Missão, Caráter, Essência, Grail Triptych /Tryptychon Graal, Sonia von Homrich

https://soniavonhomrich.blogspot.com/2019/11/missao-carater-vida-sonia-von-homrich.html

16 abril 2023

Coração Etérico e Graal.Haertl.SvH

 

CORAÇÃO ETÉRICO E GRAAL

TRADUÇÃO E REVISÃO

SONIA VON HOMRICH

16 DE ABRIL DE 2023


A formação do Novo Órgão Etérico do Coração à Luz da Cultura de Mistérios Michaélica do presente como Rudolf Steiner requer para a nossa Era em suas Palestras
“A Missão de Michael e a Revelação dos Mistérios do Ser do Homem”

“Die Sendung Michaels und Die Offenbarung der eigentlichen
Geheimnisse des Menschenwesens”

Ruth Haertl, Michaelmas 2000  - Arquivos não mais disponíveis no RS Archive.org

https://www.rsarchive.org/RelArtic/HomrichSonia/coracao_eterico.html

Tradução Inglês Monica Gold

 

 

Este ensaio concernente ao coração Etérico toca o mais profundo dos mistérios do ser humano. Atinge os processos individuais da vida humana e suas mudanças evolucionárias que afetam toda a humanidade. O conhecimento destas mudanças é significante para nós quando queremos expandir as nossas habilidades para a cognição do Carma.

Iniciamos com o breve sumário do desenvolvimento do órgão Etérico do coração. Rudolf Steiner descreveu o processo em grandes detalhes falando sobre a formação do órgão etérico do coração das crianças.

Antes do nascimento as forças etéricas são “trazidas”, “atraídas” e unem-se para criar um corpo individual etérico. As forças etéricas mantêm em si substâncias que são tiradas de todo o cosmos.

Figure 1 
Figura 1
(Fonte: GA 212,
26 Maio 1922)

Desenhando um coração etérico Rudolf Steiner nos mostra a periferia das estrelas, o coração entre o sol e a lua, enquanto abaixo a terra é indicada. “É importante compreender que quando descendendo ao mundo da terra nós trazemos em nós a imagem do cosmos”. Esta primeira configuração do coração etérico de Rudolf Steiner tem um aspecto provisional ou hereditário. Permanece com a criança até a perda dos dentes de leite. Em torno dos 7 anos decai. Rudolf Steiner diz com estas palavras “ele decai”. É rejeitado exatamente como os dentes são descartados na idade dos 7 anos. As maravilhosas configurações cósmicas das imagens estelares esvaem-se mais e mais à aproximação do aniversário dos 7 anos. Isto ocorre à época quando o próprio corpo etérico da criança nasce.

Raios de configuração do éter iniciam uma nova forma e se esforçam da periferia ao centro. Ali acumulam em torno do coração físico e como crescem juntos, um segundo coração etérico nasce. É o órgão etérico individualizado do jovem que cresce e amadurece na idade dos 7 aos 14 anos.

Isto ocorre através de um processo onde passo a passo o novo coração etérico repõe tudo que morre do coração hereditário. O novo coração é condensado da esfera do mundo integral (como um todo).

Em outra passagem das palestras de Steiner, lemos que na puberdade o corpo astral é reestruturado numa nova configuração. Na mesma área do corpo na qual o segundo coração Etérico foi formado como um reflexo das estrelas, sol e lua, as forças do corpo astral estabelecem um órgão central adicional. Estes dois órgãos tecem interna e externamente de si mesmos, como um órgão central único, e dentro deste são inscritas todas as ações, todas as motivações morais, as intenções humanas e as idéias.

Em uma de suas palestras Rudolf Steiner fala de uma caixa pequena na qual tudo que é concernente à nossa vida é gravado. Como estudantes no caminho de iniciação nós damos gradualmente um significado, tornando-nos aptos a ler e interpretar nossas ações cármicas do passado, nós assumimos crescer em direção ao entendimento, à compreensão de tudo que está inscrito no coração etérico. Foi no dia 27 de Fevereiro de 1925 em seu 63° aniversário que Rudolf Steiner deu à Dra. Ita Wegman a meditação relacionada ao tema, que se segue:

“Corações interpretam o Carma
Quando corações aprendem a ler
A Palavra,
Que cria na Vida Humana;
Quando corações aprendem a
Falar a Palavra
Que cria no
Ser Humano”

Na estrutura acima mencionada da reestrutura do corpo astral está a imagem de tudo que o ser humano vivencia no mundo espiritual entre a morte e o renascimento. Grandes segredos estão inscritos no corpo astral nesta ocasião. Durante a juventude do ser humano estes segredos emergem pouco a pouco com os órgãos físicos e etéricos, os quais mantêm agora profundos segredos cósmicos, como que aprisionados numa enseada que os nutrem. A partir do “Eu” [Nota 1] o qual em compreensão em boa disposição conecta-se com o nosso corpo astral, estes segredos com as intenções (positivas e menos positivas) e as motivações são gravados (como imagem estampada) no órgão do coração etérico, na pequena caixa citada. Por esta razão, Rudolf Steiner fala que ocorre uma união conjunta do Eu com o coração etérico e astral. E isto significa um total ajustamento do carma individual com as leis cósmicas.

Assim podemos visualizar um processo dinâmico interior, ativamente dando forma ao físico humano através do trabalho criativo do Logos. Podemos dizer que o ser humano nasce a partir da profunda sabedoria cósmica. Forças criativas trabalham através do fortalecimento da Palavra nos invólucros, nas bainhas (de proteção do Eu) do ser humano. O Logos no coração humano torna-se um órgão do destino criativamente trabalhando em harmonia com as “bainhas” do etérico e do astral e com o Eu do ser humano. É a criação de nosso “respeito-à-inspiração” do órgão do coração que foi introduzido na adolescência. Agora um milagre posterior da criação do ser humano se segue.

Um processo contínuo ocorre no qual a humanidade torna-se co-criadora. Através da pesquisa para o trabalho espiritual ativo o ser humano individual torna-se co-criador de seu próprio destino num nível bem mais alto. O ser humano não é mais passivo, o Logos não mais cria no corpo físico sozinho. O fato é que a qualidade do “tornar-se” depende do esforço com objetivos e no forte ampliar de forças da vontade em cada ser humano. Nós mesmos podemos constatar como isto acontece de sua maneira própria.

Podemos permanecer em respeito e admiração enquanto realizamos inteiramente a extensão das possibilidades que são colocadas em nossas próprias mãos. Em total liberdade podemos trabalhar na configuração estrutural de nosso próprio coração etérico; o novo coração que iniciou o processo atual de separação do coração físico em 1721 (Veja o desenho). O fato importante é que a perfeição desta nova criação depende de um objetivo orientado e auto-direcionado rígido, assim como o mais ativado e fortalecido desabrochar (em desenvolvimento, em evolução) da força de vontade. Deve surgir a partir de uma “fisiologia da liberdade” dada pelo Logos para a transformação de nosso próprio ser. A frase “fisiologia da liberdade” foi dada pelo Dr. Peter Selg, um jovem medico que escreveu o livro “Do Logos ao Físico Humano” – “Vom Logos Menschlicher Physis” (Verlag Goetheanum 2000).

A profundidade espiritual de Peter Selg, embora estritamente dentro do modo de pensar do caminho das ciências naturais, seu não usual conhecimento como um médico moderno, permite-o olhar para o corpo humano de uma forma nova. Encontrou Peter Selg, que dentro da estrutura do corpo físico criada pelo Logos existe um “espaço livre” e isto prontamente o levou a cunhar a frase “Fisiologia da Liberdade”. No livro acima citado ele olha para aquelas partes do corpo que apontam o “espaço livre”.

 Figure 2
Figura 2

O desenho que se segue foi tirado da GA 190 de 5 de Abril de 1919. Este desenho aponta o coração físico como ele nada no saco do ambiente separado do coração etérico. Considerando estas idéias com muito cuidado surge diante de nosso olho interior, de Rudolf Steiner, a “Filosofia da Liberdade” (Filosofia da Atividade Espiritual)” (capitulo 9) [Nota 2]. Neste livro Steiner fala da emergência da consciência do Eu através do corpo físico e a possibilidade desta consciência do Eu evoluir porque o Eu faz parte do todo — no pensar espiritual. Adiante ele diz no capítulo 9 que a organização física não faz parte na essência do pensar e que ao contrário o que realmente ocorre é que o físico se retira e cria um espaço para o pensar. O pensar do ser humano é livre! A vontade, no entanto, é apenas acessível através do corpo humano. Ela pode ser liberta se a atividade do pensar for fortalecida de tal forma que o Eu é solto vagarosamente das profundezas da vontade. O leitor pode ver como o majestoso processo da criação em liberdade está profundamente conectado com o trabalho milagroso e criativo do ser humano individual como ele se liberta do que o impede da correta expansão da compreensão, do entendimento, do conhecimento do coração etérico. Estamos falando do coração etérico como um órgão para as vidas futuras (em desenvolvimento agora), um órgão com um olhar para a cognição cármica. Isto tem sido verdadeiramente colocado nas mãos do ser humano porque de acordo com Rudolf Steiner, no ano de 2100 este processo está destinado a atingir lentamente a sua conclusão.

Embora por um lado, o que foi descrito faz parte de um processo normal evolucionário, existe por outro lado, o pré-requisito que não pode deixar de ser examinado. De acordo com Rudolf Steiner, é importante que a humanidade crie a compensação espiritual, o contrapeso do passado, quando o coração era uma Dádiva-divina, um órgão protegido por Deus. Os seres humanos devem conectar o coração etérico separado do mundo espiritual através de uma vida de pensamento e sentimento transformados. Em nossa época (contemporânea, Sardes) [Nota 3] os seres humanos necessitam encontrar um novo caminho michaélico no qual eles procuram a verdade, [Nota 4] então eles encontrarão o caminho correto para este terceiro coração etérico criado còsmicamente. Este novo caminho dinâmico espiritual dá ao ser humano a possibilidade de estruturar ainda mais seu órgão do coração etérico como um órgão do sentido, na maior diversidade possível. Como o terceiro coração é criado pelo Logos na liberdade Michaélica [Nota 5] em conjunção com o ser humano, este cresce em tamanho tanto quanto o organismo inteiro do sangue. É um órgão invisível dos sentidos, um olho interior cognitivo do coração revelando a corrente cármica de eventos através das encarnações.

