Senhor
Presidente da Assembleia Geral, Tijjani Muhammad-Bande,
Senhor
Secretário-Geral da ONU, António Guterres,
Chefes de
Estado, de Governo e de Delegação,
Senhoras
e Senhores,
Apresento
aos senhores um novo Brasil, que ressurge depois de estar à beira do
socialismo.
Um Brasil
que está sendo reconstruído a partir dos anseios e dos ideais de seu povo.
No meu
governo, o Brasil vem trabalhando para reconquistar a confiança do mundo,
diminuindo o desemprego, a violência e o risco para os negócios, por meio da
desburocratização, da desregulamentação e, em especial, pelo exemplo.
Meu país
esteve muito próximo do socialismo, o que nos colocou numa situação de
corrupção generalizada, grave recessão econômica, altas taxas de criminalidade
e de ataques ininterruptos aos valores familiares e religiosos que formam
nossas tradições.
Em 2013,
um acordo entre o governo petista e a ditadura cubana trouxe ao Brasil 10 mil
médicos sem nenhuma comprovação profissional. Foram impedidos de trazer
cônjuges e filhos, tiveram 75% de seus salários confiscados pelo regime e foram
impedidos de usufruir de direitos fundamentais, como o de ir e vir.
Um
verdadeiro trabalho escravo, acreditem…
Respaldado
por entidades de direitos humanos do Brasil e da ONU!
Uma
vergonha!!
Antes
mesmo de eu assumir o governo, quase 90% deles deixaram o Brasil, por ação
unilateral do regime cubano. Os que decidiram ficar, se submeterão à
qualificação médica para exercer sua profissão.
Deste
modo, nosso país deixou de contribuir com a ditadura cubana, não mais enviando
para Havana 300 milhões de dólares todos os anos.
A
história nos mostra que, já nos anos 60, agentes cubanos foram enviados a
diversos países para colaborar com a implementação de ditaduras.
Há poucas
décadas tentaram mudar o regime brasileiro e de outros países da América
Latina.
Foram
derrotados!
Civis e
militares brasileiros foram mortos e outros tantos tiveram suas reputações
destruídas, mas vencemos aquela guerra e resguardamos nossa liberdade.
Na
Venezuela, esses agentes do regime cubano, levados por Hugo Chávez, também
chegaram e hoje são aproximadamente 60 mil, que controlam e interferem em todas
as áreas da sociedade local, principalmente na Inteligência e na Defesa.
A
Venezuela, outrora um país pujante e democrático, hoje experimenta a crueldade
do socialismo.
O
socialismo está dando certo na Venezuela!
Todos
estão pobres e sem liberdade!
O Brasil
também sente os impactos da ditadura venezuelana. Dos mais de 4 milhões que
fugiram do país, uma parte migrou para o Brasil, fugindo da fome e da
violência. Temos feito a nossa parte para ajudá-los, através da Operação
Acolhida, realizada pelo Exército Brasileiro e elogiada mundialmente.
Trabalhamos
com outros países, entre eles os EUA, para que a democracia seja restabelecida
na Venezuela, mas também nos empenhamos duramente para que outros países da
América do Sul não experimentem esse nefasto regime.
O Foro de
São Paulo, organização criminosa criada em 1990 por Fidel Castro, Lula e Hugo
Chávez para difundir e implementar o socialismo na América Latina, ainda
continua vivo e tem que ser combatido.
XX—XX—XX—XX
Senhoras
e Senhores,
Em busca
de prosperidade, estamos adotando políticas que nos aproximem de países outros
que se desenvolveram e consolidaram suas democracias.
Não pode
haver liberdade política sem que haja também liberdade econômica. E vice-versa.
O livre mercado, as concessões e as privatizações já se fazem presentes hoje no
Brasil.
A
economia está reagindo, ao romper os vícios e amarras de quase duas décadas de
irresponsabilidade fiscal, aparelhamento do Estado e corrupção generalizada. A
abertura, a gestão competente e os ganhos de produtividade são objetivos
imediatos do nosso governo.
Estamos
abrindo a economia e nos integrando às cadeias globais de valor. Em apenas oito
meses, concluímos os dois maiores acordos comerciais da história do país,
aqueles firmados entre o Mercosul e a União Europeia e entre o Mercosul e a
Área Europeia de Livre Comércio, o EFTA. Pretendemos seguir adiante com vários
outros acordos nos próximos meses.
Estamos
prontos também para iniciar nosso processo de adesão à Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Já estamos adiantados, adotando
as práticas mundiais mais elevadas em todo os terrenos, desde a regulação
financeira até a proteção ambiental.
