531, finalmente, chegaram à Ilha de Cananeia, onde coube a Pedro Anes Piloto, fluente em tupi-guarani, o contato com os locais. Foi neste local que Martim Afonso conheceu o famoso "Bacharel" Cosme Fernandes, uma das figuras mais controversas da história paulista, que já vivia no local havia 30 anos juntamente com outros castelhanos e carijós. Informou ao capitão que havia muito ouro e prata no sertão, e Martim Afonso ordenou que 80 dos 400 homens que levava ficassem por lá para realizar uma expedição por terra enquanto seguiu viagem para o sul.

Finalmente, em 15 de outubro, chegaram ao então Cabo de Santa Maria, atual Punta del Este, no Uruguai. Nos próximos dias, uma terrível tempestade toma conta da expedição, que se dispersa, mais uma vez, sendo que agora a preocupação era real: o navio de Martim Afonso foi avistado ao longe com as velas quebradas e muito próximo a pedras. Pero Lopes juntou os 30 homens que melhor nadavam de sua tripulação e os enviou para terra para procurar por eventuais sobreviventes do provável naufrágio da nau capitânia. No dia 25, felizmente, dois dos nadadores encontram náufragos numa praia, onde comemoraram o reencontro com cantigas em meio a muitas lágrimas. A maioria da tripulação sobreviveu, incluindo Martim Afonso; infelizmente, sete homens faleceram, sendo seis por afogamento e um “de pasmo”.

Na praia, Martim Afonso reuniu-se com todos e decidiu não prosseguiu viagem para dentro do Rio da Prata por duas razões: primeiro porque grande parte dos suprimentos da expedição foram perdidos no naufrágio, e segundo porque as duas naus que restaram estavam muito danificadas. Fixou ainda marcos de pedra na região para marcar o domínio da Ordem de Cristo ali, onde os portugueses defendiam ser o limite da Linha de Tordesilhas; os espanhóis defendiam que ela seria mais a leste e que todo o litoral do Uruguai até o Paraná lhes pertencia.

Pero Lopes explorou, com pequenas embarcações, todo o estuário do Rio da Prata (divisa entre Uruguai e Argentina), encontrando lá alguns índios que vieram em pequenos barcos até sua nau em várias ocasiões. "Traziam arcos e flechas e azagaias [lanças] de pau tostado, e eles com muitos penachos todos pintados de mil cores; e chegaram logo sem mostrarem que havia medo: senão com muito prazer abraçando-nos a todos. A fala sua não entendiamos, nem era como a do Brasil". Os nativos deram aos europeus carne, e Pero os retribuiu com pescaria: "ficaram tão contentes e mostravam tamanho prazer, que parecia que queriam sair fora do seu siso" - uma curiosa forma de descrever o tamanho do sorriso de alguém, equivalente a "de orelha a orelha".

No dia 27 de dezembro, pouco mais de um ano da partida em Lisboa, reencontra-se com Martim Afonso na localidade conhecida como Ilha das Palmas, onde partiram, no último dia do ano de 1531, “para irmos ao Rio de São Vicente” – ou seja, aqui fica clara a intenção de edificar a vila em São Vicente, e que a escolha do local não fora mero acaso.

Em 9 de janeiro de 1532, a esquadra de Martim Afonso entra em Cananeia pela segunda vez, com o objetivo de reabastecer novamente e embarcar os 80 homens que o capitão havia lá deixado na viagem de ida para explorar o continente – os quais, soube-se depois, foram vítimas de uma emboscada e apenas quatro haviam sobrevivido.

“Segunda-feira, 21 de janeiro demos a vela, e fomos surgir numa praia da Ilha do Sol [atual Ilha de Santo Amaro, onde fica a cidade de Guarujá]; pelo porto [Praia do Góes] ser abrigado de todos os ventos." No dia seguinte, estacionaram as naus na foz do Rio Santo Amaro, local onde atualmente está o Iate Clube de Santos, e foram para a Ilha de São Vicente, onde, por uma enorme coincidência, chegaram justamente no dia do santo homônimo, o que faz algumas pessoas acreditarem que foi Martim Afonso que deu ao local o nome de São Vicente, quando, na verdade, o local já tinha este nome há décadas e já era presente nos mapas, batizado muito provavelmente pela expedição de Américo Vespúcio em 1502.

E assim, finalmente, temos o início da história paulista:

"Aqui neste porto de São Vicente varamos uma nau em terra. A todos nos pareceu tão boa esta terra que o capitão determinou de a povoar, e deu a todos os homens terras para fazerem fazendas; e fez uma vila na Ilha de São Vicente e outra nove léguas dentro pelo sertão, à borda de um rio que se chama Piratininga; e repartiu a gente nestas duas vilas e fez nelas oficiais: e pôs tudo em boa obra de justiça de que a gente toda tomou muita consolação, com verem povoar vilas e ter leis e sacrifícios, e celebrar matrimônios, e viverem em comunicação das artes, e ser cada um senhor do seu, e vestir as injúrias particulares, e ter todos os outros bens da vida segura e conversável."

Assim, estava oficializada a aldeia de São Vicente como vila. O local já era povoado pelos guaianases e por João Ramalho desde pelo menos 1518; Ramalho, português, vivia dentre os índios havia muitos anos, e casou-se com Bartira, filha do rei Tibiriçá, com quem tinha ótima amizade. São considerados como primeiros paulistas justamente os filhos de Ramalho e Bartira: o encontro do sangue entre dois mundos tão diferentes, e duas culturas que se uniram por interesses mútuos e obra do destino para dar origem à nossa Cultura Paulista.

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21 novembro 2021

C-Longo da perspectiva da Medicina Antroposófica. Markus Sommer e outros colaboradores.