Rudolf Steiner indicou como o “estudante do espírito” [Nota 6] pode aprender a pensar com este coração etérico e como ele pode proteger e cuidar deste conhecimento. Quando o pensamento Michaélico é verdadeiramente ativado, o conhecimento espiritual é coletado, congregado, através do coração separado, não através da nobre cabeça a qual descarta tanto o subjetivo como os sentimentos humanos; sim, Michael irá abrir o caminho do pensar da cabeça para o coração, e os corações e não as cabeças começarão a ter pensamentos. Tudo isto se segue naturalmente à grande revelação do “criando” [Nota 7] (do processo criativo) do terceiro coração, após o soltar-se do novo formado coração etérico.

É a intenção de Michael que no futuro, a inteligência possa fluir através do coração dos seres humanos e que esta será conectada às mesmas forças divino-espirituais que ajudaram a criar o ser humano no início dos tempos.

Em relação à quinta câmara do coração fui encaminhada à autobiografia de Ehrenfried Pfeiffer (Perseus Verlag, Basel.) O autor toca brevemente nas profundidades deste segredo oculto não apontando para as referências de Steiner. Simplesmente ele indica a meditação do ponto/círculo, dada por Steiner no curso curativo. [Nota 8]

Sumarizando podemos dizer que através da separação do coração etérico e sua posterior expansão sobre a circulação sanguínea como um todo, o pólo oposto é colocado em movimento. Torna-se possível às almas conectarem-se com Michael a engajarem-se na escola “orientada ao ideal” de iniciação. Em conseqüência, entrar em estreita conexão com as hierarquias e o Cristo Etérico [Nota 9] — o qual revela a Si mesmo hoje, como um anjo. É objetivo de Michael que a disciplina espiritual leve ao “conhecimento-no-coração” e que o olho etérico se torne um órgão de cognição.

Lemos nas Cartas-Michaélicas:

  • “A força do Cristo imprime as imaginações humanas no éter cósmico”.
  • “O que o ser humano vivencia como fortalecimento da imaginação consciente torna-se o conteúdo do mundo”.
  • “Corações iniciam a ter pensamentos, este é o novo caminho do ‘pensando-com-o-coração’”.
  • “O novo órgão-do-coração desenvolvido lentamente transforma-se em um olho ou melhor, num órgão do sentido do coração-olho”.
  • “Cada um que se esforça tremendamente na luz da ciência spiritual e conecta-se com o Logos-Mundo criativo através de pensamentos sentidos no coração, cedo ou tarde aprenderá a ler o carma. Ao fazê-lo o ser humano acrescenta à substância da juventude-etérica ou ser angélico através do “como” revela a Si mesmo hoje, o Cristo Etérico”.

Para os discípulos espiritualmente ativos na corrente michaélica, o terceiro coração etérico torna-se:

  1. um olho de auto-cognição, de reconhecimento, de descoberta do verdadeiro Eu como o Ser Eterno do ser humano,
  2. ao mesmo tempo ele torna-se o olho do sentido-do-Eu, o qual percebe o outro em seu verdadeiro Ser,
  3. um olho de cognição para os seres supra-sensíveis e para o próprio Cristo Etérico, protegido e nutrido na cultura de mistérios Michaélica da vontade como é destinado em nossa época cultural,
  4. será também possível perceber o carma de outros assim como a sua própria corrente carmática.

Tudo isto cresce dos frutos de uma vontade treinada. Refiro-me ao verso de Setembro do Calendário da Alma:

Oh, Natureza, sua vida maternal
Carrego dentro da essência de minha vontade.
E em minha energia de fogo da vontade
Devo revestir meu esforço espiritual,
Aquele auto-sentido daí brota
Para manter-me em mim mesmo.

Natureza, tua existência materna
Eu carrego em minha entidade volitiva;
E o poder do fogo de minha vontade
Acera os impulsos de minha mente,
Para que gerem um sentimento de mim mesmo,
A fim de sustentar-me dentro de mim. [Nota 10]

Quando o Dr. Kaelin, [Nota 11] o cientista-pesquisador e médico perguntou a Rudolf Steiner o porque da tendência a problemas cardíacos ele explicou que de fato o coração etérico está se soltando do físico. Isto foi mencionado antes.

Apreende-se da resposta de Rudolf Steiner que nós, no início do século 21 permanecemos no ponto principal concernente ao processo de desenvolvimento do coração etérico. Não podemos falhar na pesquisa de todos os fatos concernentes com a maior clareza possível, não podemos falhar na prática, no exercício e na purificação de nós mesmos enquanto procurando pela verdade. Sim, podemos contribuir para a formação correta do novo órgão do coração etérico; Michael nos deixa livres, porém, ele tem expectativas e nos observa. Hoje muitas pessoas não praticam, é sua omissão, uma trágica perda que ocorre devido à falta de conhecimento a qual traz danos ao coração físico. Muito mais devemos trabalhar em expandir nosso órgão do coração e isto nos permite ascender à imaginação e à inspiração e às formas de cognição onde nós vivenciamos nosso próprio olho cognitivo do coração etérico no Logos-do-Sol.

Os raios poderosos do Espírito-do-Sol vivem no novo órgão do coração etérico (GA 212 [Nota 12]). O ser humano um dia estará apto a galgar infinitas alturas espirituais. Muito mais aspectos do tema devem ser pesquisados. Em Basel, (Oct. 1, 1911 GA 130 [Nota 13]) Rudolf Steiner falou sobre a eterização do sangue, fatos que são bem conhecidos pelos estudantes de Antroposofia. Doenças do coração podem predominantemente ser oriundas da ausência de atividade espiritual. Características morais afetam a contração e a expansão dos vasos capilares, e nossa vida da alma moral também influencia a composição de nosso sangue.

Nosso sangue, visto de uma perspectiva espiritual, é submetido a um constante processo de eterização, criando a fundação para a saúde e a vida. Quando a atividade espiritual é suficientemente desenvolvida isto tem um efeito positivo no sangue porque a substância usada pode ser eterizada. Esta substância de éter tem a sua fonte oculta no sangue etérico do Logos. É o sangue-do-coração do crucificado e subseqüente ascensão do Logos. Ele está unido com o éter do Sol. Internamente conectando-se o ser humano com o Ser de Cristo, vive nele verdadeiramente, na substância eterizada de seu coração etérico e em sua corrente sangüínea etérica a corrente sanguínea do crucificado. [Nota 14] Quando o ser humano não se conecta internamente com o Cristo, se ele O rejeita, o sangue etérico do Cristo é expulso da corrente de sangue etérica deste ser humano. Esta é uma profunda verdade oculta, o pré-requisito para a estupenda expansão do processo de desenvolvimento do novo coração etérico. (A Eterização do Sangue, uma palestra dada em Basle, 1 Out. 1911).

A cada batida cardíaca certa quantidade de substância é absorvida, extraída, da pressão arterial e adicionada à substância etérica. Esta substância etérica principia o irradiar no em torno, de tal forma que nos tornamos conscientes do processo numa imagem. Para começar, temos o ser humano na cruz física de seu corpo. Raios etéricos fluem do centro de seu coração. Do coração de Cristo pregado na cruz da Árvore da Vida flui Seu sangue na terra moribunda e nos corpos que morrem, dos seres humanos. Como raios de sol etéricos eles irradiam longe, no cosmos. Nós também tomamos em nós mesmos estes raios e baseados no pequeno Sol etérico de nosso novo órgão de coração etérico semelhantes correntes podem fluir longe no cosmos. Nós ancoramos e abrigamnos em nosso coração etérico o criativo e ativo sol interior que irradia calor e luz ao meio ambiente, até as longínquas partes do cosmos. É o éter de calor que está predominantemente ativo no coração etérico.

Encontramos importantes indicações da palestra de Rudolf Steiner dada em 2 de Julho de 1921,

GA 205: [Nota 15]

“Quando olhamos o coração interior, encontramos que existem forças coletadas do sistema metabólico e membros. O que é conectado com as forças do coração etérico sabemos que foi espiritualizado. Então, o que tem a ver com a nossa vida exterior e nossas ações também é espiritualizado e tecido nele. Aquilo que vem sendo preparado no coração como forças torna-se em predisposição e tendências carmática. ‘É simplesmente escandaloso falar de uma bomba no coração ...’” [Nota 16]

“Veja, quando alguém conhece esta organização e aprende a diferenciá-la então tudo parece como que conectado num todo integrado. A pessoa precisa olhar para esta integralidade, para a vida que se encontra entre o nascimento e a morte. Desta forma pode-se olhar para a mais íntima estrutura do ser humano. Não podemos falar da cabeça porque simplesmente a cabeça é eliminada: aquelas forças que são preenchidas com esta encarnação, são as forças transformadas da última encarnação. As atividades metabólicas que ocorrem não são somente processos químicos que alguém pode examinar fisiológica ou quimicamente. Existe outra nuance importante onde a moralidade acontece. Esta nuance moral é verdadeiramente guardada (arquivada) no coração e transferida para a próxima encarnação. Estudar o ser humano integral significa encontrar nele as forças que alcançam além da vida na terra.”

Na GA 205, 2 Jul. 1921, pág. 110 Rudolf Steiner diz: “Você pode imaginar a tremenda diferença que existe entre o que vive em nosso coração durante esta encarnação e a condição na qual encontramos a nós mesmos numa próxima nova vida após termos passado por um longo período de desenvolvimento no tempo entre a morte e o novo nascimento. Quando ainda você olha em seu coração interior você acessa muito bem, naturalmente, apenas num caminho oculto, não numa imaginação amplamente desenvolvida, o que você fará em sua próxima vida. Pode-se dizer, veja você, não apenas numa maneira abstrata, que a minha próxima vida é preparada hoje em todos os detalhes carmáticos, mas pode-se também apontar para a “pequena caixa” na qual o carma repousa, esperando o futuro.”

Figure 3 
Figura 3

Outra importante palestra dada em 1 Maio 1915, GA 161, [Nota 17] onde Rudolf Steiner fala sobre o coração etérico em relação com sua nova posição atrás da cabeça fora do corpo físico. Ver o desenho. É de extrema importância que isto seja levado em conta. É necessário estudar como conseqüência e pesquisar o coração etérico e sua posição olhando [Nota 18] — “O Conhecimento dos Mundos Superiores” especialmente a parte “Alguns resultados da Iniciação” — “Alguns Resultados da Iniciação”. A parte de sombras escuras atrás da cabeça na imagem será o primeiro início do novo coração etérico. Surge como uma poderosa rede de sangue eterizado que cria uma pele individual fina separando-a do éter cósmico. Com isto nós damos um outro passo na compreensão do tamanho e na posição do coração etérico.

