Missão, Caráter, Essência, Grail Triptych /Tryptychon Graal, Sonia von Homrich

https://soniavonhomrich.blogspot.com/2019/11/missao-carater-vida-sonia-von-homrich.html

01 novembro 2023

Comunidade Espiritual Nova Humanidade Piero Cammerinesi

 

Comunidade Espiritual e Nova Humanidade - Primeira Parte

Comunità Spirituali e Nuova Umanità - Prima Parte


por Piero Cammerinesi 


Tradução Sonia von Homrich, 01/11/2023


Artigo original https://www.liberopensare.com/comunita-spirituali-e-nuova-umanita-prima-parte/?utm_source=mailpoet&utm_medium=email&utm_campaign=liberopensare-com-newsletter-n-85-ottobre-2021_40


Premissa

Se quisermos sair do declínio em que caímos – um declínio amplamente previsto por Rudolf Steiner há cem anos – temos de compreender que estamos hoje num momento de transição fundamental na história da humanidade.

Em particular, este 2023 marca dois centenários fundamentais, um no início e outro no final: o fogo do Goetheano de 1º de janeiro de 1923 e a Conferência de Natal no final de dezembro de 1923.

Para quem pretende prestar atenção não só aos acontecimentos externos da história e da notícia, mas também pretende alargar o seu campo de visão à investigação das causas que lhes são subjacentes, creio que estes últimos anos foram extremamente preciosos.

E não apenas para magnitude dos acontecimentos que vivemos - verdadeiros momentos de virada na história - mas também pelo fato do tecido de certos acontecimentos ter apresentado estrias cada vez maiores, revelando inevitavelmente as tramas subjacentes.

Enredos no duplo sentido das estruturas causais, mas também das estruturas reais quadro intencionalmente conspirado por entidades de poderes supranacionais aparentemente ilimitados.

1 O que aprendemos nestes três anos?

1.1 Hegemonia cultural

Um dos primeiros aspectos que encontramos nesta análise é representado pela esmagadora hegemonia cultural da informação dominante.

Esta hegemonia vem de longe; os ingleses foram os primeiros a compreender a utilidade da informação - utilizada como propaganda - utilizando os jornais como novo instrumento de luta política desde o século XVIII. Depois os americanos seguiram com o cinema, a televisão e finalmente o social com o objectivo claro de manter a dominação econômica, cultural e política absoluta motivada pela“teoria da excepcionalidade” do Império Inglês primeiro e da Única Superpotência dos EUA depois.

A hegemonia cultural permitiu naturalmente aos “mestres do discurso” o uso indiscriminado da censura.

Interessante notar que historicamente uma das primeiras aparições de “censura planejada”na história moderna, encontramos na guerra entre o Império Britânico e a Espanha pelas colônias. Henrique VIII e Elizabeth impuseram censura estrita e controle absoluto da imprensa para acusar o Papa de ser inimigo da Inglaterra; só nesse ponto começou o conflito militar com a Espanha pelo domínio das colônias.

A prova desses acontecimentos distantes - e esquecidos - pode ser vista no fato de que se, ainda hoje, perguntarmos quem cometeu as piores atrocidades na colonização das Américas, quase todos respondem “foram os espanhóis”. A demonstração de que isto é falso pode ser tirada de um raciocínio simples: se hoje nos territórios - principalmente da América Central ou do Sul - conquistados pela Espanha, a maioria da população tem as características somáticas dos povos indígenas que ali viveram, nos territórios conquistados territórios pelos ingleses, ao contrário, os nativos foram quase totalmente aniquilados.

No entanto, o que nos chega dos livros de história, dos filmes e da narrativa comum fala-nos de heróicos ingleses e americanos e de espanhóis implacáveis ​​e sedentos de sangue.

Esta falsificação da história foi possível graças a uma verdadeira guerra mediática, destinada a demonizar os espanhóis. Na verdade, para esse fim, foram reimpressos e divulgados os relatos de Fra Bartolomé De Las Casas, com as atrocidades da conquista espanhola, acrescentando também imagens aterrorizantes.

Ainda estamos nos anos 1600 e os ingleses compreendem perfeitamente que as imagens são muito mais eficazes que as palavras e usam - astutamente - o espanhol para demonizar os espanhóis!

O fato é que ainda hoje sabemos que graças ao poder das imagens acreditamos ter visto com os nossos próprios olhos algo que na verdade não existe ou que foi intencionalmente distorcido.

Este método - que parece funcionar muito bem - é desenvolvido de forma cada vez mais refinada, tanto que, no final do século XIX, nasceram os primeiros tablóides nos EUA (Jornalismo amarelo - marrom, no Brasil) transbordando de notícias sensacionalistas e manipuladas, cartoons, letras grandes, imagens de página inteira.

Começamos a ver os efeitos da insurreição de 1895, quando Cuba se rebelou contra a Espanha. Os jornais de Rundolph Hearst alcançaram vendas estratosféricas para a época, publicando diariamente alegadas atrocidades cometidas pelos espanhóis: crianças mortas, mulheres violadas, massacres sangrentos.

O efeito foi a indignação da opinião pública  e o início da guerra contra a Espanha.

Desde então, as campanhas de (des)informação transformaram-se em verdadeiras armas de destruição maciça. O cérebro humano tornou-se assim o campo de batalha do século XXI.

Aqueles que planejaram este método de manipulação ao longo das décadas são muito claros sobre como a (des)informação explora as vulnerabilidades cognitivas dos alvos, explorando ansiedades ou crenças pré-existentes que os predispõem a aceitar informações falsas.

Aliás, convém recordar que na Itália - o mesmo acontece na Europa e na Anglosfera - apenas meia dúzia de famílias controla quase toda a informação impressa e televisiva convencional.

Portanto, não faz sentido falar em independência ou liberdade de imprensa, hoje, ou ontem.

1.2 Mentira institucionalizada

Três anos depois da revolta cubana, em 15 de fevereiro de 1898, o Maine, um navio americano, na costa da ilha caribenha, explode. Três dias após a explosão, o Diário segundo Hearst, culpa os espanhóis pela explosão o que muda decisivamente a opinião pública para a guerra que é logo declarada pelos EUA.

Assim nasceu o conflito hispano-americano com o grito de "Lembre-se do Maine! Para o inferno com a Espanha! [Ricordate no Maine! Al diavolo la Spagna! NdT] para vingar o suposto ataque espanhol ao navio americano.

Segundo alguns estudiosos, pode ser precisamente esse conflito que marcou o nascimento do imperialismo americano.

Graças a esse conflito foi reconhecida a independência de Cuba, que efetivamente se tornou um protetorado americano, mas também a cessão de Porto Rico e da ilha de Guam aos EUA, bem como a aceitação da ocupação das Filipinas.

Com estes acontecimentos, Hearst demonstrou irrefutavelmente o poder da manipulação através da propaganda: os milhões de cópias vendidas mudaram significativamente o rumo dos objetivos do Partido Democrata dos EUA, do qual ele era um expoente. Um partido que teorizou o "destino manifesto" à luz do qual era dever dos EUA intervir no mundo para exportar o seu modelo de democracia e expandir os seus mercados.

Um paradigma que nunca mudou desde então.

Na verdade, 43 anos depois, em 7 de dezembro de 1941, o ataque japonês a Pearl Harbor permitiu que Franklin Delano Roosevelt, em busca de um motivo para entrar na guerra, o fizesse. A imprensa ainda não tinha feito o seu trabalho de manipulação, dado que, de acordo com uma sondagem de 1940, cerca de 90% dos americanos eram contra a entrada no conflito. Mas depois de Pearl Harbor, os sentimentos da opinião pública americana mudaram completamente.