 Tradução Sonia von Homrich, 21 Nov 2021 - em curso

COVID- Longo ,  da perspectiva da Medicina Antroposófica – Sintomas e Opções de Tratamento. Síndrome do Covid-longo.
Recomendações de uma comissão internacional de especialistas para profissionais de saúde

Henrik Szőke, Markus Sommer, Eva Streit, Christian Grah, Madeleen Winkler, Philipp Busche, Severin Pöchtrager, Jan Mergelsberg, Carla Wullschleger, Katharina Gerlach, Rolf Heine, Robert Fitger, Harald Matthes, Georg Soldner

Último update: 27.09.2021

https://www.anthromedics.org/PRA-0993-EN

Autor correspondente: henrik.szoke@etk.pte.hu

Sumário

Um número crescente de pessoas são afetadas pela síndrome do COVID-longo frequentemente durando longamente, com prejuízo significativo de sua saúde. Diferentes imagens com danos por hiperinflamação prolongada, restrição funcional da musculatura, do coração, do sistema nervoso e dos órgãos sensoriais ocorrem. Um grupo relativamente grande de pacientes mais jovens apresenta sintomas da síndrome da fadiga crônica pós-viral/síndrome da encefalomielite miálgica (CFS/MES). Esses pacientes apresentaram mais frequentemente apresentam o curso de uma Covid-19 moderada  e podem, subsequentemente, desenvolver sintomas de longa duração de  de CFS/ME. Este artigo apresenta aspectos para a compreensão da desordem, bem como um conceito de tratamento multimodal da Medicina Antroposófica. 

 

Definições

Doença aguda COVID-19: as primeiras quatro semanas da doença.

Síndrome pós-COVID persistente (PPCS; CID-10: U09.9) ou COVID Longo: usado preponderantemente como sinônimo de pós-COVID, especialmente para sintomas pós-COVID que persistem além de 12 semanas (1, 2): sintomas residuais/danos permanentes ou sintomas pós-infecciosos existentes quatro semanas ou mais após o início da doença.  

 

Fatores de risco, gatilhos, prevalência

A gravidade da fase aguda e a mutação desencadeante (engatilhada) do patógeno não se correlacionam com a frequência e severidade do COVID-Longo. Três meses após o início da doença, aproximadamente dez a 65% de todos os pacientes adultos registrados por covid relatam sintomas persistentes (3, 4, 5). Na infância, esses sintomas ocorrem com muito menos frequência (6, 7).

Pacientes com sintomas graves apresentam alta incidência de síndrome pós-intensiva (PICS) complexa, os primeiros sinais dos quais já podem aparecer na fase aguda. Aproximadamente metade dos pacientes que recebem cuidados intensivos experimentam um sintoma de COVID-Longo (8).

A frequência, duração e extensão das sequelas pulmonares de longo prazo, a imunossupressão e o comprometimento geral da qualidade de vida estão significativamente relacionados à gravidade da fase aguda (9).

Pessoas com mais de 55 anos e com condições pré-existentes (grupos de risco conhecidos para progressão grave do COVID-19: angústia, exaustão, depressão, transtorno de ansiedade, sobrepeso, etc.) são significativamente mais frequentemente e mais severamente afetadas (10).

Esportistas competitivos também parecem ser mais afetados (11). A frequência de outros sintomas não apresenta correlação tão clara com o curso da doença, o nível de parâmetros laboratoriais inflamatórios ou a gravidade da doença aguda.

As crianças parecem ser significativamente menos afetadas pelo Pós COVID ou Covid-Longo. Devido a muitos cursos assintomáticos em crianças (12), apenas afirmações preliminares podem ser feitas (13). Em crianças, também, as condições pré-existentes podem facilitar os sintomas COVID-Longo (6, 7). Ainda não estão claras as consequências psico-sociais do longo confinamento nas crianças, que foram pouco estudadas.


Sintomas, patofisiologia e diagnóstico

Sintomas cardeais:

Cansaço/ Fadiga/ fraqueza geral;

Falta de ar/ Dispnéia, especialmente sob esforço, incluindo a sensação de constrição e dor no peito com ou sem restrição objetiva da função pulmonar (obstrutiva/ restritiva);

Palpitações sem o comprometimento objetivo da função cardíaca;

Dor de cabeça, especialmente durante/ após esforço;

Desordens cognitivas (concentração, memória, “névoa cerebral”, etc.)

Ansiedade pode acompanhar todas as desordens acima em formas específicas (veja abaixo).

Sintomas podem apresentar-se como tosse irritativa seca, na forma de dor (cabeça, músculos, juntas, peito) e miopatia (CIM). Com envolvimento cardíaco: infarto agudo do miocárdio, micro-infartos, fibrosis ventricular ou atrial, várias arritmias. Perda de cabelo e vários exantemas podem ocorrer na pele.

Em crianças os sintomas principais são fadiga, desordens do sono, desordens do paladar e olfativos e dores de cabeça.

A despeito das queixas gastrointestinais da fase aguda, elas aparecem menos frequentemente no PPCS - Persistent post-COVID syndrome – Síndrome persistente pós-Covid.

As doenças neurológicas de longo termo mais comuns (PCND) incluem: distúrbio do sono, tontura, distúrbios do paladar e olfato (14), polineuropatia (CIP), ischaemia/apoplexia devido à endotelite e coagulopatia, desmielinização autoinflamatória, encefalite (15). O sistema nervoso central parece ser mais afetado do que o periférico. Os transtornos mentais e psicológicos mais comuns incluem: distúrbios de memória, concentração prejudicada, falta de presença de espírito ("névoa cerebral"), intolerância ao estresse, ansiedade (16) e depressão, sintomas de estresse pós-traumático (TEPT) (17), transtorno/ desordem obsessivo-compulsivo (TOC), sofrimento subjetivo e deterioração na qualidade de vida (18, 19). Aqui, os efeitos nocebo (placebo-nocebo) também devem ser levados em conta, que podem ser atribuídos a medidas pandêmicas como o distanciamento social (20, 21). 10 a 15% dos afetados tomam substâncias psicoativas, 10% têm pensamentos suicidas.

Patofisiologia

Com referência aos processos fisiopatológicos, duas tendências polares são evidentes em cursos severos:

Inflamação persistente (endotelitis, miosite, miocardite (com parâmetros de serum elevados: CRP, D-dimers, LDH), aumento de eventos tromboembolíticos (22).

Rigidez fibrosa nos pulmões e outros tecidos, inflamação proliferativa crônica com fibrose.

Imunologicamente, tanto o vírus desencadeante (reservatórios persistentes, fragmentos virais/proteínas de pico (spike), transcrição reversa no genoma humano) e anti-corpos mais desordens/ distúrbios da regulação imune podem desempenhar um papel aqui. Uma primeira fase excessiva até a chamada tempestade de citocinas pode ser seguida por uma reação igualmente excessiva, como a síndrome de resposta anti-inflamatória compensatória (CARS) e a inflamação persistente, imunossupressão, síndrome do catabolismo (PICS).

