Missão, Caráter, Essência, Grail Triptych /Tryptychon Graal, Sonia von Homrich

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13 maio 2024

Bioquímica Ciência Espiritual. Otto Wolff

 

Fundamentos da bioquímica à Luz da Ciência Espiritual

Autor: Otto Wolff

Tradutores: Arie van Ameringen e Judith Erb

As Edições Perceval

Les Éditions Perceval

https://www.editionsperceval-ca.com/ 

Tradução para português e notas: Sonia von Homrich

In English Language, below:

 

'Este livro oferece uma refrescante e diferente perspectiva! Em contraste ao método atomístico convencional "de baixo para cima" , o ponto de partida do autor é uma abordagem holística do "espírito para a matéria" fundamentada no entendimento antroposófico da substância. Longe de perder o contato com a realidade, o leitor familiarizado com os princípios básicos da antroposofia será recompensado com a sensação de que ele também pode participar da 'experiência interior' da química da vida ''

 

A tradução em inglês dos fundamentos da bioquímica de Otto Wolff foi apresentada pela primeira vez aos participantes da reunião anual da Seção de Ciências Naturais em Ann Arbor em maio de 2023. Os tradutores, Arie Van Ameringen e Judith Erb tiveram a oportunidade de compartilhar o processo e os frutos de sua longa colaboração, a saber, uma edição impressa de alta qualidade deste tão esperado livro. Otto Wolff (1921-2003), o editor dos clássicos volumes da “Abordagem Antroposófica da Medicina”, (conhecida também como Medicina Antroposófica) , foi um médico pioneiro, pesquisador, escritor prolífico e educador que viajou extensivamente e ensinou os princípios da medicina antroposófica não apenas para gerações de médicos na Europa, mas também nas Américas e África.

(Ele esteve no Brasil dando palestras)

Um curso em bioquímica é pré-requisito no estudo de ciências biológicas e medicina o que juntamente com a biofísica, anatomia, fisiologia e biologia celular, constituem o currículo central dos estudos pré-clínicos. Os estudantes suficientemente acordados que embarcam em um estudo da bioquímica sentir-se-ão desanimados quando descobrirem que a abordagem convencional da 'química da vida' não é diferente da adotada no estudo da química inorgânica ou orgânica. Várias substâncias e vias metabólicas são exploradas em grande profundidade; todavia, as pessoas experimentam abstratamente, de uma perspectiva unidimensional e "externa".

Este livro oferece uma perspectiva diferente e refrescante! Em contraste com o método atomístico "de baixo para cima" convencional, o ponto de partida do autor é uma abordagem holística de "espírito de matéria" fundamentada no entendimento antroposófico da substância. Longe de perder o contato com a realidade, um leitor familiarizado com os princípios básicos da antroposofia será recompensado com a sensação de que ela também pode participar da "experiência interior" da química da vida.

No lugar de uma listagem proverbial de elementos químicos, aminoácidos, açúcares e gorduras, como é o caso dos textos convencionais, o autor oferece uma descrição lúcida da vida em si, sua origem cósmica e a natureza das substâncias que servem para seu apoio. Em suas próprias palavras:

"... a maneira de pensar atual [...] assume a primazia da matéria e tenta, de acordo com isto, explicar as propriedades da substância, de plantas vivas a seres humanos, a partir do “arranjo " atômico. [...] No entanto, o ponto de partida não é a matéria, mas a vida. É um fato que a vida nunca pode surgir da matéria morta, mas vem da luz, das forças precedentes e superordenadas.” (p. 375)

Nos capítulos introdutórios, os princípios básicos da bioquímica espiritual-científica são discutidos com os títulos que variam em  Vida, Substância, Matéria e Água para Ácidos e Bases na Formação de Sal. É um fato notável que dos 92 elementos químicos que ocorrem naturalmente no sistema periódico, hidrogênio, oxigênio, carbono e nitrogênio constituem a grande maioria das substâncias que servem como "vasos da vida".

Eles são descritos ontologicamente a partir da perspectiva do desenvolvimento evolucionário da Terra, bem como em seu estado atual como mediadores das forças cósmicas e terrenas. O carbono, em particular, se destaca como o transportador de estrutura e forma de praticamente todas as substâncias orgânicas. Sua importância é enfatizada pelo fato de que a química orgânica é geralmente conhecida como “química do carbono”. Somente o carbono pode se unir, absorver e reter esta forma e o poder vivo da luz, que pode então ser encontrado em sua estrutura.  (p. 56)