No entanto, hoje sabemos que o ataque japonês era do conhecimento dos líderes militares em Washington, que deliberadamente deixaram Tóquio realizá-lo sem serem perturbados para permitir que o presidente democrático e anti-intervencionista (apenas para fins eleitorais) Roosevelt,  entrasse na guerra.

Mais 23 anos se passam e o mesmo roteiro se repete com o acidente USS Maddox, outro navio dos EUA, que explodiu misteriosamente em 2 de agosto de 1964 no Golfo de Tonkin, fornecendo a Lyndon B. Johnson a vítima da guerra,  para iniciar a Guerra do Vietnã.

E chegamos aos dias de hoje com o 11 de Setembro de 2001: neste caso, apesar da absoluta imprecisão e do caráter anticientífico da narrativa oficial sobre este caso - que de fato representou um ponto de virada na história do nosso tempo - a verdade dos fatos não foi Ainda reconhecida oficialmente, mesmo com as características de Bandeira falsa deste trágico acontecimento.

Uma história diferente ocorreu em 5 de Fevereiro de 2003, quando o Secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, apareceu no Conselho de Segurança das Nações Unidas segurando um tubo de ensaio que provavelmente continha pó de talco, alegando que em vez disso havia antraz, acusando Saddam Hussein de possuir armas de ataque em massa. destruição e podendo assim dar origem, em 20 de Maio de 2003, à segunda Guerra do Golfo, que já estava, no entanto, preparada há algum tempo.

Neste caso, os mesmos protagonistas do mostrar , admitiram que era falso.

Mas a política dos EUA – apesar das mentiras óbvias e por vezes reconhecidas – não teria mudado um centímetro ao longo das décadas, tanto que a doutrina do destino manifesto democrático, foi defendida, um século depois, pelos Bush e pelos Clinton, com quase o mesmo slogan: a América tem a missão de exportar a democracia, mesmo com as chamadas  “guerras humanitárias”. 

1.3 O medo como instrumento de poder

Com a história da Covid-19 estamos a entrar plenamente no condicionamento global das mentes, obtido através da utilização não só de todos os meios de informação disponíveis, da censura, mas sobretudo da utilização do medo como meio de manipulação. Em 11 de Março de 2020, a Covid-19 foi apresentada como a nova praga, reconhecidamente sem curas possíveis que justificassem os planos globais de vacinação já amplamente preparados.

A funcionalidade do medo como instrumento de dominação é perfeitamente exemplificada pela resposta que Goering deu, durante uma pausa no julgamento de Nuremberg, àqueles que lhe perguntaram como as classes dominantes conseguiram convencer todo o povo alemão a aceitar o nazismo:

“Foi fácil, não tem nada a ver com o nazismo, tem a ver com a natureza humana. Você pode fazer isso num regime nazista, socialista, comunista, numa monarquia e até mesmo numa democracia. A única coisa que você precisa fazer para escravizar as pessoas é assustá-las. Se você consegue pensar em uma maneira de assustar as pessoas, você pode fazer o que quiser com elas." 

E forma vencedora,  demonstrada a sua eficácia nos últimos três anos.

1.4 Princípio da autoridade

Graças, portanto, à total hegemonia dos meios de comunicação social e ao uso sistemático do terrorismo psicológico temos pela primeira vez na história da humanidade um terrorismo global que não permite qualquer tipo de dissidência, utilizando quaisquer meios para impor a toda a população mundial de medidas injustas e totalitárias.

Os únicos autorizados a falar são os especialistas da folha de pagamento dos governos, enquanto todos os outros - desde os vencedores do Prêmio Nobel até aos cientistas e autores mais competentes - são ridicularizados, demonizados e condenados ao ostracismo, para os eliminar da cena da opinião pública.

2 Por que não esperar nada de cima

A campanha global que primeiro demonizou aqueles que discordavam da narrativa da Covid, chamando-a de sem vax, negacionista etc, depois com a da guerra russo-ucraniana e hoje com a narrativa das alterações climáticas e, muito recentemente, com os acontecimentos israel-palestinianos, faz-nos compreender que o poder mundial - com raras excepções - está totalmente alinhado com as posições do Anglosfera.

No resto da Europa e na Itália – por necessidade, conveniência ou covardia – a situação é a mesma.

Não podemos, portanto, esperar nada da política e das instituições porque são totalmente corruptas e infiltradas ou, na melhor das hipóteses, porque os poucos que gostariam de fazer algo não têm essa possibilidade.

2.1 Contra-reação natural às imposições e à censura

No entanto, hoje vemos que, dados os crescentes incidentes de lesões causadas por vacinas e as consequências devastadoras da interrupção do abastecimento de energia barata por parte da Rússia, muitos estão finalmente a abrir os olhos.

É, portanto, fisiológico esperar uma contra-reação às imposições e à censura e é a isto que podemos nos conectar.

Até aqui um rápido resumo do que vivemos nos últimos anos. Agora vamos tentar ver os aspectos esotéricos.

3 As duas raças humanas

Este breve resumo da situação atual indica-nos que estamos num ponto de virada de uma época e que é tarefa dos investigadores espirituais não olhar para o outro lado, mas colocar-se questões sobre o contexto esotérico.

Aqueles que lidam com o esoterismo, de fato, têm a tarefa de implementar algo mais do que uma simples contra-reação, pois são obrigados a compreender o plano geral - o quadro geral–  para onde nosso mundo está indo.

Nos ajudaremos nesta análise,  com algumas indicações dadas por Rudolf Steiner.

Sabemos que o destino futuro está em jogo e que é dever de todos aqueles que participaram naquilo que Steiner chamou de Escola Michael tomar medidas para combater a mentira predominante e tomar uma posição para se opor ao declínio da nossa civilização.

Sabemos pelo esoterismo que na próxima encarnação poderemos saber se nesta vida seguimos um caminho espiritual ou materialista.

Além disso, se nesta vida ainda podemos ser caracterizados pelo fato de sermos italianos ou alemães ou russos, chegará um momento em que o nosso ser será caracterizado pelo fato de termos feito parte da Escola de Michael ou não.
O nosso pertencer a esta corrente moldará também a nossa fisionomia externa, tal como hoje tiramos a nossa fisionomia da nossa raça e da nossa hereditariedade.

Este é o tempo das grandes decisões, da grande crise de que falam os livros sagrados de todos os tempos e que está fundamentalmente destinada à nossa época. Porque esta é precisamente a peculiaridade dos impulsos de Michael, que são decisivos e que se tornam decisivos precisamente na nossa época. Os seres humanos que, na encarnação atual, recebem os impulsos de Michael através da Antroposofia, preparam todo o seu ser recebendo os impulsos de Michael de modo a alcançar aquelas forças que de outra forma seriam determinadas apenas pelos laços raciais e nacionais. (…) Para aqueles que hoje tomam a antroposofia como uma força vital mais profunda, com uma verdadeira força interior, com a impulsividade do coração, estas distinções não terão mais sentido quando descerem novamente à terra. Dirão: de onde ele vem? Não é de um povo, não é de uma raça, é como se tivesse surgido de todas as raças e povos. O espiritual está se preparando para se tornar raça pela primeira vez. (R. Steiner, Considerações esotéricas sobre conexões cármicas – Vol. III, O.O.237)

3.1 Especialização Angélica

Mas não são apenas os homens que se movem em direção a uma das duas direções, mas também os anjos a eles ligados, neste caso aqueles que nesta vida reconheceram a ciência espiritual ou se opuseram a ela:

O destino dos antroposofistas, que se dá entre antroposofistas e não-antroposofistas, lança suas ondas no mundo dos Anjos. Isto leva a uma separação dos espíritos no mundo dos Anjos. O Anjo que acompanha o antroposofista nas encarnações subsequentes aprende a penetrar mais profundamente nos reinos espirituais do que era capaz antes. E o Anjo que é do outro, que não pode entrar de jeito nenhum, afunda. E no Destino dos Anjos é mostrado pela primeira vez como ocorre o grande divórcio. Agora acontece – e este é um aspecto, meus queridos amigos, para o qual gostaria de chamar a atenção dos vossos corações – que de um reino de Anjos relativamente unificado surge um reino de Anjos dividido em dois, um reino de Anjos com um impulso para os mundos superiores e outro, com impulso para os mundos inferiores.