Inflamação persistente relacionada ao dano pode ocorrer nos pulmões e vias aéreas (23).

Distúrbios da inervação e músculos respiratórios enfraquecidos também podem contribuir para insuficiência respiratória complexa após o COVID (24).

Lesões miocardiais que ocorrem no coração são já sinalizadas na fase aguda pela elevação dos níveis de troponina. Miocardite, tensão cardíaca direita, disfunção do eixo renina-angiotensina, coagulopatia, influências neurovegetativas e hiperinflamação prolongada sistêmica podem levar a distúrbios de ritmo e condução, microfibroses e cardiomiopatias. 

Endotelite e desordens da barreira hemato-encefálica desempenham um papel essencial no dano ao sistema nervoso sensorial.


Diagnóstico

Um histórico médico individualizado, que também inclui o tempo anterior ao de adoecer com o COVID, e um exame físico completo, que é especificamente complementado por diagnósticos laboratoriais e funcionais (pneumológico, cardiológico, neurológico). A mudança na qualidade de vida pode ser avaliada por questionários (por exemplo, SF-36, E5-QD – significados com os autores) ou por questionários sobre a Gestão da Vida Diária.

Após a etapa inicial, são indicados exames de acompanhamento regular e um exame final.

Compreensão ampliada da doença na perspectiva da Medicina Antroposófica.

A dinâmica das doenças infecciosas é determinada pela interação do microrganismo com a pessoa afetada, sua suscetibilidade ao patógeno e sua estrutura de forças. O COVID-19, em primeira instância, mostra claramente a importância da idade e do desenvolvimento biográfico. Distúrbios genéticos (síndrome de Down) podem reforçar significativamente a relevância dos processos de envelhecimento. A vitalidade do corpo diminui com a idade e pode ser impedida pela obesidade, doenças metabólicas como diabetes mellitus e outras. Um papel significativo no pós-COVID é desempenhado por distúrbios e dissociações na estrutura de forças do paciente. Estes normalmente procedem em um equilíbrio dinâmico entre a tendência de dissolução e endurecimento (25). Em contraste, as tendências à inflamação crônica e a degenerativa, de endurecimento (esclerose) dominam e persistem no COVID- Longo, que são vivenciados mentalmente como exaustão e acompanhados pelo enfraquecimento dos processos vitais generativos (regeneração).

 O fator decisivo é se especialmente à noite, durante o sono, a tendência inflamatória degenerativa recua em favor de processos regenerativos vitais. Este ritmo dia-noite pode ser severamente rompido no COVID-Longo. De uma perspectiva antroposófica e experiência terapêutica, o foco aqui é o fortalecimento da organização do calor ("Organização-do-Eu") a fim de alcançar a transição de processos inflamatórios persistentes para um ritmo dia-noite com processos regenerativos noturnos predominantes. Outros, frequentemente pacientes mais jovens, sofrem predominantemente de uma dissociação pós-viral de sua vitalidade corporal. É aí que o tratamento começa primeiramente, para dar suporte aos pacientes e então eles possam direcionar o organismo novamente com o poder de sua individualidade, perceberem-se e destravar sua vitalidade. Ao fazê-lo, é essencial revitalizar o próprio corpo e fazê-lo receptivo ao impulsos psicológicos. Trata-se de superar tanto a alienação/dissociação psicológica de nosso próprio corpo quanto o claro sentimento  em alguns pacientes de que sua individualidade está isolada da esfera espiritual.


Long C- perspective of Anthroposophic Med. Markus Sommer et all.

 Atenção: a intervalos, aparece a palavra LESS - ignore-a, é do original online, para mostrar mais ou menos na página referida, no link abaixo.

Long COVID from the Perspective of Anthroposophic Medicine – Symptoms and Treatment Options

Recommendations of an international expert commission for health professionals

Henrik Szőke, Markus Sommer, Eva Streit, Christian Grah, Madeleen Winkler, Philipp Busche, Severin Pöchtrager, Jan Mergelsberg, Carla Wullschleger, Katharina Gerlach, Rolf Heine, Robert Fitger, Harald Matthes, Georg Soldner

Last update: 27.09.2021

https://www.anthromedics.org/PRA-0993-EN


Tradução para o Português Sonia von Homrich (em curso) 

https://soniavonhomrich.blogspot.com/2021/11/c-longo-da-perspectiva-da-medicina.html



Corresponding author: henrik.szoke@etk.pte.hu

 

Abstract

A growing number of people are affected by a Long COVID syndrome with often long-lasting, significant impairment of their health. Different pictures with prolonged hyperinflammation, damage and functional restriction of the musculature, the heart, the nervous system and the sensory organs occur. A relatively large group of rather younger patients shows symptoms of post-viral chronic fatigue syndrome/myalgic encephalomyelitis syndrome (CFS/MES). These patients more often had a rather mild COVID-19 course and may subsequently develop long-lasting CF/ME symptoms. This article presents aspects for an understanding the disorder as well as a multimodal treatment concept of Anthroposophic Medicine. 

 

Definitions

Acute COVID-19 disease: the first four weeks of illness.

 

Persistent post-COVID syndrome (PPCS; ICD-10: U09.9) or Long COVID: mostly used synonymously with post-COVID, especially for post-COVID symptoms that persist longer than 12 weeks (1, 2): residual symptoms/permanent damage or post-infectious symptoms existing four weeks or more after the onset of the disease.  

 

Risk factors, triggers, prevalence

The severity of the acute phase and the triggering mutation of the pathogen do not correlate with the frequency and severity of Long COVID. Three months after disease onset, approximately ten to 65 percent of all registered adult COVID patients report persistent symptoms (3, 4, 5). In childhood, these symptoms occur much less frequently (6, 7).

 

Patients with severe symptoms show a high incidence of complex post-intensive care syndrome (PICS), the first signs of which may already appear in the acute phase. Approximately half of patients receiving intensive care experience a Long COVID symptom (8).