Finalmente devemos direcionar nosso olhar para as possibilidades que o novo coração etérico como um órgão dos sentidos ou Olho-Solar está apto a se desenvolver para o futuro. Eu já indiquei. Ouvimos na palestra de 6 Maio 1922 — quando olhamos em nós mesmos, vivenciamos nosso olho etérico como um olho cognitivo. Torna-se um órgão que direcionamos para nossas próprias profundezas. Aqui vivenciamos as emoções em flamas, devastadoras e ardentes, os desejos, as paixões e os “drives” [Nota 19] e por outro lado o que em nós não se conecta com estes porque é o nosso ser eterno. Estes vivem par a par com aquele. Então podemos dizer que o novo órgão etérico torna-se cognitivo para nosso ser eterno nas profundezas da organização metabólica e da vontade. Enquanto a nossa cabeça sustenta a nossa alma como que sepultada por dentro, nós compreendemos a nós mesmos, nosso ser eterno, nas escuras profundezas da vontade purificada de emoções e “drives”. [Nota 20] “Agora entramos nos domínios onde a alma e o espírito se tornam um”, diz Rudolf Steiner em sua palestra de 6 Maio, 1922, GA212. [Nota 21] “Na cabeça ou cérebro o ser humano é físico. O que é semelhante à alma foi enterrado ali, é como um cadáver. Este cadáver é a área na qual presentemente toda a pesquisa científica natural olha diretamente para a alma. Mas na realidade, a alma é verdadeira para si e conectada ao espírito abaixo do coração. O novo e lindíssimo órgão dos sentidos o qual é tão amplo quanto o organismo sangüíneo, encontra o eterno ser do homem próximo de tudo que surge das profundezas da vontade como impulsos (drives) e emoções.”

Quando o discípulo de iniciação ascende para a cognição imaginativa e inspirativa o que surge, então, como impulsos baixos e instintos, não pode falar. Surge uma somatória de pensamentos em imagens majestosas, revelando o que o ser humano era antes do nascimento. O discípulo é transportado no tempo antes do nascimento.

Aquilo que vemos como uma visão através do coração, que se tornou um órgão do sentido, este é nosso próprio ser eterno. Vivenciamos nosso próprio Eu [Nota 22] de nosso eterno ser. Enquanto continuamos a apressar, a empurrar em nosso próprio ser, as qualidades semelhantes ao Sol, mudam. Chegamos ao ponto definido onde encontramos conhecimento inspirado e onde tecemos com a inspiração cognitiva numa imagem verdadeira do mundo. Agora em total consciência através de um repentino solavanco interior em nossa alma espiritual sente-se como se nos fundíssemos com o próprio Sol e no mesmo instante quando chegamos à cognição inspirada, quando o nosso sentido do coração torna-se um órgão cognitivo, subitamente sentimos como o nosso coração é transplantado para o sol, sentimos como se nós fossemos o sol, o sol é em nós, pertence a nós. [Nota 23] O Sol torna-se o nosso olho, nosso ouvido e o nosso órgão do calor. Em solavancos, nos encontramos assemelhados ao Sol. “Permanecemos com a luz, tocamos seres espirituais com nossos órgãos de luz.” Aqui o conhecimento supra-sensível atinge um outro estágio, um pequeno passo adiante é dado. Então não apenas sentimos nós mesmos dentro do Sol, mas percebemos nós mesmos “do outro lado do Sol” . Agora nos movemos totalmente no Sol, sentimos fazer parte do Sol com o nosso ser mais interior ser e vivenciamos o mundo dentro de nosso ser; previamente ele estava fora, em torno de nós. Estas são palavras de Rudolf Steiner. É uma vivência que temos enquanto inconscientes no sono.

Agora precisamos atingir além da esfera do Sol e isto somente ocorre através da inspiração e posteriormente da intuição. Aqui o Sol físico nos separa do lugar no qual vivemos entre a morte e o novo nascimento. O Sol físico nos impede de ver o espiritual. Através do degrau adicionado, no entanto, agora conscientemente vivenciamos o espírito do Sol e sentimos como se estivéssemos dentro do Sol perambulando entre os caminhos do mundo. Alcançamos fora, a semelhança ao Sol como “o Sol tem um Ser Espiritual”, algo como um Super-Sol. Assim como a Lua exerce uma poderosa influência no ser humano físico, assim o Sol tem uma enorme influência em sua alma.

 Figure 4
Figura 4

Algo que foi dito no passado, através da clarividência instintiva, conhecia-se que pessoas especialmente inclinadas espiritualmente são não apenas o que são devido ao Sol e da Lua, mas que elas são o que são através do Grande Ser Solar. Esta é a razão do porque no passado pessoas eram pintadas com auras douradas. Assim, demonstrava-se que a pessoa estava apta a alcançar não apenas os domínios da alma mas os domínios do espírito e adiante, de tal forma que a extensão tornava-se visível no etérico.Veja o desenho de Rudolf Steiner. Impulsos, paixões, desejos não fluem do que está conectado com o super-sol, mas sim à alma da terra. Vivencia-se um calor interior e um entusiasmo interior, mas em pura forma espiritual, não através de impulsos e paixões. É calor o que vem do mundo, do Grande Ser-do-Sol. [Nota 24]

Sumarizando, esta é a coroação do que um dia se percebe e conhece espiritualmente, o novo órgão do coração etérico como o olho-Solar, quando o Sol como Super-Sol espiritual torna-se olho cognitivo no coração etérico.

Tudo que foi mencionado aqui, especialmente as possibilidades estupendas para o coração etérico, é de grande significado porque como sua fundação reside o ato Michaélico livre e criativamente tomado pelas mãos do discípulo.

É o poderoso chamado esotérico para cada discípulo de Michael, para ajudar na criação da nova Terra-Sol. Este co-trabalho pode ser assumido quando o corpo etérico e o coração etérico tornam-se amplamente cristianizados a partir das novas faculdades do “coração-etérico-olho-solar”, enquanto o coração aprende a interpretar os eventos cármicos através do ler, dentro do Logos criativo e ativo.

Aprender a falar a Palavra que estrutura a vida humana requer que a cultura Michaélica acordada nas forças da vontade, fortaleça a vontade. Estas misteriosas e mágicas capacidades irão surgir para o ser humano do futuro. Cedo ou tarde, o novo coração etérico do ser humano tornar-se-á um órgão ativo que através de “insights” [Nota 25] cármicos torna-se crescentemente apto a curar e ajudar na esfera social. Ao pilar da cognição, o pilar da vontade deve ser acrescido, como a coluna do sangue cristianizado.

Desta forma, o segredo do Graal vive na magnificência do ampliar a alma espiritual oculta do coração etérico. O novo coração etérico como um olho-espiritual cognitivo do ser eterno humano é o local onde a Taça do Graal, o órgão etérico, acende como a força real, como o sangue do Redentor. Christian Morgenstern pronuncia:

“Eu ergo meu coração a ti como o verdadeiro vaso do Graal ...”

É a vivência de estar totalmente imbuído com o espírito da eternidade o qual preenche a alma receptiva do jovem Graal no cúltico evento espiritual do altar do Sol. Aqui, espírito e alma se unem. É o caminho Michaélico para a cidade celestial – a Nova Jerusalém.

 


Leituras: (Referências)

A Missão do Arcanjo Michael  “The Mission of the Archangel Michael” https://rsarchive.org/Lectures/MissMich/MisMic_index.html

 

 A Revelação do Mistério Único do Ser Humano. Novembro 21–30, 1919, Dornach. Rudolf Steiner: GA 161, 190, 205, 212, 10.  https://rsarchive.org/Lectures/GA161/English/UNK1944/ProDea_index.html

https://rsarchive.org/Lectures/GA190/

https://rsarchive.org/Lectures/GA205/

https://rsarchive.org/Lectures/GA212/

ESGOTADO https://www.antroposofica.com.br/listaprodutos.asp?idproduto=36786&q=o-conhecimento-dos-mundos-superiores---rudolf-steiner

https://rsarchive.org/Books/GA010/

https://www.amazon.com.br/How-Know-Higher-Worlds-Ga10/dp/0880103728

GA10/1 – O caminho da Iniciação https://rsarchive.org/Books/GA010/English/HR1960/GA010a_index.html

GA10/2 – Iniciação e seus resultados https://rsarchive.org/Books/GA010/English/MAC1909/GA010b_index.html


Ehrenfried Pfeiffer, “Uma vida para o spiritual — Ein Leben fuer den Geist” 1999 Perseus Verlag, Basel.

Peter Selg, “ Do Logos para o físico humano, o desdobramento da fisiologia humana antroposófica no trabalho de Rudolf Steiner — Vom Logos der Menschlicher Physis, die Entfaltung einer anthroposophischen Humanphysiologie im Werk Rudolf Steiners.” Goetheanum August 6, 2000.

Heinz Herbert Schoeffler, „ A formação do tempo dos corações“ — “Die Zeitgestalt des Herzens.” 1974 Verlag Freies Geistesleben, Stuttgart

Ruth Haertl, “ À procura da importância do conhecimento no Pensar do Coração da Antropos-Sofia à Luz do Santo Graal — Auf der Suche nach der Wirklichkeit der Erkenntnis im Denken des Herzens aus Anthropos-Sophia im Lichte des Heiligen Graal.” Verlag Ch. Moellmann, ISBN 3-931156-84-2

 

Arquivo não mais disponível  http://www.rsarchive.org/RelArtic/GoldM/etheric_heart.html

GA 194 Sendung Michaels, Die. Die Offenbarung der eigentlichen Geheimnisse des Menschenwesens. 12 V Dornach 21/11–15/12/19.