À medida que a formação da Comunidade de Michael ocorre aqui na terra, podemos ver acima o que está acontecendo aqui como a Comunidade Michael, Anjos Ascendentes e Anjos Descendentes. (R. Steiner, Considerações esotéricas sobre conexões cármicas – Vol. III, O.O.237)

Acredito, neste momento, que é necessário perguntar-nos o que estamos enfrentando como humanidade se não formos capazes de combater o declínio?

Em diversas ocasiões Steiner fala na guerra de todos contra todos – será a humanidade capaz de corrigir as cosmovisões profundamente influenciadas e corrompidas pelo materialismo e o hedonismo dominantes que caracterizaram os séculos XIX e XX – num futuro distante? Nos últimos anos da sua vida Steiner afirmou…

…no final do século XX encontrar-nos-emos confrontados com a guerra de todos contra todos! (R. Steiner, O homem em seu devir. A alma e o espírito do mundo, O.O. 205).

4 A guerra de todos contra todos

Steiner conecta este futuro terrível para a humanidade com a incapacidade de compromisso e fraternidade dos membros do que deveriam ser as verdadeiras barreiras ao declínio geral: as comunidades espirituais.

Ele afirma que as oposições entre as pessoas que pertencem à Escola Michael são particularmente graves porque se nesta encarnação não se tentar superar os elementos de antipatia - portanto elementos anti-sociais - a Sexta Época se encontrará em meio à “guerra de todos contra todos”.

No entanto, sabemos bem como há discussões incessantes nas comunidades espirituais.

Por que? Isto deriva – diz-nos Steiner – das antipatias que se desenvolvem no mundo supra-sensível entre a morte e o nascimento; quando voltamos à Terra, ficam para trás resquícios, resíduos de antipatias, que carregamos conosco para a existência física através do nascimento.
É precisamente para compensar estes resíduos de antipatias que o destino nos leva a aproximar-nos da espiritualidade, que deveria criar uma compensação para certas antipatias que nos acompanharam desde a vida pré-natal.
Em suma, a tendência para a espiritualidade partilhada com outras pessoas deveria, paradoxalmente, constituir a terapia para as antipatias que carregamos conosco à medida que descemos para a nossa encarnação.
A verdadeira realidade do mal – que podemos definir como conhecimento terreno não redimido – levará à culminação de instintos anti-sociais.

Os homens aniquilarão uns aos outros em guerras fratricidas. E o mais desanimador – em comparação com outros tipos de destruição – é que isso acontecerá apenas através da sua responsabilidade.

[…] Apenas um punhado de pessoas sobreviverá e serão aquelas que desenvolveram um nível profundo de abnegação, enquanto o restante da humanidade estará totalmente dedicado a colocar as forças da natureza a seu serviço egoísta – graças a poderosas e complexas tecnologias – sem ter adquirido o grau necessário de altruísmo (R. Steiner, História e conteúdos da seção cultivo cognitivo- da escola esotérica 1904-1914, O.O. 265)

Como foi dito anteriormente, em diversas ocasiões Steiner coloca a guerra de todos contra todos num futuro mais distante, se a humanidade não for capaz de intervir...

…no final do século XX nos encontraremos confrontados com a guerra de todos contra todos!

Os homens poderão fazer todos os belos discursos que quiserem, poderão fazer todos os progressos científicos possíveis, mas terão esta guerra de todos contra todos diante deles.

Assistiremos ao desenvolvimento de uma humanidade que quanto mais encher a boca com questões sociais, menos terá um mínimo de 'instinto social' (R. Steiner, O homem em seu devir. A alma e o espírito do mundo, O.O. 205 ).

Agora, tentando decodificar os sinais que nos chegam do presente, pareço vislumbrar uma semente desta guerra de todos contra todos,  também na demonização atual de toda opinião divergente da narrativa imposta.

Mas o que está ocultamente causando a guerra de todos contra todos?

Steiner nos diz que isso vem de um desenvolvimento tecnológico extremo, desprovido de moralidade.

5 Big Data, a Akasha Ahrimânica

 A guerra de todos contra todos, que representará a ruína da nossa época, terá origem precisamente neste extremo desenvolvimento tecnológico totalmente desprovido de moralidade.
Forças enormes e poderosas serão libertas por descobertas que transformarão o mundo inteiro numa espécie de aparato elétrico global funcionando autonomamente (R. Steiner, História e conteúdos da secção cultivo cognitivo da escola esotérica 1904-1914, O.O. 265).

Todas as doutrinas ocultas falam do Akasha, cujo significado é “éter”.  Nesta região são preservados vestígios espirituais de todas as ações, pensamentos e acontecimentos que remetem às existências humanas na Terra.

As entidades Arimânicas querem que não desenvolvamos esta visão, mas que permaneçamos ancorados na Terra. Eles colaboraram, portanto, na criação de uma espécie de Akasha invertido, uma espécie de memória universal subserviente ao poder terreno em vez do conhecimento espiritual, que pode ser acessada não por seres que adquiriram visão espiritual, mas por controladores de elite.
Um contrapeso eletrônico e sub-sensível à memória etérica e supra-sensível.

Aqueles que querem confinar o homem ao mundo físico atuam, de fato, através da “inversão” das realidades espirituais.

Por isso nasceu a Identidade Digital; para nos deixar entrar plenamente  nos Grandes dados da Akasha ahrimânica. 

5.1 ID Digital e Oitava Esfera

Estamos enfrentando um momento crucial na história da humanidade em que a tecnologia binária começa a entrar nos corpos dos seres humanos, mudando o caminho evolutivo daqueles que a aceitam. Tecnologia quântica biointegrada –se desenvolvido -Steiner nos diz que isso prenderia diretamente os seres humanos na Oitava Esfera.

Os mundos virtuais de 2060, aos quais um número incontável de humanos sacrificarão as forças da sua alma, não serão constituídos por conjuntos limitados de cenários alternativos programados por criadores de software humanos, como são hoje os jogos de computador. Eles serão programados em tempo real por supercomputadores gigantes, que adaptarão continuamente as cenas e enredos do jogo aos pensamentos e respostas emocionais de cada jogador. Cada jogador viverá em seu próprio mundo pessoal. Será a última divisão da humanidade (Paul Emberson, O pesquisador supra-sensível em 50 anos, AnthroTech, Newsletter 2009)

  O objetivo final dos poderes do Obstáculo é atrair o número máximo da humanidade para a Oitava Esfera. Se imaginarmos um futuro em que as mentes das pessoas estarão permanentemente ligadas à Internet, neste ponto será provavelmente uma Internet quântica que controlará todos os aspectos da vida, tanto reais como virtuais - o virtual composto por incontáveis ​​universos imaginários quase sem distinção do físico, da realidade – então você terá uma ideia em como a consciência será controlada, coletada e então INCORPORADA naquela esfera do ser, ou melhor, naquela esfera do “não-ser”.