 

The frequency, duration and extent of long-term pulmonary sequelae, immunosuppression and general impairment of quality of life are significantly related to the severity of the acute phase (9).

 

People over the age of 55 and with pre-existing conditions (known risk groups for severe COVID-19 disease progression: distress, exhaustion, depression, anxiety disorder, overweight, etc.) are significantly more often and more severely affected (10).

 

Competitive sportspeople also seem to be more affected (11). The frequency of other symptoms does not show such a clear correlation with the course of the disease, the level of inflammatory laboratory parameters or the severity of the acute disease.

 

Children only seem to be affected by Post or Long COVID significantly less. Because of many asymptomatic courses in children (12), only preliminary assertions can be made (13). In children, too, pre-existing conditions can facilitate Long COVID symptoms (6, 7). Still unclear, as they have been little studied, are the psychosocial consequences of a long lockdown.

 

Symptoms, pathophysiology and diagnosis

Cardinal symptoms: 

Tiredness/fatigue/general weakness;

Breathlessness/dyspnoea, especially on exertion, including a feeling of constriction and chest pain with or without objective restriction of lung function (obstructive/restrictive);

Palpitations without objective impairment of cardiac function;

Headache, especially during/after exertion;

Cognitive disorders (concentration, memory, "brain fog" etc.);

Anxiety can accompany all of the above disorders in specific ways (see below).

Symptoms may present as a dry irritating cough, in the form of pain (head, muscle, joints, chest) and myopathy (CIM). With cardiac involvement: acute myocardial infarction, microinfarctions, ventricular or atrial fibrosis with ischaemic/non-ischaemic cardiomyopathy, myocarditis, symptomatic/subclinical dysfunction, various arrhythmias. Hair loss and various exanthema may occur on the skin.

 

In children, the main symptoms are fatigue, sleep disorders, taste and smell disorders and headaches.

 

Despite the frequent gastrointestinal complaints of the acute phase, they appear less frequently in PPCS. However, severe gastrointestinal motility disorders have been described.

 

The most common long-term neurological disorders (PCND) include: sleep disorder, dizziness, taste and smell disorders (14), polyneuropathy (CIP), ischaemia/apoplexy due to endothelitis and coagulopathy, autoinflammatory demyelination, encephalitis (15). The central nervous system seems to be affected more than the peripheral. The most common mental and psychological disorders include: memory disorders, impaired concentration, lack of presence of mind ("brain fog"), stress intolerance, anxiety (16) and depression, post-traumatic stress symptoms (PTSD) (17), obsessive-compulsive disorder (OCD), subjective distress and deterioration in quality of life (18, 19). Here, nocebo effects must also be taken into account, which can be attributed to pandemic measures such as social distancing (20, 21). Ten to 15 percent of those affected take psychoactive substances, ten percent have suicidal thoughts.

 

Pathophysiology

With regard to the pathophysiological processes, two polar tendencies are evident in severe courses:

 

Persistent inflammation (endothelitis, myositis, myocarditis (with elevated serum parameters: CRP, D-dimers, LDH)), increased thromboembolic events (22).

Fibrosing stiffness in the lungs and other tissues, chronic proliferative inflammation with fibrosis.

Immunologically, both the triggering virus (persistent reservoirs, viral fragments/spike proteins, reverse transcription into the human genome) and autoantibodies and immune regulation disorders can play a role here. An excessive first phase up to a so-called cytokine storm can be followed by a similarly excessive reaction, such as the compensatory anti-inflammatory response syndrome (CARS) and the persistent inflammation, immunosuppression, catabolism syndrome (PICS).

 

Persistent inflammation-related damage can occur in the lungs and airways (23). Innervation disorders and weakened respiratory muscles may also contribute to complex respiratory insufficiency after COVID (24).

 

Myocardial lesions occurring in the heart are already signalled in the acute phase by elevated troponin levels. Myocarditis, right heart strain, rening-angiotensin axis dysfunction, coagulopathy, neurovegetative influences and systemic prolonged hyperinflammation can lead to rhythm and conduction disorders, microfibroses and cardiomyopathies.

 

Endothelitis and disorders of the blood-brain barrier play an essential role in damage to the sensory and nervous system.

 

Diagnosis

An individualised medical history is required, which also includes the time before falling ill with COVID, and a complete physical examination, which is specifically supplemented by laboratory and functional diagnostics (pulmonological, cardiological, neurological). The change in quality of life can be evaluated by questionnaires (e.g. SF-36, E5-QD) or by Management of Daily Life questionnaires.

After the initial staging, regular follow-up examinations and a final examination are indicated.

 

Extended understanding of disease from the perspective of Anthroposophic Medicine

The dynamics of infectious diseases are determined by the interaction of the microorganism with the affected person, their susceptibility to the pathogen and their fabric of forces. COVID-19 in the first instance clearly shows the importance of age and biographical development. Genetic disorders (Down’s syndrome) can significantly reinforce the relevance of the ageing processes. The vitality of the body decreases with age and can be impeded by obesity, metabolic diseases such as diabetes mellitus and others. A significant role in post-COVID is played by disorders and dissociations in the patient's fabric of forces. These normally proceed in a dynamic equilibrium between a dissolving and hardening tendency (25). In contrast, chronic inflammation and a degenerative, hardening (sclerosing) tendency dominate and persist in Long COVID, which are experienced mentally as exhaustion and are accompanied by the weakening of generative vital processes.

 

The decisive factor is whether, especially at night, during sleep, the inflammatory degenerative tendency recedes in favor of vital generative processes. This day-night rhythm can be severely disrupted in Long COVID. From an anthroposophical perspective and therapeutic experience, the focus here is on strengthening of the warmth organisation ("I-organisation") in order to achieve the changeover from persistent inflammatory processes to a day-night rhythm with nightly predominant generative processes. Other, often younger patients suffer predominantly from a post-viral dissociation of their bodily vitality. This is where treatment primarily starts, to support the patients so that they can direct the organism again with the power of their individuality, perceive themselves, and deploy their vitality. In doing so, it is essential to revitalize the body itself and make it receptive to psychological impulses. It is about overcoming both the psychological alienation/dissociation from our own body and the clear feeling in some patients that their individuality is cut off from the spiritual sphere.