As ciências da vida contemporânea foram reduzidas à biologia celular e molecular e a tendência prevalece para ver todos os processos da doença como uma espécie de mutação genética e/ou um defeito metabólico químico. É convicção do autor que, ao reduzir os fenômenos da vida a genes e substâncias químicas, a pessoa é impedida de compreender as forças e qualidades "que residem acima do mundo morto".  Por exemplo, a origem da palavra "substância" (do Latim sub-stare) aponta para o que está abaixo e é apenas um vaso para aquilo que a dota com suas características essenciais, as imponderáveis, seja na dimensão da vida, da alma, ou do espírito.  Este último pode não ser quimicamente detectável, porém pode ser percebido por um observador astuto e educado no método “Goetheano” e que, como o autor, aprendeu a "ler o Livro da Natureza". A metodologia usada pelo autor é explicada em detalhes consideráveis na seção final do livro. Pode ser útil para aqueles que estão menos familiarizados com essa abordagem, consultar este capítulo antes de se aprofundar investigação na parte do meio do livro, onde substâncias e processos metabólicos são elaborados em grandes detalhes.

Açúcares, proteínas, lipídios e minerais são sistematicamente elaborados em termos de estrutura, síntese e degradação nos principais capítulos do livro. Em vez de serem meros "blocos de construção" que podem ser analisados até sua estrutura química e atômica, esses portadores de vida, alma e espírito se tornam fios na tapeçaria da criação. A declaração de Francesco Redi (1626-1698) de que “a vida vem apenas da vida”, atribuída ao misticismo medieval pela biologia convencional, é totalmente confirmada nas imagens vivas narradas com maestria pelo autor.

Por exemplo, na seção de Carboidratos, o autor descreve como, no processo de fotossíntese, as plantas assimilam a luz, o calor e o CO2 morto, transformando-os em açúcares e amidos e moldam-nos em elementos estruturais vegetais, folhas, frutas e sementes. Estes, por sua vez, servem como nutrientes e fontes de "energia", isto é, de calor e luz internos em animais e humanos. Neste sentido, a glicose não pode realmente ser chamada de nutriente, mas pertence a uma categoria própria, de si mesma.  É um fato notável que dos muitos tipos diferentes de açúcares de 6 carbonos (hexoses), a vida animal e humana tem uma preferência específica pela D-glicose. Embora pareça paradoxal que a mesma substância apoie duas fisiologias muito diferentes, a saber, animal e humana, isso pode ser explicado com base na qual o nível de glicose intimamente controlado no sangue humano cumpre o papel adicional de ser o transportador da organização do EU (ego-organização).  Esta última é a característica explicitamente humana que nos dota com “estar ereto, pensamento e memória”. Aqui, de acordo com o autor, somos confrontados com um profundo mistério através do qual os seis Elohim ou Espíritos de Forma, os criadores primordiais da Terra e que dotaram, concederam o Eu-Humano expressar sua atividade através da luz e calor liberados na "combustão" metabólica de glicose. É instrutivo ver como uma molécula de carbono de seis carbonos pode servir como transportadora de forças para plantas, animais e forças formativas humanas.

Métodos analíticos, como a espectrometria de absorção, permitem não apenas a identificação da composição química das substâncias, mas também a diferenciação entre a tridimensional estrutura de quimicamente idênticas moléculas.  Desatentos da existência do corpo astral e da organização do EU (ego), a bioquímica convencional é forçada aqui a simplesmente aceitar os fatos sem mais explicações.

Outro exemplo de uma "substância universal" que faz a mediação das atividades do etérico, do astral e o atividades-do-Eu é o colesterol. É encontrado em praticamente todas as membranas celulares, apontando para a importância dessa substância para a edificação ou função anabólica do corpo etérico, que, sem o direcionamento e o efeito formativo do corpo astral, resultaria na deposição de um tecido meramente semelhante ao de uma planta.

O portador destes efeitos anabólicos são hormônios esteroides, como testosterona, estrogênio, progestina e corticosteroide, que, de fato, são produtos de degradação do metabolismo do colesterol que ocorrem no córtex adrenal e gônadas. Outros derivados bem conhecidos do colesterol são a vitamina D3 (uma forma natural de vitamina D produzida pela luz solar na pele humana) e sais biliares. A vitamina D3 é um fator essencial na mineralização do esqueleto, a função da organização-do-Eu que nos dá a qualidade de estarmos eretos e o apoio. Os sais biliares, por outro lado, assistem o Eu em sua atividade digestiva de dieta de gorduras.