Na verdade, então, a nossa Terra, a Quarta Esfera, simplesmente não é o que parece exteriormente. Se fosse realmente constituída de átomos, todos estes átomos ainda estariam imbuídos de formações pertencentes à Oitava Esfera, que só são perceptíveis pela visão clarividente. Estas formações estão presentes em todos os lugares, assim como o conteúdo espectral da Oitava Esfera, que pode, portanto, ser percebido da mesma forma que os espectros perceptíveis são percebidos. Todo o ser e a existência terrena estão envolvidos aqui. Lúcifer e Ahriman se esforçam incessantemente para roubar tudo o que puderem das substâncias da Terra, para formar sua Oitava Esfera que então, quando estiver suficientemente avançada, se separará da Terra e seguirá seu caminho no Cosmos junto com Lúcifer e Ahriman . (R. Steiner, O movimento ocultista no século XIX e o mundo da cultura, O.O.254).

E aqui nos deparamos com o problema das imagens – e das imaginações – que mencionamos no início destas notas:

Cuidado : em vez das Imaginações puras que deveriam aí estar, as Imaginações são densificadas pela infusão de um elemento mineral arrancado da Terra. Isto cria imaginações densificadas. Somos, portanto, atraídos para um mundo de imaginações densificadas, que não são de caráter lunar porque foram densificadas pela materialidade que pertence à Terra. São fantasmas, espectros, ou seja, por trás do nosso mundo existe um mundo de fantasmas criado por Lúcifer e Ahriman (R. Steiner, O movimento ocultista no século XIX e o mundo da cultura, O.O.254).

 A Oitava Esfera não é algo que virá. Já existe, interpenetrando-se e estando conectada à realidade física. Contudo, o seu efeito e papel na evolução estão a emergir e a tornar-se cada vez mais evidentes.

Se a Oitava Esfera for descrita, ela deve obviamente ser descrita como um reino no qual vivemos o tempo todo (R. Steiner, O Movimento Oculto no Século XIX e o Mundo da Cultura, O.O.254).

Se Steiner disse, há um século, que as pessoas tinham perdido a capacidade de pensar, hoje não é difícil perceber que já entregaram grande parte da sua capacidade de pensar à Internet.

Hoje as pessoas perderam a capacidade de pensar. Por exemplo, hoje temos máquinas que somam e subtraem; tudo é muito confortável. No futuro, não aprovarão uma lei que diga que não é preciso pensar. Não. O que acontecerá é que serão feitas coisas cujo efeito será excluir qualquer pensamento individual. Este é o outro pólo para o qual caminhamos. Isto está relacionado com o desenvolvimento do Ocidente. (R. Steiner, Conhecimento do supra-sensível na atualidade e sua importância para a vida moderna, O.O.55).

Do“Oitava Esfera” Eu investiguei isso minuciosamente.

https://www.liberopensare.com/en/video/video-la-realta-della-realta-lapocalisse-e-lottava-sfera-conferenza-roma/

https://www.liberopensare.com/en/video/audio-apocalisse-ottava-sfera-e-nuova-gerusalemme-intervista-radio-gamma5/


6 Homens  sem EU

Quem segue um caminho esotérico sabe que as entidades angélicas, que caíram na Terra no último terço do século XIX, pretendem explorar a sabedoria espiritual em seu benefício, desviando-a para direções contrárias à evolução regular da humanidade.

Pretendem destruir o salutar projeto cósmico de difundir entre os homens, no seu devido tempo e após o amadurecimento necessário, os conhecimentos relativos à dominação das massas humanas; conhecimento relativo ao nascimento, doença e morte.

Eles gostariam de difundir este conhecimento prematuramente, através de nascimentos espirituais prematuros.

No início da década de 1840, o anjo da sexta trombeta começa a soar e soará até que, no final do século XX, o anjo da sétima trombeta começar a soar.

Estamos, portanto, dentro do campo das dores de parto. Esta é a segunda angústia que, como humanidade civilizada, sentimos no campo da alma consciente.

Agora, somos informados -Apocalipse 9.15 – que no período da sexta trombeta um terço dos homens será morto.

Mas, por “morto”, aqui entendemos a ausência do EU naqueles homens que – segundo o Apocalipse, já estavam preparados de antemão na forma de um gafanhoto.

Em nossa época encarnam um número incontável de pessoas sem EUs, que na realidade não são seres humanos. Esta é uma verdade terrível. Nós os vemos ao nosso redor, mas eles não são encarnações de um EU, estão inseridos na hereditariedade física, recebem um corpo etérico e um corpo astral e estão em certo sentido,  equipados internamente com uma consciência arimânica. Se você não olhar para eles com atenção, vistos de fora,  eles parecem seres humanos, mas não são seres humanos no verdadeiro sentido da palavra. Esta é uma verdade terrível, mas é algo que existe, é uma realidade. (..) As causas desta terrível verdade vêm do materialismo que causou a morte espiritual de cerca de um terço da humanidade, incapaz de desenvolver uma vida plena de pensamento (ou anti-material, ou espiritual). A isso se refere a praga de gafanhotos da época da quinta trombeta do Apocalipse, que já está em curso hoje na consciência humana; observando a sua atividade interna, estes homens sem ego parecem gafanhotos humanóides, tal como são descritos no livro do Apocalipse. (...) Estas não são sempre, necessariamente, almas más, podem ser simplesmente almas que atingem o nível da alma, mas que carecem do “EU” (R. Steiner, Conferências e curso sobre trabalho religioso-cristão - Vol. V Apocalipse e agir sacerdotalmente, GA346).

***

Esses seres humanos sem EU têm sido cada vez mais frequentes, principalmente a partir da década de 1890. Esses homens possuem corpo físico, vitalidade e vida anímica, mas carecem de EU. Portanto, o 'vazio' relativo à ausência do EU pode ser 'preenchido' por entidades ahrimânicas, por almas 'errantes' ou mesmo por almas que regressaram tarde à terra, almas advindas de outros planetas, ou por aquelas do mesmo tempo da época em que toda a humanidade viveu antes do período Atlante (R. Steiner, “A Ciência Oculta”).

***

 Falamos sempre com muita relutância sobre estas coisas, visto que quando o fazemos somos inevitavelmente atacados (R. Steiner, Conferências com os professores da Escola Waldorf Livre em Stuttgart de 1919 a 1924. O.O. 300c)

Mas Rudolf Steiner não é o único que lidou com homens sem EU. Bem antes dele está o escritor do Apocalipse com seus homens gafanhotos.

Esses gafanhotos pareciam cavalos prontos para a guerra. Em suas cabeças tinham coroas que pareciam de ouro e sua aparência era como a dos homens. (Apocalipse 9.7)

E novamente, em Corpo hermético, então no Fausto de Goethe, em “Uma realidade separada” de Carlos Castañeda. Inoltre, Boris Mouravieff, no O Homem Estelar de John Baines, Rupert Sheldrake e, finalmente, Mirra Alfassa (Mére), discípula e companheira espiritual de Aurobindo.

Massimo Scaligero também fala sobre isso em sua “Lógica contra o homem”.

Muitos desses seres constituem a área de captação de experimentos de controle mental como o MK Ultra ou então, são presa fácil de falsos gurus, santidades e enganadores de vários tipos. Eles buscam aquela individualidade, aquela centralidade que lhes falta.

