Missão, Caráter, Essência, Grail Triptych /Tryptychon Graal, Sonia von Homrich

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17 fevereiro 2020

Épocas Culturais. R Steiner SvH (BR US)

Épocas Culturais/ Cultural Epochs, Rudolf Steiner. Tradução Sonia von Homrich (BR US)
Nós vivemos a 5.a época de cultura pós-Atlântida (1413-3573) na qual a antiga Índia foi a primeira (7.227-5.067AC), a antiga Pérsia a segunda (5.067-2.907AC), a Babilônia-Caldéia a terceira (2.907-747AC), a Greco-Romana a quarta (727AC-1.413); a sexta e a sétima épocas seguirão à nossa. E então uma nova imensa catástrofe cairá sobre a Terra e a humanidade, como foi o caso ao final da época Atlântida.
A pesquisa oculta está apta a indicar as tendências da evolução humana em cada uma destas épocas de civilização pós-Atlântida – incluindo a quinta, a sexta e a sétima. A essencial característica de nossa presente 5ª época é o desenvolvimento do intelecto, da razão. A principal característica da 6ª época será que muito bem definidos sentimentos em relação ao que é moral e ao que é imoral surgirão na alma do ser humano. Sentimentos delicados de simpatia serão despertados por ações compassivas e gentis e de antipatia pelas ações maliciosas. Ninguém que viva na época presente poderá ter a menor e mais fraca concepção da intensidade destes sentimentos. Enquanto na sexta época o ser humano sentirá prazer em ações boas e nobres, na sétima época o resultado natural deste prazer será o impulso moral.
A sexta época será seguida pela sétima, quando a vida moral será ainda mais aprofundada. Enquanto na sexta época o ser humano sentirá prazer com as boas e nobres ações, na sétima época o resultado natural deste prazer será o impulso moral, querendo dizer que existirá uma firme decisão de fazê-lo. Podemos dizer então: nossa época é a época do intelectualismo, a característica essencial da próxima época será do prazer estético pelo que é bom e desprazer estético pelo que é ruim; e a sétima época será caracterizada por uma ativa vida moral.
A próxima “idade” (a sexta época de cultura pós-Atlântida 3.573-5.733), que seguirá a nossa, será já mais espiritual. Nela os sentimentos desempenharão um papel mesmo em conexão com a ciência. Se alguém então desejar ser examinado para admissão em um estudo científico, será necessário para ele estar apto a sentir a luz que existe além de tudo, o mundo espiritual que traz à existência, tudo. O valor do trabalho científico em qualquer teste então consistirá no fato que deve-se observar se a pessoa pode desenvolver no teste emoção suficiente; de outra forma a pessoa falhará no exame. Mesmo considerando que o candidato deva ter um grande conhecimento, ele não passará os exames se não tiver os sentimentos corretos.
[…] Para compreender a natureza do desenvolvimento na sexta época da cultura, é melhor considerar que será as qualidades características da alma nas futuras encarnações. Hoje em nossa dera intelectual, a intelectualidade e a moralidade estão praticamente em esferas separadas na vida da alma. É totalmente possível atualmente para um ser humano ser muito inteligente e ao mesmo tempo imoral e vice-versa – ser profundamente moral e qualquer coisa menos inteligente . [...] Deixe-nos pensar novamente sobre as fases de evolução através da quinta, sexta e sétima época cultural pós-Atlântida, para se apreender como a intelectualidade, o esteticismo e a moralidade irão se expressar na vida da alma do ser humano.
Considerando que na presente quinta época, a intelectualidade pode permanecer sem injúria, sem prejuízo,  mesmo que nenhum prazer aconteça nas ações morais, na sexta época, será bem diferente Na sexta época, a partir do terceiro milênio em diante, a imoralidade terá um efeito paralisante sobre a intelectualidade. Os poderes mentais de um ser humano que é intelectual e ao mesmo tempo imoral irão deteriorar definitivamente e esta sua condição se tornará mais e mais pronunciada na futura evolução da humanidade. O ser humano que não tem moralidade portanto não terá poder intelectual pois este depende inteiramente das ações morais; e na sétima época, inteligência sem moralidade inexistirá.