 

RUDOLF STEINER - THE MYSTERIES OF LIGHT, OF SPACE, AND OF THE EARTH - GA 194 - https://rsarchive.org/Lectures/GA194/English/AP1945/MystLt_index.html

Quatro palestras em Dornach, Dezembro de 1919, compõe as Palestras Essência Espiritual e seu Trabalho, ao todo 12 palestras do volume, A Missão de Michael. A Revelação do Segredo Intrínseco do Ser Humano. Publicadas em alemão: Die Sendung Michaels. Die Offenbarung der eigentlichen Geheimnisse des Menschenwesens.Traduzidas para o Inglês por Frances E. Dawson

1 O dualismo na vida do tempo presente. 12 Dez 1919

2 O desenvolvimento da arquitetura. 13 Dez 1919

3 Ocorrências históricas do último século. 14 Dez 1919

4 Os antigos mistérios da Luz, Espaço e Terra. 15 Dez 1919

 


NOTAS

Nota 1 Eu – Corpo físico, etérico, astral e Eu onde astral corresponde à alma e Eu ao Espírito, diferindo de Ego que dá uma conotação ligada a conceitos de psicologia e psiquiatria e diferem do que queremos aqui transmitir. “Eu”, na medida em que o espírito é independente da alma, não se mistura confundindo-se com esta e é eterno, sendo a individualidade eterna do ser humano a que está em contínua evolução; esta pode ser retrógrada ou direcionada ao futuro.

Nota 2  https://rsarchive.org/   Em Português, veja A Filosofia da Liberdade da Editora Antroposófica http://www.antroposofica.com.br

Nota 3 Era, ou época. Segundo Jacira Cardoso (nota 29, pág. 65) em “O Apocalipse de João”, 2003, Editora Antroposófica, os termos — era, período e época — são utilizados de acordo com a classificação geológica embora esta não se aplique. Rudolf Steiner usa sem distinção a terminologia. Assim, eras refere-se a eras planetárias, períodos refere-se ao período atlântico ora em curso e épocas refere-se à época contemporânea, Sardes, ou à próxima, russa ou Filadélfia.

Nota 4 Procurar a verdade: no cosmos e na terra ao mesmo tempo.

Nota 5 Micaélica ou Michaélica – prefiro a expressão Michaélica pois mantém-se assim o nome do Arcanjo-Arqueu Michael.

Nota 6 Estudante ou discípulo do espírito, da ciência espiritual ou antroposofia.

Nota 7 “Criando” ao invés de “criar” no sentido de que a relação temporal é a do tempo presente, está acontecendo agora, está em processo de criação.

Nota 8 Rudolf Steiner. Curso de Pedagogia Curativa, GA 317, Palestras para médicos e pedagogos curativos, Dornach, 25 Junho–7 Julho, 1924. Curso de education Curativa, Curative Education, Rudolf Steiner Press, London, 1972.

Nota 9 Cristo em sua Segunda Vinda, no Etérico da Terra, sendo vivenciado por várias pessoas da atualidade, em várias localidades da Terra a partir de 1933, com intensidade.

Nota 10 Rudolf Steiner. Disposição Anímica de Michael. Verso 26, 29 de Setembro – 5 de Outubro, Calendário Antroposófico da Alma. Tradução Sonia Setzer/Rudolf Lanz.

Nota 11 Criador do método Kaelin de dinamólise capilar do sangue. Realizado no Brasil na Clínica Vivenda Sant’Anna em Juiz de Fora, coordenado em termos mundiais por Dra. Norma Priemer.

Nota 12 Rudolf Steiner. Menschliches Seelenleben uns Geistesstreben im Zuzammenhahge mit Welt- und Erdentwickelung. Dornach 29 April – 17 Juni, 1922. GA 212

Nota 13 Rudolf Steiner. A Eterização do Sangue. A Intervenção do Cristo Etérico na Evolução Terrestre. Uma palestra. 1 Outubro de 1911. GA 130 Basel 01/10/11. The Etherization of the Blood.

Nota 14 Deve-se ter em mente as descrições de Rudolf Steiner do profundo significado do fenômeno supra-sensível que aconteceu diante dos olhos de alguns iniciados, a passagem de um deus do Sol através do portal da morte, e sua conquista de um corpo na luta travada no Hades com as forças do mal, abrindo caminho para nossas compensações carmáticas ocorrerem em liberdade.

Nota 15 Rudolf Steiner. Menschenwerden, Weltenseele und Weltengeist – Erster Teil: Der Mensch als leiblich-seelische Wesenheit in Seinem Verhältnis zur Welt. 13 Palestras, Stuttgart 16 Jun, Bern 28 Jun Dornach 24 Juni – 17 Juli 1921.

Nota 16 O prof. Manteufel pai de Barbara Manteufel, arquiteta, ambos falecidos,  realizou uma pesquisa na qual demonstrou que o coração não é uma bomba. Ver: Friedrich Husemann, Otto Wolff. A imagem do homem como base da Arte Médica. Ed. Resenha Universitária, 1978. The Anthroposophical Approach to Medicine, 1989, Anthroposophic Press.

Nota 17 Rudolf Steiner GA 161. Wege der geistigen Erkenntnis und der Erneuerung künstlerischer Weltanschauung. 13 palestras Dornach, 9 Jan. – 2 Mai, 1915.

Nota 18 Editora Antroposófica https://www.antroposofica.com.br/

Nota 19 Sentimos como se a nossa vontade fosse torcida e espremida, virada do avesso, podendo até sentir tonturas e câimbras na região, fazendo literalmente a vivencia “das tripas, coração”. Nosso coração se dilacera, se choca, se surpreende, dói em muitos pontos, parece que em certos momentos até para nas vivências da separação do etérico e do físico, criando o ponto do “nada” através da vivências do dia a dia. Em cognição consciente da vontade e dos sentimentos.

Nota 20 “Drive” é o impulso, o incontrolável desejo que nos dilacera para possuirmos algo, como a droga o é para o viciado.

Nota 21 Rudolf Steiner. GA 212. Menschlisches Seelenleben und Geistesstreben in Zuzammenhange mit Welt- und Entwickelung. 9 Palestras. Dornach 29 Ab – 17 Jun 1922.

Nota 22 Nosso próprio Eu, nosso próprio “self”. Evitando similitudes com a linguagem da psicologia e da psiquiatria, prefiro usar o termo Eu, que é mais abrangente e integral, para a compreensão do texto.

Nota 23 Nós em Deus, Deus em nós.

Nota 24 Várias pessoas interpretam que a vida sem entusiasmo, sem paixões significa uma vida sem o verdadeiro entusiasmo espiritual – e é exatamente neste ponto que reside o engano.

Nota 25 Discernimento, introvisão/Visão interior.

 

FONTES DAS IMAGENS  - palestra 6. A formação do Coração Etérico e Astral.  The Formation of the Etheric and the Astral Heart. GA 212.

https://rsarchive.org/Lectures/GA212/English/AP1984/19220526p02.html

 

 GA 212, 26 Maio 1922. https://rsarchive.org/Lectures/GA212/

A alma humana em relação à evolução do mundo. 9 palestras.

Coração Etérico e Graal. R.Haertl.SvH







Sorry, link correto


https://soniavonhomrich.blogspot.com/2023/04/coracao-eterico-e-graalhaertlsvh.html






08 abril 2023

Educação Espiritual e Higiene.Rudolf Steiner.SvH

 Sonia von Homrich

Brasileira, atua desde a década de 70 em “Conflitos E Vida”, com reconhecimento de seu Spiritual Counselling por Rev. Evelyn Francis Capel (Londres, 1987). Mediadora.  Inglaterra, Alemanha, Suíça, França, Portugal, Brasil.


Educação Espiritual e Higiene. Rudolf Steiner.

Tradução Sonia von Homrich

"...Agora fica claro porque em nosso período, a proteção da vacina surgiu. Entendemos também porque entre as melhores mentes de nosso período, existe um certo tipo de aversão à vacinação. Esta aversão é uma expressão externa de uma realidade interior. Ao se destruir uma expressão física de uma falta prévia, devemos assumir o nosso dever de transformar o caráter materialista da individualidade em questão, usando como meio, a educação espiritual correspondente. Constituímos desta forma, a indispensável contrapartida, sem a qual somente metade de nossa tarefa seria realizada, sem meramente transferir algo para o qual,  a pessoa em questão, terá que produzir (ela mesma) uma contrapartida numa encarnação posterior.

Ao  destruirmos a suscetibilidade à varíola, estaremos nos concentrando no lado externo da atividade cármica somente. Se, por um lado, buscamos a Higiene, é necessário que por outro lado, sintamos como nosso dever contribuir para que a pessoa que teve o organismo assim tão transformado, contribuir igualmente para o bem de sua alma. A vacinação não será prejudicial quando, subsequente à vacinação, a pessoa receber educação espiritual. Se nos concentramos somente de um lado sem enfatizar o outro, a balança pesará  fortemente de forma desigual. Isto é o que realmente se sente nos círculos que sustentam que, onde  medidas higiênicas vão longe demais, apenas fracas  naturezas  serão propagadas. É claro que isso não é justificável, mas vemos aqui como é essencial assumirmos tanto uma tarefa como a outra.”  (*) Fonte

Rudolf Steiner. Ciclo de Palestras:  MANIFESTATIONS OF KARMA  GA 120

https://rsarchive.org/Lectures/GA120/English/RSP1984/ManKar_index.html

1.      A Natureza e significado do Carma no Pessoal e Individual e na Humanidade, a Terra e o Universo. 16 Maio 1910.

2.      Carma e Reino Animal 16 Maio 1910

3.      Karma em relação à doença e à Saúde 18 de Maio de 1910

4.      A curabilidade e incurabilidade de doenças em relação ao Carma 19 Maio 1910

5.      Doenças naturais e acidentais em relação ao Carma 20 Maio 1910

6.      Os relacionamentos entre o Carma e os Acidentes 21 Maio 1910

7.      Forças da natureza, erupções vulcânicas, terremotos e epidemias em relação ao Carma 22 Maio 1910

8.      Carma e Seres de Altas Hierarquias  25 Maio 1910

9.      Efeitos do Carma de nossas vivências como homem e como mulher (sexo de nascimento). Morte e Nascimento em relação ao Carma. 25 Maio 1910

10.   Vontade livre e Carma no futuro da evolução humana 27 Maio 1910

11.   Carma Individual e Humano. Carma de Seres de Altas Hierarquias. 28 Maio 1910


(*) Fonte: Rudolf Steiner. GA 120. Manifestações do Carma: Palestra 8: Carma de Seres de Altas Hierarquias. Hamburgo, 25 Maio 1910.  Manifestations of Karma: Lecture 8: Karma of the Higher Beings. Hamburg, May 25, 1910 https://rsarchive.org/Lectures/19100525p01.html

<<<>>>  Sugiro utilizar o tradutor

If we wish to resolve the contradiction which was placed before us at the end of yesterday's lecture, we must to-day once more look back upon the two forces, the two principles, which in the course of time have appeared to us to stimulate and also at the same time to regulate our karma. 