Outros, porém – percebendo inconscientemente que não têm um destino, um carma– tornam-se presas fáceis de vícios de todos os tipos, alcoolismo, drogas, remédios.

No início do século passado, após a queda dos espíritos das trevas na Terra, um grande número destes seres participou das duas guerras mundiais.

Naturalmente, devido à lei espiritual segundo a qual nada pode estar “vazio”, também pode acontecer que, sendo “vazios”, sejam “preenchidos” por entidades sub-humanas.
Se não forem compreendidos, amados e cuidados em ambientes protegidos, podem ser vítimas de seres malignos.
Não possuem uma moral independente, são de fato amorais, ainda que, se forem amados e seguidos com consciência espiritual, possam seguir e partilhar a moral que lhes é ensinada e também aprender a amar, um pouco como acontece quando são criados animais que abrem mão de seus instintos graças à proximidade do homem.

Neste caso é como se lhes emprestássemos o nosso “EU”.

Quando cometem crimes, geralmente não sentem dores de consciência nem remorsos.
Podem ser reconhecidos pela incapacidade de amar, obsessão por bens materiais, aversão absoluta à ideia de reencarnação, falta de originalidade e algumas características de caráter ‘predatório’.

Porém, devemos lidar com esta realidade também porque Steiner nos diz que nesta quinta era temos a tarefa de enfrentar o mal.

Do“Homens sem EU” Eu investiguei isso minuciosamente. 

LInks (ver no original)

7 O que fazer? Comunidades Espirituais

Vamos agora passar para a parte de construção,  a parte pró-ativa:  O que nós podemos fazer?

Pois bem, dado que - como foi sublinhado acima (n.º 2) - não podemos esperar nada de cima, da política, das instituições, da informação e, eu diria, até da cultura atual, temos de começar por baixo, criando nós, as nossas comunidades.

Mas o que é uma comunidade e qual o seu significado Hoje?

O homem sempre viveu em comunidades e não viveu como eremita.
Desde o nascimento entramos em várias comunidades: pertencemos a uma raça, a um povo, a um ambiente social, a uma família.

Todas estas são, porém, comunidades nas quais fomos colocados, que não deixam liberdade ao homem. São comunidades no estilo antigo.

Depois, ao longo da vida, associamo-nos a comunidades com base nos nossos gostos religiosos, políticos, sociais, culturais, desportivos, etc.
Pertencemos à comunidade de Internet mas também aos nossos grupos de trabalho espiritual.

Mas de onde vem o nosso pertencer e comunidade?

Língua, é a primeira formação original de comunidade. 

Então vem o EU lembro que é a um nível mais profundo do que a linguagem porque reúne pessoas em uma comunidade,  em nossas memórias.

Um terceiro nível é orientação religiosa ou espiritual.

Para compreender melhor a nosso pertencer às comunidades, devemos primeiro refletir sobre os nossos quatro estados de consciência:

– consciência do sono sem sonhos,

– consciência onírica,

– consciência desperta,

– consciência espiritual 

Do estado de sono sem sonhos não temos consciência.
No sonhar estamos totalmente imersos em nós mesmos e não temos experiência do mundo externo.
Somente com a consciência desperta começamos a viver no ambiente circundante.
Mas quem pretende seguir um caminho espiritual, além de despertar a consciência, pretende acender na consciência espiritual.

Bem, o novo despertar que deve ocorrer hoje é o relativo à interioridade dos outros.
Se trabalharmos espiritualmente em conjunto com outras pessoas, acolhendo os pensamentos e estímulos dos outros para transformá-los em nossos próprios pensamentos, nos encontraremos diante de um Ser espiritualmente real. 

Se isso acontecer no grupo, a comunidade que trabalha espiritualmente não é apenas a soma dos seus participantes, estaremos lidando com uma presença supra-sensível da Entidade espiritual real dentro da nossa comunidade.

Somente se formos capazes de sentir esta Entidade é que nos conectamos com outros homens numa verdadeira comunidade (R. Steiner – Formação comunitária, O.O.257). 

Cinco pessoas juntas, pensando e sentindo-se harmoniosamente juntas, são mais do que a soma dessas cinco.
Da mesma forma que outro ser, a alma, se expressa através do trabalho comum das células do corpo humano, nos cinco homens mencionados no exemplo,  acrescenta-se uma nova Entidade superior

Este é o significado profundo das palavras de Cristo:

“Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou no meio deles.”

A comunidade espiritual é a esfera misteriosa à qual descem entidades espirituais elevadas para trabalhar nos seres humanos individuais, assim como a alma humana funciona graças às partes, aos membros do corpo humano. (nota da tradutora: corpo físico, corpo etérico/vida, corpo astral/alma, EU/espírito).
Quando agimos ou falamos como membros de tal comunidade, não é a alma individual que age ou fala em nós, mas o espírito da comunidade.
Este – sublinha Rudolf Steiner – é o ponto essencial: agir a partir das comunidades é o mistério do progresso da humanidade futura.

Não atuamos no verdadeiro sentido da ciência espiritual se apenas falamos do mundo espiritual e deixamos de ter diante de nós, de compreender a real espiritualidade, a real essência dos seres espirituais que nos rodeiam. O nosso trabalho não deve ir simplesmente para as ideias do espírito, mas para a comunhão com o espírito. Só neste caso a consciência desta comunhão com o mundo espiritual torna-se formadora de comunidade. (R. Steiner – Formação comunitária, O.O.257) 

Trilhar o caminho espiritual sozinho ou junto com outras pessoas é a mesma coisa?

A resposta é não.

Quando nos reunimos com outras pessoas para re-elaborarmos juntos o conhecimento antroposófico, esta experiência grupal é substancialmente diferente da experiência pessoal solitária.
 

Steiner afirma explicitamente que:

Pessoas que idealisticamente se reúnem em grupo e, seja lendo em voz alta ou não, comunicam entre si um conteúdo antroposófico, chegam a uma compreensão diferente. Através da experiência comum do supra-sensível a alma humana desperta para o outro da forma mais intensa, a própria alma desperta para uma compreensão superior, e quando esta atitude está presente surge algo que faz com que essas pessoas reunidas se comuniquem entre si e experimentem juntas,  ideias antroposóficas, e um Ser real em comum ao grupo poderá descer. (Rudolf Steiner - Formação comunitária O.O.257) 

 

8 As Comunidades Michaélicas

Nos ensinamentos da escola - supra-sensível - de Michael (Nota da Tradutora: Miguel Anjo; Miguel Arcanjo ou Michael, Michael Arqueu) foi anunciado que com o início da regência de Michael, no último terço do século XIX (1.879), haveria uma inteligência esvaziada de espiritualidade, portanto sujeita às forças ahrimânicas, processo que iniciou no século VIII.
Entre o final do século XVIII e o início do século XIX, estabeleceu-se um culto no mundo supra-sensível que se desenvolveu em poderosas imaginações da vida espiritual. Todos aqueles que participaram da Escola de Michael, carregavam inconscientemente em si os resultados desta escola supra-sensível, o que se traduziu então na disposição para abraçar a Antroposofia.

 

Quais são os ensinamentos da Escola de Michael?

Consistiam na repetição de ensinamentos transmitidos em eras passadas nos Mistérios Solares; na visão profética do que deveria ter acontecido no início da nova era de Michael e em exortação para aqueles que estavam ao redor de Michael,  se inserissem em sua corrente, captassem seus impulsos e se certificassem de que a inteligência se reuniu novamente com a entidade de Michael.
Sabemos que as forças de Michael atuam com particular energia naqueles que estão ligados à sua Escola, porque permeiam todo o ser humano; portanto, o carma de todos aqueles que estão ligados à ciência espiritual só pode ser compreendido se o conectarmos com a corrente de Michael.

