Fazendo sentido. SvH

Fazendo sentido. Sonia von Homrich. 21Jan21 


Sempre em todas as circunstâncias podemos transformar o mal em bem.

Profundamente, temos a capacidade de descobrir o que fazer dentro das circunstâncias nas quais vivemos e dar sentido à elas, dentro do que consideramos o nosso desenvolvimento interior, um desenvolvimento que almeja ascender, espiritualizando, cristianizando, no sentido dado por Rudolf Steiner, dentro de sua metodologia de pesquisa.

Sim, metodologias de pesquisa diferem.

Uso aqui o exemplo extremo do Victor Frankl com as terríveis vivências do holocausto, vivendo em campo de concentração, sofrendo os horrores do nacional-socialismo,  criando sua forma de ver que o mundo tem sentido, tem significado. Pessoas muito ligadas a esta ou aquela corrente religiosa acham que tudo se resume a sofrimento e a "aguentar" firme. Ora, o sofrimento sim, faz parte, mas não é a única variável. Existem muitas outras que - nos impulsionam e ajudam-nos a focar em nossos ideais de vida, nossos princípios, nossa moralidade, o desenvolvimento de nosso caráter que aviso, pode sim ser desenvolvido dentro da metodologia de pesquisa de RS acima citado. Claro que quem não evolui, in-volui. Simplesmente porque é tudo muito dinâmico. Ninguém fica parado, estacionado em algum lugar de seu desenvolvimento e seu desenvolvimento depende dele mesmo, de seu esforço pessoal e,  não é imposto de fora para dentro - nem segue pré-determinações. O fato de existir pouca compreensão real sobre o carma, faz com que muitas fantasias sejam cultivadas por diferentes correntes, e assim raciocínios materialistas são desenvolvidos ao tentar compreender e no fim se  perdem... simplesmente porque o caminho espiritual é sempre difícil - não basta ser bom e correto, a preparação é contínua, constante e nunca é finda.

Nós todos, como humanidade estamos na curva ascendente do U, estamos com a nossa humanidade individual,  espiritualizando nosso intelecto e,  só mesmo utilizando plenamente nossa humanidade é que podemos ascender. (Isto desde os Grandes Descobrimentos pois estamos na Quinta Era pós-Atlântida desenvolvendo nossa consciência espiritual, com nossos corpos:  físico, etérico, astral-Ego e espiritual-EU). Alguns ainda estão no pré-primário, outros estão no pós-doutorado, claro, cada individualidade de desenvolve de maneira diversa.

Precisamos pesquisar qual o sentido  que nestas “legalizações da ilegalidade”, em prisões, em eleições... Temos visto muitas decisões injustas e percebemos como as nossas democracias não nos protegem do erro, da distorção, da corrupção engendrada de maneira a usar as mesmas fragilidades das nossas democracias para se impor, como a imposição da tirania da tecnocracia que agora vivenciamos.

Tudo faz sentido - um que eu vejo é criarmos fortes condições de nossas nações não in-voluírem (retrocederem) adotando políticas perversas que aumentem a corrupção - o que é claro inexiste nos resultados que acompanhamos internacionalmente e nacionalmente - como um país outrora modelo de democracia não soube criar formas de proteção da sua própria liberdade, da democracia e da soberania, não soube estar à frente de seu tempo protegendo-se das corrupções - então mãos à obra, temos muito que inovar, muito a criar, muito a fazer para evitar que instituições destruam nossas liberdades.

Dezenas de anos atrás conversando na Alemanha pessoalmente com o já falecido Sergej O.Prokofieff o neto do compositor russo em Bad Boll,  conversamos sobre o que Rudolf Steiner comentou com Andrei Belyi. Tudo que RS disse aconteceria na Rússia, teria que acontecer no Brasil, caso a Rússia perdesse as condições para tal. Ao ver do Sergej após 70 anos de destruição da força de vontade do ser humano, as pessoas perderam a capacidade de se esforçar devido ao socialismo – exemplo claro destas artimanhas hoje é a tecnocracia decidindo unilateralmente o que devemos pensar.  Sem um pensar livre, não desenvolvemos um sentir livre, um amor universal ou uma vontade livre e moral.  É só ver o que acontece com pessoas dominadas pelo vício - pode ser um ameno, cigarro ou bebidas... a vontade não é livre, os sentimentos são dominados pelas emoções, o pensar não livre passa a ser dominado por outras forças que não a do indivíduo, ele mesmo. 

Mas como desenvolver nosso Eu a partir do Eu? Como ascender em termos de Spirit-Self, Life-Spirit, Spirit-Human-Beings - Self Espiritual, Vida Espiritual, Ser-Humano Espiritual voltado a altos ideais pessoais? Qualo fundamento espiritual da moralidade? Como nossa moralidade evolui no amor universal, sem pieguices, sem destruições da própria individualidade-ética?

Daquelas conversas que tivemos, Sergej e eu,  dezenas de anos atrás, Sergej investigou e publicou num livro confirmando que essa possibilidade poderia acontecer no Brasil, desde que ao ver do Sergej, não nos perdêssemos no jesuitismo latino-americano.  Agora aqui... só lendo o livro dele para compreender estas idéias - mas ao ler ficou claro que ele desconhecia que no Brasil os jesuítas desenvolveram uma abordagem diversa da que desenvolveram na América Latina - daí eu dizer que o Brasil está na América do Sul, mesmo porque falamos português!

Tendo em vista todos os imensos desafios a que estamos sujeitos como humanidade, creio que teremos sim que nos esforçar muito para criar estas condições aqui, no Brasil.

Pois isto não surge sem a nossa participação ativa.

Algo que é cristalino para mim é que tudo que é feito visando o coletivismo, destrói a individualidade que sempre deve ser soberana – é a soberania das individualidades que forma a soberania das nações.

Nestes processos nos quais estamos inseridos por vivências mil, percebemos que a propria tecnocracia,  quer nos impor a destruição da soberania da individualidade e das nações, impondo um pensar centralizado único – o filme Metropolis do Fritz Lang é excelente exemplo profético.

Claro que neste processo todo existem pessoas que se afastam do mundo querendo permanecer apáticas e outras se jogam no mundo, nele se perdendo, nele perdendo a sua individualidade.

Todos nós, neste momento de grandes desafios que vivemos – com situações semelhantes em vários países, com vivências similares da destruição das liberdades individuais, da destruição da liberdade de expressão, da tirania mais que explícita de todos os partidos que compõe a esquerda, desde os social-democratas até os socialistas extremistas, todos nós temos que enxergar o sentido disto tudo e descobrir como inovar, e criativamente fazer o futuro acontecer a partir do presente.

Repito, colocando sempre sentido em cada vivência atual. Com sabedoria. A sabedoria que nasce de nossa capacidade de cometer muito, muitos erros.

SvH

São Paulo, 21 Jan 21

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