Fonte/Source: Rudolf Steiner. GA 130. Buda e Cristo, a esfera dos Bodhisattvas. Buddha and Christ, the Sphere of the Bodhisattvas. Milão/Milan, 21 Set 1911/ 21 Sept 1911.  https://wn.rsarchive.org/GA/GA0130/19110921p01.html
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We are living in the fifth post-Atlantean epoch of culture (1413-3573), the ancient Indian being the first (7227-5067BC), the ancient Persian the second (5067-2907BC), the Babylonian-Chaldean the third (2907-747BC), the Græco-Roman the fourth (747BC-1413); the sixth and seventh epochs will follow our own. And then another great catastrophe will befall the Earth and humanity, as was the case at the end of the Atlantean epoch.
Occult research is able to indicate the characteristic trend of human evolution in each of these post-Atlantean epochs of civilisation — including the fifth, sixth and seventh. The essential characteristic of our present fifth epoch is the development of intellect, of reason. The main characteristic of the sixth epoch will be that very definite feelings regarding what is moral and what is immoral will arise in the souls of men. Delicate feelings of sympathy will be aroused by compassionate, kindly deeds and feelings of antipathy by malicious actions. Nobody living at the present time can have the faintest conception of the intensity of these feelings.
The sixth epoch will be followed by the seventh, when the moral life will be still further deepened. Whereas in the sixth epoch man will take pleasure in good and noble actions, in the seventh epoch the natural outcome of such pleasure will be a moral impulse, that is to say there will be a firm resolve to do what is moral. There is a great difference between taking pleasure in a moral action and the doing of it. We can therefore say: our own epoch is the epoch of intellectualism; the essential characteristic of the following epoch will be aesthetic pleasure in the good, aesthetic displeasure in the evil; and the seventh will be characterised by an active moral life.
The next age (the sixth post-Atlantean epoch of culture 3573-5733), following our own, will already be more spiritual. There the sentiments will play a role even in connection with science. If anyone shall then wish to stand an examination for admission to some scientific study, it will be necessary for him to be able to sense the light that exists behind everything, the spiritual world which brings everything into existence. The value of scientific work in any test will then consist in the fact that one shall observe whether a person can develop in the test sufficient emotion; otherwise he will fail in the examination. Even though the candidate may have any amount of knowledge, he will not be able to pass the examination if he does not have the right sentiments.
[…] In order to understand the nature of development in the sixth epoch of culture, it is well to consider what will be the characteristic qualities of the soul in future incarnations. To-day, in our intellectual age, intellectuality and morality are practically separate spheres in the life of soul. It is quite possible nowadays for a man to be very clever and at the same time immoral, or vice versa — to be deeply moral and anything but clever. […] Let us think once again of the phases of evolution through the fifth, sixth and seventh post-Atlantean culture-epochs in order to grasp how intellectuality, aestheticism and morality will come to expression in men’s life of soul.
Whereas in the present fifth epoch, intellectuality can remain unimpaired even if no pleasure is taken in moral actions, in the sixth epoch, it will be quite different. In the sixth epoch, that is, from about the third millennium onwards, immorality will have a paralyzing effect upon intellectuality. The mental powers of a man who is intellectual and at the same time immoral will definitely deteriorate and this condition will become more and more pronounced in the future evolution of humanity. A man who has no morals will therefore have no intellectual power for this will depend entirely upon moral actions; and in the seventh epoch, cleverness without morality will be non-existent.
Source: Rudolf Steiner: GA 130 – BUDDHA AND CHRIST: Jeshu ben Pandira: Lecture I – Leipzig, 4th November 1911