Devemos acreditar, portanto, que tal escolha influencia profundamente o destino daqueles que a abraçam.

Na segunda parte deste artigo falaremos sobre um exemplo muito significativo de comunidade michaelita: o círculo juvenil, o Clube de jovens esotéricos.

Imagem da capa: O Chamado da Musa do Maestro Rassouli


01 outubro 2023

Permanentes Pandemias e Vacinas. Michel Chossudovsky

Permanentes Pandemias e Vacinas. Prof Michel Chossudovsky e Caroline Mailloux. 26 Set 2023

Dennis Francis, Presidente da Assembléia Geral da ONU (UNGA) aprovou arbitrariamente a declaração da ONU sobre a Prevenção, Preparação e Resposta Pandêmica sem enviá-la a uma votação completa da Assembléia.

A OMS confirmou a transição para um estado totalitário digitalizado a nível mundial.

“Esta declaração objetiva formar uma autoridade pandêmica global que possui uma gama de poderes perturbadores, como a capacidade de impor lockdowns, pressionar para a vacinação universal e censurar o que ela considere desinformação.”

Vídeo: Michel Chossudovsky Lux Media Entrevista com Caroline Mailloux 

Sobre o autor:

Michel Chossudovsky é um autor premiado, professor-emérito de economia,  Universidade de Ottawa, fundador e diretor do Centro de Pesquisa sobre Globalização (CRG). Ele é autor de 13 livros. Ele é colaborador da Encyclopaedia Britannica. Ele pode ser contatado em crgeditor@yahoo.com

https://rumble.com/v3ks93m-michel-chossudovsky-perpetual-pandemic-and-vaccination.html

Fonte: https://www.globalresearch.ca/video-permanent-pandemics-and-vaccines-michel-chossudovsky/5833872

 

“Permanent Pandemics and Vaccines”. Michel Chossudovsky

 Dennis Francis, president of the UN General Assembly (UNGA) has arbitrarily approved the UN declaration on Pandemic Prevention, Preparedness and Response without submitting it to a full assembly vote.

The WHO has confirmed the transition towards a digitalized totalitarian state at the world level.

“This declaration aims to form a global pandemic authority that has a range of disturbing powers, such as the ability to enforce lockdowns, push for universal vaccination and censor what it deems “misinformation.””

Video: Michel Chossudovsky Lux Media interview with Caroline Mailloux                

https://rumble.com/v3ks93m-michel-chossudovsky-perpetual-pandemic-and-vaccination.html

 About the author:

Michel Chossudovsky is an award-winning author, Professor of Economics (emeritus) at the University of Ottawa, Founder and Director of the Centre for Research on Globalization (CRG). He is the author of 13 books. He is a contributor to the Encyclopaedia Britannica.  He can be reached at crgeditor@yahoo.com


14 setembro 2023

Administração Responsável. G.Häfner Vanda Shiva

 Descolonizando a Administração Responsável.  Gerhard Häfner and Vanda Shiva

Decolonizing Stewardship

by Gerhard Häfner and Vanda Shiva

Encontrei Gerhard Häfner em Stuttgart entre 2.000 e 2.002, quando ele contou como,  com um ex-colega Waldorf, eles solucionaram o problema de uma pequena cidade que precisava reformar seu balneário. Naturalmente o Prefeito tinha outros planos, a reforma sairia cara para os contribuintes e o balneário ficaria fechado por um período longo. Porém o balneário era frequentado pelas crianças,  jovens e idosos que ficariam mais de ano sem poder frequentar. Então Gerhard e seu amigo se reuniram com os cidadãos locais e juntos criaram uma "força-tarefa", bolaram o projeto, cada cidadão entrou com sua especialidade, conseguiram adquirir os materiais a um preço mais razoável e não fecharam o balneário para que a reforma fosse realizada. Isto se tornou um caso de sucesso, por um custo muito menor do que almejava o Prefeito que não pode ter seu nome inaugurando a obra, como uma realização da Prefeitura. O melhor de tudo é que durante muito tempo o balneário não foi pichado pois todos os cidadãos estiveram super envolvidos na reforma.

Gerhard Häfner foi um político alemão filiado ao Partido Verde (1990), membro do Parlamento Federal Alemão, a Câmara de Deputados, (1987-2002) e membro do Parlamento Europeu (2009-2014). Editor e Professor Waldorf. Co-fundador do "Mais-Democracia", Democracia Internacional. Desde 2.015 lidera a Seção de Ciências Sociais do Goetheanum. 

Vanda ou Vandana Shiva é uma estudiosa indiana, pesquisadora, ativista ambiental, advoga a sobarania de alimentos, autora ecofeminista e e anti-globalista. Ela já escreveu mais de 20 livros e é conhecida como a "Ghandi do Grão" por seu ativismo inclusive na agricultura biodinâmica (Demeter) e contra alimentos geneticamente modificados. 

O artigo abaixo está publicado no Das Goetheanum e foi republicado no 

https://southerncrossreview.org/154/shiva-hafner-decolonizing.html

a quem agradeço. 

Sugiro que usem a possibilidade da tradução para português que está na lateral do meu blog. 

Sonia von Homrich 

São Paulo, 14 Set 2023. Brasil.


Decolonizing Stewardship

by Gerhard Häfner and Vanda Shiva

Vandana Shiva spoke at the Goetheanum in February of this year. Before her talk, Gerald Häfner interviewed her about changing the world.

Gerhard Häfner was a German politician (Bündnis 90/Die Grünen), member of the German Bundestag (1987-2002) and the European Parliament (2009-2014). Publicist and Waldorf teacher. Co-founder of Mehr Demokratie, Democracy International. Since 2015 he is the head of the Section for Social Sciences at the Goetheanum.

https://southerncrossreview.org/154/shiva-hafner-decolonizing.html

You could have had a perfect career in physics, philosophy, economy, or academia, but you didn’t. Why not?

 I gave up my academic path even though I was totally passionate about quantum theory. I chose to dedicate my life to ecological work and activism because I realized that, yes, I would have amazing mental challenges—I could have been busy with quantum puzzles for 100 years—but it would have been an indulgence. Small studies were actually saving valleys, rivers, and forests. I realized that my service must go to the earth and to people.

 When did you know that you needed to do something for the earth?

 It began visiting a forest before I went off to do my Ph.D in Canada. I just wanted to carry memories with me and the oak forest that I wanted to trek in had been destroyed. I felt it as a personal, physical pain. That’s when I heard about the Chipko movement, where women of my region decided, “We’re going to hug the trees.” Chipko means to hug. “You will have to kill us before you kill the trees.” So I said, “Okay, I’ll do my PhD, but every vacation I will volunteer for this movement.” It became my other university and that’s what I’ve done since then: being an activist in the Chipko style.

 Then you did research on the death of the indigenous form of agriculture through industrialized agriculture.

 Every question I’ve tried to answer has been related to unnecessary violence against the earth or against people. The destruction of the forests in my home region was the first, but the eruption of violence in Punjab, where the Green Revolution was first applied, was the second. The Green Revolution is the name for industrial agriculture in the Third World. In 1984, a pesticide plant in a city called Bhopal leaked and killed thousands. People are still dying, children are still born maimed—the disaster is not over. That year I decided to study this model of farming. I found out that to sell leftover war chemicals, the industry had changed our idea of farming, our relationship to the land, our relationship to food, and defined soil as an empty container and plants as machines run with fertilizer as fuel. The life of living systems disappeared and the amazing knowledge of farming communities was erased. I realized, “I’ve dedicated my life to ecological work, but agriculture is an orphan of the ecology movement.” So I said, “I will look for a nonviolent path for farming.”