 

A normally low level of effort proves exhausting for many. Even breathing loses its naturalness. Dyspnoea, fatigue are often accompanied by anxiety. Not infrequently, there are also cognitive impairments in the ability to think and concentrate and in memory retention. Some patients say that they experience something alien within them that feels different from other infectious diseases they have been through. They often feel powerless and paralysed inside.

 

Less

Therapeutic principles

Conventional standard treatment

The strategy includes the following steps: evaluation of the course of the acute phase, staging, screening of comorbidities, assessment of prognosis, formulation of the treatment plan with full involvement of the informed patient (26, 4, 27).

 

Drug therapy

Pharmacotherapy is based on the established spectrum and corresponds to the organic permanent injury to health or respective functional disorders.

 

Non-drug therapy

Cardiopulmonary rehabilitation measures, such as e.g. breathing techniques ("inhalatory muscle training") (28, 29), breathing exercisers (e.g. Tri-Ball system) should be used under professional physiotherapeutic supervision.  With incremental exertion, monitoring of heart rate and oxygen saturation may be indicated.

 

Psychological/psychotherapeutic, neuropsychological (such as e.g. olfactory training), neurological, psychiatric rehabilitation measures (cognitive training, etc.) may be indicated up to and also during reintegration/fitness for work (30).

 

Sport/strenuous physical exertion: even in an asymptomatic course or mild acute phase, a break of two to four weeks is necessary, in a symptomatic course at least four to six weeks.

 

From a social psychiatric perspective, protective elements play an essential role: social contacts, support opportunities, resources, secure livelihood, employment, recreational opportunities, basic social hygiene and medical care.

 

Supportive measures to help isolated patients look after themselves are essential (outpatient clinics, hotline, etc.).

 

Principles of sustainable integrative treatment

Integrative anthroposophical treatment is multimodal and sees itself as an extension of standard conventional treatment. It serves to support the forces of self-healing and self-regulation on a physical-physiological, psychological and mental-spiritual level. The resource analysis on the physical, psychological and spiritual level is an essential part of the treatment planning.

 

1. Heat: The patients show a picture of the stagnation of inflammation and/or fibrosis. The therapeutic stimulation of body temperature (I-organisation) can enable the self-regulatory processes to intervene again on all levels. The patient's self-perception can be directly addressed through heat. At first, many patients do not consciously feel the inner lack of heat. By strengthening and supporting the warmth organisation through appropriate clothing, external applications, self-active treatment methods and anthroposophical medicines (e.g. mistletoe therapy, see below), patients experience a more intensive access to their own corporeality (embodiment) again. If fibrosing stiffness in the lungs and other tissues and chronic proliferative inflammation are prominent, a sustained warming treatment is the determining therapeutic principle. This allows the vital forces in the metabolic system and limbs to become "tangible" again for the patients. At the same time, the dyspnoea fades, especially when there are few limitations in the measured lung function.

 

2. Respiration: The one-sided failure of respiration and life rhythms, which takes on a life of its own and which can be accompanied by typical anxieties, needs to be re-integrated and harmonised on a physical as well as on a psychological level. The treatment can support a deepened exhalation into the world as well as a deepened inhalation into the inner self. Especially for overcoming persistent inflammatory processes, a therapeutic reinforcement of self-regulation is necessary on the psychological level. Here it is essential that the patient feels emotionally accepted and understood and is initially relieved emotionally and physically of stressors that take on a life of their own. Care and self-care, rhythmisation of everyday life with regular breaks, individually appropriate, moderately self-active and artistic treatment methods (see principles 5 and 6) can open up new access to the content of psychological experience.

 

3. Fluids and circulation: At the level of the life processes, the primary concern is toning and rhythmisation in order to overcome the pervasive weakness and heaviness. Morning rosemary washes tone the circulation and strengthen the day-night rhythm. External treatments such as the yarrow liver compress stimulate body awareness via the skin, directly promote inner vitality and can improve sleep quality. A revitalisation of the microcirculation can be achieved through rhythmical massage therapy, the revitalisation of body awareness and deepening of the sleep-wake rhythm through rhythmical Einreibung. Actively, such revitalisation can be achieved through forest bathing (31, 32) and/or eurythmy therapy. Stabilising a healthy daily rhythm with adequate breaks is essential. The rhythm of meals contributes significantly to this. The diet should support vitality, with organically grown fruit and vegetables, regular freshly cooked hot meals and adequate food breaks. Bitters support vitality, promote generative processes and strengthen the interaction between soul and body. Lastly, anthroposophical medicines can specifically stimulate the vitality of individual organs.

 

4. Regeneration of tissue disorders: Treatment of impaired sensory functions (smell and taste disorder/alteration) with anthroposophical medicines and mindfulness-based olfactory training. Organ damage, e.g. in the area of the lungs, cardiovascular system and kidneys, and functional organ disorders, such as "brain fog", can be treated complementarily with anthroposophical medicines and eurythmy therapy.

 

5. Self-activity: A person's own limits must be carefully observed and can only be expanded gradually, otherwise there can often be a prolonged collapse in the person's own strength. Situations in which conscientious patients are under the impression that they are obliged to make a greater effort are also particularly risky, which is why they should be advised as a precautionary measure to check themselves, before engaging in any activity, as to whether they are ready to perform it. It is helpful with Long COVID to have a four-week interval in which the focus is on therapy and reorientation and the workload is scaled back.

 

6. Psychosomatic aspects: Initially, the focus is on actively reshaping a person's own life balance. Exercises to strengthen self-awareness (sensory exercises, mindfulness exercises) and mindful encounters with nature are helpful. Talking therapy and psychotherapy, artistic therapies and eurythmy therapy offer possibilities to effectively support the finding of the new balance in life. Anthroposophical speech therapy can provide effective support for breathing disorders. It is always important to consider the individual resources of the patient.

 

The removal of anxiety has a central role to play. To overcome the loss of trust, the alienation from our own corporeality, it is essential to promote trust in our own corporeality through external treatments. Related to organs, heart compresses with Aurum/Lavandula comp. ointment, abdominal Einreibung with Oxalis oil, kidney compresses with ginger, and foot baths with lavender should for example be considered here (31). Patients who were already prone to anxiety and depression before they developed COVID are more likely to show Long COVID symptoms. Art therapies are particularly recommended for them, such as modelling, in order to strengthen the relationship with their own corporeality.