We have seen that our karma is brought into action only through the influences which the luciferic powers bring to bear upon our astral body, and that through the temptations of these powers we are led into expressions of feelings, impulses and passions, which in a certain way make us less perfect than we should otherwise be. Whilst acting upon us, the luciferic influences call forth the ahrimanic influences whose forces do not act from within, but from without, working upon and in us by means of all that confronts us externally. Thus it is Ahriman who is evoked by Lucifer, and we human beings are vitally involved in the conflict of these two principles. When we find ourselves caught in the clutches of either Lucifer or Ahriman, we must endeavour to progress by triumphing over the ill that has been inflicted upon us. This interplay of activity of the luciferic and ahrimanic powers around us can be understood quite clearly if we consider from a somewhat different aspect the case we alluded to in the last lecture — the case where the person succumbs to ahrimanic influence, whereby he experiences all kinds of deceptive images and illusions. He believes that knowledge of one thing or another has been specially imparted to him, or is in one direction or another making an impression upon him, while another person who had preserved a sound power of judgement would easily recognise that the person in question has succumbed to errors and delusions. Last time we spoke of those cases of clairvoyant delusions regarding the spiritual world, clairvoyance in the invidious sense, and we have also seen that there is no other, or at least no more favourable defence against the delusions of false clairvoyants than a sound power of judgement acquired during our physical life between birth and death.

What has been said in our last lecture is of great significance and of fundamental importance if we are dealing with clairvoyant aberrations, for in the case of clairvoyance not attained through regular training, through systematic exercises under strict and proper direction, but showing itself through old inherited characteristics, in images, or else in hearing of sounds — in the case of such false clairvoyance we shall always find that it diminishes, or even ceases altogether if the person in question finds the opportunity and has the inclination seriously to take up anthroposophical studies, or to take up a training that is rational and normal. So we can say that a person who has a wrong perception of the super-sensible always finds that the true sources of knowledge, if he is susceptible to them, will invariably prove helpful to him and lead him back to the right path. On the contrary, we all know that if someone through the complexities of karma has arrived at a condition in which he develops symptoms of persecution mania, or megalomania, he will develop a whole system of delusive ideas, all of which he can substantiate most logically but which are nevertheless delusive. It may happen for instance that he thinks quite correctly and logically in every other department of life, but has the fixed idea that he is being pursued everywhere for some reason or another. He will be able, wherever he may be, to form the cleverest combinations out of the most trivial happenings: ‘Here again is that clique whose one and only aim it is to inflict this or that upon me.’ And in the cleverest way he will prove to you how well founded is his suspicion.

Thus a person may be perfectly logical and yet give expression to certain symptoms of madness. It will be quite impossible to impress such a person by logical reasoning. On the contrary, if we make use of logical reasoning in such a case it may well happen that this will challenge the delusive ideas and the victim will try and find even more conclusive proof of the assertion resulting from his persecution mania. When we speak in the terms of Spiritual Science things must be taken literally. If a little while ago, and also the last time, we pointed to the fact that in the knowledge of Spiritual Science we possess an opposing force against any aberration of clairvoyant powers, we were then referring to something entirely different from what we are now discussing. We are not now concerned with influencing the person in question by means of revelations of Spiritual Science. Such a person is not amenable to any reasoning derived from the realm of ordinary common sense. Why should this be so?

In a disease whose symptoms are such as we have described, we have to deal with a karmic cause in previous incarnations. The errors which come from the inner being do not in every case proceed from the present incarnation but from a preceding one. Let us now try to get an idea of how something may be carried from an earlier into the present incarnation.

For this purpose we must envisage the course of our soul evolution. As external man, we consist of physical body, etheric body and astral body. In the course of time, into these sheaths we have built by means of our Ego the sentient soul into the sentient body, the rational or mind soul into etheric body, and a consciousness soul into the physical body. These three soul members we have developed and have built into the three sheaths where they now dwell. Let us suppose that in some incarnation we were so tempted by Lucifer, or in other words, we developed such egotistical impulses, greed, and other instincts that our soul was laden with transgressions. These transgressions may be in the sentient soul, the rational or mind soul, or in the consciousness soul. This then is the cause which in some future incarnation will be implanted in one of the three soul members. Let us suppose that there was a fault attributable especially to the forces of the rational soul. In the state between death and rebirth this will be so metamorphosed that it will be manifested in the etheric body. Thus in the new incarnation we encounter in the etheric body an effect that may be traced back to a cause in the rational soul of a preceding incarnation. But the rational soul of the next incarnation will again work independently in that incarnation, and it makes a difference whether this human being has previously committed this fault or not. If he has committed it in an earlier incarnation, he now carries his fault in his etheric body. It is now deeper rooted and is not in the rational soul but in the etheric body. But such rationality and good sense as we may acquire upon the physical plane will affect only our rational soul, and will not affect the activity of our rational soul in an earlier incarnation which has already been woven into the etheric body. For this reason it may happen that the forces of the rational soul, as we now encounter them in human beings, are doing their work logically, so that the real inner being is altogether intact; but that the co-operation of the rational soul with the diseased part of the etheric body provokes error in a certain direction. We can affect the rational soul with reasons which can be brought forward upon the physical plane, but we cannot directly affect the etheric body. That is why neither logic nor persuasion will have any effect. Logic would be of little use were we to place someone in front of a convex mirror so that he could see his distorted image, and then try to convince him that he is mistaken in thus seeing the image. He will nevertheless see a distorted image. In the same way does it depend upon the man himself if he morbidly misunderstands a thing, for his logic may be sound in itself but is reflected in a deformed manner by his etheric body. 

Thus we can carry within our deep organism the karmic effects of an earlier incarnation, and we can actually demonstrate that the defect is present in a certain part of the organism, as in our etheric body for instance. We see here how under the luciferic influence we have contracted an evil in a previous incarnation, and how between death and a new birth it has been transformed. In the interim between death and a rebirth is accomplished the transformation of something internal into something external, and then Ahriman works against us through our own etheric body. This shows how Ahriman is drawn by Lucifer to approach our etheric body. Previously the transgression was luciferic; it has been so transformed that, as it were, a receipt for it is given us by Ahriman in the next incarnation, and then it is a question of expelling the defect from one's etheric body. This can be done only by a deeper intervention in our organism than can be achieved in one incarnation by the ordinary means of external reason.

He who in a certain incarnation passes through such an experience as that of persecution mania will, when again passing through the gate of death, be confronted by all the actions that he has performed in consequence of this ahrimanic defect, and he will see the absurdity of what he has done. From this will spring the new force which will completely heal him for his next incarnation; for he can be healed only by realising henceforth that the way he acted under the influence of the symptoms in question was absurd in the external world. We now realise how we can assist such healing. If someone suffers from such mad ideas we shall not succeed in healing him by means of logical reasoning, for such reasoning will only call forth even more violent opposition. But we shall achieve some result, especially when such a disposition shows in early youth, if we bring the sufferer into such a situation where the consequences of these symptoms prove themselves to be obviously absurd. If we make him face facts called forth by himself, and which react upon him in a crassly absurd manner, we can heal him in a certain way.

We can also have a healing influence if we ourselves are so far in possession of the truths of Spiritual Science, that they have become the inner possession of our soul. If they have become such an integral part of us, then the whole of our personality will be radiating these truths of Spiritual Science. With these truths that stream into life between birth and death, filling it and yet projecting this life itself; with these revelations of the super-sensible world we can achieve more than with external rational truths. When nothing can be achieved by external logical reasoning we shall, if we patiently apply the truths of Spiritual Science, be able to bring impulses to bear upon the person in question, so that we can, as it were, achieve in the one incarnation what could otherwise take place only by the circuitous passage from one incarnation to another, namely, through penetration of the etheric body by the rational soul. For the truths of the physical plane cannot bridge the chasm between the sentient soul and the astral body, between the rational and the etheric body, or even between the consciousness soul and the physical body. That is why we shall always find that however much wisdom concerning the material world one may absorb upon the physical plane, this wisdom will have but little relationship to the world of his feeling — what we might term a permeation of his astral body by the corresponding impulses and passions. One may be most learned, may have much theoretical knowledge of things belonging to the physical world, may have become an ‘old professor,’ and yet may not have attained within to a transformation of the impulses, feelings and passions that dwell within the astral body. One may indeed know a great deal about the physical world and yet be a gross egotist, because such impulses have been absorbed in youth. Naturally the two things can go hand in hand, external material science and cultivation of the astral and etheric bodies from within. In the same way one can possess truths and amass such knowledge as may become forces for the rational soul in regard to the physical plane, and yet be incapable of bridging the deep chasm existing between the rational soul and the etheric body. In external truths, though one may be learning an enormous amount it will seldom be found that what has been learnt will have any power over the formative forces of the body.

In the case of a person who is affected by these truths to such an extent that they get a hold upon his entire being, we may find that in the course of ten years the whole of his physiognomy will have changed so that upon it we can read the conflict he has experienced. We may also notice in his gestures if, for instance, with self-restraint he has become tranquil. These things will find their way into the formative forces of the organism, and even the most delicate and subtle parts of the organism will be stirred thereby. If what is grasped by our mind is not exclusively concerned with the physical plane we still shall become different after ten years, but the change will then have kept to the normal course in the same way as dispositions develop and change in a normal way in ordinary life. In the course of ten years we may possibly develop a different facial expression, but unless we have bridged the chasm from within, this change will have been produced by external influences. In this case we are not transformed by a force taking possession of us from within. It is therefore obvious that only the truly spiritual which really unites itself with our innermost being is able to have a transforming effect upon our formative forces during the period between birth and death, and that this transition, this bridging of the chasm will assuredly take place in the karmic activity between death and re-birth. If, for instance, those worlds through which we pass in the interim between death and a new birth are impregnated with the experiences of the sentient soul, then they will appear in the next incarnation as formative, shaping forces.

In this way the reciprocal activity of Ahriman and Lucifer has become intelligible. And now we ask how this combined reciprocal activity presents itself when things are even more distant, when, for instance, the luciferic influence has not merely to cross the abyss between the rational soul and the etheric body, but has, as it were, a longer way to go.

Let us suppose that in one life we are particularly susceptible to the influence of Lucifer. In such a case, we should with the whole of our inner being become considerably less perfect than we were before, and in the kamaloca period we should have this most vividly before our eyes, so that we should resolve to make a tremendous effort in order to balance this imperfection. This desire we incorporate as tendency, and in the next incarnation, with what have now become formative forces, we shape our new organism so that it must have a tendency towards balancing our earlier experiences. But let us suppose that the release of these luciferic influences had been instigated by something external, by an external greed, there must have been the influence of Lucifer. Anything external could not have affected us had not Lucifer been active within us. Thus we have within us a tendency to compensate for that which we have become through the luciferic influence.