 You weren’t looking for money or power but asking, “What can I do?”

 Absolutely. It came from a deep, deep compassion for the living earth and a deep, deep compassion for fellow human beings. I believe compassion is the real currency that flows between us. Words have been impoverished by colonialism, which reduced currency to money and investment to making money. Currency means flow. What flows between us is love and compassion. That flow is disrupted by the growth of fictitious currencies: money, profits, power.

 One could say that life is compassion, that it’s a gift from the very first day.

 You’re so right. I’ve just done a book called From Greed to Care. The economy of care begins with us coming into this world from our mother’s womb. If there wasn’t unconditional love, no child would be taken care of. The first economy is the gift economy.

 But how is it then, Vandana, that we are destroying the earth, each other, and ourselves?

 Well, in India, it’s extremely clear. It begins with colonialism—a handful of people in Europe deciding they want rich lands in other places. India was 30% of the world economy at that time. The British, overnight, declared that the soil of India belonged to England and started to collect rent. Adam Smith, who merely described how colonial commerce works and the biases in it, is called the father of modern economics. This is not economy. Economy is derived from oikos: our home. So the home disappeared, oikos disappeared, and with it, greed became not only dominant, but worse: it brutally declared that those who live with compassion and care are primitive and barbarian. In a way, I feel it’s our time to say, “If compassion is to be barbaric, I’d rather be barbaric.” I think it is time for us to shift our minds, to think in different ways.

 Should we change the structures or should we change ourselves?

 I don’t think it’s given to us to change structures because they’ve made themselves invisible. They’ve made themselves remote—distant and unaccountable. But we can change ourselves and structures will change in the process. You can either keep hammering on Monsanto’s and Bayer’s door saying, “Please don’t, please don’t”, or, you can just save a seed with love and create a seeds commons—and Monsanto’s project shrinks simultaneously. Begin with ourselves. As Gandhi said—and he is my teacher—“Be the change you want to see.”

 I completely agree but when we say we should begin with ourselves, what are Monsanto or Bayer or these companies other than concepts created, organized, and run by humans?

 Take the first corporation that was created: East India Company. It was created by a few human beings, not all of humanity. I think it’s extremely important to not universalize the false constructions of the powerful and the privileged. They are the worst aspect of humanity. And yes, of course, we must begin with ourselves. We change in our minds and in our hearts, but we live in an interconnected world. In the quantum world, nothing can be separated: the ‘fact’ of separation is an illusion. It’s oneness that is the reality. Interconnection is reality. Therefore, the actions and thinking and values that you bring to the world in your life begin to become values and changes in the larger world.

 I am creating the future constantly, with the way I think. It starts with the way I feel, with the way I act.

 Absolutely. I think a big part of the colonial instinct is that the plunderers declare themselves as the creators. When I shoot a gene into the cell of a plant, I’m not creating that plant—it is not a creative act, it’s a warlike act. So this illusion of destruction being creation has blocked us from recognizing our own power and our own creativity. Our creativity is not separate from the creativity of the earth. The earth was declared dead: Terra nullius. That’s where all the violence against her is legitimized. But we are part of a living earth, a living universe, an intelligent, conscious universe. Playing our role within that universe, as an ordinary farmer will tell you, we uphold the universe by the right action.

 Could we say that evil begins with the loss of relation?

 I think reality is relation. Objectification is a violent illusion that gives permission to treat a seed, a plant, a river or a mountain, as if it was just an object. Then there is the deeper illusion that by destroying it, by bringing in bulldozers and spreading glyphosate, I am improving the land. The idea of improvement is part of an acceleration of violence.

 We forgot about the divine, about other spiritual beings, and we took things just as mere matter to conquer, to reign. How can we overcome that?

 Well, you know, we’re sitting in the Goetheanum. Goethe had another mind, right? I think that Europe needs to rediscover its other mind.

 You spoke about the Green Revolution. I started a political organization called the Greens—we invented that name in the late seventies in Germany. We called it the Greens because we wanted to relate to nature, to hope, to the living, and then it was used as a concept to kill. How is this that good impulses are turned to evil?

 The use of the word green for the industrial agriculture of killing precedes the use of the word green for the Green Party. There were two projects, two impulses for the Green Revolution. First, to contain the Red Revolution spreading from China—so, green rather than red. The second was to create a market for leftover war chemicals and technologies. The assumption was that by calling it green, no one would look at what it really was about. The first application was in my country in 1965-66. I was in high school at that time and it wasn’t in our consciousness. No one knew that this was happening until 1984 when the violence erupted. I realized that it’s not that good intentions turn to evil, it’s much more simple and crude—evil is always looking to co-opt good words, good values, and put them in the service of greed.

 I still believe, even in this world of companies and governments that try to rule the world, that within every human being there is a self that is searching for relation, for resonance, for being equivalent with the other and the world. How can we set this free?

 I think every crisis, as the Chinese say, has to be an opportunity. We are now living through a crisis where even ordinary people of the richer part of the world are suffering like the southern world has always suffered. Globalization was nothing but the destruction of local economies. Now it’s coming here [Europe], with the welfare state being dismantled. Any capacity for redistributing wealth and power in society is under attack. I think this is a moment for the common search of a life fulfilled, where all of us have our place on earth, both in terms of nourishing the earth and letting the earth nourish us. That is both a duty and a right. It’s Indian peasants saying, “We will not be pushed off the land. We will not allow laws to dispossess us.” But we need similar movements everywhere. Young people want to go back to the land, to live lives beyond consumerism, beyond the money machine of Wall Street.

 If we open our imagination to the future, to what needs and wants to come, do you have ideas how to transform this economy we live in and with?

 The first is to not allow it to be treated as inevitable that the 1% will own all the resources and wealth of the planet. That’s an illusion. We need ways to share the wealth, to stop taking more than is right from the earth. We need to shift from an extractive economy and measuring growth, to giving and the gift economy that Howard called the Law of Return. That means reclaiming the Earth’s gifts as a commons. What are the basic things we need? We need food and clothing; we need knowledge; we need culture. None of this requires the billions of the philanthrocapitalists. It requires compassion within society and a refusal to feel hopeless or afraid.

 Should we rethink our concepts of land ownership?

 Again, these ideas of private property were created by colonialism. Land in India could not be bought and sold. As we used to say, the creator created the land and owns the land—we are merely custodians. Custodians don’t have ownership rights—they have a duty to care. I feel grateful that I’ve had an opportunity to prevent the privatization of seed: before they could do it, we stopped them. How many movements have I worked with in India to not allow the privatization of water? The women of Plachimada who fought Coca-Cola; the citizens across the beautiful Ganges who joined hands—I remember the petition to the World Bank: “our mother Ganga is not for sale”. Land, seed, water and food are commons. Knowledge is too. Think of the Vedas and the Upanishads of India—brilliant people never said, “written and authored by so-and-so…” Mr. Gates, who constantly patents things, said “I have invented the flood tolerance gene.” You cannot pretend that you have created what nature creates or that you have created what other people create through their collective creativity.