No penúltimo capítulo “A Tabela Periódica de Elementos”, o autor compartilha seus profundos insights sobre a natureza dos elementos químicos, seu lugar no stratum da Terra, como refletido no sistema periódico e sua relação com a química da vida. “Finalmente, a peculiaridade do ser humano como um ser espiritual consiste no fato de que ele pode realmente se conectar com a Terra pela vida, ou seja, a vida de significância da substância, especialmente o carbono. Neste aspecto, o ser humano ganha uma possibilidade que não é dada a seres espirituais superiores.  A mencionada universalidade do carbono possibilita não apenas a variedade infinita de vida, mas também a transformação da vida biológica na vida espiritual. Uma imagem deste desenvolvimento pode ser o diamante. Por uma compressão extraordinária e a dureza resultante, absorveu intensivamente forças terrestres, mas levou-as à pureza, clareza e permeabilidade à luz.  Assim, desde os tempos antigos, o diamante tem sido o símbolo do objetivo do desenvolvimento mais nobre da humanidade. No final da Idade Média, era objetivo dos Alquimistas Rosacruz alcançar a sabedoria através do conhecimento espiritual da matéria. Então, eles viram no carbono ou no diamante a pedra filosofal como uma imagem para este aspirado desenvolvimento.” (p. 378)

Há pouca dúvida de que o parágrafo acima resume o próprio caminho Rosacruz moderno do autor para o conhecimento. Com este livro, Otto Wolff teve sucesso em transformar o campo abrangente da bioquímica de tal maneira que inspirará todos os leitores que almejam um profundo entendimento (compreensão) dos processos vivos na natureza.

Os tradutores e editores devem ser parabenizados por disponibilizar este texto habilmente traduzido e eminentemente legível.

Branko Furst, Médico

 

 

Fundamentals of Biochemistry in the Light of Spiritual Science

Author: Otto Wolff

Translators: Arie van Ameringen and Judith Erb

Les Éditions Perceval

https://www.editionsperceval-ca.com/

 

The English translation of Otto Wolff’s Fundamentals of Biochemistry was first presented to the participants of the annual Natural Science Section meeting in Ann Arbor in May 2023. The translators, Arie van Ameringen and Judith Erb were given the opportunity to share the process and the fruits of their long-distance collaboration, namely, a high-quality print edition of this long-awaited book. Otto Wolff (1921-2003), the editor of the classic Anthroposophic Approach to Medicine was a pioneering physician, researcher, prolific writer, and educator who travelled extensively and taught the principles of anthroposophic medicine not only to generations of physicians in Europe but also in the Americas as well as in Africa. 

A course in biochemistry is a prerequisite in the study of biological sciences and medicine which, together with biophysics, anatomy, physiology, and cell biology constitute the core curriculum of pre-clinical studies. Sufficiently awake students embarking on a study of biochemistry will be disheartened when they discover that the conventional approach to the ‘chemistry of life’ is no different from that adopted in the study of inorganic or organic chemistry. Various substances and metabolic pathways are explored in great depth; however, one experiences them abstractly, from a single-dimensional, ‘external’ perspective.

This book offers a refreshingly different perspective! In contrast to the conventional ‘bottom-up’ atomistic method, the author’s point of departure is a holistic, ‘spirit to matter’ approach grounded in the anthroposophical understanding of substance. Far from losing the contact with reality, a reader familiar with the basic tenets of anthroposophy will be rewarded with a feeling that she or he, too, can participate in the ‘inner experience’ of the chemistry of life.

In place of a proverbial listing of chemical elements, amino acids, sugars, and fats, as is the case in conventional texts, the author offers a lucid description of life itself, its cosmic origin and of the nature of substances that serve in its support. In his own words:

“…today’s way of thinking […] assumes the primacy of matter and tries accordingly to explain the properties of substance, from living plants to humans, from the atomic “arrangement.” […] However, the starting point is not matter, but life. It is a fact that life can never arise from dead matter, but comes from light, that is from the preceding and superordinate forces.” (p. 375)

In the introductory chapters the basic principles of spiritual-scientific biochemistry are discussed with the headings ranging from Life, Substance, Matter and Water to Acids and Bases, and Salt Formation. It is a remarkable fact that of the 92 naturally occurring chemical elements in the periodic system, hydrogen, oxygen, carbon, and nitrogen constitute the vast majority of substances which serve as ‘vessels of life.’ They are described ontologically from the perspective of the evolutionary development of the Earth as well as in their current state as mediators of cosmic and earthly forces. Carbon, in particular stands out as the carrier of structure and form of virtually all organic substances. Its importance is underscored by the fact that organic chemistry is generally known as the ‘chemistry of carbon.’ Many aspects of this remarkable element are revealed, above all, that carbon is the bearer of light and of the formative forces of the sun: “Only carbon can unite, absorb and retain this forming and living power of light, which can then be found in its structure.” (p. 56)

Contemporary life sciences have been reduced to cell- and molecular biology and the trend prevails to view every disease process as a kind of genetic mutation and/or a chemical metabolic defect. It is the author’s conviction that by reducing the phenomena of life to genes and chemical substances, one is precluded from the understanding of the forces and qualities “lying above the dead world”. For example, the origin of the word “substance” (from Latin sub-stare) points to what stands below and is only a vessel for that which endows it with its essential characteristics, the imponderables, be it from the dimension of life, soul, or spirit.  The latter may not be chemically detectable but can be perceived by an astute observer schooled in Goethean method and who, like the author, has learned to “read the book of nature.” The methodology used by the author is explained in considerable detail in the final section of the book. It may be helpful to those less familiar with this approach to consult this chapter before delving into the middle part of the book where substances and metabolic processes are elaborated in greater detail.