XX—XX—XX—XX
Senhorita
YSANY KALAPALO, agora vamos falar de Amazônia.
Em
primeiro lugar, meu governo tem um compromisso solene com a preservação do meio
ambiente e do desenvolvimento sustentável em benefício do Brasil e do mundo.
O Brasil
é um dos países mais ricos em biodiversidade e riquezas minerais.
Nossa
Amazônia é maior que toda a Europa Ocidental e permanece praticamente intocada.
Prova de que somos um dos países que mais protegem o meio ambiente.
Nesta
época do ano, o clima seco e os ventos favorecem queimadas espontâneas e
criminosas. Vale ressaltar que existem também queimadas praticadas por índios e
populações locais, como parte de sua respectiva cultura e forma de
sobrevivência.
Problemas
qualquer país os tem. Contudo, os ataques sensacionalistas que sofremos por
grande parte da mídia internacional devido aos focos de incêndio na Amazônia
despertaram nosso sentimento patriótico.
É uma
falácia dizer que a Amazônia é patrimônio da humanidade e um equívoco, como
atestam os cientistas, afirmar que a nossa floresta é o pulmão do mundo.
Valendo-se
dessas falácias, um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da
mídia e se portou de forma desrespeitosa, com espírito colonialista.
Questionaram
aquilo que nos é mais sagrado: a nossa soberania!
Um deles
por ocasião do encontro do G7 ousou sugerir aplicar sanções ao Brasil, sem
sequer nos ouvir. Agradeço àqueles que não aceitaram levar adiante essa absurda
proposta.
Em
especial, ao Presidente Donald Trump, que bem sintetizou o espirito que deve
reinar entre os países da ONU: respeito à liberdade e à soberania de cada um de
nós.
Hoje, 14%
do território brasileiro está demarcado como terra indígena, mas é preciso
entender que nossos nativos são seres humanos, exatamente como qualquer um de
nós. Eles querem e merecem usufruir dos mesmos direitos de que todos nós.
Quero
deixar claro: o Brasil não vai aumentar para 20% sua área já demarcada como
terra indígena, como alguns chefes de Estados gostariam que acontecesse.
Existem,
no Brasil, 225 povos indígenas, além de referências de 70 tribos vivendo em
locais isolados. Cada povo ou tribo com seu cacique, sua cultura, suas
tradições, seus costumes e principalmente sua forma de ver o mundo.
A visão
de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas
vezes alguns desses líderes, como o Cacique Raoni, são usados como peça de
manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus
interesses na Amazônia.
Infelizmente,
algumas pessoas, de dentro e de fora do Brasil, apoiadas em ONGs, teimam em
tratar e manter nossos índios como verdadeiros homens das cavernas.
O Brasil
agora tem um presidente que se preocupa com aqueles que lá estavam antes da
chegada dos portugueses. O índio não quer ser latifundiário pobre em cima de
terras ricas. Especialmente das terras mais ricas do mundo. É o caso das
reservas Ianomâmi e Raposa Serra do Sol. Nessas reservas, existe grande
abundância de ouro, diamante, urânio, nióbio e terras raras, entre outros.
E esses
territórios são enormes. A reserva Ianomâmi, sozinha, conta com aproximadamente
95 mil km2, o equivalente ao tamanho de Portugal ou da Hungria, embora apenas
15 mil índios vivam nessa área.
Isso
demonstra que os que nos atacam não estão preocupados com o ser humano índio,
mas sim com as riquezas minerais e a biodiversidade existentes nessas áreas.
LER A
CARTA
A
Organização das Nações Unidas teve papel fundamental na superação do
colonialismo e não pode aceitar que essa mentalidade regresse a estas salas e
corredores, sob qualquer pretexto.
Não
podemos esquecer que o mundo necessita ser alimentado. A França e a Alemanha,
por exemplo, usam mais de 50% de seus territórios para a agricultura, já o
Brasil usa apenas 8% de terras para a produção de alimentos.
61% do
nosso território é preservado!
Nossa
política é de tolerância zero para com a criminalidade, aí incluídos os crimes
ambientais.
Quero
reafirmar minha posição de que qualquer iniciativa de ajuda ou apoio à
preservação da Floresta Amazônica, ou de outros biomas, deve ser tratada em
pleno respeito à soberania brasileira.
Também
rechaçamos as tentativas de instrumentalizar a questão ambiental ou a política
indigenista, em prol de interesses políticos e econômicos externos, em especial
os disfarçados de boas intenções.
Estamos
prontos para, em parcerias, e agregando valor, aproveitar de forma sustentável
todo nosso potencial.