 

7. Biographical and spiritual aspects: It is important to support the patient in developing a new perspective for the future. Small first steps can be significant in the first instance here.  It is a matter of the patient finding their own measure anew and thus transforming the experience of the illness into a growth crisis of their own personality. This enables the patient to find their way out of the feeling of being a victim of the disease. Here it is essential to replace notions of achievement adopted from outside (from others) with more individualized goals. Spiritual and religious aspects can be of significance depending on the individual relationship with them.

 

Less

Pharmaceuticals and nursing measures

1. Support of the warmth organisation – medicines for general weakness, fatigue

Anthroposophical mistletoe treatment is not only used in oncology but also offers a very effective way of stimulating the warmth organisation and vitality in non-oncological clinical patients, thus strengthening the patient's self-regulation. Suitable mistletoe host trees are

 

hawthorn (Crataegus) especially in weakness of the cardiovascular system,

lime mistletoe (Tiliae) for intensive warming, especially in weakness in the lung area and the immune system,

maple mistletoe (Aceris) to vitalise the metabolic system,

birch mistletoe (Betulae) for depressively tinged exhaustion and to vitalise the kidney/adrenal system,

pine mistletoe (Pini) in disorders of the nervous and sensory system (33) . 

Preparations that can be considered for this are:

 

ABNOBA Viscum Crataegi, Aceris, Betulae, Pini: 0.02mg 2 x/wk, after 8 amp., followed by 0.2mg s.c. 2 x/wk

HELIXOR P Series Pack 1: 1 amp. 2 x/wk, repeat if required

ISCADOR P Series O: 1 amp. 2 x/wk, followed by Series Pack 1

ISCUCIN Crataegi, Tiliae, Pini Potency Series I WALA: 1 amp. s.c. 2 x/wk Potency Series I, repeat if required 

This treatment can be supplemented with potentised gold and meteoric iron (Ferrum sidereum), especially in cases of anxiety and depression

 

Aurum D 10/Ferrum sidereum D 10 amp. WELEDA: 1 – 3 x/wk s.c. or

Aurum D12 trit. WELEDA: 1 saltsp. 1 – 2 x/d

Ferrum sidereum D 20 tab. WELEDA: I tab. 1 – 2 x/d 

Fatigue in the context of chronic persistent inflammatory processes / post-viral syndrome

 

Ferrum hydroxydatum 5% trituration WELEDA: 1 – 2 saltsp. 3 x/d, on failure

Ferrum hydroxydatum 50% trituration, Apotheke an der WELEDA: 1 x ¼ - ½ level teaspoon in the morning. 

For conspicuous feelings of cold, circulatory insufficiency – quickly invigorating and warming effect

 

Camphora D 1 WELEDA: 5 – 10 gtt in water 1 – 3 x/d

Camphora D 3 amp. WALA: 1 amp. s.c. 3 x/wk – 1 x/d.

 

2. Respiration

In case of a protracted course of COVID-19 pneumonia and weakness

 

Bryonia/Stannum amp. WALA: 1 amp. s.c./d (upper abdomen or between the shoulder blades)

For cough, loss of appetite, persistent inflammatory processes in the lung tissue, exhaustion

 

Roseneisen/Graphit pillules/amp. WALA: 1 amp. s.c. 3 x/wk/ 10 – 15 pillules 2 - 3 x daily.

For cough, loss of appetite, persistent inflammatory processes in the lung tissue, exhaustion

 

Verbascum comp. WELEDA: 3 x 20 gtt.

For persistent signs of inflammation, mucus and tissue remodelling, also in the case of disorders of lung perfusion, s/p pulmonary emoblism

 

Pulmo/Mercurius Amp. WALA : 1 amp. s.c. 3 x/wk.

 

3.  Cardiovascular system

For exhaustion, circulatory and blood pressure regulation disorders, tachyarrhythmias, possibly also sleep rhythm disorders

 

Cardiodoron® Tr. WELEDA: 10 – 25 gtt 2 – 3 x/d. 

For myocardial involvement, in elderly patients with a tendency to arterial hypertension, mild heart failure in myocardial relaxation disorder, in cardiac arrhythmias

 

Cardiodoron®/Aurum comp. WELEDA: 10 – 15 gtt 3 x/d.

Supplementary for myocarditis

 

Cor/Aurum II Amp. WALA: 1 amp. s.c. 1 x/d – 2 x/wk.

For exhaustion, chronic persistent pain, post-viral burn-out syndrome

 

Crataegus/Ferrum sidereum/Saccharum tostum Amp. WELEDA: 1 amp. s.c. 3 x/wk.

For arterial hypotension, dizziness, tendency to faint, feeling of weakness and coldness

 

Skorodit Kreislauf Globuli WALA: 10 pillules 2 – 3 x/d

Skorodit Kreislauf Inject Amp. WALA: 1 amp. s.c. 3 x/wk – daily

For s/p thrombotic events, weakened circulation in the venous area and general weakness, also in young patients

 

Kalium aceticum comp. D6 Amp., Verreibung WELEDA: 1 amp. s.c. 1 x/d or 1 saltsp. 3 x/d.

 

4. Gastrointestinal system

For appetite disorders, nausea, indigestion

 

Absinthium D1/Resina laricis D3 Dil. WELEDA: 10 gtt 3 x/d before meals, also counteracts a tendency to infection.

alternatively

 

Bitter Elixier WALA: 1 teaspoon to tablespoon 3 x/d (alcohol-free).