But as we have seen, the luciferic influence of one incarnation challenges and attracts to itself the ahrimanic influence in the next incarnation, so that the two act in alternation. We have seen the luciferic influence to be such that we can perceive it with our consciousness; that is to say, however, that our consciousness can still just reach down into our astral body. We have said that it is due to the luciferic influence when we are conscious of pain, but we cannot descend to those realms that may be termed the consciousness of the etheric and physical bodies. Even in dreamless sleep we have a consciousness, but one of so low a degree that we are not able to be aware of it. But this does not necessarily mean that we are inactive in this consciousness which is possessed normally for instance by plants, consisting as they do only of physical and etheric body. Plants live continually in the consciousness of dreamless sleep. The consciousness of our etheric and physical body is present also in our waking condition in the daytime, but we cannot descend to it. That this consciousness may he active, however, is shown when we perform in our sleep somnambulistic actions of which we later know nothing. It is this dreamless sleep consciousness that is active. The ordinary consciousness and the astral consciousness cannot penetrate to the sphere of somnambulistic action.

But because in the daytime we are living in our Ego-consciousness and astral consciousness, we must not believe that the other kinds of consciousness are absent. It is only that we are not aware of them. Let us suppose that through the luciferic influence of an earlier incarnation we have provoked a strong ahrimanic influence which will be unable to act upon our ordinary consciousness. It will, however, attack the consciousness which dwells within our etheric body, and this consciousness will not only conduce to a certain organisation of our etheric body but will impel us even to acts which will be so expressed, that the consciousness of the etheric body will realise that we must discard from within us the effects of the luciferic influence to which we had succumbed in an earlier incarnation; it will realise further that this can be accomplished only through a deed in direct contradiction to the earlier luciferic transgression.

Let us suppose that dominated by the luciferic influence, we have been led to supplant a point of view which was religious or spiritual by the point of view of the man who says: ‘I want to enjoy life,’ and thus plunges headlong into gross material pleasures. This would challenge the ahrimanic influence in such a way as to provoke the opposite process. It then happens that passing through life we seek a spot where it is possible at one leap to return to spirituality from a life of the senses. In the one, we went with one plunge into gross material pleasures, and in the other we try by one leap to return to a spiritual life. Our ordinary consciousness is not aware of this, but the mysterious subconsciousness which is chained to the physical body and the etheric body now urges us towards a place where we may await a thunderstorm, where there is an oak, a bench placed beneath, and where the lightning will strike. In this case the subconscious mind has urged us to make good what we have done in an earlier incarnation. Here we see the opposite process. This is what is meant by an effect of luciferic influence in an earlier life, and, as consequence, an ahrimanic influence in the present life. Ahriman's co-operation is necessary to enable us to put aside our ordinary consciousness to such an extent that our whole being will obey exclusively the consciousness of the etheric or of the physical body.

In this way many events become comprehensible. However, we must beware of concluding that every accident should be traced to something similar, for this would be taking a very narrow view of karma. There are currents of thought even in our movement that take a really narrow view of karma. Were karma really as they conceive it, the whole world order would have to be specially arranged in the interests of each single human being, so that each life should run harmoniously and be duly compensated — the conditions of one life would be always combined in such a way as to result in an exact balancing of the consequences of an earlier life. This standpoint cannot however be maintained. Suppose someone were to say to a man who had met with an accident: ‘This is your karma; this is the karmic result of your earlier life, and you at that time brought it on yourself.’ Were the same man to have some stroke of luck, then the other would say: ‘This can be traced back to a good deed you did in an earlier life.’ If such words are to have any value, the person should have known what happened in an earlier life which is supposed to have produced this result. If he had knowledge of the earlier life, he would there see the causes coming from that life, and he would have to look towards later incarnations for the effects. From this it is logical to conclude that in every incarnation there are certain prime causes which come into play from incarnation to incarnation, and these will be karmically balanced in the next life. When examining the next life we can observe the causes. If an accident happens, however, for which in spite of all means at our disposal we can find no causes in an earlier life, then we must conceive that this will be balanced in a later life. Karma is not fate. From every life something is carried into later lives.

If we understand this, we shall also understand that we may find new events in our life which are of profound significance. Let us remember that the great events in the course of human evolution could not come about without being carried by certain people. At a certain moment people must take over the intentions of evolution. What would the development of the Middle Ages have been, had not Charlemagne intervened at a given moment! How could the spiritual life of olden times have developed if Aristotle had not at a certain time done his work! We see from this that people like Charlemagne, Aristotle, Luther and so on, did not live at a certain period for their own sakes but for the sake of the world. Nevertheless, their personal fates are intimately connected with world events. Should we conclude from this, however, that what they accomplished is the expiation or the recompense for their previous merits or transgressions?

Take the case of Luther. We cannot just simply ascribe everything he experienced and endured to his karma; we must be clear that those things which are due to happen in the course of human evolution must come about through human agency and that these individual agents have to be brought out of the spiritual world, without consideration whether they are fully ready in themselves. They are born for the purposes of human evolution, and a karmic path has to be interrupted or lengthened, so that the individuality concerned may appear at a certain time. In such cases a destiny is thrust upon men which need have no relation to their past karma. But to have achieved something between birth and death sets up on earth later karmic causes, so that though it is true that a Luther was born for humanity and had to bear a fate which had no vital association with his former karma, yet what he accomplished on earth will be connected with his later karma. Karma is a universal law, and each experiences it for himself; but we must not only look back to our former incarnations; we must also look forward. From this point of view it is only in a subsequent life that we can judge and justify earlier incarnations, for some of the events of this life do not lie in the karmic path. 

Let us take a case which actually happened. In a natural catastrophe a number of people perished. It is not at all necessary to believe that it was in their karma that they all should thus perish together; this would be a cheap supposition. Everything need not always be thus traced back to earlier transgressions. There is an instance that has been investigated of a number of people perishing in an elemental catastrophe which resulted in a close alliance of these people at a later period, and, owing to their common fate, they gained the strength to undertake something in common. Through this catastrophe they were able to turn from materialism and brought with them in their next incarnation a disposition to spirituality.

What happened in that case? If we go back to the previous life we find that in this instance the common destruction took place during an earthquake; at the moment of the earthquake the futility of materialism presented itself to their souls, and so a mind directed towards the spiritual developed within them. We can see from this how people whose mission it was to bring something spiritual into the world, were prepared for it in this way, which demonstrates the wisdom of evolution. This case has been investigated and authenticated by Spiritual Science. So we can show how primary events can enter human life, and that it cannot always be traced back to an earlier transgression if one person or several people meet with an early death in a catastrophe or an accident. Such an event may appear as a primary cause, and will be balanced in the next life.

Other cases may occur. It may happen that someone will have to meet with an early death in two or three consecutive incarnations. This may occur because this individuality has been chosen to bring to mankind in the course of three incarnations certain gifts that can be given only when living in the material world with such forces as result from a ‘growing body’. To be living in a body that has developed up to the thirty-fifth year is quite different from living in a body of greater age. For up to our thirty-fifth year we direct our forces towards the body, so that the forces unfold from within. But from the thirty-fifth year onward begins a life in which we progress only inwardly — a life in which we must continually attack the external forces with our life forces. From the point of view of the inner organisation, these two halves of life differ in every respect the one from the other. Let us suppose that according to the wisdom which presides over human evolution we stand in need of such people who can flourish only when they do not have to fight against external stress which comes in the second half of life, then it may be that the incarnations are brought to a premature close. There are such cases. At our meetings we have already pointed out an individuality who appeared successively as a great prophet, a great painter, and a great poet and whose life was always brought to an end through premature death, because what had to be accomplished by him in the course of these three incarnations was possible only by interruption of the incarnation before he had entered the second half of life. Here we see the strange interlacing of individual human karma and the general karma of mankind.

We can go still further and find certain karmic causes in the general karma of mankind, whose effects show only at a later period. Thus the individual again sees himself caught up into the general karma of humanity.

If we consider the post-Atlantean evolution, we find the Graeco-Latin period in the middle, preceded by the Egyptian-Chaldean period, and followed by our period — the fifth period of civilisation. Our period will be followed by a sixth and seventh cultural epoch. I have also pointed out on other occasions that in a certain respect there are cycles in succession of the various civilisations, so that the Graeco-Latin culture stands by itself, but that the Egyptian-Chaldean period is repeated in our own. Also in this course, I have already pointed out that Kepler lived in our period, and that the same individuality lived earlier in an Egyptian body, and was in that incarnation under the influence of the wise Egyptian priests who directed his gaze to the celestial vault, so that the mysteries of the stars were revealed to him from above. All this was brought further in his Kepler-incarnation which took place in the fifth period, and which, in a certain way, is a repetition of the third. 

But we can go still further. From the standpoint of Spiritual Science we can truly assert that most people to-day are blind when they consider world evolution and human life. These similarities, these repetitions, these cyclic lives can be followed even in their details. If we take a certain moment in human evolution, say for instance the year 747 B.C. we shall find that it constitutes a sort of ‘Hypomochlion,’ a kind of zero-point, and that what lies before and after this point corresponds in quite a definite way. We may go back to an epoch of the Egyptian evolution, and there we find certain ritualistic ordinances and commands which appeared as given by the gods. And this they actually were. These ordinances related to certain ablutions which the Egyptians had to perform by day. They were regulated by custom and by certain ritualistic prescriptions, and the Egyptians believed that they could only live in the manner desired by the gods, if on this or that day they were to undertake a certain number of ablutions. This was a command of the gods, that found expression in a certain cult of cleanliness, and if in the interim we encounter a period somewhat less clean, we now again, in our own period, encounter hygienic measures such as are given to humanity for materialistic reasons. Here we see a repetition of what was lost at a corresponding period in Egypt. The fulfilment of what happened earlier is represented in the general karma in a most remarkable manner. Only the general character is always different. Kepler in his Egyptian incarnation had directed his gaze up to the starry sky, and what that individuality there perceived, was expressed in the great spiritual truths of Egyptian astrology. In his reincarnation during that period of materialistic aims, the same individuality expressed these facts in a manner corresponding with our period, in his three materialistically coloured ‘Kepler laws.’ In ancient Egypt the laws of cleanliness were laws of Divine revelation. The Egyptian believed that he was fulfilling his duty to humanity by caring for his particular cleanliness at every opportunity. This preoccupation for cleanliness comes to the fore again today, but under the influence of a mentality which is entirely materialistic. Modern man does not think that he is serving the gods when he is obeying such rules, but that he is serving himself. It is nevertheless a reappearance of what went before.