XX—XX—XX—XX
O Brasil
reafirma seu compromisso intransigente com os mais altos padrões de direitos
humanos, com a defesa da democracia e da liberdade, de expressão, religiosa e
de imprensa. É um compromisso que caminha junto com o combate à corrupção e à
criminalidade, demandas urgentes da sociedade brasileira.
Seguiremos
contribuindo, dentro e fora das Nações Unidas, para a construção de um mundo
onde não haja impunidade, esconderijo ou abrigo para criminosos e corruptos.
Em meu
governo, o terrorista italiano Cesare Battisti fugiu do Brasil, foi preso na
Bolívia e extraditado para a Itália. Outros três terroristas paraguaios e um
chileno, que viviam no Brasil como refugiados políticos, também foram
devolvidos a seus países.
Terroristas
sob o disfarce de perseguidos políticos não mais encontrarão refúgio no Brasil.
Há pouco,
presidentes socialistas que me antecederam desviaram centenas de bilhões de
dólares comprando parte da mídia e do parlamento, tudo por um projeto de poder
absoluto.
Foram julgados
e punidos graças ao patriotismo, perseverança e coragem de um juiz que é
símbolo no meu país, o Dr. Sérgio Moro, nosso atual Ministro da Justiça e
Segurança Pública.
Esses
presidentes também transferiram boa parte desses recursos para outros países, com
a finalidade de promover e implementar projetos semelhantes em toda a região.
Essa fonte de recursos secou.
Esses
mesmos governantes vinham aqui todos os anos e faziam descompromissados
discursos com temas que nunca atenderam aos reais interesses do Brasil nem
contribuíram para a estabilidade mundial. Mesmo assim, eram aplaudidos.
Em meu
país, tínhamos que fazer algo a respeito dos quase 70 mil homicídios e dos
incontáveis crimes violentos que, anualmente, massacravam a população
brasileira. A vida é o mais básico dos direitos humanos. Nossos policiais
militares eram o alvo preferencial do crime. Só em 2017, cerca de 400 policiais
militares foram cruelmente assassinados. Isso está mudando.
Medidas
foram tomadas e conseguimos reduzir em mais de 20% o número de homicídios nos
seis primeiros meses de meu governo.
As
apreensões de cocaína e outras drogas atingiram níveis recorde.
Hoje o
Brasil está mais seguro e ainda mais hospitaleiro. Acabamos de estender a
isenção de vistos para países como Estados Unidos, Japão, Austrália e Canadá, e
estamos estudando adotar medidas similares para China e Índia, dentre outros.
Com mais
segurança e com essas facilidades, queremos que todos possam conhecer o Brasil,
e em especial, a nossa Amazônia, com toda sua vastidão e beleza natural.
Ela não
está sendo devastada e nem consumida pelo fogo, como diz mentirosamente a
mídia. Cada um de vocês pode comprovar o que estou falando agora.
Não
deixem de conhecer o Brasil, ele é muito diferente daquele estampado em muitos
jornais e televisões!
XX—XX—XX—XX
A
perseguição religiosa é um flagelo que devemos combater incansavelmente.
Nos
últimos anos, testemunhamos, em diferentes regiões, ataques covardes que
vitimaram fiéis congregados em igrejas, sinagogas e mesquitas.
O Brasil
condena, energicamente, todos esses atos e está pronto a colaborar, com outros
países, para a proteção daqueles que se veem oprimidos por causa de sua fé.
Preocupam
o governo brasileiro, em particular, a crescente perseguição, a discriminação e
a violência contra missionários e minorias religiosas, em diferentes regiões do
mundo.
Por isso,
apoiamos a criação do ‘Dia Internacional em Memória das Vítimas de Atos de
Violência baseados em Religião ou Crença’.
Nessa
data, recordaremos anualmente aqueles que sofrem as consequências nefastas da
perseguição religiosa.
É
inadmissível que, em pleno Século XXI, com tantos instrumentos, tratados e
organismos com a finalidade de resguardar direitos de todo tipo e de toda
sorte, ainda haja milhões de cristãos e pessoas de outras religiões que perdem
sua vida ou sua liberdade em razão de sua fé.
A devoção
do Brasil à causa da paz se comprova pelo sólido histórico de contribuições
para as missões da ONU.
Há 70
anos, o Brasil tem dado contribuição efetiva para as operações de manutenção da
paz das Nações Unidas.
Apoiamos
todos os esforços para que essas missões se tornem mais efetivas e tragam
benefícios reais e concretos para os países que as recebem.
Nas
circunstâncias mais variadas – no Haiti, no Líbano, na República Democrática do
Congo –, os contingentes brasileiros são reconhecidos pela qualidade de seu
trabalho e pelo respeito à população, aos direitos humanos e aos princípios que
norteiam as operações de manutenção de paz.