 

5. Musculoskeletal system

For myalgias, muscle weakness

 

Magnesium phosphoricum acidum D6 WELEDA: 50 gtt 1 x/d Take dissolved in water throughout the day

Plantago Primula cum Hyoscyamo Amp. WELEDA: 1 amp. s.c. 2 – 3 x weekly or 1 amp. per os daily

Primula Muskelnähröl WALA: apply locally

 

6. Sensory and nervous system

For loss of smell, disorders of the sense of smell

 

Bulbus olfactorius D5 Amp. WALA: 1 amp. s.c. 3 – 7 x/wk. or per os

Jaspis D6 – D12 Verreibung , z. B. Apotheke an der Weleda: 1 x 1 saltsp. Daily 

For loss of taste

 

Topas D15 Amp. WALA, D12: (extemporaneous production) 1 amp. s.c. 3 x/wk or 10 gtt/pillules/1 saltsp trituration 1 x/d

For headache, weakness, possibly iron deficiency

 

Ferrum/Quarz Kapseln WELEDA: 1 – 3 x/d, if required supplemented by

Ferrum sidereum comp. Amp. WELEDA oder Ferrum/Sulfur comp. WALA: 1 x/d - 2 x/wk s.c. in the neck area

For "brain-fog", cognitive weakness and disorders (retentiveness, ability to concentrate)

 

Scleron® Tbl. WELEDA: 1 tab 1 – 2 x /d

Helleborus niger D12 Amp. WALA, HELIXOR : 1 amp. 1 – 3 x/wk.

 

7. Sleep disorders

For difficulties falling asleep and staying asleep

 

Valeriana comp. Glob. WALA: 7 – 15 pillules 1 x/d in the evening  

alternatively

 

Calmedoron® Tr. WELEDA : 15 – 20 gtt 1 x/d in the evening

 

8. For vital weakness, depression and emotional irritability

Aurum/Apis regina comp. Amp., Glob. WALA: 1 amp. s.c. 1 x/d – 2 x/wk; 10 – 15 pillules 3 x/d

complementary or alternatively for depressively tinged exhaustion and weakness

 

Aqua Maris D3/Prunus spinosa D5 Amp. WELEDA: 1 amp. s.c. 3 x/wk  

can be supplemented with

 

Levico D1 Tropfen, WELEDA : daily. Gradually increase from initial dose (5 gtt) to target dose (20 gtt daily) and continue as long as needed.

Composition of the German medicinal products mentioned: Verbascum comp.: Cetraria islandica, ethanol. Decoctum Ø, Achillea millefolium, Flos, ethanol. Infusum Ø, Pimpinella anisum, ethanol. Decoctum Ø, Verbascum densiflorum, Fructus immat. Dil. D2. Cardiodoron: Ethanol. Digestio (1:3,1) from Onopordum acanthium, Flos rec., produced with 1% Hyoscyamus niger, Herba rec. Ø, ethanol. Digestio (1:3,1) from Primula veris, Flos rec., produced with 1% Hyoscyamus niger, Herba rec. Ø. Skorodit Kreislauf Glob./Inj.: Camphora Dil. D3 aquos., Hypophysis bovis Gl Dil. D7, Prunus spinosa e floribus et summitatibus ferm 33d Dil. D5, Skorodit Dil. D5, Veratrum album e radice ferm 33c Dil. D3. Bitter Elixier WALA: Gentian roots (Gentianae luteae radix), Wormwood herb (Artemisiae absinthii herba), ginger roots (Zingiberis rhizoma), calamus roots (Acori calami rhizoma), black pepper fruit (Piperis nigri fructus), sugar. Ferrum sidereum comp.: Ferrum sidereum Dil. D8, Quarz Dil. D20, Sulfur Dil. D6. Scleron: Plumbum mellitum Trit. D12 (Plumbum mellitum base substance: produced from plumb, honey and cane sugar). Calmedoron Tr.: Avena sativa Ø, Coffea tosta, ethanol. Decoctum Dil. D60, Humulus lupulus Ø, Passiflora incarnata, Valeriana, ethanol. Decoctum Ø .

 

 

Nursing measures, external treatments

Principle 1. Strengthening the warmth organisation

 

Heat treatments have a primary role as they promote the harmonising intervention of the warmth organisation, especially in patients with a fibrosing course, exhaustion with a feeling of cold.

 

Warm footbaths (34) 1 x/d in the morning

- with oak bark, have a fortifying and structuring effect

- chestnut foot bath especially for venous circulation disorders, feeling of heaviness in the legs, muscle pain

- with rosemary tea or bath milk have a vitalising effect

Kidney compresses with ginger powder, also have a harmonising effect on breathing, 1 x/d for 5 consecutive days, then 1 – 3 x/wk.

For instructions, see https://www.pflege-vademecum.de/ingwer.php?locale=en 

Kidney Einreibung with Red Copper ointment (Kupfer Salbe rot) WALA for patients who are anxious, little weakened in vitality but have little emotional access to their condition.

Beeswax packs on individual hypothermic, cold-sensitive areas of the body.

The pentagram Einreibung in anthroposophical nursing supports reorientation for the vital body out of the warmth organisation.

Whole-body hyperthermia under inpatient conditions.

Oil dispersion baths , for instructions, see https://www.pflege-vademecum.de/odb-grl-oel.php?locale=en .

Principle 2. Harmonization of the breathing

 

Yarrow lung compress for residual lung damage 1x/d for 5 consecutive days, then 1-3 x /wk, for instructions, see https://www.pflege-vademecum.de/sg-luw.php?locale=en

Upper abdominal compress (diaphragm compress) with rosemary-copper oil 1 x/d for 5 consecutive days, then 1-3 x/wk: deepens and slows the breathing, improves diaphragm mobility, relieves cramps, also in fibrosing changes of the lungs. For instructions, see https://www.pflege-vademecum.de/rosm-ku-zfw.php?locale=en 

Principle 3. Fluid and circulation

 

Yarrow liver compress for weak vitality, to initiate treatment (if necessary Millefolium 10% ointment WELEDA CH) 1 x/d for 5 consecutive days, then 1-3 x/wk. Ffor instructions, see https://www.pflege-vademecum.de/schafgarben_leberwickel.php?locale=en 

Rosemary-copper diaphragm compress, 1 x/d for 5 consecutive days, then 1-3 x/wk. For instructions, see https://www.pflege-vademecum.de/rosm-ku-zfw.php?locale=en

Principle 4. Regeneration of tissue disorders

 

Thorax Einreibung with rock salt + 3 gtt rosemary oil for fibrosing lung changes 1 x/d for 5 consecutive days, then 1-3 x/wk

To stimulate the metabolism in general: yarrow liver compress, 1 x/d for 5 consecutive days, then 1-3 x/wk., for instructions, see https://www.pflege-vademecum.de/schafgarben_leberwickel.php?locale=en

Principle 7. Psychosomatic complaints / pain

 

To support embodiment in general: rosemary-copper diaphragm compress; 1 x/d for 5 consecutive days, then 1-3 x/wk., for instructions, see https://www.pflege-vademecum.de/rosm-ku-zfw.php?locale=en

For post-traumatic symptoms: pentagram Einreibung with Aurum/Lavandula comp. ointment WELEDA for three consecutive days, for instructions, see https://www.pflege-vademecum.de/aurum_lavandula_salbe.php?locale=en

Invigorating rhythmising effect: alternately rosemary footbath 1 x/d in the morning and lavender footbath 1 x/d in the evening.