Thus all things are in a certain way cyclically fulfilled. And now we begin to understand that the matters that we summarised last time in a contradiction, are not as simple as one is inclined to suppose. If at a certain period people were not able to conceive certain measures against epidemics, these were times at which men could not do so because, according to the general wise world plan, the epidemics had to take effect in order to give human souls an opportunity of balancing what had been effected through the ahrimanic influence and certain earlier luciferic influences. If other conditions are now being brought about, these too are subject to certain great karmic laws. So we see that these matters cannot be regarded superficially.

How does this agree with our statement that if someone seeks an opportunity of being infected in an epidemic, this is the result of the necessary reaction against an earlier karmic cause. Have we the right now to take hygienic or other measures?

This is a profound question, and we must begin by collecting the necessary material for replying to it. We must understand that where the luciferic and ahrimanic principles are co-operating, whether concurrently or over longer periods, or where they are working against each other, there are manifested certain complications in human life. These complications appear under forms so diverse that we never see two identical cases. If we study human life, however, we shall find our way in the following manner: if in a particular case we try to discover the combined activity of Lucifer and Ahriman, we shall always find a thread by which this connection will become clear. We must discriminate clearly between internal and external man. Even today we had to differentiate sharply between that which is expressed by the rational soul, and that which appears within the etheric body as a result of the rational soul. We must examine the continuity in which karma is accomplished, and we must at the same time understand that we have still the possibility of influencing our inner being by means of certain karmic influences, so that in future a new karmic compensation may be prepared by the inner being. For this reason, it is possible for a being in an earlier life to have experienced sensations, feelings and so forth that have developed in him a want of love towards his fellow-creatures. Let us suppose, for instance, that he had passed through an experience whereby through karmic action he had become uncharitable. It may well happen that we, following for a time a downward grade, beget evil. We at first descend in order to develop the contrary impetus that will cause us to re-ascend. Let us suppose that a being, by yielding to certain influences, tends towards uncharitableness. This uncharitableness will in a later life appear as karmic result, and will develop inner forces in his organism. We can then act in two ways — consciously, or else unconsciously. In our epoch we have not progressed so far as to do it consciously. With such a person we can take precautions by which these characteristics in his organism, derived from uncharitableness, will be driven out and we may act in such a way that the effect that is expressed in the external organism as a lack of charity will be counteracted. By these means, however, the soul will not be cleansed of all uncharitableness, but only the external organ of uncharitableness will have been expelled. For if we do nothing further, we shall have accomplished only half of our task, perhaps even nothing at all. We may perhaps have helped this person physically, externally, but we shall not have given succour to his soul. Now that the physical expression of uncharitableness has been removed he will not be able to give expression to this uncharitableness, but he will have to retain it within his inner organism until a future incarnation. Let us suppose that a great number of people, because of uncharitableness, had been impelled to absorb certain infectious germs, so that they succumbed to an epidemic. Let us further suppose we were in a position to protect them from this epidemic. We should in such a case preserve the physical body from the effects of uncharitableness, but we should not have removed the inner tendency towards uncharitableness. The case might be such that, in removing the external expression of uncharitableness, we should undertake the duty of influencing the soul also in such a way as to remove from it the tendency towards a lack of charity. The organic expression of uncharitableness is killed in the most complete sense, in the external bodily sense, by vaccination against smallpox. There, for instance, the following becomes manifest, and has been investigated by Spiritual Science. In one period of civilisation, when there prevailed a general tendency to develop a higher degree of egotism, and uncharitableness, smallpox made its appearance. Such is the fact. In anthroposophy it is our bounded duty to give expression to the truth.

Now it will be clear why in our period the protection of vaccination appeared. We also understand why, among the best minds of our period, there exists a kind of aversion to vaccination. This aversion corresponds to something within, and is the external expression of an inner reality. So if on the one hand we destroy the physical expression of a previous fault, we should, on the other hand, undertake the duty of transforming the materialistic character of such a person by means of a corresponding spiritual education. This would constitute the indispensable counterpart without which we are performing only half our task. We are merely accomplishing something to which the person in question will himself have to produce a counterpart in a later incarnation. If we destroy the susceptibility to smallpox, we are concentrating only on the external side of karmic activity. If on the one side we go in for hygiene, it is necessary that on the other we should feel it our duty to contribute to the person whose organism has been so transformed, something also for the good of his soul. Vaccination will not be harmful if, subsequent to vaccination, the person receives a spiritual education. If we concentrate upon one side only and lay no emphasis upon the other, we weigh down the balance unevenly. This is really what is felt in those circles which maintain that where hygienic measures go too far, only weak natures will be propagated. This of course is not justifiable, but we see how essential it is that we should not undertake one task without the other.

Here we approach an important law of human evolution which acts so that the external and the internal must always be counter-balanced, and that it is not permissible to act with regard to the one only, leaving the other out of consideration. We here get a glimpse of an important relationship, and yet we have not even arrived at the significance of the question: ‘What is the relationship between hygiene and karma?’ As we shall see, the answer to this question will lead us still further into the depths of karma, and we shall further see that there exist karmic relationships between man's birth and death. In addition, other personalities influence a human life, and man's free will and karma are in harmony.




05 abril 2023

Evoluções.SoniavonHomrich

 Evoluções, Sonia von Homrich

A evolução da Terra e do Ser Humano está intimamente umbilicada como citada nas inúmeras palestras de Rudolf Steiner.  Algo a ser compreendido em sua plenitude embora existam muitas variáveis complexas é que em cada época da evolução da humanidade, a partir de um determinado ponto desta mesma evolução, a vivência dos setênios é a mesma, ou seja, certas qualidades serão trabalhadas em cada setênio – o que difere é a época. Cada época exige um diferente enfoque nesta evolução do Ser Humano. Existem aqueles que por desconhecer estas particularidades, acham que carma é mera repetição. Repete-se a questão dos setênios, mas não mais o mesmo enfoque, o mesmo desenvolvimento anterior, de épocas anteriores. Por esta razão é preciso também levar em conta que a evolução da consciência do Eu do Ser Humano evolui sempre dentro de uma miríade de variáveis, além de que ela está conectada às exigências, às necessidades da época de desenvolvimento da humanidade na qual vivemos.

Um exemplo simples desta questão encontra-se no fato que a despeito de estarmos todos vivenciando a Quinta Época de Desenvolvimento Pós-Atlântida ou pós-Atlantis, cada fase difere uma da outra o que exige que nossa evolução seja de acordo com as necessidades da época. Hoje, não dizemos que as necessidades atuais são as mesmas de 1.413, a época dos Grandes Descobrimentos, quando Portugal imperava nos mares. Da mesma forma precisamos manter-nos alertas pois muitas observações do Rudolf Steiner devem ser analisadas em função das necessidades da época na qual vivemos.

 Terry Boardman http://threeman.org/    em um de seus artigos, o Cisne Negro,  apontava claramente que a interpretação dada ao termo nacionalismo quando Rudolf Steiner dava suas palestras ao vivo,  difere totalmente do significado da palavra atualmente, no mundo, hoje ela é usada como sinônimo de patriotismo, soberania de uma nação em todos os seus aspectos de diversidade, soberania e liberdade, sem nenhuma conexão  com o uso do termo  posterior pelo nazismo ( o partido nacional socialista ou no fascismo). Hoje o termo é utilizado para significar a construção social, dignificando o ser humano, defendendo a liberdade em todos os seus aspectos, protegendo a igualdade de direitos e propiciando o crescimento social e econômico sem a destruição do aspecto social que estava contido no uso do termo nos séculos 19 e 20.

As verdades que pesquisamos na Ciência Espiritual de Rudolf Steiner, são vivas, dinâmicas, não são fatos mortos. As pesquisas necessariamente devem permitir compreensão pelo fato de seres vivas, vitais, encontrando uma maneira de se fazer presente, de entrar em todas as circunstâncias da vida cotidiana em um determinado ponto, ou seja, a forma, a maneira como ela entra varia de acordo com o ponto em questão. Tomemos por exemplo a metodologia de pesquisa qualitativa tal como é realizada nos mais avançados centros científicos do mundo (embora nem sempre respeitada). O ponto em questão é definido por uma série de variáveis e ele não muda de acordo com circunstâncias e necessidades de vivências por exemplo. Lidamos com um ponto estático, pré-definido pois não se trata de uma pesquisa vital, viva. Não é este o caso aqui. Em teoria, olhando-se para a ciência espiritual de Rudolf Steiner,  em termos abstratos como ela é frequentemente analisada na atualidade, ela parece produzir um tipo de conhecimento improdutivo. As pessoas que desconhecem, ou conhecem muito pouco dela podem ser induzidas a se perguntar afinal para que saber em que partes o ser humano se subdivide, para que saber sobre períodos diversos de desenvolvimento da humanidade em diferentes épocas culturais e o que ela desenvolverá posteriormente, para que entender de saúde espiritual (medicinas, terapias) ou de aconselhamento espiritual antroposófico. Não deveríamos aplicar sempre  a atitude realista  ao mundo, nos tempos atuais? Neste sentido muitos  seguidores devotados de Rudolf Steiner ainda  aplicam a Ciência Espiritual de uma maneira totalmente infrutífera, abstrata. Aprender sobre sua aplicação prática no dia a dia ao invés de se perder no passado ou se abstrair no futuro é realmente algo extremamente desafiante.