Reafirmo
nossa disposição de manter contribuição concreta às missões da ONU, inclusive
no que diz respeito ao treinamento e à capacitação de tropas, área em que temos
reconhecida experiência.
XX—XX—XX—XX
Ao longo
deste ano, estabelecemos uma ampla agenda internacional com intuito de resgatar
o papel do Brasil no cenário mundial e retomar as relações com importantes
parceiros.
Em
janeiro, estivemos em Davos, onde apresentamos nosso ambicioso programa de
reformas para investidores de todo o mundo.
Em março,
visitamos Washington onde lançamos uma parceria abrangente e ousada com o
governo dos Estados Unidos em todas as áreas, com destaque para a coordenação
política e para a cooperação econômica e militar.
Ainda em
março, estivemos no Chile, onde foi lançado o PROSUL, importante iniciativa
para garantir que a América do Sul se consolide como um espaço de democracia e
de liberdade.
Na
sequência, visitamos Israel, onde identificamos inúmeras oportunidades de
cooperação em especial na área de tecnologia e segurança. Agradeço a Israel o
apoio no combate aos recentes desastres ocorridos em meu país.
Visitamos
também um de nossos grandes parceiros no Cone Sul, a Argentina. Com o
Presidente Mauricio Macri e nossos sócios do Uruguai e do Paraguai, afastamos
do Mercosul a ideologia e conquistamos importantes vitórias comerciais, ao
concluir negociações que já se arrastavam por décadas.
Ainda
este ano, visitaremos importantes parceiros asiáticos, tanto no Extremo Oriente
quanto no Oriente Médio. Essas visitas reforçarão a amizade e o aprofundamento
das relações com Japão, China, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar.
Pretendemos seguir o mesmo caminho com todo o mundo árabe e a Ásia.
Também
estamos ansiosos para visitar nossos parceiros, e amigos, na África, na Oceania
e na Europa.
Como os
senhores podem ver, o Brasil é um país aberto ao mundo, em busca de parcerias
com todos os que tenham interesse de trabalhar pela prosperidade, pela paz e
pela liberdade.
XX—XX—XX—XX
Senhoras
e Senhores,
O Brasil
que represento é um país que está se reerguendo, revigorando parcerias e
reconquistando sua confiança política e economicamente.
Estamos
preparados para assumir as responsabilidades que nos cabem no sistema
internacional.
Durante
as últimas décadas, nos deixamos seduzir, sem perceber, por sistemas
ideológicos de pensamento que não buscavam a verdade, mas o poder absoluto.
A
ideologia se instalou no terreno da cultura, da educação e da mídia, dominando
meios de comunicação, universidades e escolas.
A
ideologia invadiu nossos lares para investir contra a célula mater de qualquer
sociedade saudável, a família.
Tentam
ainda destruir a inocência de nossas crianças, pervertendo até mesmo sua
identidade mais básica e elementar, a biológica.
O
politicamente correto passou a dominar o debate público para expulsar a
racionalidade e substituí-la pela manipulação, pela repetição de clichês e
pelas palavras de ordem.
A
ideologia invadiu a própria alma humana para dela expulsar Deus e a dignidade
com que Ele nos revestiu.
E, com
esses métodos, essa ideologia sempre deixou um rastro de morte, ignorância e
miséria por onde passou.
Sou prova
viva disso. Fui covardemente esfaqueado por um militante de esquerda e só
sobrevivi por um milagre. Mais uma vez agradeço a Deus pela minha vida.
A ONU
pode ajudar a derrotar o ambiente materialista e ideológico que compromete
alguns princípios básicos da dignidade humana. Essa organização foi criada para
promover a paz entre nações soberanas e o progresso social com liberdade,
conforme o preâmbulo de sua Carta.
Nas
questões do clima, da democracia, dos direitos humanos, da igualdade de
direitos e deveres entre homens e mulheres, e em tantas outras, tudo o que
precisamos é isto: contemplar a verdade, seguindo João 8,32:
– “E
conheceis a verdade, e a verdade vos libertará”.
Todos os
nossos instrumentos, nacionais e internacionais, devem estar direcionados, em
última instância, para esse objetivo.
Não
estamos aqui para apagar nacionalidades e soberanias em nome de um “interesse
global” abstrato.
Esta não
é a Organização do Interesse Global!
É a
Organização das Nações Unidas. E assim deve permanecer!
Com
humildade e confiante no poder libertador da verdade, estejam certos de que
poderão contar com este novo Brasil que aqui apresento aos senhores.
Agradeço
a todos pela graça e glória de Deus!
Muito
obrigado.