Head: spray Formica D1 WELEDA as a spray 1:5 or Arnica tincture 1:10 on the head, 2 – 3 sprays every 2 hours until improvement occurs. Application is also possible as a head cover.

Chest: Back Einreibung with Solum oil WALA to open the rearward space. 

Heart: Heart lobe or organ Einreibung with Aurum/Lavandula comp. cream WELEDA for impairment of mental functions, "brain fog", for functional heart complaints, anxiety.

Abdomen: Oxalis upper abdomen compress/Einreibung after traumatic experiences;

see also https://www.pflege-vademecum.de/oxalissalbe.php?locale=en . 

Muscle/joint pain: Einreibung with Aconite Schmerzöl (Nerve Oil) WALA.

Feeling of exhaustion: oil dispersion baths with prunus, rosemary.

Less

Body and Movement Therapies, Art and Talking Therapies 

Body therapy

Rhythmical massage therapy with Oxalis 10% oil WALA for anxiety (35),

Betula/Arnica oil WALA for pain and cramps,

Rosemary oil for exhaustion.

 

Movement therapies

Endurance training (walking, Nordic walking or jogging) 3 x/wk, preferably in nature. The intensity and duration should be adapted to the given situation.

Spacial Dynamics can be used especially for neurological movement disorders.

Eurythmy Therapy is presented here in greater detail as an example.

It is a holistic, self-activating, movement-oriented mind-body therapy (MMBT) within Anthroposophical Medicine that uses movement exercises with arms, legs and the whole body (36) to harmonise dysfunctional functional, vital-emotional and intentional processes in the human organism (37) comparable to Traditional Chinese Medicine TCM (38). Eurythmy therapists usually work in an individual setting with their patients and give exercises that can be done at home. The therapy development focuses on the individual person and is based on exercises attributed to certain symptom circles. The connection with the organs, heart, lungs, liver and kidneys is always taken into consideration because of the long-lasting impairment of the essential organ functions after a COVID disease (39).

 

Short case history: In November 2020, a 23-year-old athletic male developed COVID-19 symptoms, tested positive and immediately went into quarantine. Symptoms included fever, dry cough, rhinorrhoea, myalgia, headache, sore throat, dyspnoea, asthenia, fatigue and general body tension. The fever lasted only 3 days, dry cough, rhinorrhoea, myalgia, asthenia and headache 14 days. He did not suffer from any underlying diseases, which favoured a mild course in COVID-19. Besides paracodeine drops, paracetamol (one time), honey sage throat pain tablets, fennel and chamomile tea and a balanced healthy diet, the patient helped himself with some of the Eurythmy Therapy exercises he had learnt since July 2020: 7-fold rod exercise (40), waterfall rod exercise (41), 12-fold rod exercise (42) and lemniscates with the copper ball (43) performed in front of the torso. After the fever had gone down, he practised daily at least once and additionally as needed. The patient described the lemniscate movement with the copper ball as overall calming and relaxing, resulting in improvement of cough, headache and fatigue. He attributed the improvement in chest pain, dyspnoea and fatigue to the fact that the whole body was stretched and vitalised by the 7- and 12-part rod exercises. Beyond the acute condition, dyspnoea, fatigue and occasional concentration problems and headaches persisted until May 2021. The patient self-actively put together an exercise programme and practiced it in situations of need. Self-help exercise (SHE) can improve the emotional distress of COVID-19 circumstances (44) and symptoms of fatigue (45). The patient's information suggests the self-active nature and positive effect of eurythmy therapy for post-COVID-19 symptoms.

 

The following exercises (46) have already proven their worth in the treatment of long-lasting symptoms after an illness with COVID-19. The differentiated information on the exercises can be found in Rudolf Steiner's (47) and Margarete Kirchner-Bockholt's (48) basic works.

 

Table of symptoms and exercises (PDF)

 

Art Therapies, Talking Therapy

Music and singing therapy as well as painting therapy support the therapeutic principles 6 and 7.

 

Breathing, singing, and speech exercises are especially recommended for patients with fibrosing courses.

 

Talking therapy, biography work, meditation exercises are indicated in cases of emotional and spiritual affliction.

 

Complex rehabilitation cures may be worth recommending — e.g. at the Casa di Salute Raphael in Roncegno.

 

 

Prevention

Due to the compromised immune balance and weakened organ functions, a relapse, recurrence or new disease is possible in post and Long COVID patients. Hence prevention is important.

In the acute phase of COVID-19, the regulated course of the fever should be positively accompanied and supported (49).

From the first day of the acute phase of the illness, it is advisable to put aside daily obligations and set up media-free time and space for recovery.  If there are clear symptoms of the disease, this period should comprise four weeks.

 

Lifestyle

 

Exercise in nature (50, 51), healthy nutrition with sufficient food breaks, regeneration times, sleep, media hygiene should be maintained and practised. Systemically, attention should also be paid to exhausting resources in the family and, as relevant, professional environment and preventing this from happening.

 

Vaccinations   

 

Data to date show no significant worsening of Long COVID symptoms after administration of mRNA or adenovirus vector vaccines (52).

In individual cases, vaccination can even have a slightly positive effect on the improvement of symptoms (own observations). The risk factors and immunological parameters (incl. signs of immunosuppression, autoimmune tendency, inflammatory parameters, proinflammatory factors, SARS-Cov-2 IgM/IgG antibodies) should be considered individually in the vaccination decision (53).

Having had the disease is very likely to ensure – possibly lifelong – natural immunity against further severe courses of the disease (54).

 

 

 

Acknowledgements: We would like to thank the members of the Anthroposophic Medicine Forum (GAÄD) for their suggestions and sharing their experiences.

 

Conflict of interest statement: The authors declare no conflicts of interest.

 

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