Sugars, proteins, lipids, and minerals are systematically elaborated in terms of structure, synthesis and degradation in the core chapters of the book. Rather than being mere ‘building blocks’ which can be analyzed down to their chemical and atomic structure, these carriers of life, soul, and spirit become threads in the tapestry of creation. The statement by Francesco Redi (1626–1698) that “life comes only from the living,” ascribed to medieval mysticism by conventional biology, is entirely confirmed in the living pictures masterfully narrated by the author.

For example, in the section on Carbohydrates the writer describes how in the process of photosynthesis, plants assimilate light, warmth and dead CO2, transform them into sugars and starches, and shape them into plant structural elements, leaves, fruits, and seeds. These, in turn, serve as nutrients and sources of “energy,” i.e., of inner warmth and light in animals and humans. In that sense glucose cannot really be called a nutrient but belongs to a category of its own. It is a remarkable fact that from many different types of 6-carbon sugars (hexoses), animal and human life has a specific preference for d-glucose. While it appears paradoxical that the same substance would support two very different physiologies, namely, animal and human, this can be explained on the basis that a closely controlled level of glucose in the human blood fulfills the additional role of being the carrier of the ego organization. The latter is an explicitly human trait which endows us with uprightness, thinking, and memory. Here, according to the author, we are faced with a deep mystery whereby the six Elohim or Spirits of Form, the primal creators of earth and bestowers of the human I, express their activity through light and warmth released in the metabolic “combustion” of glucose.  It is instructive to see how a six-carbon carbon molecule can serve as a carrier of plant, animal, as well as human formative forces.

Analytical methods, such as absorption spectrometry, enables not only identification of the chemical composition of substances but also differentiation between the three-dimensional structure of chemically identical molecules. Oblivious of the existence of the astral body and of the ego organization, conventional biochemistry is forced here to simply accept the facts without further explanation. 

Another example of a “universal substance” which mediates activities of the etheric, astral, and I activities is cholesterol. It is found in practically every cell membrane, pointing to the importance of this substance for the upbuilding or anabolic function of the etheric body, which, without the directive and formative effect of the astral body, would result in the deposition of a merely plant-like tissue. The carrier of these anabolic effects are steroid hormones, such as testosterone, estrogens, progestins, and corticosteroids, which, in fact, are degradation products of the cholesterol metabolism taking place in the adrenal cortex and gonads. Other well-know derivatives of cholesterol are Vitamin D3 (a natural form of vitamin D produced by sunlight in human skin) and bile salts. Vitamin D3 is an essential factor in the mineralization of the skeleton, a function of the I organization which gives us uprightness and support. The bile salts, on the other hand, assist the I in its digestive activity of dietary fats.

In the penultimate chapter “The Periodic Table of Elements” the author shares his profound insights into the nature of the chemical elements, their place in the strata of the earth as reflected in the periodic system, and their relation to the chemistry of life.

“Finally, the peculiarity of the human being as a spiritual being consists in the fact that he can really connect with the earth through life, that is, the life bearing substances, especially carbon. In this respect he gains a possibility which is not given to higher spiritual beings. The mentioned universality of carbon makes possible not only the infinite variety of life, but also the transformation of biological life into spiritual life. An image of this development can be the diamond. By extraordinary compression and the resulting hardness, it has absorbed intensively earth forces, but has led these to purity, clarity and permeability for the light. Therefore, since the ancient times it has been a symbol of the goal of the noblest development of humankind. Therefore, in the late Middle Ages, it was the goal of the Rosicrucian alchemists to reach wisdom through a spiritual knowledge of matter. So, they saw in the carbon or the diamond the philosopher’s stone as a picture of this aspired development.” (p. 378)

There is little doubt that the above paragraph summarizes the author’s own, modern Rosicrucian path to knowledge. With this book Otto Wolf has succeeded in transforming the encompassing field of biochemistry in a way that will inspire all readers longing for a deeper understanding of the living processes in nature. The translators and the publishers are to be congratulated for making available this expertly translated and eminently readable text.

Branko Furst, M.D.

 

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