Muitos desconhecem a miríade de palestras que Steiner deu sobre a questão social e suas conclusões a respeito da transformação de tudo que falou antes no método educacional Waldorf. Mesmo que quisessem conhecer, elas não são todas encontradas na mesma língua, a não ser a língua alemã. Para os que dependem de traduções, como eu, torna-se muitas vezes uma busca incessante em diversos países.  Em uma de suas super agudas observações, Steiner recomendava que não se utilizasse o que ele tinha desenvolvido até ali como "social" ou "tripartição socioeconômica, cultural, na vida de Direitos" na forma como ele tinha colocado até então, mas sim, que se trabalhasse para desenvolver em cada circunstância em particular, para cada cidade, por exemplo, uma nova abordagem de acordo com as necessidades, a realidade do momento – o tal ponto presente, vivo.  Steiner disse provavelmente em Stuttgart entre 1917 e 1919 que tudo que ele tinha falado até então a este respeito específico estava superado, tinha que ser recriado sob novas circunstâncias – e criou o método Waldorf para superar o que já estava ultrapassado. Em outras palavras, tudo que Rudolf Steiner imaginou que poderia pavimentar a vida do ser humano em sociedade ele transmutou em método de ensino Waldorf ao atender positivamente ao pedido de seu amigo Molt para criar uma escola para os funcionários da fábrica Waldorf. Transformações que somente seres muito criativos conseguem abarcar, compreender. Uma forma se transmuta em outra e esta em outra e assim vai.  Seres humanos se desenvolvendo em setênios pedagogicamente, desenvolvendo as melhores qualidades, para tornarem-se cidadãos plenos – óbvio, não procure perfeições, não caia na armadilha de achar que todos os ex-alunos são santos, não é por aí.

Em uma de suas palestras Steiner se referia ao fato que a compreensão social entre seres humanos se oporia cada vez mais aos sentimentos e emoções gerados pelo nacionalismo – o que de fato ocorreu durante o trágico período de vigência do nacional-socialismo na Alemanha. Na atualidade, é através do sentimento de patriotismo, a consciência de soberania de um povo,  daquilo que faz cada brasileiro ser brasileiro nesta nossa miríade de raças, cores, etnias, línguas, origens culturais e etc., da qual somos formados, como povo brasileiro,  nas inúmeras qualidades , únicas em cada brasileiro que torna-nos capazes de compreender a observação do Terry Boardman no sentido de compreender que o nacionalismo ao qual o Rudolf Steiner se referia à época não é mais o mesmo sentido da palavra na atualidade pois ela se remete ao patriotismo, que é um verdadeiro sentimento, bem diverso do que foi o nacionalismo do século 19 e 2,  que culminou na II Grande Guerra e todos os seus horrores. O patriotismo também precisa estar alerta para não se perder em simpatias e antipatias nacionais no Brasil, em demérito da compreensão mútua,  mesmo levando em conta nossa crítica situação atual. Cada ser humano brasileiro traz em si algo diverso de outros povos – existe um sentimento natural de entendimento entre as pessoas e um amor à espiritualidade que se manifesta na procura das mais diversas formas de cristianismo que se manifestam no Brasil, em nossas raízes judaico-cristãs que nos fazem capazes de compreender e abraçar o judaísmo e colocar o que queremos que se transforme em ideal de desenvolvimento do amor universal, acima de diferenças religiosas, crenças, etc., e assim compreendemos todas as diferentes formas religiosas como o islamismo por exemplo, olhando para o ponto comum entre todos os seres humanos, o ponto do amor-universal, acima, muito acima das diferenças.

Um grande amigo já falecido que foi como um pai-espiritual para mim dizia que existem pessoas no jardim de infância e outras já com PhD em termos de evolução, vivendo na Terra neste momento.  Claro que mesmo assim todas enfrentam o  desenvolvimento em setênios de acordo com as variáveis de nosso tempo, o que faz com que alguns ainda estejam bem distantes de desenvolver o amor universal, de superar simpatias e antipatias, já que nestas constatações, excluímos aqueles que  não são simpáticos e quem nos é antipático.

No Brasil, embora muito retrógrados insistam em praticar o ódio mútuo, exercendo seus antagonismos, a grande maioria dos cidadãos não entra na hegemonia dos antagonistas e prefere o respeito mútuo a diversidade, a soberania. Só o fato de todas diferentes nacionalidades praticarem a língua portuguesa (demérito para os destruidores de nossa língua!) já denota como a compreensão mútua exerce suas qualidades, todos se comunicando na língua pátria e conhecendo o melhor dela para que se expressem de forma a serem compreendidos mutuamente, ao invés de praticarem dialetos mil.

Porém,  nem todos estão evoluindo, muitos ficam para trás e como é tudo muito dinâmico, quem não evolui, involui. Ao invés de ir criando mais e mais características holísticas evolutivas, infelizmente existem pessoas que seguindo deuses maléficos se animalizam de forma trágica, como vemos por exemplo no endurecimento da pineal por uso de drogas observada por neonatologistas e pediatras já na década de 80.

A compreensão mútua, acima de simpatias e antipatias com base no que conhecemos hoje sobre o amor universal, na Ciência Espiritual de Rudolf Steiner, nos testa através do medo, paúra, terror.

Tivemos um teste universal do medo, com a pandemia e estamos descobrindo a verdade sobre ela, mais e mais. Estamos vivenciando um teste  umbilicado à nossa sobrevivência física e econômica à medida que o Brasil naufraga, na atualidade. O medo é a substância que temos à disposição para transformarmos em coragem do coração.

Sabemos o que a falta de moralidade faz com o ser humano, com as ações suas no mundo. Sabemos que a falta de moralidade levará parte da humanidade, no futuro a não ser capaz de ter o poder do intelecto, perdendo a sagacidade, a esperteza, a inteligência.

Neste desenvolvimento atual de nossa alma da consciência-espiritual não podemos nos confundir e enxergar nacionalismo como patriotismo e vice-versa. O patriotismo atual é bem diverso daquele do século 19 e 20. Percebemos isto claramente na forma como os brasileiros se unem em torno da pátria Brasil, defendendo-a e querendo o melhor para todos os brasileiros ao invés de entrega-la a poderes internacionais que querem escravizar os brasileiros sob a desculpa de uma ordem mundial, um globalismo, uma agenda 2030. O brasileiro é gentil, pacífico, ordeiro, não é de sua natureza ser agressivo e praticar vandalismos e destruições, estas últimas são consequência do ódio que é infelizmente praticado por seres que carecem de evolução – um amigo que desenvolveu um projeto incrível, uma fazenda com horta bio-dinâmica e manejo florestal, recebia agricultores para trabalhar na fazenda e me mostrou em uma de minhas visitas ao local, ele tinha que alojar os agricultores, quando chegavam em locais de alvenaria, com poucos benefícios pois demorava uns 3 meses eles se acalmarem e pararem de destruir tudo. Este meu amigo, posso citar seu nome é Gerard Bannwart, já falecido. E ele também me contava que depois, com tudo que ele oferecia : alimento biodinâmico, creche Waldorf, atendimento médico, conhecimento em vários níveis, moradia própria, com o desenvolvimento de novas habilidades, os agricultores que trabalhavam em sua fazenda defendiam-na de invasores se colocando nos limites da fazenda, impedindo a entrada. Algo espontâneo e natural pois a todos ele,  era dada a possibilidade de evoluir em habilidades, conhecimento e inclusive na tecnologia.

Devemos nos manter alertas para não cair nas inverdades de nosso tempo e manter a nossa independência individual e como nação, como pátria pois no Brasil, nem temos como ser reflexo de um grupo nacionalista, tão diversos somos em nossas características físicas, em nossas crenças, em nossas culturas, tudo irmanado sob a mesma bandeira brasileira que respeita a nossa diversidade, a riqueza de nossas diferenças, o crescimento incrível e único que nós brasileiros sabemos bem fazer e que levou Rudolf Steiner a comentar de forma privada (está documentado num dos livros de Sergej Prokofieff) que se o bolchevismo tomasse conta da Rússia por muitas décadas e se de alguma forma a época eslava fosse atrofiada tudo que ele, Steiner disse a respeito da Rússia se aplicaria ao Brasil. (Não se engane, não está citado em palestras!). Eu perguntei pessoalmente sobre esta questão ao Prokofieff que foi pesquisar e escreveu a respeito, já que nos encontramos inúmeras vezes e tínhamos muitas perguntas mútuas pelo fato dele ser russo e eu brasileira.

Certa feita, observei a reação de um caipira bem lá no interior, tentando explicar a uma pessoa que pouco falava português como chegar a um determinado lugar – ele se desdobrava em mil para fazer as pontes entre o que  dizia e o pouco conhecimento de nossa língua manifestado pelo senhor estrangeiro e se fez entendido. A criatividade positiva do brasileiro que brota da necessidade de compreender o outro é algo maravilhoso e único. A gentileza do brasileiro genuíno, a boa vontade, é única.

 Todas as destruições praticadas atualmente nos remetem ao que foi praticado por 70 anos na Rússia,  Alemanha, na II Guerra e posteriormente até a Queda do muro de Berlim e clamam por nossa superação, enfrentando todos os desafios e nos transformando como indivíduos, como cidadãos,  para sermos mais ainda a pátria da diversidade e do amor-universal na qual com certeza poderemos nos tornar um dia, cultivando nossa língua-pátria, o português com esmero, até que todos sejam capazes de ter domínio total da língua através da qual nos comunicamos com todas as pessoas, sem querer tornar as pessoas em nosso espelho, respeitando nossas diversidades, sem nos perder em ideologias materialistas.

Conhecer um pouco, tocar somente na parte superior deste iceberg de conhecimento,  pode ser feito através da palestra abaixo, em inglês, tomando muito cuidado para não se deixar enganar achando que o patriotismo do brasileiro é o nacionalismo dos séculos 19 e 20.

Não existe na Terra um povo tão generoso e diverso quanto o brasileiro que se miscigena desde o Descobrimento em 1.500. Claro que entre nós existem pessoas retrógradas, que não compreendem estas questões e nos querem imitando o que foi feito no mundo, a partir de 1917... se desenvolvermos a moralidade em nosso intelecto, não seremos vítimas dos que criam mentiras, inspirados por poderes espirituais maléficos que querem a destruição da humanidade.

Estas são minhas considerações atuais.

Sonia von Homrich

05/04/2023

São Paulo, Brasil.



Joan of Arc (early 20th century) by Annie Louisa Swynnerton (1844-1933)

 JOAN OF ARC (FAITH)faith-t

Media: oil on canvas.

Dimensions: 790 x 890 mm (0.70 m²), Sotheby’s 2006 and 2007.

History: 1900-1905; exhibited New Gallery, 1904; Whitchapel Art Gallery, 1907; this or another version, present in Annie’s studio and visible in photo in The Times, 25 Nov 1922; auctioned Sotheby’s, 23 Jun 1981; auctioned Christie’s, Rome, 4 Dec 1984; auctioned Sotheby’s, London, 14 Dec 2006, unsold; auctioned Sotheby’s, London, 3 Oct 2007, unsold.

Location: unknown.

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