 We started a movement in Germany that we call responsible ownership—Verantwortungseigentum—which asserts that companies are not commodities. If you look behind the curtain when Bayer “bought” Monsanto, the main owner of Bayer at that time was BlackRock, Vanguard, and Capital St, and the main owner of Monsanto was Capital St, BlackRock and Vanguard—the same. This idea of global capitalism, where you can buy and sell everything—you buy and sell a company, you buy and sell people with all their knowledge and their capacities—it’s completely crazy. Now most young entrepreneurs who want to build up companies say, “We don’t want private ownership: we want to work with others, we want the company to belong to all of us.”

 I wrote the book Oneness Vs. the 1% precisely because we found out how Monsanto was being bought by Bayer, and we found exactly what you’re saying: Blackrock and Vanguard. Who are they? Asset management companies, managing the financial assets of billionaires. The land, the minerals, the forests, and the rivers have been privatized, and that’s why we are in a crisis. Those who created the economy of illusion now want to own the last drop of water, the last inch of land, the last capacity for carbon sequestering on the planet. But I know a river can only be looked after by the people around the river; the soil can only be taken care of by the farmer who works it. Trading on Wall Street is not care. Trading on Wall Street is not stewardship.

 Who could be the agent of this change that is needed?

 I don’t think we are in the kind of times when a Gandhi or a Marx or a Mandela will emerge. What we should look for is catalytic leadership from everywhere: from soil organisms that make land flourish again; from plants that are elders on this planet, that have lived much longer and can teach us how to belong, how to grow, and how to give in generosity. Young people and children can be our teachers, elders can be our teachers. And indigenous people, for sure.

 What can we in Europe learn from indigenous people?

 First that the earth is sacred. Second, that their first identity is common identity. Third, that your purpose on earth is to take care of the Earth and of community. Indigenous people have amazing cultures of constantly engaging in gifting. When I saw a ceremony where the seed was brought by the tribes to be shared, I realized this idea of the commons was a reality as an organizing principle in indigenous cultures.

 Live lightly. Increase your creative articulations through the homes you build, the music you create, and the way you nourish young children. Don’t follow the idea that if you can extract more and dominate more, you’re somehow superior.

 I think there are two really serious problems. One is anthropocentrism, that humans are superior to other beings. Indigenous people teach us that we are members of the Earth family and all other beings are our relatives. The second is that there is no intelligence beyond a few people’s minds. But intelligence is everywhere—intelligence is life. New research on intelligence and the indigenous peoples’ knowledge of everything being conscious are now converging.

 Does this mean that indigenous people are wiser than today’s academics?

 Well, you know, academics have a particular way of knowing the world, by not knowing it. The epistemology of mechanistic reductionism that permeates every field began with how physics and natural sciences were thought about by Mr. Bacon. But the way natural sciences are done is also the way social sciences are done. Mechanistic reductionism basically says that the world is full of objects that are separate from each other To recognize that there is no separation and the world is not populated by objects but beings—that, for sure, is wisdom that indigenous people have and those groomed in mechanistic thought have lost.

 Is there anything that academics, or we Western and European people, can contribute?

 I think everyone can contribute, as long as it is with humility, without superiority or thinking that other beings or other cultures are less. Huge advances have been made in Western science that can be put to the service of the earth and society. All the work being done on ecology, epigenetics, evolutionary biology, symbiosis, all of those amazing streams of knowledge actually have total coherence with indigenous paradigms. I work on soil. I work with farmers and their knowledge, but we have a lab where we dialogue with the soil microorganisms, which we could not see without the microscope.

 The first time we met was 1992, in Münich, where I co-organized The Other Economic Summit—the summit against the World Economic Summit. Now we sit here, 30 years later, and I’m listening to you tell me about spiritual science. You’re aware of the Goetheanum and the background behind biodynamics and anthroposophy. Do you have any relation to them?

 Not in the deep way that you all do, but of course I’ve heard and read about Goethe. I don’t know the details of Steiner’s thinking, but I know Waldorf schools. In a way, that thinking is exactly the same as Tagore’s thinking about learning and Gandhi’s thinking about what education should be. There are amazing convergences.

 It’s such a pity that Goethe and this whole stream was forgotten or broken through German history. Steiner took it up and tried to evolve it for all realms of knowledge and practice. When I listen to you, I have the feeling that you might have never heard or read about it, but you have found it another way, through another door.

 When you talk about how that stream of Goethean thought was put underground, my mind is going to 1484, eight years before the papal bull which legalized the doctrine of taking over the land of other people. But eight years before that was the papal bull on the Inquisition and the witch hunts, targeting anyone who thought differently, who had their own knowledge of healing plants, most of them women healers. I believe we are living under witch hunts again. When we think of the power of those who control Big Pharma, they basically see any free thinking, any independent, sovereign path, as something to be afraid of—to extinguish like a swatted fly.

 It’s about relation and resonance, but it’s also about freedom, about developing one’s own thinking in a way that we flee this imprisoned kind of thinking.

 Change begins with you, and it begins with enlarging your capacity, your own potential. That potential gets enlarged through your relationships. The wider and deeper our relationships become, the more we ourselves get enhanced. That’s our freedom.

 I wrote the book Earth Democracy in terms of freedom for the Earth and ourselves as part of the Earth, because we were defined as the anti-globalization movement. I said, “No, we are an Earth democracy movement.” Every time they said, “Oh, you know what you’re against, but you don’t know what you’re for,” I said, “No, we are for life. We are for love. We are for community. We are for the commons. That’s why we are against privatization and seed patents, against corporations controlling our food supply, against the idea that one World Trade Organization sitting in Geneva can set the rules of how we live.”

 We had a beautiful moment. I think 6,000 communities in India got organized on the 5th of June 1999, because I told them what’s happening with the WTO, etc. I said, “Tell them. Tell Mike Moore,” who was the Director-General of WTO, “tell him what you think.” And they sent postcards. They said, “We understand that you want to own the seed, you want to own the plants. Even in our society we have people who steal. Usually there’s a desperation: a child will steal because the mother is ill, a mother will steal because a child is hungry. And if they explain, then we clearly do not treat them as criminals—we ensure that they get medicine, that they get the food that they need, as part of our community. Come and sit under the banyan tree in our village and explain to us: what is your desperation that makes you want to steal the last seed from the poorest farmer of the world?”

 It’s those kinds of creative actions that came from the people themselves, that then shifted the discussion and the imagination. Just like it’s wrong to say that some plants are weeds and should be killed by herbicides, it is wrong to say that people are useless. Every plant, every insect, every human being has a contribution to make and society collectively has a duty to defend their space and let them evolve on their terms.

 Many young people are afraid about whether there will be a future at all and whether we still have the time to make this deep transformation. Vandana, do we still have time?

 Well, life is a process, and in this process, there’s never a moment that says, “there is no time.” So I think we need to get out of the mechanistic idea of time and the idea that urgency means now, and switch to the recognition that time is the flow through which life evolves and recycles. Urgency means importance, not speed. It means doing the right thing, finding the right niche for us to occupy as human beings, not another wave of mastery of the kind that’s being planned: geoengineering and changing the climate even more, or engineering lab food and cellular meat. As Einstein said, to do the same thing again and again and expect a solution is a clear sign of insanity.

 I think part of it is that children are being made afraid. But I have seen what happens when I bring children to the Navdanya farm and I work with them on the carbon cycle. I work with them on the power of the soil and the power of the green leaf of the plant to draw down carbon dioxide. And suddenly the child’s mind, instead of being the mind preoccupied by fear, becomes the creative mind to become one with the earth, to say, “I am here to serve you. You show me the way.”

 I think there’s hope. As long as there’s life. As long as there’s potential for life, there’s hope.

Thanks to: Das Goetheanum online where this interview originally appeared.  

https://dasgoetheanum.com/en/